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O CURIOSO CASO DE NATALIA GRACE T01EP05 - ID

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Transcrição
00:00Ela é abusiva.
00:16Aquela...
00:18p*** de mulher eu não enfrentava.
00:21Hoje eu conseguiria.
00:24Eu conseguiria.
00:26Com a distância, o espaço e a clareza, agora eu conseguiria.
00:30Eu não conseguia.
00:32Eu simplesmente não conseguia.
00:53O Curioso Caso de Natalia Grace
00:56Indianápolis, Indiana.
00:5926 de maio de 2022.
01:04Ai, m****, eu tô com o microfone.
01:06Eu sou um idiota.
01:08M****.
01:10Sobre o que mais vocês conversaram?
01:12É...
01:13Eu não sei, eu só ia falar isso.
01:15Mas agora eu me sinto um idiota, porque o microfone tá ligado.
01:19Olha só, mesmo que tenha escutado,
01:21e te perguntem sobre isso quando estiverem gravando,
01:23é só dizer que você não se sente confortável em falar sobre isso.
01:25Pronto.
01:26E você não terá problemas legais.
01:28De modo algum.
01:29É.
01:30E nesse tom, eles não conseguem me ouvir.
01:32Você era menor de idade.
01:34Você não corre perigo algum.
01:37Está bem.
01:39M****.
01:40Não se preocupe.
01:42Não consigo ver.
01:42Você consegue?
01:43Tem um botão pra desligar?
01:45Está bem.
01:45Ô, Jacob.
01:46Sim?
01:48Avisa quando estiver pronto pra recomeçar,
01:50porque estamos lá embaixo te esperando.
01:51Tá bom.
01:52Lá embaixo, no porão?
01:53Entendi.
01:54Entrevista Forense de Natalia Barnett.
01:5819 de setembro de 2019.
02:00Era disciplinada pela Christine e pelo Michael?
02:02Uhum.
02:02Tá bom.
02:03Me fala sobre isso.
02:04Ahm...
02:05Eles não me batiam muito, nem nada assim.
02:07Entendi.
02:08Algum deles encostou as mãos em você?
02:11Ahm...
02:12Sabe o que significa?
02:13Alguém te machucou fisicamente?
02:14Não.
02:14Não, mas eu sei que eles...
02:18Eu disse que eles não batiam em mim?
02:22Inicialmente, a Natalia.
02:23Na entrevista com o entrevistador Forense da promotoria,
02:28deu muitos depoimentos conflitantes
02:30e eles estão gravados nos relatórios policiais.
02:33Olha, eles me batiam.
02:34Sabe como às vezes os pais batem em você com o cinto?
02:38Eles batiam em mim.
02:39Ela deixava os meninos baterem em mim.
02:43Ela deixava os três baterem em você?
02:44Isso.
02:44Ok.
02:45Mas o Jacob, ele só me largava.
02:48Quando você diz que ele te largava, o que quer dizer?
02:50Tipo, literalmente ele...
02:51Só te largava.
02:53É.
02:53Ele te levantava?
02:55Uhum.
02:55Tá bem.
02:56Então, quando os três meninos estavam te batendo,
02:58quem estava no cômodo?
03:00A Christine.
03:01Ela ficava lá sentada.
03:02Primeiro ela me bateu.
03:04Depois os meninos.
03:05E por último o Michael.
03:08Depois o Michael te bateu?
03:10Uhum.
03:10Tá bem.
03:11Tá bem.
03:19Jacob Barnett, filho do Michael e da Christine.
03:22Onde está minha mente?
03:34Eu sou parte de algo maior do que eu mesmo.
03:36Fique focado.
03:37Você é amado.
03:38Então, é que isso está conectado a uma das coisas que eu não sabia se devia falar ou não aqui.
03:48Mas...
03:49Eu acho que eu decidi falar.
03:53Um dos comportamentos problemáticos da Natália era que ela urinava ou defecava em lugares onde não deveria.
04:04Como, por exemplo, no cobertor ou na bobilha ali no sofá ou na cama dela.
04:14E isso estava acontecendo com frequência.
04:16A minha mãe tentava resolver isso, mas não estava dando certo.
04:23Então, uma solução que a minha mãe encontrou foi que eu urinasse na cama da Natália.
04:33Ela tinha um cobertor rosa.
04:34E o que eu me lembro bem é da ação.
04:41E eu me lembro bem de sentir raiva.
04:45Enquanto fazia aquilo, porque ela podia descobrir.
04:55Temos que falar mais disso ou está tudo certo?
05:04Ela não me deu as instruções, cara.
05:10Ela não me falou...
05:11Ah, vamos mirar daquele lado.
05:13Não foi isso.
05:16Como se sente sobre isso agora?
05:18Teve o lance de eu ter urinado na cama da Natália.
05:34E até hoje eu me sinto péssimo por ter feito isso.
05:39Ah, isso me faz ter insônia à noite.
05:47Porque eu me senti um nazista seguindo ordens.
05:51De certo modo.
05:52Então eu sinto culpa.
06:04Eu acho que a Natália não foi tratada de maneira justa.
06:06No caso muito improvável dela ouvir isso e eu vou pedir para não desligar, porque eu só quero pedir desculpas para ela.
06:20Eu tive muito tempo para pensar nas coisas e crescer.
06:29Mas eu não sei se eu quero falar mais sobre isso.
06:36Eu acabei falando sobre muitas coisas que eu nunca costumo falar em público.
06:44É, tá bom.
06:50É, eu não tenho mais nada para falar.
07:04O Jacob acabou de me falar
07:06que a Christine o forçou.
07:10Especificamente ele.
07:11Não vamos falar sobre mais ninguém.
07:15Enquanto eu estava no trabalho,
07:16a Christine fez o Jacob
07:19urinar em cima das coisas da Natália.
07:23Segundo as palavras do Jacob,
07:25a mãe havia dito para ele
07:27que era uma terapia.
07:30Que um terapeuta disse a ela
07:31que isso precisava ser feito.
07:34Então a Christine disse ao Jacob
07:35que está tudo bem.
07:37A minha esposa fez a porra
07:39do meu filho de 12 anos
07:41urinar nas coisas
07:43da Natália
07:44como uma grande vingança.
