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Neste programa, analisamos em detalhes o primeiro levantamento da CONAB para a safra 2025/26, que projeta um crescimento geral, mas com a cultura do arroz enfrentando uma redução de área e o feijão mantendo a estabilidade. Para discutir os desafios e as estratégias de mercado do arroz e feijão, recebemos Denís Nunes, presidente da Fedearroz, e Marcelo Luders, presidente do Ibrafe. Você confere também um raio-x do potencial da cultura do amendoim no Brasil, as previsões do tempo do agrometeorologista Marco Antonio, uma análise com o economista Alan Ghani sobre as negociações do Brasil com os EUA sobre o “tarifaço”, e as projeções positivas da Stonex para a produção de trigo2025/26. Não perca os principais destaques, análises e discussões que movem o setor!
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Categoria
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NotíciasTranscrição
00:00Hora H do Agro, oferecimento
00:02Consórcio Magi, Volkswagen Caminhões e
00:06Ônibus e novo Meteor Highline da
00:09Volkswagen Caminhões e Ônibus
00:11Hora H do Agro
00:24Olá, muito obrigado pela sua
00:27companhia e sintonia, sejam todos
00:30bem-vindos a mais um Hora H do
00:32Agro. Eu sou Marcelo Matos e hoje
00:34vou estar com vocês informando
00:36sobre as principais notícias do
00:39agronegócio. No programa de hoje
00:41vamos falar sobre o levantamento
00:43da Conab sobre arroz e feijão para
00:46safra vinte e cinco e vinte e
00:48seis. Vamos trazer ainda um raio
00:50X da cultura do amendoim no Brasil.
00:54Fique por aí que o Hora H do Agro
00:56só está começando. Muito bem, o
01:00primeiro levantamento da Conab para
01:02safra de grãos vinte e cinco e
01:04vinte e seis indica mais um ciclo de
01:06crescimento na agricultura
01:08brasileira. A pesquisa feita pela
01:10Companhia Nacional de Abastecimento,
01:12a Conab, indica uma produção total
01:15de trezentos e cinquenta e quatro
01:17vírgula sete milhões de toneladas de
01:20grãos para a nova safra, um volume
01:22zero vírgula oito por cento superior
01:25ao obtido em vinte e quatro, vinte e
01:27cinco. Dentro desse levantamento está
01:30o arroz e o feijão, componente diário,
01:33aí são componentes diários do nosso
01:35prato lá do brasileiro, para o arroz a
01:37estimativa indica uma redução de cinco
01:40vírgula seis por cento na área a ser
01:42semeada, sendo que na área irrigada a
01:45queda está prevista de três vírgula
01:47sete por cento e na sequeiro, né? E
01:50também a diminuição pode chegar a doze
01:52e meio. No caso do feijão, por ser
01:56uma cultura evidentemente de ciclo
01:58curto, a tendência é que a safra
02:00vinte e cinco, vinte e seis seja
02:02estável. Somada às três safras da
02:06leguminosa, a produção está estimada
02:08em três milhões de toneladas.
02:12Para conversar conosco sobre essas duas
02:15culturas tão importantes, nós vamos
02:17receber agora o Denis Nunes, que é o
02:21presidente da Federação da Associação
02:22das Associações de Arrozeiros do Rio
02:25Grande do Sul e o Marcelo Líderes, que é o
02:28presidente do Instituto Brasileiro de
02:29Feijão, Pulses e Coleitas Especiais.
02:33Sejam bem-vindos aqui a Hora H do
02:35Agro. Eu quero começar agora com o
02:38Denis e quero começar justamente
02:40perguntando quais fatores têm impactado
02:44o setor para que esteja, né, acontecendo
02:47essa redução diária. Seja bem-vindo.
02:54Olá, Marcelo, espectadores da Hora H.
02:59Nós, esse ano, estamos numa tempestade
03:01perfeita aqui, né? Foram várias
03:03contingências negativas que se acumularam e
03:07a gente está com um problema muito sério
03:08aqui no setor do Agroas, principalmente no
03:12Rio Grande do Sul. Nós tivemos aí uma
03:15safra, né, que cedeu, que beirou os 20% a
03:19maior em relação ao ano passado e também
03:24no Mercosul, que são os grandes produtores
03:26de arroz. Nós tivemos aí 22% de aumento
03:30de produção, né? Seja aqui no Brasil, houve um
03:33aumento na produtividade em 10%, houve um
03:35aumento na área em todo o Brasil. E o
03:40mercado internacional, com abertura das
03:42exportações pela Índia, que é o maior
03:44produtor de arroz do planeta, jogou os
03:48preços internacionais para baixo, a
03:50super oferta aqui no Mercosul, sendo que o
03:54Brasil é o grande consumidor, né, no
03:56continente americano e o nosso arroz é
03:59destinado ao continente americano e nós
04:00também brasileiros somos os maiores
04:02produtores e isso tudo fez com que isso
04:06tudo em conjunto ainda, né, Marcelo, em
04:09conjunto com o crédito caro, difícil, nós
04:14colocou numa situação bem, bem, bem
04:18negativa aqui, né, na questão do arroz. Os
04:21preços hoje estão sendo trabalhados em
04:24torno de 50% dos preços do ano passado.
04:28Exatamente, daqui a pouco você retorna,
04:30eu quero ouvir agora o Marcelo Líderes, que
04:32a previsão da Conab diz que a safra deve
04:35se manter estável, isso é positivo para o
04:38setor, que era esperado inclusive um
04:40aumento, qual que é a avaliação aí
04:42justamente do Ibrafé?
04:48Boa tarde a todos, né, ao Denis, a você,
04:50Marcelo, aos ouvintes, né, aos
04:53consumidores, né, de arroz e feijão,
04:55realmente há uma expectativa de que
05:00haja uma estabilidade no volume total a
05:03ser produzido no próximo ano. O que é um
05:07pouco preocupante do ponto de vista do
05:10consumidor é que nós estamos vivendo
05:13agora, nos últimos meses, um período de
05:15preços muito baixos no feijão carioca e
05:19também no feijão preto, o que nos leva a
05:22acreditar que em algum momento esse
05:25desestímulo que acontece agora vai
05:28acabar refletindo em preços durante o
05:31ano que vem. O feijão é muito difícil
05:35você extrapolar muito mais do que a
05:38safra que está sendo plantada agora,
05:40porque uma série de fatores podem
05:41influenciar o plantio da segunda e da
05:44terceira safra, né? Então estimar essas
05:48outras safras ainda é muito cedo, mas
05:50aquilo que nós estamos vendo agora do
05:52ponto de vista do mercado, do ponto
05:54de vista do produtor, é o ideal, nós
05:57temos aí uma redução na área e uma
06:01redução, consequentemente, uma possível
06:03redução na produção do feijão preto,
06:06isso pode ajudar a reequilibrar o preço,
06:11né? Havia uma expectativa dos
06:13produtores e do setor que eventualmente
06:15por ser um produto básico, havia a
06:18promessa da Conab e das instituições
06:21de governo que fariam uma aquisição,
06:24depois a aquisição se tornou um prêmio
06:27de escoamento, mas ele chegou tarde
06:30demais, quando os preços já começaram a
06:33reagir um pouco no feijão preto, apesar
06:36de ainda estar bastante baixo.
06:37Exatamente, é situação bastante delicada,
06:42né? Agora, de algum fator aí, há uma
06:46exportação? Quais mercados são os
06:48mercados brasileiros? Tarifácio impactou
06:50de alguma forma, Marcelo?
