Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O especialista em tecnologia Igor Lopes explicou como a IA está criando avatares realistas de pessoas falecidas. Pesquisa da ESPM mostrou que 25% dos brasileiros aceitariam conversar com entes queridos recriados digitalmente. Um avanço que levanta dilemas éticos e emocionais.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A inteligência artificial no luto, pois é, pesquisa da ISPM aponta que 25% dos brasileiros
00:07aceitariam conversar com avatares realistas de entes falecidos.
00:12Com o avanço da tecnologia, foram desenvolvidos recursos capazes de criar avatares digitais de pessoas mortas.
00:20Conhecido como Tanabot, o serviço simula conversas com entes queridos falecidos
00:25com base em dados, imagens e registros de voz.
00:29E você, aceitaria utilizar esse recurso para conversar com pessoas que já se foram?
00:34Quem nos explica mais sobre essa tecnologia e novidade é o Igor Lopes, nosso colunista de inovação e tecnologia.
00:42Oi Igor, muito boa tarde para você, bom falar contigo.
00:45Seja bem-vindo aqui ao Real Time mais uma vez, tudo bem?
00:49Tudo bem, Eric, obrigado. E essa cor aqui não é porque eu fui para além ainda não, ainda estou bem quietinho aqui na Terra.
00:53Que bom, que boa notícia. Continue bastante tempo conosco, viu?
00:58Começando por essa pesquisa da ESPM, que diz que 25% dos brasileiros aceitariam conversar com avatares de pessoas falecidas, de entes queridos.
01:10Ainda assim, a maioria diz que não. E você, toparia usar uma tecnologia assim?
01:14Bom, Eric, eu fico dividido assim, né? Falando especificamente dessa pesquisa, foram 267 participantes que perderam entes queridos nos últimos dois anos.
01:23Eu tenho a felicidade de não ter perdido ninguém próximo. Então, eu não sou público dessa pesquisa especificamente, né?
01:29Então, mas como tem esse recorte, né? Esse número ele surpreende. 25% topariam, mas 75% não, né?
01:36Isso buscou compreender aí qual o papel dessas ferramentas em contexto de memória, conforto emocional.
01:41E 25% utilizariam isso por benefícios emocionais, né? Então, acho que esse é um dado interessante aí para trazer.
01:49Tem questões até psicológicas, né? Psicológicas, desculpa, envolvidas nesta questão, porque o luto precisa ser vivido, né?
01:58Os percalços da vida aí precisam ser enfrentados. Essa não seria uma maneira de maquiar esta perda?
02:05Pois é, né? O luto faz parte da experiência humana. E tentar interromper ou maquiar isso pode gerar um tipo de luto congelado, né?
02:11Nas pessoas. E os psicólogos aí que alertam que quando a gente recorre uma simulação para preencher esse vazio de quem se foi,
02:17pode acabar prolongando a dor ao invés de curar. Mas, por outro lado, tem também quem veja que os avatares
02:23seja uma forma de conforto aí, né? Para essas pessoas. Uma etapa de despedida simbólica, de repente.
02:28Às vezes a pessoa não conseguiu ter essa despedida, então com o avatar simbólico ela consegue vivenciar aquilo.
02:33Então, o que a gente está vendo é um novo dilema emocional aí, né? Até onde a tecnologia ajuda e a partir de onde ela passa a substituir
02:38aquilo que é essencialmente humano, no final das contas, né? Ausência, saudade, o tempo que a gente precisa usar para poder cicatrizar essa perda.
02:46E, como em outras tecnologias, eu acho que talvez a questão não seja proibir, mas entender o limite, né?
02:53Um avatar pode ser terapêutico, se usado aí, de repente, para revisitar boas lembranças, só que ele vira uma muleta emocional, né?
02:58Aí o risco é transformar o que seria uma homenagem numa prisão no passado. Você não consegue superar isso, né?
03:03Então, acho que novas tecnologias trazem esses novos dilemas para a sociedade.
03:07Olha, pessoalmente falando, eu acho bem estranho e triste, né?