07:48Me dá um segundo.
07:59Pais que estejam me ouvindo.
08:04Quando você escuta o seu filho
08:06te contar algo assim,
08:0712 anos depois.
08:12Eu soube disso pela primeira vez
08:13essa semana.
08:18Você não sabe como reagir.
08:20Eu não sei do que o Jacob
08:22precisa de mim agora.
08:23Eu tentei colocar meu braço
08:24em volta dele
08:25enquanto ele estava falando
08:26e ele me afastou com o braço.
08:27A Christine controlava os filhos dela
08:33e os usava para controlar a Natália.
08:36Era tudo sobre controle e manipulação.
08:39Os Barnett deveriam,
08:41como todos os pais,
08:42proteger os seus filhos.
08:43A Christine colocou o Jacob
08:45na linha de frente
08:46e isso me faz pensar.
08:48O que ela forçou a Natália a fazer?
08:51A Natália foi abusada por aquela mulher.
08:54Eu fui abusado por aquela mulher.
08:55O Jacob foi abusado por aquela mulher.
08:57Meus outros dois filhos
08:59estão sendo abusados
09:00por aquela mulher agora.
09:02Aquela mulher é controladora,
09:04mentirosa e manipuladora.
09:06É sim.
09:07Todos fomos abusados.
09:15A Christine é um monstro.
09:18Uma vez ela gritou comigo
09:20porque ela estava em pé
09:22em uma cadeira
09:23para trocar uma lâmpada
09:24e eu queria que ela descesse da cadeira
09:26porque ela estava grávida
09:28e o parto seria no dia seguinte.
09:29Ela estava em pé
09:30gritando que o Michael
09:32não tinha trocado a lâmpada.
09:34E eu disse,
09:34Christine, você precisa descer.
09:37Ela disse para todo mundo
09:37que eu bati nela.
09:39E depois disse
09:39que eu precisava sair da casa deles,
09:42que eu não era mais bem-vinda ali.
09:45Mas a parte mais difícil foi
09:47o que foi feito com o meu filho.
09:52Ele foi muito maltratado.
09:54Ele foi tratado como lixo.
09:57Mas ele é uma boa pessoa
09:59e eu sei que toda mãe vai dizer isso.
10:02Mas eu acho que um pedaço dele
10:05foi arrancado e jogado fora.
10:07Então,
10:18existe a definição simples
10:21de abuso sexual
10:22que é bastante óbvia.
10:24É visual.
10:26Você pode ver
10:27e pode saber.
10:30E tem o que eu passei.
10:31Ela abusou sexualmente de mim
10:35ao violar meu corpo fisicamente?
10:39Não, ela não fez isso.
10:42Ela abusou sexualmente de mim
10:43usando sexo como arma?
10:47Sim, ela fez isso.
10:51A maneira da Christine
10:53me manipular sexualmente
10:54basicamente era me negando sexo.
10:57Não me deixando fazer sexo.
10:59Ela sabia que eu me sentia
11:00atraído por ela.
11:00Houve anos em que
11:02a quantidade de vezes
11:03que transamos
11:03só tinha um dígito.
11:06Ela nunca
11:08deu em cima de mim.
11:10Ela nunca me disse
11:11que eu era atraente.
11:12Ela que era atraente.
11:14Eu era o feio.
11:15Então, não teve jeito.
11:18Eu fiquei levemente
11:19viciado em pornografia.
11:22O porno não vai me dizer
11:23que eu sou feio.
11:25Não vai me rejeitar.
11:28Então,
11:28ela usava
11:31a pornografia contra mim
11:33e piorou as coisas.
11:39Em outubro de 2013,
11:42eu saí do Canadá.
11:45Ainda não estávamos
11:46divorciados na época.
11:47E a Christine
11:48decidiu começar a usar
11:49o sexo como arma
11:50para me fazer voltar
11:52e ela aí poder
11:55me controlar.
11:57Então,
11:57ela começou a me mandar
11:58fotos safadas
11:59me provocando,
12:02me atentando.
12:02Se você voltar,
12:04você vai ter
12:05isso.
12:05olha como é gostoso
12:13quando a gente
12:13isso é muito errado.
12:17Você é minha ex.
12:18Você seguiu em frente.
12:19É errado.
12:19Eu preciso
12:20eu preciso te amarrar
12:22e bater em você.
12:23sexo e briga
12:26no tribunal
12:26não dá certo.
12:29Confie em mim
12:30no tribunal.
12:32Por favor,
12:32não briga comigo.
12:35Dá a guarda
12:35para mim.
12:38A Christine
12:39estava usando
12:40o corpo dela,
12:41o sexo,
12:42para conseguir
12:42o que ela queria
12:43no divórcio.
12:44Você pode ter isso,
12:45mas precisa me dar
12:46o que eu quero,
12:47a guarda dos meninos.
12:48E ele concordou.
12:49A Christine
12:51é a representação
12:53do mal.
12:54No começo
12:55e por muito tempo
12:56eu achei que
12:57a lavagem cerebral
12:58era somente comigo.
12:59Eu não via isso
13:00acontecendo com mais ninguém.
13:02Até que eu percebi
13:03como os meus filhos
13:05foram manipulados
13:06depois do divórcio.
13:07Ela falou para os meus filhos
13:08sem parar,
13:09sem parar,
13:09sem parar o tempo todo
13:11o pai de vocês
13:12vai matar vocês
13:13e eu vou proteger vocês.
13:16Para uma mente jovem
13:17se desenvolvendo
13:18quantas vezes
13:20você precisa
13:21escutar a sua mãe
13:22dizer para você
13:23que o seu pai
13:25vai te matar.
13:28Até você
13:28começará a acreditar.
13:30Meu filho do meio
13:30e o mais novo,
13:31eu não os vejo
13:32há mais de oito anos.
13:35E
13:35eles não querem
13:37mais me ver.
13:40Má.
13:41Ela merece.
13:43Ela merece
13:43ser chamada de
13:44Má.
13:48por causa
13:55do divórcio
13:56entre Michael
13:56e Christine
13:57eles se odeiam
13:58de verdade
13:59e existe
13:59uma guerra
14:00entre eles.
14:02Os casos
14:02criminais
14:03contra Michael
14:03e Christine
14:04estavam prestes
14:05a ir a julgamento.