06:53O tarifácio ainda está bastante confuso,
06:57nós temos uma exportação muito pequena
06:59para os Estados Unidos, mas tínhamos uma
07:01expectativa de vir a trabalhar o mercado
07:03americano mais intensamente durante os
07:07próximos dois anos, um novo projeto com
07:09Apex que nós temos lá, que se chama
07:11Brasil Superfoods, é entre o Ibraf e
07:14Apex e os exportadores, então havia
07:17essa possibilidade. Os mercados que nós
07:21temos trabalhado são mercados, algumas
07:24vezes, mercados novos que nós não
07:26tínhamos acesso e mercados novos por
07:29conta muito da evolução da pesquisa no
07:32Brasil, que permitiu que os produtores
07:35tenham outras variedades de feijões e
07:37portanto possam atingir outros
07:39mercados. Nós estamos vindo de
07:42recordes de exportação, então do ponto
07:45de vista do produtor, desde que ele
07:48tenha, busque informações, busque se
07:51proteger com as informações, ele pode
07:54ter sucesso no feijão e não vai
07:57precisar reduzir a área de feijão.
07:59Basta ele entender qual é a variedade
08:02que vai estar sendo incentivada ou que
08:05tenha contrato para exportação, para que
08:07ele diminua esse risco. Então, no
08:10feijão preto nós já prevíamos, né, uma
08:14diminuição na área e, consequentemente,
08:16na produção. Essa diminuição da
08:18primeira safra, a Conab estima em
08:21115 mil toneladas menor, né, então a
08:24colheita aí, do que poderia abastecer o
08:27mercado entre janeiro e março, abril,
08:31terá aí umas 100 mil toneladas a menos.
08:33Mas nós temos aí um carry-over que não
08:37está estimado, mas provavelmente ultrapasse
08:40essas 100 mil toneladas de diferença que
08:43vai diminuir um pouco aí no início do
08:45próximo ano. O que surpreendeu esse
08:49ano foi que, apesar de nós não termos
08:52quebra na safra do México, como tivemos
08:55no ano passado, na safra americana e na
08:59safra de alguns países da América
09:00Central, ainda assim, o Brasil já
09:04exportou 57 mil toneladas de feijão
09:07preto. Então, isso, do ponto de vista do
09:10consumidor que nos ouve agora, dá uma
09:12tranquilidade para o consumidor. Parece
09:14estranho, mas é a exportação que garante
09:17que o produtor volte e esteja estimulado
09:20a produzir no próximo ciclo. Se ele não
09:23tiver alternativa de negócio, aí sim,
09:25diminui muito a produção e os preços
09:28disparam, né? Quanto ao recorde, ao último
09:32recorde, nós estamos aí com 360 mil
09:35toneladas exportadas esse ano, de janeiro
09:38a setembro, e tivemos fechado entre o
09:44ano agrícola, entre maio do ano passado e
09:46abril desse ano, 400 mil toneladas. É um
09:50crescimento bastante grande que vem
09:51acontecendo e diversificado. Nós temos
09:55pelo menos 20 variedades diferentes de
09:57feijões sendo hoje produzidas no Brasil
10:00e atendendo em momentos, em alguns anos
10:03mais, em alguns anos menos, cerca de 70
10:05países. Ainda nessa linha, falando
10:08contigo, justamente aí chamou atenção, né?
10:10Esse recorde de exportação do feijão,
10:13acumulado dos 12 meses, internamente a
10:17demanda tem diminuído, enfraquecido o
10:19preço, né? Claro, daí a alternativa é
10:22exportação, Marcelo? Sim, mas até agora
10:27havia uma preocupação do setor com a
10:30queda de consumo, obviamente ninguém
10:33fica satisfeito em, do ponto de vista
10:36de quem está fornecendo o mercado,
10:38saber que o mercado está diminuindo.
10:40Começamos a analisar quais são os
10:42motivos e entre eles surge o próprio
10:45fato da diminuição de consumo do arroz,
10:47quando você tem menos arroz no prato,
10:50consequentemente você vai ter a
10:52possibilidade de ter menos feijão no
10:54prato. É, do outro ponto de vista é a
10:57questão da busca por praticidade, né? O
11:00mercado brasileiro de feijão deve
11:02migrar rapidamente nos próximos dois,
11:05três anos, uma evolução muito rápida do
11:07consumo de feijões prontos. Então, o
11:10feijão eh preparado eh seja ele
11:14enlatado, seja em uma um outro tipo
11:16de embalagem, né? Que nós temos visto
11:18aí no mercado, é provável que ele
11:21venha a ganhar uma fatia bastante
11:23grande eh desse mercado e uma
11:25evolução. Mas, como eu comentei pra
11:28você, havia uma preocupação com a
11:30queda de consumo em função do
11:33aspecto do ponto de vista de
11:35produção. No entanto, nos últimos
11:37meses, nós começamos a ter acesso
11:40através de um trabalho feito, um
11:42estudo feito pela USP com números do
11:45IBGE, de que a nós conseguimos agora
11:49ter uma mensuração com esses números
11:51do que tem significado a queda de
11:53consumo de feijão na saúde do
11:56brasileiro. Então, isso acendeu todas
11:59as luzes de alerta, são cinquenta e
12:01sete mil brasileiros por ano que vem a
12:04perder a sua vida em consequência de
12:07uma má alimentação. Entre outras
12:10coisas, na má alimentação entra a
12:12diminuição do consumo de arroz e
12:14feijão. Quando a gente olha cinquenta e
12:16sete mil pessoas, os cálculos levam a
12:19você ter aí uma perda de seis
12:22pessoas, a vida de seis pessoas por
12:25dia. Então, é muita gente que vem,
12:28desculpa, por hora, é muita gente que
12:31vem perdendo a vida em consequência de
12:33diabetes, de problemas coronários, de
12:35câncer, uma série de outros efeitos de
12:38utilizar a alimentação ultraprocessada.
12:43E nós precisamos reverter isso. É isso
12:46que o setor agora está buscando fazer,
12:48reverter, buscando colocar na sociedade
12:52uma campanha que é de todos e todos
12:54são responsáveis, né? Porque o feijão é
12:58uma causa social, o arroz e o feijão
13:01fora do prato, eh, trazem uma
13:04consequência, não é só agora de
13:06doenças, mas de perda de vidas e essa
13:09emergência, eu acredito que por ser
13:11uma causa social, a sociedade vai
13:15tratar de uma forma diferente. É o
13:16que nós estamos buscando fazer, colocar
13:19de pé uma campanha chamada Viva
13:21Feijão, mas que não vai trabalhar só o
13:24feijão. É o incentivo do consumo do
13:26bom e velho prato feito, né, Denis? E
13:29também, Marcelo, bom e velho prato
13:31feito de arroz, feijão, uma proteína e
13:35uma salada. É aí que nós temos um ponto
13:38muito importante pra trabalhar aí ao
13:41longo dos próximos anos.
13:43Nós perdemos o contato do Denis, mas vou
13:45continuar contigo, Marcelo. E é uma
13:48realidade isso que você coloca e é muito
13:50importante mesmo, né? Quer dizer, essa
13:52praticidade, você pegar na prateleira do
13:54supermercado, colocar lá no forno micro-ondas,
13:56abrir, então, é uma situação bastante
13:59delicada, a mudança dos hábitos, essa
14:01nova geração, né, a nossa geração se
14:03acostumou, era o prato principal, era
14:06dupla imbatível, né, mais uma mistura,
14:08uma salada e tá tudo bem. Mas você
14:10colocou num ponto também interessante,
14:12essa questão da praticidade do feijão já
14:15pronto, né, que ele pode ser lá embalado
14:18a vácuo, colocado lá pra esquentar mais
14:20rapidamente, que a gente sabe que a
14:22panela de pressão tem que ser
14:23utilizada, tem um certo tempo, tem
14:25aquele tempero e tudo mais, quer dizer,
14:27você tá colocando que nós vamos ter
