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O comentarista Cristiano Beraldo afirma que a prisão de Jair Bolsonaro (PL) não garante uma oposição “mais forte e unida” a longo prazo. Para ele, sem a presença do líder, disputas internas tendem a ressurgir e cada grupo buscará seus próprios interesses.

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Transcrição
00:00Agora, Beraldo, há muitas teses e projeções sobre essa sucessão na direita, né?
00:04Há quem diga, Jair Bolsonaro perdeu o time, a oportunidade de tomar a decisão e acertar exatamente onde cada um deveria estar.
00:13Fala-se em oposição mais forte e unida após a prisão dele. É isso mesmo?
00:20Olha, Caniato, é difícil a gente imaginar que a longo prazo esse seja o efeito. Por quê?
00:25Uma liderança, ela se constitui na presença forte do líder, que, sobretudo no ambiente político,
00:34em que há vários interesses que precisam ser equacionados ao redor do Brasil,
00:40é a presença do líder que faz com que decisões que, infelizmente, desfavorecem alguns sejam aceitas
00:48e que essas pessoas se engajem numa busca de vitória de um determinado projeto.
00:54A gente pode lembrar, Caniato, que acontecia com o PSDB.
00:59A gente lembra da época em que havia ali uma briga interna para ver quem seria o candidato a presidente.
01:05Aí, de um lado, era Geraldo Alckmin, do outro, a turma de Aécio Neves ou José Serra.
01:11Por fim, eles pareciam que tinham se acertado e escolhiam lá o candidato.
01:15Mas aí um começava a trabalhar contra a eleição do outro,
01:18porque não queria que o outro ficasse oito anos na presidência da República,
01:22impedindo que ele pudesse ser candidato.
01:24Aquele que ficou derrotado pudesse ser candidato quatro anos depois.
01:27E eles iam se engalfiando, se matando ali nos bastidores.
01:32E aí eu conecto isso com o que disse o Dávila.
01:35O Brasil passa por esses constantes momentos de instabilidade.
01:40E a minha leitura sobre o que acontece no Brasil,
01:43sobretudo se a gente olhar os últimos cem anos,
01:47desses episódios aí que atentaram contra a democracia brasileira,
01:54ou os distúrbios causados por grupos políticos,
01:59me parece que o que eles têm de semelhante é que esses movimentos,
02:02eles sempre aconteceram visando a tomada do poder,
02:06que não tinham uma consequência benéfica à população brasileira.
02:12Quer dizer, o foco nunca foi o desenvolvimento do Brasil
02:16e o desenvolvimento da população brasileira.
02:19O desenvolvimento do Brasil foi acontecendo à medida que a população brasileira,
02:24em grande parte, foi mantida na ignorância.
02:28A ignorância no Brasil é uma estratégia, um objetivo político.
02:32E isso não permite que o Brasil avance,
02:34que o Brasil se consolide como uma democracia madura.
02:38Mesmo se nós observarmos o que aconteceu em 1964,
02:42o Brasil passava por um momento em que João Goulart
02:45era um presidente que estava colocando em prática atos comunistas.
02:53Então ele estava estatizando empresas privadas,
02:56ele estava tomando terra de pessoas que tinham produções agrícolas,
03:00e ele estava tomando medidas efetivamente alinhadas com a União Soviética.
03:05Então isso é uma questão histórica do momento que o Brasil e o mundo viviam naquele período.
03:11O governo militar, ele toma posse depois que João Goulart foge,
03:17porque era um covarde,
03:18e o projeto inicial de Castelo Branco, do Marechal Castelo Branco,
03:24era fazer um governo de transição para que, então, novas eleições fossem chamadas.
03:30Só que isso não acontece, porque os militares tiram Castelo Branco da presidência da República
03:36e mantém-se na presidência no puro exercício do poder.
03:40E isso levou Carlos Lacerda, esse sim, um grande democrata,
03:44a unir forças com aqueles que eram seus opositores no passado
03:48para acabar com o governo militar,
03:50porque ele achava que o Brasil tinha que, democraticamente, através de eleições,
03:54resolver os seus próprios problemas.
03:56Então a gente vê que o Brasil vai vivendo esses soluços, esses esforços,
04:01mas mesmo quando há ruptura, quando há revolução,
04:04nunca existe um propósito legítimo, efetivo e duradouro
04:09cujo objetivo seja o desenvolvimento e o amadurecimento
04:12da democracia, da população brasileira, e, por fim, da democracia brasileira.
04:18E agora o que a gente está vendo, Caniato, é mais um exemplo.
04:22Quer dizer, vai haver ali um esforço inicial,
04:26mas, no fim, cada um vai olhar para o seu próprio umbigo,
04:29vai cuidar dos seus próprios interesses mesquinhos,
04:32porque eu desafio nós chegarmos para esse grupo
04:36que está ali reunido, dizendo que vai manter a liderança do Brasil.
04:40Qual é o projeto para o Brasil?
04:41Me explica didaticamente, explica para a população brasileira,
04:45para essas pessoas que apoiam e fazem nascer uma direita brasileira agora,
04:50qual é o projeto, qual é o próximo passo?
04:52Vamos dizer que o candidato de vocês, o Flávio Bolsonaro,
04:55ganhando a eleição, vai ser escolhido o candidato, vai ganhar a eleição,
04:58o que ele vai fazer no dia 1º de janeiro de 2027?
05:00Quais são os atos tomados para a gente resgatar a normalidade institucional brasileira?
05:05Para resolver os problemas econômicos brasileiros,
05:07sair desse fundo do poço em que o Brasil está metido,
05:10do ponto de vista fiscal, que vai impedir que o próximo presidente
05:13tenha dinheiro para pagar as contas mais elementares?
05:16Essa previdência totalmente falida,
05:18o que a gente vai fazer para que novos escândalos não aconteçam?
05:22Isso tudo tem que ser debatido.
05:23Isso é muito mais importante do que essa...
05:27É compreensível esse momento de sensibilidade,
05:30visualmente é um momento em que você vê o ex-presidente,
05:34muita gente ali que tem adoração pelo ex-presidente,
05:36ele vai para a carceragem da Polícia Federal,
05:38isso tudo gera uma comoção.
05:41Mas a gente precisa falar do Brasil.
05:42Esse tem que ser o grande foco dessa discussão.
05:45Obrigado.
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