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Após críticas de Michelle Bolsonaro às alianças regionais do PL, os três filhos mais velhos de Jair Bolsonaro — o senador Flávio, o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo Bolsonaro — reagiram publicamente e classificaram a postura dela como autoritária e desrespeitosa. A crise levou a cúpula do PL a convocar uma reunião de emergência.
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NotíciasTranscrição
00:00Após Michele Bolsonaro questionar as alianças do PL nos estados, os três filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, Flávio, Carlos e Eduardo, se uniram para criticar a postura e tentar reverter o mal-estar causado por ela.
00:15Segundo o senador Flávio, a ex-primeira-dama atropelou o próprio Jair Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes, no Ceará, em apoiar a candidatura de Ciro Gomes para o governo.
00:27Chamando a atitude de autoritária e constrangedora.
00:32Na sequência, Carlos endossou as críticas de Flávio e pediu união e respeito à liderança do ex-presidente.
00:39Por fim, Eduardo Bolsonaro também fez várias críticas a alianças e nomes da oposição e decidiu apoiar o senador, afirmando que Michele foi injusta e desrespeitosa com André Fernandes,
00:51por obedecer o que seu pai decidiu, mas declarou que não entraria no mérito de ser um bom ou mau acordo.
00:59O PL decidiu, então, convocar uma reunião de emergência após essa crise provocada pelas críticas de Michele Bolsonaro e cobrar uma mudança de postura.
01:09Começar essa com o Roberto Mota.
01:11Mota, essa situação inerente à política é do jogo, faz parte?
01:16Ou você acha que alguém não cumpriu o acordo, né?
01:20Porque é um cenário parecido com o que a gente viu em Santa Catarina, né?
01:25Caniato, eu estava aqui torcendo para você chamar algum dos meus colegas antes de mim.
01:31Porque, sinceramente, eu não sei como explicar isso.
01:35Ah, é muito difícil explicar essa história do Ceará, mas eu posso tentar explicar como funciona a política.
01:43A política é a arte do possível, mas, acima de tudo, meus amigos, política é disputa pelo poder.
01:54Disputa é a palavra central.
01:59O general prussiano Kalfun Klausiewicz já disse que a guerra é a continuação da política por outros meios.
02:09Outro dia, eu lembrei essa citação aqui, mas atribuí erroneamente a Otto von Bismarck.
02:18Recebi inúmeros comentários dos nossos espectadores me corrigindo.
02:23Então, Klausiewicz disse isso.
02:24Guerra é a continuação da política por outros meios, mas a política, muitas vezes, parece a própria guerra.
02:32Você, Dávila, o Dávila tinha falado alguma coisa na semana passada que dizia respeito à ausência do líder, né?
02:41Quais podem ser as consequências da ausência do líder?
02:44No caso, Jair Bolsonaro.
02:45Muitos apostavam que os filhos seguiriam rigorosamente as determinações do pai.
02:51Mas tinham que combinar também com a primeira-dama ou a ex-primeira-dama.
02:54Você acha que esse desajuste diz respeito à ausência de Jair Bolsonaro ou talvez outros ingredientes para a gente levar em consideração?
03:04Está faltando comunicação em casa, lá na casa dos bolsonaros.
03:08Porque os filhos estavam alinhados, o Valdemar Costa Neto estava alinhado, só a Michele que não estava.
03:14Precisava comunicar melhor essa conversa aí.
03:17Mas esse é um ponto importante.
03:19Isso mostra que, nesta reta final, já começam a costurar as alianças políticas de outros palanques.
03:27É aquilo que nós falamos.
03:28Nós focamos muito a atenção na candidatura à presidência da República
03:32e esquecemos da importância das candidaturas regionais para o governo estadual,
03:37para montar chapas locais, para as candidaturas ao Senado.
03:41E esse foi um dos acordos.
03:43O acordo no Ceará.
03:44O acordo no Ceará, justamente naquele tom que Eduardo Bolsonaro já havia mencionado na entrevista à Jovem Pan.
03:53Olha, nós vamos estar sempre ao lado daqueles que estão contra o Lula.
03:57Ora, se Ciro Gomes está contra o Lula, André Fernandes no Ceará está apoiando, está fechando a aliança,
04:04tem que estar todo mundo no mesmo barco.
04:06É o que eu sempre disse aqui, Caniato.
04:09O objetivo da direita é vencer o PT e tirar a Lula do poder em 2026.
04:15Não tem que gastar tempo com preciosismo.
04:18Se a estratégia é essa, está combinada uma aliança,
04:22não importa se no passado alguém falava A ou B, contra, não importa.
04:26O que importa é olhar daqui para frente e se teremos um bom soldado para ganhar o Estado fundamental.
04:32Olha, o PT só tinha três estados com chance de eleger governador.
04:38Era a Bahia, o Ceará e o Piauí.
04:41O Piauí, certamente, o governador Fonteles, que é do PT, deve ser reeleito.
04:48Mas ele é um petista que sabe fazer conta, ele é um cara diferente, é uma ave rara,
04:52porque geralmente quem sabe fazer conta não está no PT.
04:54Mas o segundo ponto importante é que a Bahia e o Ceará são dois estados fundamentais
05:02para não deixar o PT ter candidatura competitiva.
05:05Na Bahia, a CM Neto já está com 50 e poucos por cento lá dos votos, que é do União Brasil.
05:11E no Ceará, que era um problema, apareceu o nome de Ciro Gomes, que tem chance de ganhar.
05:16Se tem chance de ganhar e não deixar o PT assumir, é preciso estar todo mundo junto.
05:21E foi esse o acordo de André Fernandes, apoiando a candidatura de Ciro Gomes.
05:26E estava tudo certo com o PL e com a família Bolsonaro.
05:29Parece que não conversaram com a primeira-dama, a ex-primeira-dama, a Michele Bolsonaro.
05:34E aí deu esse ruído.
05:35É preciso, sim, chamar a reunião e entender.
05:39O objetivo é vencer a esquerda e tirar a lua do Potem 26.
05:45E parar de brigar com questões secundárias.
05:47Se tiver essa disciplina à direita, a chance é enorme de uma vitória estrondosa nas urnas em 2026.
05:56Pois é, segundo as informações, os filhos disseram que Jair Bolsonaro já tinha dado o aval para esse apoio a Ciro Gomes.
06:04Mas daí Michele Bolsonaro e Romeu Zema acabam mencionando o nome de Eduardo Girão, né?
06:12Como pré-candidato ao governo do Ceará.
06:14Como ajustar os anseios e os desejos dessas figuras.
06:19Você, Diego, como observa essas discussões em torno do estado do Ceará e o posicionamento de Michele também, né?
06:26Caniato, vou pegar o gancho aqui no que disse o Dávila.
06:30Ele disse que a direita precisa de um bom soldado.
06:34A questão é que algumas alas da direita dizem que o que é necessário é um Bolsonaro.
06:39Não só um bom soldado.
06:41E eu acho que é exatamente isso que hoje acontece abaixo do teto de Jair Messias Bolsonaro.
06:47Existem projetos de poder concorrentes.
06:49Assim como nós tivemos a Guerra das Rosas na Inglaterra em 1455, onde o Ramo York e o Ramo Lancaster se degladiaram pelo trono, sendo da mesma família.
07:01Nós estamos acompanhando hoje uma briga pelo espólio político de Jair Bolsonaro, titularizado pelos parentes do próprio Jair Bolsonaro.
07:08E quando a briga é pelo espólio, o que é prejudicado é o legado, infelizmente.
07:13O que nós temos hoje é Michele olhando para esse arco de centro-direita que se forma tentando cavar o seu lugar como vice.
07:22Haja vista que diversas pessoas, diversos analistas cravam que é necessário para essa construção,
07:29que o nome da família Bolsonaro esteja presente,
07:31a fim de convencer os 15% mais fiéis eleitores de Jair Bolsonaro a aderirem a esse projeto de centro-direita,
07:39sem que isso pareça, como já foi dito inclusive por Eduardo Bolsonaro,
07:43uma chantagem de alas do centrão com o próprio Jair Bolsonaro,
07:48em troca de sua liberdade para forçar uma candidatura que não seja necessariamente de direita,
07:53que não tenha necessariamente o DNA bolsonarista.
07:55E os filhos de Bolsonaro seguem na luta pela hegemonia.
08:00Aí, Dávila, querem o Bolsonaro como titular dessa chapa.
08:04Flávio Bolsonaro já não esconde mais para ninguém que tem o desejo de ser o sucessor do pai,
08:10assim como Eduardo Bolsonaro também aventou há alguns dias,
08:13quando teve os capítulos mais quentes de suas discussões com o Tarcísio de Freitas,
08:17que é justamente o nome, o principal nome que se coloca para encabeçar essa chapa de centro-direita,
08:23que como mais uma vez o Dávila disse muito bem, é o grande segredo se a direita quiser derrotar a máquina do governo federal.
08:30É só repetir aquilo que Lula fez nas últimas eleições.
08:33Para derrotar a máquina da União Federal, que historicamente é muito poderosa,
08:37ninguém tinha perdido uma eleição antes de Bolsonaro tendo consigo a máquina da União,
08:43Lula conseguiu derrotar Bolsonaro por uma diferença muito pouca,
08:47por menos de 0,5% dos votos, juntando uma frente ampla,
08:51uma frente, um espectro amplo de vários partidos, de várias lideranças,
08:55com capilaridade nacional, que pudesse fazer frente a esse aparelho tão poderoso.
09:00É só repetir a receita agora, juntar todas as alas da direita,
09:05assim como Bolsonaro fez também em 2018,
09:07contra o projeto petista que a cada dia tem um pouco menos de pontos em sua popularidade,
09:14a cada dia tem uma rejeição maior.
09:16E, de fato, se a direita se perder nesse tipo de discussão,
09:21de detalhes sobre quem vai ser o ente familiar que vai ter mais protagonismo no processo,
09:26aí dificilmente a esquerda no Brasil poderá ser derrotada,
09:31porque, como eu disse, contando com o aparato fortíssimo,
09:35o canhão eleitoral da máquina pública, tem acesso a muitos cargos,
09:39como nós também já dissemos hoje, tem acesso ao orçamento público,
09:44que pode ser distribuído mais para as prefeituras e estados aliados
09:48do que para prefeituras e estados de quem se coloca contra o projeto de reeleição.
09:53E isso tem, infelizmente, muito valor quando os votos são depositados nas urnas.
09:58Então, é hora realmente de foco, é hora de construção,
10:01é hora de manter as conversas, é hora de honrar a palavra.
10:05E, mais do que tudo isso, entender que numa frente ampla
10:08não existe protagonismo absoluto de ninguém.
10:12É uma união de esforços em prol da vitória de um projeto.
10:15E aí, quando a vitória vem, a vitória não é de A ou de B,
10:18a vitória é de todos.
10:20Que isso possa servir de exemplo, inclusive, para que não se repita
10:22aquilo que aconteceu no governo Bolsonaro,
10:25onde cada divergência pontual com o bolsonarismo
10:28foi tratada como uma traição,
10:30o que acabou, inclusive, isolando o presidente Jair Bolsonaro
10:32e foi também um elemento para que ele não conseguisse a sua reeleição.
10:37Temos já o laboratório, temos já a receita.
10:39Agora, só cabe à direita, realmente, executar essa receita
10:43para tentar chegar com mais competitividade em 2026.
10:47Rápida parada para você que nos acompanha pela rede.
10:51Mas nós seguimos aqui, debatendo e analisando essa notícia.
10:55Mota, a falta de um porta-voz oficial de Jair Bolsonaro
10:59atrapalha esse processo?
11:01Você acha que muitos acabam buscando protagonismo
11:06e esse processo acaba justamente inviabilizando
11:11a caminhada em busca do melhor nome?
11:15Eu não tenho certeza se isso faz muita diferença,
11:21Caniato.
11:21Não existe esse negócio de porta-voz em política.
11:25Eu já vi situações como essa, muitas vezes,
11:30na minha passagem pela política eleitoral,
11:33na minha passagem pela máquina do Estado.
11:36Está tudo bem, está tudo ótimo.
11:38Você está em um evento, alguém te dá um microfone,
11:41a plateia começa a te aplaudir,
11:44aquela emoção toma conta de você, pronto.
11:47Você fala uma frase que pega muito mal,
11:51cria uma confusão.
11:52Então, essas coisas na política são absolutamente normais.
11:58Isso faz parte do processo.
12:02As pessoas vão se descobrindo, vão descobrindo a sua voz,
12:06vão descobrindo as suas ideias.
12:08E, às vezes, essas ideias não encaixam exatamente
12:12com as ideias dos seus aliados.
12:14Aí acontece algum problema, você reúne, conversa,
12:18ajusta ou não.
12:20Às vezes não ajusta, às vezes vai cada um para o seu lado.
12:25Eu acho que o que nós vamos ver no futuro no Brasil
12:29é a consolidação de vários sabores de direita.
12:35Vamos colocar assim.
