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O Ministério Público de São Paulo, em conjunto com a Polícia Civil e a Fazenda estadual, deflagrou uma operação nesta quarta-feira (22) para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro do PCC em lojas de brinquedos localizadas em shoppings de São Paulo, Guarulhos e Santo André. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, e a Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens e valores que somam R$ 4,3 milhões. Os shoppings e a rede de franquias das lojas não estão sendo investigados.

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Transcrição
00:00A gente já deu o pontapé inicial do Morning, falando sobre a verdadeira ampliação, a metástase do câncer,
00:06que são os negócios da multinacional do crime, chamada Primeiro Comando da Capital,
00:11o PCC se agigantando a níveis inacreditáveis.
00:14Isso porque, dessa vez, uma operação que está sendo realizada hoje mesmo, pessoal,
00:17está mirando lojas de brinquedos de pelúcia, sim, usadas para lavagem de dinheiro.
00:23Como? Aonde? Por favor, David, de Tarso, com a dimensão e o escopo dessa operação.
00:27Exatamente. Os agentes cumprem seis mandados de busca e apreensão em unidades da rede de franquia Cria Amigos.
00:35De acordo com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo,
00:38em parceria com a Polícia Civil e Secretaria Estadual da Fazenda,
00:42quatro lojas fizeram movimentações financeiras suspeitas de cerca de 4 milhões e 300 mil reais.
00:48Conforme o GAECO, as lojas investigadas têm ligação com Cláudio Marcos de Almeida,
00:54conhecido como Dijango, que era apontado como um dos principais traficantes de drogas
00:59e fornecedor de armamento pesado para o PCC.
01:02A gente relembra que Dijango foi assassinado em janeiro de 2022
01:06em meio a disputas internas dentro da organização criminosa.
01:10Desde então, os promotores apuram o envolvimento da ex-mulher de Dijango
01:14e da irmã dele que administram essas lojas.
01:17A gente pediu até um posicionamento para a franquia Cria Amigos
01:21e a gente aguarda a resposta na nossa produção.
01:24Mas fato é que essa loja ficou bastante conhecida por vender um conceito novo,
01:29uma experiência para as crianças.
01:31Até mesmo o meu filho, eu já comprei para ele um ursinho de uma loja dessa franquia.
01:36Claro que não são todas as lojas envolvidas,
01:38mas essas quatro que, segundo as investigações,
01:41são administradas por essas mulheres ligadas ao Dijango
01:46e com isso também a suspeita de envolvimento com o crime organizado.
01:50A gente vê a expansão do primeiro comando da capital
01:53nos mais diferentes ramos de atuação.
01:56É isso aí, pessoal.
01:57Enquanto vocês estão enralando para pagar o boleto do presente de Natal dos seus filhos,
02:01visando aí as festas de final de ano,
02:03o PCC está usando loja de brinquedo de pelúcia,
02:06meu amigo e minha amiga,
02:07para lavar dinheiro, muitas vezes o seu dinheiro,
02:09que foi totalmente conquistado à base de extorsão, de sangue e de morte.
02:14É nesse nível que a coisa chegou.
02:15E o Brasil da informalidade, né, Dias Peixoto,
02:17vira esse faroeste para a impunidade formal
02:20que o PCC vai se aproveitando das brechas e se consolidando.
02:24É inacreditável.
02:25É inacreditável e, na verdade, é muito triste, né?
02:29Porque nós temos falado aqui,
02:31são vários os negócios que envolvem o crime organizado,
02:35negócios lícitos hoje.
02:37Então eles não estão mais só, como naqueles filmes,
02:39como nós imaginávamos, no tráfico, no assalto.
02:42Não.
02:43Eles estão formalizando em negócios que parecem legítimos,
02:47até para conseguirem lavar esse dinheiro com mais propriedade.
02:52E aí, de repente, a loja de brinquedo,
02:55a arminha de brinquedo ali por trás daquela arminha de brinquedo,
02:58existe uma arma de verdade.
02:59E é mais um exemplo desse aparelhamento do Estado,
03:03dos negócios lícitos, das mais diversas categorias.
03:06Nós vimos até fintechs envolvidas, postos de gasolina.