14:06A promotoria
14:07teve que apresentar
14:08denúncias separadas
14:09contra o Michael
14:09e a Christine.
14:10Eu suspeito
14:11que seja
14:11porque o Michael
14:12contou ao detetive
14:13Davenport
14:14supostos comportamentos
14:15criminosos
14:16da Christine.
14:17e o Michael
14:18foi a julgamento
14:19primeiro.
14:20Será que ele
14:21estava tentando
14:21colocar toda a culpa
14:23na Christine
14:23para fugir
14:24da responsabilidade
14:25dele
14:26ou estava
14:27motivado
14:27pela vingança?
14:28Petição verificada
14:29de dissolução
14:30de casamento.
14:31Durante o primeiro ano
14:31após o divórcio
14:32nós compartilhávamos
14:34uma conta de celular
14:35e acontece
14:36que aquele celular
14:37naquele momento
14:39estava configurado
14:40para fazer backup
14:41de fotos
14:42e vídeos.
14:43então
14:44toda vez que ela
14:45tirava uma foto
14:46dos meus filhos
14:47ia automaticamente
14:49para o backup
14:49na minha conta
14:51na nuvem.
14:52Então
14:53eu abria
14:53minha conta
14:54todos os dias
14:55com a esperança
14:56de ver
14:57os meus filhos
14:58ver sorrisos
15:00ver um vídeo
15:01ouvir as vozes
15:02deles
15:02e quase que
15:05imediatamente
15:06depois eu estava
15:07vendo
15:07fotos
15:09fotos dela
15:11em vários momentos
15:12se despindo
15:13que eu sabia
15:15que estavam sendo
15:16enviadas
15:16para outras pessoas.
15:21Você viu as fotos?
15:22Elas eram leves.
15:24Eu podia estar usando
15:24só um short
15:25nas fotos.
15:27E
15:27você
15:28não sabe quais
15:30eu mandei para ele
15:30porque tinha umas
15:31bem confortadas
15:32e tinha outras
15:34que eu mandei
15:35para você.
15:36Você não...
15:36Por que eu mandei
15:37para você?
15:38Me fala
15:39por que eu mandei
15:39para você.
15:40Me fala a verdade.
15:40Você não me mandou
15:41nada, Christine.
15:43Você não mandou
15:43por e-mail.
15:44Por quê?
15:44Não mandou nada
15:45por mensagem de texto.
15:46Eu sei que você fica
15:47me vigiando
15:48a porra do tempo todo.
15:50Olha só.
15:50Eu sei.
15:51Está tudo na minha
15:52conta na nuvem.
15:52Michael, eu sei
15:54que você colocou
15:55o Spotify
15:55no meu...
15:56Spotify?
15:57Espera aí, espera aí,
15:57espera aí, espera aí.
15:58Você sabe o que é
15:59Spotify?
15:59É, eu não sei,
16:02mas eu também
16:03não quero saber
16:03o que é.
16:04Spotify, Spotify,
16:04Spotify é como Pandora,
16:07é para ouvir músicas.
16:10A Christine não sabia
16:11muito de tecnologia.
16:14Ela não entendia
16:15de computadores,
16:16não entendia
16:16de tecnologia.
16:17Ela tirava fotos dela
16:20de lingerie
16:21e salvava elas.
16:25E esse tempo todo,
16:26o Michael estava
16:27morando comigo
16:28e com a minha família
16:29e as fotos apareciam
16:32no computador dele
16:34e ver ele ficando
16:37arrasado
16:38era como se a vida dele
16:40estivesse sendo destruída
16:42de dentro para fora.
16:44Não só a vida dele,
16:45mas o coração dele.
16:47havia muita dor
16:51no casamento
16:52fracassado
16:53de 15 anos.
16:54Ela a modificou,
16:56criou o caso,
16:57mentiu publicamente,
16:59mentiu no privado
17:00repetidamente,
17:01de novo,
17:02de novo e de novo
17:03para que ela
17:03mantivesse o poder,
17:05o dinheiro
17:05e o controle
17:06sobre tudo
17:07e sobre todos.
17:10A Natália foi manipulada,
17:11ela sofreu lavagem cerebral,
17:13ficou parecendo
17:14o mais louca possível.
17:18Verão de 2012,
17:19o Tribunal do Condado
17:20de Marion
17:21decidiu que a Natália
17:22era e sempre foi adulta.
17:24Alguns meses antes
17:25daquele momento,
17:26a Christine havia
17:27ensinado e ensaiado
17:29uma apresentação
17:30com a Natália.
17:31Oi,
17:33eu preciso fazer a voz
17:35e tudo mais,
17:36então deixa eu tomar
17:36um gole d'água, tá?
17:40Consigo vê-la fazendo isso,
17:42porque as mãos,
17:43os dedos dela
17:43não dobram direito
17:44por conta da displasia
17:46e é isso.
17:48Oi,
17:49meu nome é Natália,
17:52eu pareço ser nova,
17:53mas eu tenho
17:5323 anos de idade
17:55e eu sou perigosa.
17:57Eu já tentei matar
17:58algumas pessoas.
17:59como deixou isso acontecer?
18:11Isso vai parecer horrível.
18:14Eu acho que eu nunca
18:15a vi se apresentando assim
18:16para um estranho
18:17publicamente em voz alta.
18:19Acho que eu nunca
18:20estive presente
18:21quando a Natália
18:22conheceu um estranho.
18:24Foi uma coisa
18:25que Christine ensinou
18:26para a Natália
18:26para que quando nós
18:27não estivéssemos perto,
18:28a Christine
18:29não pudesse avisar
18:30para a pessoa
18:31de que ela era perigosa.
18:35Se eu devia ter sido
18:36mais homem,
18:37se eu devia ter
18:38ter tomado
18:39o controle da situação
18:41e ter sido firme,
18:43sim.
18:44Apaga isso.
18:45Isso não é ser um homem.
18:47Eu devia ter sido
18:47uma pessoa diferente?
18:49Sim.
18:51Com certeza.
18:52Se eu era,
18:53se eu
18:53era emocionalmente
18:55ou mentalmente capaz
18:56de fazer algo assim?
18:57não.
