Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Países latino-americanos e a ALBA criticaram a ordem de Donald Trump para fechar o espaço aéreo da Venezuela. Mariana Almeida analisou o impacto geopolítico, a pressão militar dos EUA no Caribe e as implicações econômicas para a região.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Países da América Latina e uma organização regional criticam Donald Trump
00:05que determinou o fechamento do espaço aéreo da Venezuela e do entorno do país caribenho.
00:11O governo de Nicolás Maduro classifica o alerta do presidente americano
00:15como um ato unilateral que viola o direito internacional.
00:20A agência do governo dos Estados Unidos, que regula a aviação civil,
00:25pede cautela para as companhias aéreas.
00:27A vice-presidência venezuelana chama a tentativa do governo dos Estados Unidos
00:33de fechar o espaço aéreo da Venezuela de intervenção ilegal e descabida na soberania.
00:40O país também afirma que o presidente Nicolás Maduro lançou um plano especial
00:45para auxiliar os cidadãos venezuelanos no exterior a retornarem para casa
00:49e para facilitar a saída de quem precisa deixar o país.
00:53O presidente colombiano, Gustavo Petro, questiona nas redes sociais
00:58qual norma do direito internacional permite que o presidente de um país
01:03feche o espaço aéreo de outra nação.
01:06Se tal norma existe, os conceitos de soberania nacional e direito internacional chegam ao fim,
01:13continuou ele na publicação.
01:15O governo da Nicarágua emitiu um comunicado reafirmando apoio à Venezuela
01:20para salvaguardar a soberania e dignidade.
01:23A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, ALBA,
01:28também condena a ameaça de Trump, que ontem postou.
01:32A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas,
01:38considerem o fechamento total do espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela.
01:42Sem dar mais detalhes, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos
01:48fala em situação perigosa para as companhias aéreas e as aconselha a agirem com cautela,
01:55dada a deterioração da situação de segurança por conta das ações militares dos Estados Unidos no Mar do Caribe.
02:03Nicolás Maduro reapareceu ao vivo ontem na TV Estatal da Venezuela.
02:11O presidente comandou a entrega de prêmios a produtores de café do estado Miranda,
02:16onde fica a capital Caracas.
02:18O programa serviu principalmente para o governo acabar com os rumores
02:22de que Maduro tivesse fugido do país.
02:25O presidente não era visto em nenhuma agenda pública desde a última quinta-feira.
02:31No fim de semana, a Casa Branca confirmou que Donald Trump e Nicolás Maduro conversaram por telefone.
02:39A notícia havia sido vazada na semana passada pelo jornal americano The New York Times,
02:45mas o tema da conversa não foi oficializado por nenhum dos governos.
02:51Vamos entender exatamente o que significa, primeiro, essa operação militar dos Estados Unidos,
02:58ou essa pressão militar americana contra a Venezuela,
03:02de acordo com dados oficiais a respeito do fluxo de cocaína.
03:08A Mariana Almeida, do meu lado, me ajuda nessa explicação.
03:13Primeiro o seguinte, vou voltar para a campanha eleitoral que elegeu o Donald Trump para esse segundo mandato.
03:18Ele falou muito sobre a epidemia de fentanil nos Estados Unidos
03:23e as pressões a outros governos, ele põe nessa lista a América Central, América do Sul, China principalmente,
03:31na América do Norte e o México, que levam o fentanil, que é um psicotrópico,
03:37que acabou sendo utilizado por uma massa, principalmente de pessoas que têm traumas de guerra,
03:44de uma maneira não controlada por médicos.
03:47De fato, é um problema de saúde pública e de segurança nos Estados Unidos.
03:51E que foi realmente tema importante, tanto do México, dos primeiros anúncios contra o México quanto o Canadá,
03:56tinha a questão do fentanil, né, Fábio?
03:58Exatamente. O tarifácio começa pelo vizinho do norte, pezinho do sul, com a principal justificativa, fentanil.
04:05Este dado, trazido pela Mariana, é muito importante para a gente ligar os pontos.
04:10A operação militar dos Estados Unidos está concentrada aqui, na América do Sul,
04:15uma enorme presença militar no Mar do Caribe, para coibir o fluxo de cocaína, não é mais fentanil,
04:24da América do Sul, Venezuela, para os Estados Unidos.
04:29Só que aqui, a Organização das Nações Unidas, a agência que monitora o tráfico de drogas internacional,
04:36aponta este cálculo, que apenas 8% da cocaína que entra nos Estados Unidos,
04:44vindo da América do Sul, é pelo Caribe, é pelo Atlântico.
04:50E mais de 70% vem pelo Pacífico.
04:54Então, Mariana, seria muito mais claro se essa operação militar fosse colocada no Pacífico.
05:02Que operação militar é essa?
05:04Vamos ver na próxima tela, que eu coloquei ali, fizemos uma organização da quantidade,
05:10então, de equipamentos de guerra e a quantidade de militares.
05:16Nós estamos falando de 10 mil militares envolvidos, permanentemente,
05:21há praticamente dois meses nessa região.