03:10Nós vimos aonde isso está chegando.
03:12Vai chegar nas universidades, vai chegar na política.
03:15Então está muito difícil combater o crime organizado
03:19e o que a gente precisa para isso é inteligência.
03:22É trabalho de conteúdo em relação ao desmonte dessas organizações terroristas.
03:27É isso, a gente vive num país onde o crime não tem o menor pudor de se esconder mais.
03:34Ele ganha alvará, ele ganha verniz legal,
03:37ele quase que atua como empreendedor.
03:40Ele se fantasia de empresário.
03:43E é mais esse caso aqui que só reforça esse estado de coisas, na sua opinião.
03:48Pois é, Marinha.
03:49O que a gente observa também é que, como a Jess bem colocou,
03:51o crime organizado hoje certamente fatura mais no mercado legal do que no ilegal.
03:56Então a gente frequenta muitos locais que provavelmente tem alguma vinculação
03:59com o crime organizado e a gente não sabe.
04:02Abastece o carro em algum posto aqui a colar
04:04e ele provavelmente deve ter alguma vinculação com o primeiro comando da capital
04:08ou outra, no caso aqui de São Paulo, o primeiro comando da capital
04:10e outros estados, outras organizações.
04:12Agora, loja de brinquedo, tem diversos setores.
04:15E o crime organizado aqui em São Paulo, o que se diz é que ele é um monopólio.
04:19Então ele tem mais facilidade ainda do que, por exemplo, no Rio,
04:22onde você tem outros grupos ali toda hora se abalroando, brigando, enfim,
04:28trocando tiros.
04:29Aqui você teria uma coisa mais monopolista e é o que se especula.
04:32A gente sempre noticia a questão da Faria Lima também, eles lavam muito dinheiro.
04:36Então certamente a gente está frequentando restaurantes, postos de gasolina,
04:39diversos setores aí, Marinho, que a gente não sabe,
04:42mas a gente está de alguma forma também financiando o crime organizado sem saber.
04:46Então é muito triste e é uma questão de tomada do Estado
04:48e das instituições privadas pelo crime organizado, a gente está nesse estágio.
04:51O que mostra a dificuldade do combate a esse tipo de operação.
04:55E a investigação nesse caso concreto aqui, né, Mano Ferreira,
04:58ela apontou que a loja de família, né, loja muito de família,
05:02recebia depósitos e também vários PIX, transações de PIX,
05:06de diversas contas associadas a verdadeiros testas de ferro do crime organizado.
05:10Tudo isso era lavado através de notas frias,
05:13empréstimos fictícios, compras de brinquedos superfaturados
05:16e transferências até para ONGs de fachada, para dar de novo verniz legal
05:19para toda essa esculhambação que ainda bem está sendo revelada aqui hoje nessa operação.
05:24Pois é, Marinho, isso mostra como está mais complexo e sofisticado
05:30a operação do crime organizado e, portanto, como o combate ao crime organizado
05:36precisa também dessa sofisticação.
05:39Isso passa pela capacidade da gente de regular melhor o mercado formal.
05:47Veja o paradoxo brasileiro.
05:49Nós tratamos criminosos como empresários e empresários como criminosos.
05:56É essa lógica que precisa ser transformada.
06:00Nós precisamos fazer com que o trabalho honesto volte a ser mais lucrativo do que o crime.
06:06E isso é um desafio enorme no Brasil, porque a burocracia, a complexidade
06:12que acaba vitimando o empresário honesto é a mesma complexidade que é utilizada
06:20pelo crime organizado para se fantasiar no meio do mercado formal,
06:26tornando todo o trabalho muito mais complexo.
06:30É isso que está em jogo.
06:31Como vamos recuperar a capacidade de fazer do Brasil um país em que trabalhar honestamente
06:39seja mais lucrativo do que se associar ao crime organizado?
06:43A gente sempre falando aqui, enquanto você, do outro lado, trabalhador decente, cidadão
06:47honesto brasileiro está cada vez mais empurrado para a informalidade na nossa economia,
06:53o crime vai se refestelando e vai se aproveitando e criando raízes na impunidade formal
06:57e adentrando a legalidade.
06:59É aí que mora o perigo.
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