19:06Ela é abusiva.
19:07aquela
19:22porra de mulher
19:24eu não enfrentava.
19:26Hoje eu conseguiria.
19:28eu conseguiria
19:30com a distância
19:31e o espaço
19:32e a clareza,
19:32agora eu conseguiria.
19:34Eu não conseguia.
19:37Eu simplesmente
19:38não conseguia.
19:39quando ela me disse
19:44que tinha tentado
19:45matar a própria mãe,
19:46eu perguntei,
19:47mas por quê?
19:48Como assim?
19:49E eu senti que
19:50ela
19:50ou foi treinada
19:52para dizer aquilo
19:53ou nada daquilo
19:54tinha acontecido.
19:56Alguém estava falando
19:57que era o que
19:58tinha acontecido
19:59e fez ela acreditar nisso.
20:01Ou ela estava
20:02totalmente por fora
20:03do que estava acontecendo.
20:04geralmente abuso
20:08é sobre poder.
20:11A Christine
20:12era quem estava
20:12no poder
20:13durante todo o tempo.
20:17A Christine
20:17é quem está
20:18no poder
20:18agora,
20:19hoje.
20:21Se for verdade
20:22que a Christine
20:23estava manipulando
20:24a Natália
20:25para dizer coisas
20:26que eram falsas,
20:27então isso
20:27é perturbador.
20:29E surge a questão,
20:30isso é uma prova
20:31de síndrome
20:32de Estocolmo
20:33ou é prova
20:35de que a Natália
20:36era uma criança
20:36seguindo as ordens
20:38da mãe dela.
20:39Agora,
20:39isso pode explicar
20:40as inconsistências
20:41da Natália.
20:42Por exemplo,
20:43a Natália
20:43admitiu
20:44ter tentado
20:45envenenar a Christine.
20:47Ela disse,
20:48eu tentei envenenar eles
20:49e aí eu precisei
20:50morar na garagem
20:51por um tempo.
20:52E depois
20:53ela negou.
20:54Você tentou
20:55colocar uma
20:56substância estranha
20:57no café dela?
20:58Não,
20:59ela me disse
21:00para eu falar isso.
21:01Ah, tá.
21:03Com certeza
21:03parece que
21:04esses depoimentos
21:05foram coisas
21:06que a Natália
21:07não queria
21:07necessariamente dizer.
21:09Parece compulsão,
21:10tipo,
21:11como se ela estivesse
21:12sendo forçada
21:12a dizer coisas.
21:17Tudo neste caso
21:18gira em torno
21:20da idade
21:20da Natália.
21:22Ela é uma criança
21:23ou uma adulta?
21:26Ela poderia
21:26mesmo
21:27ter nascido
21:28em 2003?
21:30Qual é a verdadeira
21:31idade
21:32da Natália
21:32Barmet?
21:34Ficou claro
21:35que a promotoria
21:36acredita que a Natália
21:37era uma criança
21:37quando foi deixada
21:38sozinha
21:39no apartamento
21:40em Lafayette,
21:41Indiana.
21:42A redefinição
21:44da idade dela
21:45para uma adulta
21:46pode ter sido
21:46a maneira
21:47deles se protegerem
21:48das denúncias
21:49de negligência infantil.
21:50Existem duas teorias
21:52ou acusações.
21:53uma é baseada
21:54na Natália
21:55ser uma criança.
21:56A outra
21:57é baseada
21:58na Natália
21:59ser uma dependente
22:00com deficiência.
22:03E é aí
22:03que a idade
22:04da Natália
22:05se torna
22:05muito importante.
22:07Se a promotoria
22:07conseguir provar
22:08que a Natália
22:09era criança,
22:10a despeito
22:11da redefinição
22:12da idade
22:12é um caso
22:13ganho
22:13com qualquer júri.
22:155 de setembro
22:16de 2019.
22:17Pravação feita
22:18por Brandon Davenport.
22:20O que teria acontecido
22:21se você não tivesse
22:22concordado
22:22com a mudança
22:23de idade
22:23da Natália?
22:25Ai, meu Deus!
22:27Eu teria perdido
22:28os meus filhos.
22:29Sem dúvidas.
22:30Nunca mais veria
22:31meus filhos.
22:32Seria expulso
22:33de casa.
22:34E ela teria
22:35feito o que fez,
22:36sabe?
22:36Ela fez.
22:39Você disse
22:39que a Christine
22:40era uma mestra
22:41manipuladora.
22:42Isso.
22:43E se eu te dissesse
22:44que a Natália
22:44nunca menstruou?
22:46Eu ficaria chocado.
22:48E se eu dissesse
22:49que a Natália
22:50só começou
22:51a desenvolver
22:52seios há um ano.
22:53Olha,
22:54médicos me disseram
22:55que ela era adulta.
22:56Pareciam ter certeza
22:57disso.
22:58Eu acho
22:59que a verdade
23:00com toda a pesquisa
23:01que eu fiz
23:02te contaram
23:02uma certa história.
23:04Muitas pessoas
23:05ouviram uma história
23:05e eu acho
23:06que a verdade
23:07é que a Natália
23:08não é
23:09tão velha assim.
23:10E eu acho
23:11que no fundo
23:11você sabe
23:13que estava errado.
23:15Em relação
23:16à redefinição
23:17da idade da Natália
23:18pode ter havido
23:19um motivo aqui.
23:20E o motivo
23:20é que
23:21seja lá
23:22qual tipo
23:23de abuso
23:23estivesse acontecendo
23:24a idade
23:25faz uma grande
23:25diferença
23:26de como
23:27isso é visto
23:27legalmente.
23:2816 de setembro
23:29de 2019.
23:30Oi, doutor.
23:30Meu nome é
23:31Brandon Davenport
23:32e eu sou detetive
23:33da polícia
23:33de Indiana.
23:34E eu estava
23:34querendo falar
23:35com o senhor
23:35sobre a Natália
23:37Barnett.
23:38Eu não a vejo
23:39como paciente
23:40há uns sete
23:42ou oito anos
23:42ou algo assim.
23:44Bom,
23:44eu preciso admitir
23:45que eu não acredito
23:47que a Natália
23:48tinha 22 anos
23:49quando concluíram isso
23:50ou então
23:51eu não estaria
23:51investigando.
23:53Esse número 22
23:54eu acho que
23:54foi o juiz
23:55que definiu.
23:56Eu não sei
23:57como é que é
23:57para mudar
23:58a idade das pessoas.
23:59Eu imagino
23:59que é um processo
24:00difícil.
24:01Bom,
24:02eu também acharia
24:02que é um processo
24:03difícil para ser honesto
24:04mas a verdade
24:05é que isso aconteceu
24:07sem nenhuma audiência
24:08e isso
24:10para mim
24:10é loucura.
24:11mas eles
24:13usaram o senhor
24:14para conseguir
24:15fazer isso.
24:16Com certeza
24:17pareceu que
24:17estavam tentando
24:18dizer que aumentaram
24:19a idade dela
24:19porque o senhor
24:20aumentou.
24:21Me lembro dela
24:22dizer que tinha
24:23mais de 18 anos.
24:24A Christine
24:25estava fazendo ela
24:25dizer que era
24:26mais velha do que era.
24:27A Christine
24:28tem uma tendência
24:28ou a família
24:29pelo menos
24:29tem uma tendência
24:30a falsificar
24:32muitas coisas
24:32para conseguir
24:33o que quer.
24:34Agora precisamos
24:35nos perguntar
24:36por que fizeram isso.
24:38Sabe,
24:38eu tenho minhas suspeitas.
24:39Sabia que no estado
24:40de Indiana
24:41você é responsável
24:42por uma criança
24:42ainda mais quando
24:43a adota
24:43até que ela tenha
24:4421 anos?
24:45Não.
24:46Então,
24:47ao colocar 22 anos
24:48isso os fez
24:49não serem mais
24:50responsáveis
24:50financeiramente
24:51por esta criança.
24:53Então,
24:54se a Christine
24:54chegar e disser
24:55que eles não
24:56teriam redefinido
24:56a idade dela
24:57se o senhor
24:58não tivesse dito
24:59que ela era
24:59mais velha
24:59do que dizia,
25:02o senhor acha
25:03que isso criaria
25:03um problema?
25:05Se eles dissessem
25:06que foi tudo
25:06ideia minha?
25:07É.
25:09Deu, senhor.
25:09Eu imagino que sim.
25:11Essa é a questão aqui.
25:13Pode se tornar um problema.
25:14Eu acho que eles vão dizer
25:15que não vão assumir
25:16a responsabilidade
25:17de redefinir
25:18a idade dela
25:18e que só fizeram isso
25:19porque o senhor
25:20disse que ela
25:20tinha 22 anos.
25:22Se eles não querem
25:23assumir a responsabilidade
25:24pelo que fizeram,
25:25vão ter que culpar
25:26outra pessoa.
25:29O curioso
25:30é que essa petição
25:31de emergência
25:32para redefinir
25:33a idade da Natália
25:34é fortemente baseada
25:36no doutor McLaren,
25:37o médico da família,
25:39um clínico geral.
25:40E a opinião dele
25:41aparentemente
25:43foi o que guiou
25:44o juiz
25:45e foi o suficiente.
25:46E isso virou
25:47uma questão central
25:48para a promotoria.
25:49Depoimento em 16 de setembro
25:51de 2022.
25:52Você concorda
25:53que o fato
25:53de que você acredita
25:55que a Natália
25:56é uma criança
25:57pode deixar
25:58a sua investigação
25:59parcial?
26:00Detetive Brandon Davenport.
26:01Não acho
26:02que minha investigação
26:02seja parcial.
26:03Ok,
26:04então você acredita
26:05que a Natália
26:05em 2013
26:06acredita que ela
26:07era uma criança?
26:09Os fatos sugerem
26:10que ela era
26:10uma criança na época.
26:11Na verdade,
26:12o fato é que existe
26:13uma decisão judicial
26:14dizendo que ela...
26:14Senhor Nicholson,
26:15não vamos brigar.
26:16Ele já disse
26:17que na opinião dele
26:18os fatos mostram
26:18que ela era uma criança.
26:20Foi isso que você disse,
26:21que a sua opinião
26:22é de que os fatos
26:23mostram que ela é uma criança?
26:24Se está me perguntando,
26:25sim, senhor.
26:29Nikolaiv, Ucrânia.
26:30A idade da Natália,
26:31o ano de nascimento dela,
26:33era tão importante
26:34que os promotores
26:35e o detetive Davenport
26:37foram para a Ucrânia.
26:46Eles foram atrás
26:47desta mulher,
26:48Ana Gava,
26:49que supostamente
26:50é a mãe biológica
26:52da Natália,
26:53e pegaram uma amostra
26:54de DNA dela.
26:58Meu nome é Brandon.
27:00Nós viemos até aqui
27:02para conhecer a senhora.
27:07A nossa posição,
27:08e imagino que a sua também,
27:09é que queremos o melhor
27:11para a sua garotinha.
27:14Então vamos fazer um teste.
27:15Precisamos pegar uma amostra
27:17da parte de dentro
27:18da sua bochecha.
27:19Então acabamos?
27:28Sim, acabamos.
27:30Saíram os resultados
27:31do teste de DNA.
27:34Ela é, de fato,
27:35a mãe biológica
27:37da Natália.
27:39Isso é muito importante.
27:42E pode resolver
27:43toda essa questão
27:44da idade.
27:45isso muda tudo.
27:54Você pode dizer o seu nome
27:55para ficar registrado,
27:56por favor?
27:58Natália Barnett.
27:59E quantos anos você tem?
28:01Biologicamente,
28:0432, 33.
28:06Desculpa.
28:07Ou...
28:09Eu tenho 33 anos.
28:12Certo.
28:13Legalmente.
28:14Biologicamente, 19.
28:16O presidente ucraniano
28:30diz que 30%
28:31das estações elétricas
28:32do país foram destruídas
28:33em pouco mais de uma semana,
28:35levando moradores
28:35a restringir o uso
28:36de eletricidade e água.
28:38Faz parte da campanha
28:39de Moscou
28:40para deixar o país
28:40com frio e na escuridão.
28:42Há três anos,
28:48Ana Gava fez o teste
28:49de DNA
28:50que a identificou
28:51como mãe da Natália.
28:52Por favor,
28:53apresente.
28:53Se diga de onde você é
28:55e de qual cidade.
28:57Meu nome é Ana Colodi.
28:59Eu nasci na Letônia
29:00em 1979,
29:02no dia 20 de abril.
29:03Eu tenho quatro filhos
29:05e tive a Natália.
29:06Certidão oficial.
29:08Ela nasceu
29:09no dia 4 de setembro
29:10de 2003.
29:11nasceu às 6h25
29:13na maternidade número 1.
29:17Ela é minha filha biológica.
29:22Eles a mostraram para mim.
29:25O parto também foi bem difícil,
29:28muito difícil.
29:30Quando eu acordei
29:31depois da anestesia,
29:33no dia seguinte,
29:36o médico veio
29:37e disse que não fazia
29:38nenhum sentido
29:39levar a minha filha
29:40para casa.
29:41eles me disseram
29:44que ela não poderia andar
29:45e também que ela
29:46sempre seria
29:47muito, muito pequena.
29:50Eles disseram
29:50que uma cirurgia
29:51custaria uns 100 mil dólares
29:53e como eu não tinha
29:55esse dinheiro
29:55e também tinha
29:56uma filha mais velha,
29:58eu já tinha a Júlia
29:59na época.
30:00A Natália nasceu
30:01depois dela.
30:01então eu...
30:04ela me trouxe uma cópia
30:07do documento
30:08do papel
30:10e ela me disse que
30:11eu tinha que escrever
30:13cinco cópias.
30:14eu não queria abandoná-la no começo,
30:19mas os médicos disseram
30:20que não tinha nada
30:21que eu pudesse fazer
30:22por ela.
30:23Eles disseram
30:24que eu era jovem,
30:27só tinha 24 anos,
30:28não devia arruinar
30:29minha vida
30:30e eu teria
30:30outros filhos.
30:31Então, Ana,
30:35me fala um pouco mais
30:36sobre o que é
30:37esse sentimento
30:39tão triste
30:39que está trazendo
30:40lágrimas
30:41aos seus olhos
30:42agora.
30:43Eu ter escutado
30:44os médicos
30:45e ter abandonado
30:46ao invés
30:47de ficar com ela.
30:49Não, não,
30:50eu estou aqui em casa
30:51e minha esposa
30:52está dando um...
30:53Esse tempo todo,
30:55durante todos esses anos
30:56eu penso nela.
30:58Como é a vida dela,
30:59o que ela está fazendo.
31:00todas essas coisas.
31:03Tá bom, então.
31:03É difícil falar disso agora?
31:07É, acho que sim.
31:13Pai, o que aconteceu?
31:15Não aconteceu nada, filha.
31:16Fica calmo, tá?
31:18A mamãe está bem.
31:20Fica nervosa, não.
31:25Não chora, não, mamãe.
31:27A mamãe vai ficar bem, filho.
31:29Prometeram uma grande
31:30quantidade de ouro a ela
31:32e o que ela ganhou
31:32foi o oposto.
31:37E quando eu soube
31:39o que tinha acontecido,
31:40que ela foi abandonada
31:41aos 13 anos
31:42sozinha
31:42em um apartamento,
31:43eu fiquei chocada,
31:46obviamente.
31:47E o que aconteceu
31:49quando os americanos
31:50vieram te visitar
31:51em 2019?
31:53Então,
31:54quando os americanos
31:55vieram aqui,
31:56a polícia
31:57estava procurando por mim.
31:59Eu fui interrogada
32:00na delegacia
32:01e...
32:03tinha um promotor,
32:05um detetive
32:06e...
32:07então...
32:08então...
32:09Oi, Ana?
32:11Ana?
32:13Oi.
32:13Ai, que bom.
32:15A conexão voltou.
32:16A conexão tinha caído,
32:17mas agora voltou.
32:18Tá tudo bem.
32:19Enfim,
32:20a polícia me encontrou.
32:22E falaram de americanos
32:23que viriam ao meu encontro
32:25e iriam fazer
32:26um teste de DNA.
32:29Uhum.
32:31Aí passou
32:32mais ou menos um mês.
32:33Eu e a Jack
32:34nos conectamos
32:35através das redes sociais
32:37e foi aí que...
32:38que ela me disse
32:39que o resultado
32:40do teste
32:41deu positivo.
32:4299,9%.
32:43Você ficou feliz
32:44ao saber
32:45que o teste
32:45tinha dado positivo?
32:48Olha,
32:48na verdade,
32:49eu já sabia
32:49sem precisar do teste.
32:51Eles tinham
32:52a foto dela
32:53e eu disse logo
32:54que era ela.
32:55Tá bom, pai.
32:56Eu sabia sem o teste.
32:58Mesmo se não tivessem
32:59feito o teste,
33:00eu ainda saberia
33:01que era ela.
33:04A Ana Gava
33:05nasceu em 1979,
33:06então ela teria
33:0810 anos de idade.
33:10Se a Natália
33:10tivesse nascido
33:11em 1989,
33:13como diz a decisão
33:14de redefinição
33:15de idade dela.
33:16Então não existem
33:17boas razões,
33:18além do fato
33:18de que ela tinha
33:19pelos pubianos
33:20para acreditar
33:21que ela tinha nascido
33:22antes de 2003.
33:26E também sabemos
33:27que os advogados
33:28do Michael
33:28tinham os resultados
33:30do DNA
33:30da Ana Gava
33:31porque eles receberam
33:33isso durante a preparação
33:34para o julgamento.
33:35Eles sabiam
33:36que a Ana Gava
33:37era a mãe da Natália.
33:38Então,
33:39em relação
33:40à mulher na Ucrânia
33:42que eles dizem
33:44ser a mãe dela,
33:46eu não sei
33:47a verdade de nada.
33:48E essa é
33:49a mais honesta verdade.
33:50Eu não sei.
33:51Se o meu advogado
33:52estivesse aqui agora,
33:54ele ia falar
33:55coisas de advogado.
33:57Ele ia falar
33:57coisas como
33:58o devido processo
33:59e inspecionar
34:00as evidências
34:01e pesquisar
34:02a validade
34:03de coisas assim.
34:05Eu nunca me encontrei
34:06com ela.