12:36Eu nunca concordei com essa ideia de que existe essa coisa
12:40chamada direita, um bloco unido,
12:43de todo mundo pensa da mesma forma.
12:45Isso não é verdade.
12:46Se você pegar as pessoas que têm uma posição conservadora,
12:51colocar junto de quem tem uma visão mais liberal,
12:55vai dar confusão.
12:57Vão existir diversos momentos em que eles não vão concordar.
13:02O que nós vimos foi uma união histórica no Brasil,
13:07da chamada direita,
13:08como contraponto a uma hegemonia percebida e que é real
13:14do pensamento de esquerda,
13:16que está presente na mídia, na cultura,
13:19no sistema de ensino, no sistema de justiça.
13:22Então, eu acho que hoje isso ainda acontece.
13:24A direita, que a gente chama de direita,
13:27ainda está lutando por sua sobrevivência.
13:30Mas no momento em que essa etapa for superada,
13:35nós vamos ver, e eu acho que isso é uma coisa boa,
13:39inúmeros grupos de direita disputando uns com os outros
13:43pela ocupação de espaços e pelo poder.
13:48Será que vamos nos deparar com um segundo turno
13:51entre duas figuras de direita,
13:55dois candidatos de direita,
13:56talvez um mais conservador, outro mais liberal?
13:59Sei, vamos acompanhar, talvez isso aconteça.
14:02Deixa eu só chamar a atenção para a nossa audiência.
14:05A enquete do dia trata dessa situação
14:07que envolve o posicionamento de Michele Bolsonaro,
14:11aí as mensagens que foram emitidas pelos filhos de Bolsonaro.
14:16eu queria que você votasse em jovempan.com.br.
14:19Eu conto com vocês.
14:21Deixa eu receber a rede Jovem Pan,
14:22as pessoas que acompanham a programação,
14:24ficam bem informados com as notícias do dia
14:26e também com as análises dos nossos comentaristas.
14:29Davi, lá, mas também não tem um ponto que é importante ser destacado
14:33quando uma figura que tem se destacado bastante,
14:37como Michele Bolsonaro, defende a direita pura?
14:41Não é um conceito novo, né?
14:43Em várias eleições, muitos defenderam uma direita 100%.
14:48Não dá para dizer que Ciro Gomes seja o legítimo representante da direita.
14:53Então, pensar em um apoio a Ciro Gomes em um segundo turno
14:58contra um candidato do PT, por exemplo, me parece factível.
15:03Agora, no primeiro turno, é isso que muitos estranham.
15:07Porque várias pessoas não compram essa, entende?
15:09Ciro Gomes acabou de se filiar, né?
15:13Mais uma vez, ele retorna ao PSDB,
15:16mas antes estava num partido conhecido pelos posicionamentos de centro-esquerda e de esquerda.
15:23Criato, vamos olhar essa questão,
15:26são dois prismas que, para mim, são muito importantes.
15:28Primeiro, é a questão ideológica, de afinidade ideológica.
15:32Se fosse por uma questão de afinidade ideológica,
15:36o PL deveria estar apoiando o candidato Girão,
15:40o senador Girão.
15:41Porque é óbvio, é o único candidato de direita,
15:45coerência nas suas votações no Senado,
15:48votou de acordo com a direita,
15:49votou contra todas as matérias,
15:52mas coerência não é o forte do PL.
15:55Mais de metade dos votos que o PL deu já no Congresso Nacional
16:01foi a favor do governo, não contra o governo.
16:05Então, onde há essa divisão,
16:08é dentro do próprio PL.
16:09Tem um monte de gente no PL que vota mais com o governo
16:12do que com a oposição,
16:14em vários temas importantes.
16:15Ainda mais quando é aumento de salário,
16:18benefício para a categoria,
16:20aumento de emenda parlamentar,
16:22tudo isso.
16:22Então, assim, não existe essa coerência.
16:24Se fosse por coerência,
16:27a aliança tinha que ser feita com o senador Girão.
16:31Esse é o ponto.
16:32Mas não é isso que está mandando na política hoje.
16:35E aí eu vejo essa questão sobre o segundo prisma,
16:38que é o que foi a frente ampla em 1966.
16:42O que foi a frente ampla?
16:43Foi criado pelo Carlos Lacerda,
16:44um político de direita
16:46que uniu um saco de gatos
16:48que ia de Juscelino Kubitschek a João Goulart.
16:52E todo mundo, assim, o nosso negócio,
16:53a gente quer eleição.
16:54Para ter eleição no país,
16:57nós precisamos estar todo mundo juntos.
17:00Então, o que a gente tem que ter hoje na direita,
17:02nesta eleição de 2026,
17:04é todo mundo que não for a favor do Lula ou da esquerda
17:08tem que estar no mesmo barco.
17:09É uma frente ampla que a gente precisa.
17:12Uma vez vencida a eleição,
17:15aí eu concordo com o Mota.
17:16A gente precisa ter três, quatro partidos de direita
17:18disputando a eleição.
17:19Maravilha ter um conservador e um liberal
17:22disputando o segundo turno numa eleição.
17:24Seria o sonho nosso, né?
17:26Mas, neste momento, tem que ter foco e disciplina
17:30para tirar a esquerda do poder.
17:34Então, tem que juntar com todo mundo,
17:36falar assim,
17:36Você é a favor do governo?
17:37Não.
17:38Então, você é do nosso time.
17:39Vem pra cá.
17:39Vamos tentar ver como é que faz essa coligação aqui.
17:42É assim que tem que fazer.
17:44Agora,
17:45se fosse só por coerência
17:47de ideias,
17:49aí seria uma outra
17:51aliança.
17:52O fato, é,
17:53Canhato, é que nós não temos esse tempo.
17:55Porque, se for só por coerência ideológica,
17:59nós corremos o risco de dar muito espaço
18:02para a esquerda crescer.
18:04Eu disse assim,
18:04não tem mais um candidato competitivo nos estados.
18:07Então, a gente tem que atuar de maneira
18:09para não deixar a esquerda ganhar.
18:12Veja o caso de São Paulo, por exemplo.
18:15Nós temos aqui vários bons candidatos de direita,
18:17se Tarcísio de Freitas disputar a presidência da República.
18:20Mas, se a gente tiver cinco, seis candidatos de direita aqui,
18:24a chance é reeleger Geraldo Alckmin governador.
18:27Aí, nós vamos deixar o estado de São Paulo perder
18:29porque tem quatro, cinco, seis candidatos?
18:31Não.
18:32Aí, tem que ter a disciplina
18:33para termos candidaturas competitivas,
18:37competitivas para sequer deixar
18:39que Geraldo Alckmin cogite em vir disputar o governo do estado.
18:43Esse é o ponto.
18:45Então, é preciso, neste momento, foco.
18:49Então, eu estou mais, hoje, neste momento,
18:52criando uma frente ampla contra a esquerda e Lula
18:56do que qualquer outra coisa.
18:58E nessa frente ampla tem que caber todo mundo
19:00que está disposto a entrar nessa luta
19:03e atingir esse objetivo comum.
19:05Você, Diego, queria escutar você
19:08a respeito das pessoas que dizem.
19:10Bom, Michele teve um posicionamento
19:12adequado com aquilo que os liberais conservadores defendem.
19:16Só que o jogo, hoje em dia, é flexível
19:20a ponto das forças políticas
19:23terem de reavaliar os apoios a eles.
19:26Porque, assim, há alguns dias,
19:27Aécio Neves, o novo presidente do PSDB,
19:29disse que não apoiaremos nem Lula
19:31nem os candidatos de Bolsonaro.
19:34Mas, não faz tanto tempo,
19:35o PSDB se alinhou
19:37ao chamado bolsonarismo.
19:40O Bolsodória, quem não se lembra?
19:42Exatamente, Caniato.
19:45E foi, inclusive, o ápice
19:46do desmonte do PSDB
19:49nessa última era
19:50que agora, como você disse muito bem,
19:52tenta se renovar, curiosamente,
19:55com a figura de Aécio Neves,
19:57que não é uma figura tão nova assim
19:58dentro da política tucana.
20:00Mas o fato é que isso vai se tornar
20:02uma guerra de narrativas, Caniato,
20:04porque Bolsonaro está preso,
20:06regime fechado, incomunicável.
20:08Só fala com os familiares
20:09e com os advogados
20:11e, eventualmente,
20:12se Alexandre de Moraes permitir,
20:14com algum outro visitante.
20:16Então, é muito complicado
20:18dizer o que é a opinião do Bolsonaro,
20:20o que não é,
20:21aquilo que Bolsonaro disse
20:22e aquilo que não disse.
20:24Principalmente,
20:24quando nós temos no polo
20:25dessa guerra de narrativas,
20:27a esposa e os filhos.