14:29alternativas praticamente prontas, mais
14:32saudáveis, seria isso? Sim, porque o
14:36que o consumidor muitas vezes tem um
14:38pouco de receio é que o feijão pronto
14:40tenha aditivos conservantes, né? Mas a
14:43tecnologia dos alimentos conseguiu, sem
14:47alterar, ele está somente cozido, você
14:49tem essas alternativas hoje no mercado,
14:51mas o que que acontece? O que nós temos
14:54percebido é que a maioria das
14:56empresas que tem o feijão no seu
14:58portfólio de oferta, ela também tem
15:02outros produtos e acaba não colocando
15:05o foco do marketing mais agressivo
15:08nessa, nesse feijão pronto. Então, é
15:11provável que nós tenhamos aí um foco
15:13cada vez maior na divulgação, redes
15:15sociais e tudo aquilo que nós
15:17conseguirmos acessar e quem sabe uma
15:19uma estruturada campanha para o aumento
15:23de consumo vai passar pela
15:25conscientização da população que se o
15:27problema é praticidade, ela tem esses
15:30feijões em embalagens a vácuo, por
15:35exemplo, que vão aí numa água quente e
15:39você já tem ele pronto, preparado, pronto
15:41para o teu consumo. Um outro fato que tem
15:44que chamar atenção cada vez mais e
15:46aproveito aqui também, Marcelo, é que
15:48há alguns anos nós tínhamos uma certa
15:51demora para preparar o feijão porque
15:53nós tínhamos estoques de Conab, às
15:55vezes de dois, três, quatro, cinco
15:56anos. Então, óbvio que esse feijão
15:59demorava mais para cozinhar. Hoje,
16:01quem entrar na página do Viva Feijão
16:03vai encontrar vídeo mostrando como
16:05preparar feijão em cinco minutos.
16:09Então, uma panela de pressão, cinco
16:11minutos de fervura, né? Abre a panela
16:14da hora que ela para de fazer o
16:15barulho da pressão e o feijão vai
16:17estar pronto. Por quê? Porque o feijão
16:19é novo, Marcelo. Nós estamos
16:21consumindo todo o feijão que nós
16:23produzimos durante o ano. Então, nós
16:25não temos um estoque de feijão do
16:27ano passado para a população consumir
16:29que não teria nenhum problema, nenhum
16:31demérito nele, né? Nutricionalmente
16:34atenderia a necessidade, mas teria um
16:37ponto de cocção um pouco mais
16:39estendido. Então, o que nós podemos
16:42fazer como sociedade organizada é
16:44todas as entidades, nós estamos
16:47convidando todas as entidades a
16:49participarem disso, as iniciativas da
16:52sociedade civil organizada, seja como
16:56agroligadas, as mulheres ligadas do
16:58agro, rota e todos esses. É uma, nós
17:02precisamos fazer uma frente porque não
17:05é só uma questão econômica do
17:07produtor ter um problema. O problema
17:11está quantificado agora em nós
17:13consumidores, né? Eu incluo nisso, né?
17:16O marketing muito bem feito da
17:18comida rápida, do refrigerante e tudo
17:21mais, cobra um preço. Você chega aos
17:2360 anos com excesso de peso, com
17:26diabetes, com síndrome metabólica, né?
17:28E pessoalmente, não só como presidente
17:31do IBRAF, mas como ser humano, eu vejo
17:34a necessidade de alertar as pessoas, né?
17:37De começar a fazer um trabalho nas
17:38escolas. Estou, inclusive, agora na, em
17:42norte da cota, nos Estados Unidos,
17:44vendo com as universidades e com as
17:46instituições, o que é que eles têm
17:48feito pra conseguir reverter a queda de
17:51consumo nos Estados Unidos. Consomem
17:53menos per capita e vim perdendo o
17:56consumo. E agora estão revertendo isso
17:58também. Então, as experiências ao redor do
18:01mundo mostram que é, não só possível,
18:04quanto necessário. Está sendo
18:06incentivado por FAO e outras
18:08instituições, é que nós tenhamos aí
18:11projetos, né? Que resgatem o consumo de
18:15feijão justamente por isso. Além do
18:18que, é a menor demanda de recursos
18:20naturais por quilo de proteína entregue.