34:06Eu nunca fui
34:07para a Ucrânia.
34:08Eu não fiz teste.
34:09Eu nunca fiz
34:10nada disso.
34:11Eu estive presente
34:12para participar
34:12de qualquer coisa?
34:14Não.
34:15Essa informação
34:16foi validada
34:18em um tribunal
34:19e foi oficialmente
34:21definido
34:22que sim,
34:22tudo é legítimo?
34:23Não.
34:24Os testes,
34:25eles foram feitos
34:27por um promotor
34:28que tem motivos
34:31para querer ganhar
34:32o caso.
34:33Notícias de última hora.
34:35O juiz da Corte Superior
34:36do Condado
34:37de Tipcanu
34:38concordou
34:38com o argumento
34:39da defesa
34:40de que a idade
34:40da Natália
34:41não pode fazer parte
34:42desse caso.
34:44Um juiz decidiu
34:44anos atrás
34:45que Natália
34:45era adulta
34:46quando essa série
34:47de eventos aconteceu.
34:49Por este motivo,
34:50ninguém pode dizer
34:51que ela era uma criança.
34:53Um grande
34:53empecilho
34:54para a promotoria.
35:01Apesar das evidências
35:02de DNA
35:03de que Ana Gava
35:04é a mãe biológica
35:05da Natália,
35:07a decisão do juiz
35:08de que a idade
35:09da Natália
35:09não seria revista
35:11neste tribunal criminal
35:12foi um grande golpe
35:14para a promotoria.
35:16Todas as testemunhas
35:17estavam prontas
35:18para testemunhar
35:19sobre a idade
35:20da Natália
35:21e agora
35:21todas elas
35:22foram silenciadas.
35:23depoimento
35:24do doutor
35:25Joseph Belflauer.
35:26Eu sou
35:27Mark Nicholson,
35:29advogado
35:30de Christine Barnett.
35:31Eu sou a Jack,
35:32sou promotora assistente.
35:34Sou Terrence Kinnard,
35:35representando
35:36Michael Barnett.
35:37Agora
35:37você
35:38avaliou
35:40a Natália,
35:41isso está
35:41correto?
35:43Sim,
35:44eu avaliei
35:44e
35:45atendi
35:46em 2010,
35:48se não me engano.
35:49você sabe
35:50que a Natália
35:51não é uma criança.
35:54Quando eu
35:54vi as placas
35:55de crescimento
35:55dela
35:56estavam abertas,
35:57ela não era
35:58uma adulta.
35:58Ela havia sido
35:59legalmente
35:59declarada adulta.
36:01Não no momento
36:02do tratamento,
36:03que fique bem claro.
36:04parece que ela
36:04não era
36:05legalmente
36:06adulta.
36:08E ela veio
36:08e me disseram
36:09que ela tinha
36:11seis anos.
36:11Não sou eu
36:12que estou falando,
36:12doutor,
36:13com todo o respeito.
36:14É o tribunal.
36:15Mas sendo que...
36:16O senhor me deixa
36:16terminar, por favor?
36:17Deixa eu terminar?
36:18A decisão judicial
36:19determinou
36:21a data de nascimento
36:22dela.
36:22E o que eu estou
36:23tentando falar
36:23é que na hora
36:24que você for,
36:26for testemunhar,
36:29os promotores
36:30vão dizer
36:30que você
36:31não vai poder
36:32testemunhar.
36:33Se estiver
36:34tentando
36:35dizer ao júri
36:36que quando você
36:38a viu,
36:38ela era uma criança.
36:39O que eu estou
36:39tentando dizer
36:40é que os raios-x
36:42não mentem.
36:43Entende?
36:44As placas
36:45de crescimento
36:45dela
36:46não estão abertas.
36:48Mas doutor,
36:48o senhor não entende
36:49que não podemos
36:49falar sobre isso
36:50no julgamento,
36:50não é?
36:51Então devo
36:52me referir
36:53a ela como adulta?
36:54Como uma pessoa.
36:57Eles não estão
36:57interessados na verdade.
36:59Eles estão
37:00interessados na questão
37:01legal?
37:01Não gosto
37:02que diga
37:02que não estamos
37:03interessados na verdade.
37:05Porque eu
37:06estou interessado
37:06na verdade.
37:07Tá bem.
37:07Muitas mentiras
37:08foram ditas
37:09nesse caso.
37:10Nós não vamos
37:11discutir
37:12sobre isso.
37:13Eu já falei
37:14que ele não vai
37:16me desrespeitar
37:17dizendo que eu
37:18não estou
37:18interessado
37:19na verdade.
37:20Tá bem.
37:21Não, eu só estou
37:21dizendo porque
37:22ele acabou de dizer
37:23que não estamos
37:25interessados
37:25na verdade.
37:27A data de nascimento
37:28dela, doutor,
37:29é 4 de setembro
37:30de 1989.
37:3517 de outubro
37:36de 2022,
37:387 dias
37:38para o julgamento
37:39do Michael.
37:45Estamos no escritório
37:47do advogado
37:47e é hora
37:48do show.
37:50Estamos aqui
37:50para nos preparar
37:51para o tribunal.
37:52Meus advogados
37:52estão esperando
37:53no quarto andar
37:54para entrarmos
37:55e decidirmos
37:55exatamente
37:56qual vai ser
37:56a estratégia.
38:00Eu queria dizer
38:01o que acontece
38:01depois do julgamento.
38:05Mas eu não faço
38:06a menor ideia
38:07e eu não tenho
38:08controle do que vai
38:09acontecer na minha vida,
38:10de como vai ser
38:10o meu futuro.
38:11Nada.
38:14Mas,
38:14quando a gente subir,
38:15vocês vão ver
38:16que eu tenho
38:17três advogados
38:18trabalhando neste caso.
38:19Só neste caso,
38:20em tempo integral.
38:23Tem o Riley,
38:24ele é um advogado
38:24novo no caso.
38:26Ele é mais novo,
38:27é afiado,
38:28talentoso,
38:28está trazendo
38:29um algo a mais
38:30que não tínhamos antes.
38:33E tem o Vincent Scott.
38:35O Vince,
38:36ele vai ajudar
38:37a mostrar ao júri
38:38claramente
38:39todas as mentiras.