20:29Ora, quem que vai estar
20:30dizendo a verdade?
20:32A cônjuge ou a prole?
20:33Isso vai colocar a militância
20:35bolsonarista em parafuso.
20:38Vai ser muito complicado
20:40levar uma eleição
20:41pensando num espólio
20:43de Jair Bolsonaro
20:44se não houver um entendimento
20:46primeiro entre os familiares.
20:48Primeiro entre os familiares,
20:50principalmente sobre quem
20:51é aquele que receberá
20:53a bênção de Bolsonaro
20:54para ser o candidato.
20:56Antes da prisão de Bolsonaro,
20:57já dizia-se que Bolsonaro
20:58tinha se decidido,
20:59que seria, de fato,
21:00o governador Tarcísio de Freitas.
21:02Eles tinham até uma visita
21:04marcada para o dia 10 de dezembro.
21:06Não sei como isso fica agora.
21:08Imagino eu que essa agenda
21:09não vá mais acontecer.
21:11E depois que Bolsonaro foi preso,
21:14definiu-se que Flávio Bolsonaro
21:15seria um porta-voz oficial.
21:18Mas não faz uma semana
21:20que tudo está acontecendo
21:21e nós já temos aí
21:23as primeiras discussões
21:24e discussões graves,
21:25discussões sérias.
21:27A Michele Bolsonaro
21:28desautorizando o que os filhos
21:29chamam da palavra
21:30do próprio Jair Bolsonaro.
21:32Então, como eu disse,
21:33parece que uma família
21:34que tanto conseguiu penetrar
21:37no eleitorado cristão,
21:38no eleitorado evangélico,
21:39me parece que aquele famoso
21:41João 8, 32,
21:43conhecereis a verdade
21:44e a verdade vos libertará,
21:46está sendo substituído
21:47por Mateus 12, 25,
21:49que é a casa dividida,
21:51não prospera.
21:52Então, é muito complicado
21:54pensar na edificação
21:55de um projeto de direita
21:56que tenha o bolsonarismo
21:57como núcleo fundamental
21:59se nós não tivermos
22:01um entendimento
22:01entre os próprios membros
22:02da família Bolsonaro.
22:04Eles não podem ser o núcleo
22:06em torno do qual orbite
22:07a direita brasileira
22:08se eles não forem,
22:09de fato, um núcleo.
22:10E aí, o que vai acontecer
22:12é a divisão da direita.
22:14Nós vamos ter uma direita
22:14dividida para o pleito
22:16de 2026,
22:17o que traz muito mais chances
22:19para uma reeleição
22:20do presidente Lula
22:22ou, caso o Lula
22:23não venha a sair candidato
22:25à reeleição,
22:26tente emplacar um sucessor,
22:27o que é um pouco mais difícil,
22:28também acaba favorecendo
22:29esse tipo de manobra.
22:31Novamente,
22:32o que nós estamos repercutindo
22:33aqui, debatendo amplamente,
22:35a forma que a direita tem,
22:37a receita que a direita tem
22:38para conseguir sucesso,
22:41para conseguir competitividade
22:42em 2026,
22:44é a criação de uma frente
22:45que, como o Dávila disse muito bem,
22:47que congregue todos aqueles
22:48que são opositores
22:50do atual governo.
22:51Se não for feito dessa maneira,
22:53dificilmente a Lula
22:54será derrotado
22:56nas próximas eleições,
22:57pelo que eu já trouxe aqui hoje,
22:58o poder da máquina pública,
23:00como é uma ferramenta eleitoral
23:02que coloca a quilômetros de vantagem
23:04o concorrente
23:05quando detém
23:06um mandato
23:07de presidente
23:08da República.
23:09Então,
23:10se a direita
23:11quiser repetir
23:11aquilo que Lula fez,
23:13que é
23:13derrotar um presidente
23:14eleito candidato
23:15à reeleição,
23:16tem que se organizar
23:18em um único projeto,
23:19em torno
23:20de um único nome,
23:21que não tenha
23:21protagonistas,
23:23que não tenha
23:23grandes figurões,
23:24mas que todos estejam ali
23:25imbuídos dessa missão
23:27que é vencer
23:28a máquina pública.
23:29Uma tarefa
23:29extremamente difícil
23:31e que, ao que parece,
23:32considerando essas brigas
23:33da família Bolsonaro,
23:34está cada vez,
23:35cada dia um pouco
23:36mais distante de se realizar.
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