05:23com bombardeios, com aviões que monitoram a atividade marítima,
05:30enormes embarcações de guerra, estou falando de destroyers,
05:34e o Gerald Ford, que é o maior, USS Gerald Ford, o maior porta-aviões do mundo,
05:43e os eficientíssimos caça F-35, que são os mais modernos,
05:48quando a gente fala de uma unidade de guerra de alguma força aérea.
05:53Eles estão todos aqui circulando a Venezuela,
05:57cuja essa pressão foi aumentada na semana passada,
06:00com o Donald Trump dizendo,
06:03acho melhor ninguém voar sobre a Venezuela,
06:06porque podem ser alvo dessas operações de guerra.
06:10Mas um arsenal bem grande, né, Favale,
06:12para 8% da cocaína,
06:15que não é, em tese, o principal problema,
06:18do ponto de vista de saúde,
06:19de entrada de drogas nos Estados Unidos.
06:21Então, tem outra coisa por aí?
06:23Ah, e é bom lembrarmos que a relação dos Estados Unidos com a Venezuela,
06:29há muito tempo, ela é baseada em tapas e beijos, tá?
06:32Existe uma...
06:34Os presidentes se vociferam, se criticam duramente,
06:39principalmente na época do chavismo,
06:42no auge do chavismo,
06:43o Nicolás Maduro criticava muito o George W. Bush,
06:47e agora essa troca de ofensas públicas
06:50entre Nicolás Maduro e o Donald Trump.
06:53Mas vamos falar de uma balança entre possibilidades e probabilidades, Mariana.
06:59É possível os Estados Unidos fazendo uma operação militar contra a Venezuela?
07:03É possível, diante da enorme capacidade militar dos Estados Unidos,
07:08que é pública e notória, dispensa apresentações.
07:12Mas é provável isso acontecer?
07:15A resposta está na próxima tela.
07:17Por quê?
07:18Nós estamos falando da Venezuela, a maior reserva de petróleo do mundo.
07:23E os Estados Unidos, que, geograficamente falando,
07:26não estão tão longe assim da Venezuela,
07:29dependem do petróleo venezuelano.
07:32O tamanho da reserva de Venezuela,
07:36isso catalogado, não é uma previsão.
07:38300 bilhões de barris de petróleo.
07:43Os Estados Unidos compram da Venezuela quase 300 mil barris por dia.
07:50Nós estamos falando dos, um dos três maiores consumidores de petróleo do mundo,
07:54junto com China e União Europeia,
07:56e praticamente vizinho, geograficamente falando,
07:59do maior produtor.
08:00Então, essa relação de uma guerra acabaria, vou dizer 100%,
08:07mas afetaria a distribuição de petróleo para os Estados Unidos.
08:12E aí a gente entra na probabilidade.
08:15Como a Mariana levantou, o que pode estar atrás disso?
08:19O governo de Nicolás Maduro não agrada lá muito os interesses da Casa Branca governado por Donald Trump.
08:28Então, nas relações internacionais, a gente chama isso como uma ação de persuasão.
08:35Uma espécie de...
08:36Também tem um outro termo, até mais sofisticado, chamado Brinkmanship.
08:40Quando você vai encurralando o seu adversário nas cordas, fazendo uma analogia no boxe,
08:46você não precisa dar nenhum soco.
08:48Mas como ele fica pressionado, uma hora ele joga a toalha.
08:51Talvez a gente esteja olhando um aperto de cordas de Trump para Maduro,
08:58para talvez ele deixar o governo.
09:00Agora, interessante, né, Favala, que o aperto vem com essa força militar,
09:05na verdade, uma explicitação de força, e não para o lado econômico, né?
09:09Porque, por exemplo, no debate da guerra da Rússia,
09:13os Estados Unidos estão impressionando todo mundo a parar de comprar os barris de petróleo por lá.
09:17Mas ele próprio aqui usa a mão de outra ferramenta.
09:20Eventualmente, também querendo demonstrar até para a região essa força,
09:23essa capacidade de ação e de persuasão,
09:26sem precisar mexer e atrapalhar as negociações para os americanos do ponto de vista econômico.
09:32Se a gente olhar um traço recente, não esqueçamos da economia,
09:37mas, politicamente falando, temos uma terceira personagem relativamente recente
09:43nessa tensão Venezuela, Maduro, Estados Unidos, Donald Trump.
09:48Marina Corina Machado.
09:49Maria Corina Machado, que é hoje a líder da oposição,
09:54foi vencedora do Prêmio Nobel da Paz.
09:57O primeiro gesto dela é ligar para o Donald Trump,
10:02dizendo, inclusive, que ele era o grande merecedor daquele prêmio que ela estava recebendo.
10:06Então, isso ficou público, a relação hoje da oposição,
10:11fortemente conectada com a administração de Donald Trump.
10:15Porventura, se o Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela,
10:20realmente jogar a toalha, voltando a essa analogia do box,
10:24a gente já tem o próximo contender da Venezuela pronto para assumir.
10:30Claro que ainda estamos no campo da especulação,
10:33mas, como o dinheiro e poder andam de mãos dadas,
10:37política e economia, a gente consegue fazer essa ligação de pontos.
10:41Muito obrigado, Mariana.
10:42Obrigada, Favale.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado