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Uma declaração da presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, gerou polêmica na Corte. Ela pediu perdão por erros e omissões cometidos pela Justiça Militar durante o período da ditadura. A fala provocou uma reação do ministro Carlos Augusto Oliveira, que criticou o posicionamento da presidente. Reportagem: Janaína Camelo.

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Transcrição
00:00E uma fala sobre a ditadura no Brasil está causando polêmica entre integrantes do Superior Tribunal Militar.
00:09A Janaína Camilo tem todos os detalhes.
00:12Na abertura da sessão plenária dessa quinta-feira no Superior Tribunal Militar,
00:17o ministro Carlos Augusto Oliveira teceu duras críticas à presidente do tribunal,
00:22ministra Maria Elisabeth Rocha.
00:24Isso porque a presidente pediu em nome do STM perdão pelos erros e omissões da justiça militar cometidos na ditadura.
00:33Estou presente neste ato econômico de 2025 para, na qualidade de presidente da justiça militar da União,
00:44pedir perdão a todos que tombaram e sofreram lutando pela liberdade no Brasil.
00:51Pedir perdão pelos erros e as omissões judiciais cometidas durante a ditadura.
00:59Eu peço perdão a Vladimir Arzog e sua família, a Paulo Ribeiro Bastos e a minha família,
01:08a Rubem Paiva e a Mira Leitão e seus filhos, a José Dirceu, a Aldo Arantes,
01:15a José Januíno, a Paulo Vanucchi, a João Vicente Boulart e a tantos outros homens e mulheres
01:24que sofreram com as torturas, as mortes, os desaparecimentos forçados e o exílio.
01:31Eu peço, enfim, perdão à sociedade brasileira e à história do país,
01:36pelos equívocos judiciários cometidos pela justiça militar federal
01:41em detrimento da democracia e favoráveis ao regime autoritário.
01:47Recebam o meu perdão, a minha dor e a minha resistência.
01:52A declaração aconteceu no fim de semana,
01:54quando a ministra participou de um evento em memória à morte de Vladimir Arzog.
01:59Na sessão dessa quinta, ao lado dos demais ministros da corte,
02:02mas sem a presença da presidente do tribunal,
02:05o ministro Carlos Augusto disse que discorda da fala da colega
02:09e pediu que a nota de repúdio lida por ele fique publicada em ata.
02:13Em relação ao conteúdo do que a presidente expressou,
02:17não me cabe aqui comentar,
02:19uma vez que a liberdade de opinião sobre tudo e qualquer coisa
02:22é uma garantia constitucional,
02:24podendo cada um ter a sua, por mais absurda que possa ser.
02:27Expresso, no entanto, a minha total discordância
02:31quando falo em nome do nosso tribunal,
02:33o que inclui este plenário e, obviamente, me inclui.
02:36Registro que não lhe otorguei mandato
02:38e nego essa delegação agora e peço registro disso.
02:41E nem isso acho que tenha sido feito
02:42por ocasião da sua eleição à presidência
02:44para manifestar-se em meu nome
02:46em temas que nada têm a ver
02:48com as competências constitucionais afetas a este tribunal.
02:52Eu peço o registro dessa minha manifestação,
02:55uma vez que no futuro,
02:56esses posicionamentos, dos quais eu discordo,
02:59certamente serão objeto de estudo dos arqueólogos da história,
03:03que, tenho certeza, ficarão intrigados
03:04por uma suposta unanimidade
03:06a tema que certamente exige reflexão da sociedade,
03:10mas que o posicionamento desse distinto,
03:11se uma senhora presidente,
03:12nada agrega pela superficialidade e abordagem política
03:15em um evento que entendia ser um ato ecumênico.
03:18reafirmo que não há nenhuma censura da minha parte
03:22ao conteúdo do que pode ou não a nossa ministra falar,
03:25embora ela sugirra estudar um pouco mais de história do tribunal
03:27para opinar sobre a situação no período histórico
03:30a que ela se referiu e sobre as pessoas a quem pediu perdão.
03:33reafirmo, não tenho nada contra,
03:36não tenho nada a dizer do conteúdo do que a nossa ministra falou,
03:39pode falar o que quiser, pode pensar o que quiser.
03:41Eu só não gostaria que eu fizesse em nome do Supremo Tribunal Militar,
03:45porque isso inclui o plenário,
03:46e eu, particularmente, discordo do conteúdo
03:48daquilo que foi manifestado,
03:50e acho que tenho pleno direito a isso aí.
03:51A presidente do STM, ministra Maria Elisabeth Rocha,
03:55tem na própria família um caso de desaparecido político
03:58no regime militar.
04:00O cunhado dela, Paulo Costa Ribeiro Bastos,
04:03capturado pela ditadura em 1972.
04:08Nesse ano, em agosto,
04:09o Estado brasileiro entregou a certidão de óbito de Paulo
04:13à família da ministra,
04:15descrevendo a causa da morte
04:17como não natural e violenta
04:20causada pelo Estado brasileiro.
04:22No ano passado,
04:23resolução do Conselho Nacional de Justiça
04:25determinou a correção dos registros civis
04:28de pessoas mortas e desaparecidas
04:30em decorrência de perseguições políticas.
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