03:10Mas, enfim, cada um tem o seu entendimento, né? E tem a sua forma aí de vivenciar este luto.
03:18Graças a Deus, assim como você, eu também ainda não tenho nenhum parente assim tão próximo que faleceu.
03:24Mas, Igor, no ano passado, uma empresa automotiva, né? A Volkswagen, reviveu a Elis Regina para um comercial da Kombi.
03:32E o tema deu no que falar, né? Alguns fãs ficaram, inclusive, revoltados. Outros já gostaram da novidade.
03:39Até o Conar entrou na jogada. E, no final, acabou arquivando aí o processo que eles abriram para avaliar se o comercial feriu o código de ética, né?
03:47Da instituição. Que tipo de discussão isso pode trazer para o âmbito da publicidade?
03:52Então, nesse caso, especificamente, foi uma outra tecnologia. Uma tecnologia chamada de deepfake.
03:56Deepfake. Porque existiu uma atriz e ela estava ali realmente no carro, né? No lugar da Elis Regina.
04:02E o rosto da Elis Regina foi substituído digitalmente.
04:05E aí, foi legal porque ela interagiu com a filha aí nessa campanha, né?
04:10E, assim, a Maria Rita, quando a Elis Regina morreu, a Maria Rita tinha 4, 5 anos.
04:14Ela não tem lembranças de ter vivido com a Elis.
04:17Nessa época, eu gravei com o João Marcelo Gospa.
04:19Ele estava me contando como foi essa experiência, né?
04:22De ter autorizado o uso da imagem da mãe dele aí para a Volkswagen.
04:27E, no caso, foi algo que eles viram com muitos bons olhos.
04:30Eles acharam que foi uma homenagem muito interessante.
04:34Principalmente a Maria Rita.
04:35Tem depoimentos dela falando que ela se vê ao lado da mãe.
04:38Foi algo emocional.
04:39Muito bom emocionalmente para ela, sim.
04:42Eu acho que é isso, né?
04:42É como a gente estava falando agora mesmo, né?
04:44Curar feridas é uma coisa.
04:46Usar de muleta é outra.
04:47Eu acho que, no caso da Maria Rita, foi algo positivo.
04:49Pois ela teve a oportunidade de contracenar com a mãe, de alguma maneira.
04:53Como você mesmo disse, né?
04:54O Conar, no final das contas, arquivou.
04:55Porque ele entendeu que a Elis faria aquilo ali se fosse em vida.
04:58E teve a autorização da família.
05:00Então, nesse caso, eles acharam que tudo bem.
05:02Agora, tem alguns boatos, na verdade.
05:04Não se tem certeza disso.
05:05Mas já existem boatos aí.
05:07Surgiram boatos.
05:08Porque a Madonna, por exemplo, já fez o testamento digital dela.
05:10Para saber até onde podem usar a imagem dela quando ela se for.
05:13Então, vamos ver se isso passa a ser uma nova tendência entre famosos.
05:16Pois é.
05:17Olha só o que você está trazendo.
05:18Hoje em dia, já as pessoas preocupadas com o testamento digital da tecnologia, não só de patrimônio.
05:26É interessantíssimo cada vez mais.
05:29O que vão fazer com a voz, com a imagem dela, quando elas se forem.
05:32O que pode.
05:32Até onde vai.
05:34Até onde pode.
05:35Olha, por enquanto, pelo jeito, sem limites.
05:37Onde pode ir aí a modernidade, a inovação e tecnologia, né, Igor?
05:42Exato.
05:43Um grande abraço.
05:44Sem limites, mas é bom a gente ficar de olho para poder entender esses limites e começar a colocar esses limites para quem você é, né?
05:49É verdade.
05:50Você tem toda a razão.
05:51Igor Lopes, obrigado, viu, pela participação mais uma vez aqui no Real Time.
05:55Sempre bom conversar contigo, você trazendo esses avanços tecnológicos e as novidades para a gente.
06:01Grande abraço e uma ótima quinta-feira para você.
06:04Você também.
06:04Valeu, Eric.
06:05Valeu, tchau, tchau.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado

0:26