38:42E o líder?
38:43Eu tenho
38:44o meu advogado,
38:45Salvador Terence,
38:46ao meu lado.
38:46Vamos nessa.
38:47Nós nos aproximamos
38:48bastante.
38:49É como se ele fosse
38:50da família.
38:50Ele é um amigo.
38:52Eu te apoio
38:52100%.
38:53Acredito que você
38:54seja inocente,
38:55eu não preciso
38:55te falar isso,
38:56porque já sabe
38:57que tem muito risco.
38:58Não dá pra saber
38:58o que 12 pessoas
38:59vão fazer.
39:00Eu não sei lá.
39:01Esses homens
39:02dedicaram suas vidas
39:04para me salvar.
39:08Vou enfrentar
39:08o impossível,
39:09mas vou conseguir.
39:13Escritório de Advocacia.
39:14O estado de Indiana
39:15contra Michael Barnett.
39:17Esse julgamento
39:18é sobre você.
39:19Não estamos defendendo
39:20a Christine Barnett,
39:21então nenhuma parte
39:22do nosso caso
39:23será pra tentar
39:24facilitar as coisas
39:25pra ela.
39:27Não vamos usar
39:27o nome da Christine
39:28no tribunal.
39:30Bom,
39:31sabemos que a mensagem
39:32mais ampla
39:32vai ser o abandono.
39:34Ok.
39:34A palavra adoção
39:35não pode ser usada.
39:37Nesse caso,
39:37é uma loucura,
39:38porque todo mundo
39:39espera que seja
39:39sobre essa adoção
39:40conturbada.
39:42Mas não é?
39:43Este caso
39:44é sobre
39:45uma alegação
39:46de negligência.
39:47se o júri olhar
39:49pra Natália
39:49e a estrutura física
39:51dela,
39:51eles vão saber
39:52que ela é uma adulta.
39:53Mas eles vão dizer
39:54que mesmo sendo adulta,
39:55como é que os pais
39:55puderam abandonar
39:56uma pessoa tão pequena?
39:58O júri pode acreditar
40:00nesta única coisa,
40:01que você abandonou
40:03uma pessoa
40:04com deficiência.
40:06Eles podem condenar.
40:08É o seguinte...
40:09Isso é verdade.
40:09Não podemos usar
40:10a palavra adulta.
40:12Pô,
40:12eu não sei por quê.
40:13Pode usar a palavra criança.
40:14Podemos,
40:15mas não queremos usar
40:16a palavra criança.
40:16O que a Natália
40:18é pra você?
40:19Minha filha?
40:20Minha filha adotiva
40:21legalmente?
40:22Sua filha de 21 anos.
40:23É, olha...
40:24Obrigado.
40:25Pô, formandos,
40:26eles me deprimem.
40:28É, vamos dizer,
40:29você abandonou
40:30a sua filha
40:31de 22 anos, né?
40:32Não.
40:32Essa vai ser a frase.
40:34Isso.
40:34Ela não é uma criança,
40:36ela é uma adulta,
40:37mas sem usar
40:38essa palavra.
40:38Então,
40:39o detetive Devenport...
40:40É, tem o detetive.
40:42Na cabeça deles,
40:45é a melhor testemunha.
40:46ele é uma incógnita.
40:50E mesmo depondo,
40:51ele não disse
40:52que ela era adulta.
40:55Depoimento de Brandon Devenport.
40:56Eu não sou parcial.
40:57Só estou interessado
40:59em garantir
41:00que alguém será ouvido
41:01se for vítima
41:02de um crime.
41:03E isso não tem nada
41:04a ver com a idade.
41:06Tô certo?
41:08Neste momento,
41:10eu acho que...
41:10que ela...
41:11Sim, nesse momento,
41:12a idade não tem nada a ver.
41:14Não bate.
41:20O Devenport vai dizer
41:21o que ele precisar dizer
41:22para ganhar.
41:24Em termos de um júri ideal,
41:25eu sei que é difícil prever,
41:26mas o que nós queremos?
41:27Para um júri perfeito,
41:29eu gostaria...
41:30de pessoas cultas
41:33e de classe média.
41:35Precisa ter uma mistura
41:36bem conservadora.
41:38Você precisa...
41:39Exatamente.
41:40... que eles se identifiquem
41:41com você.
41:41Sim, senhor.
41:42Expressão facial
41:43e comportamento.
41:45Sorria.
41:48Um pouco menos.
41:49Isso aí.
41:50Não se expresse demais,
41:52porque pode parecer
41:53estranho ou desconectado.
41:55Então, eu vou me sentar
41:56e em termos de expressão facial,
41:58eu não vou dar um sorriso.
42:00Eu não estou feliz
42:01de estar no tribunal.
42:02Ah, e também não...
42:03Não estou com raiva
42:06ou chateado.
42:07É só...
42:07É só a verdade.
42:09Eu sou um inocente
42:10sendo julgado.
42:11Então...
42:12É.
42:13E o assunto
42:14que ninguém quer falar
42:15se o Michael vai
42:17ou não depor.
42:18E vai depender
42:19do que vamos precisar falar
42:20e que não foi dito.
42:22Isso é tipo
42:23a p*** da Copa do Mundo.
42:27Nosso objetivo
42:28é ganhar.
42:29Ótimo.
42:30Até amanhã, Michael.
42:31Tchau, gente.
42:32Tá bem, até amanhã.
42:33Tchau, tchau.
42:41A única coisa
42:42que me preocupa
42:43com o Michael
42:44é que ele é enérgico.
42:47Isso é assustador
42:49para os advogados
42:50porque se eu fizer
42:51uma m***a...
42:52Se ele for condenado
42:56por este crime,
42:57eu não tenho dúvidas
42:58de que ele será preso.
43:00em Indiana,
43:04com esse tipo
43:05de crime,
43:06ele pode ser preso
43:07por 16 anos.
43:10Por mais que eu precise
43:10ser forte
43:11e tentar deixar ele
43:13confiante,
43:14por dentro
43:14eu tô com medo
43:15pra c***a.
43:17Porque ele é o cara
43:18que não vai ficar bem
43:19se precisar ir
43:19para a prisão.
43:20A batalha começa.
43:24Versão brasileira
43:25Drymark
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