18:23Então, você consome menos água pra
18:25produzir essa proteína e todos os
18:27recursos, enfim. Então, é uma corrente do
18:30bem, Marcelo, que nós estamos. E o
18:33consumidor faz bem em se informar
18:36sobre isso, buscar essas alternativas de
18:39preparo rápido e também outras que
18:41enriqueçam a sua cultura a respeito do
18:44feijão, né? É motivo de orgulho pra nós
18:47brasileiros ter o feijão ou arroz, né? O
18:50prato feito do brasileiro. É maravilhoso
18:53esse prato feito. Sem dúvida, uma dupla
18:55imbatível, Marcelo, líderes, presidente
18:58da IBRAF, conversando conosco aí e
19:01ressaltando todos os benefícios e, é
19:03claro, também todo esse setor que é tão
19:05importante. Marcelo, até a próxima aqui
19:07na sua participação no Hora H do Agro.
19:10Muito obrigado. Muito obrigado pela
19:12oportunidade, um abraço e bom feijão
19:14pra todos. Exatamente. Muito bem, vamos
19:17dar sequência aqui no Hora H do Agro,
19:20porque super alimento e alternativa de
19:22lucro. Vamos conhecer agora o potencial da
19:25cultura do amendoim e como a produção
19:28está mudando o mercado agrícola
19:31brasileiro. Reportagem agora do David
19:33de Tarso. Rico em proteínas, vitaminas,
19:37aminoácidos e gorduras insaturadas,
19:40sendo considerado um aliado da saúde
19:43e da nutrição humana, o amendoim é
19:45amplamente utilizado pela indústria
19:47alimentícia na produção de óleos,
19:50manteiga, farinha, pasta, paçoca, pé de
19:54moleque, torrone, salgadinhos, entre
19:56outros produtos destinados aos mais
19:59diferentes mercados. E com todo esse
20:01potencial, a empresa Cras Brasil atua
20:05na multiplicação das sementes pra que
20:07os produtores rurais desse grão tenham
20:10mais oferta nas variedades de plantio e
20:12consigam índices de germinação maiores.
20:15Rodrigo Estreva Chitarelli, fundador e
20:18diretor-presidente da organização,
20:20destaca que ela tem crescido justamente
20:23como uma alternativa da soja que tem
20:26sofrido com desvalorizações.
20:29A soja vem caindo muito de preço nos
20:31últimos anos e o amendoim é um produto
20:34que apesar de ser um grão, ele não é
20:36uma commodity. Então ele é um produto
20:39que ele tem um preço mais negociado,
20:44não é um preço e sofre muito com as
20:48oscilações como é uma soja. Por isso o
20:53produtor viu nos últimos anos o amendoim
20:56com preço alto na saca, viu com bons
20:59olhos a produção, aumentar o plantio, a
21:03área plantada do amendoim, até porque
21:05nós temos áreas disponíveis para plantar
21:08e o Brasil ainda é um consumidor muito
21:12assim, com menor volume em frente aos
21:16outros países do mundo. Então é um
21:18mercado que tende a crescer muito, é um
21:20mercado que tende a absorver muito essa
21:23proteína, né, que é o amendoim e por isso
21:26que a gente viu que os últimos anos a
21:29área plantada vem aumentando de 15, 20, 25%.
21:33São Paulo é o maior produtor nacional
21:36responsável por cerca de 86% da
21:38produção do país e principal exportador
21:41da leguminosa. O estado produz em média
21:44mais de 700 mil toneladas por ano. As
21:47principais regiões produtoras são os
21:50municípios de Tupã com 13,6%, Marília
21:54e Jaboticabal com pouco mais de 12% em
21:57ambas as cidades. Segundo estimativas da
22:00Companhia Nacional de Abastecimento,
22:02Conab, a produção de amendoim da safra
22:052024-2025 no Brasil deve atingir 1,18
22:09milhão de toneladas, representando um
22:12aumento de 60,3% em relação à safra
22:16anterior. Esse aumento é explicado pela
22:19expansão de área cultivada de 10% e
22:22pela elevação de produtividade de
22:2547%. A nossa cidade que a gente
22:28reproduz, né, Itaju, no exterior de São
22:30Paulo, ela produzia vários outros
22:34produtos, melancia, sorgo, a gerassol,
22:41soja, de tudo, né? E quando nós
22:45começamos a entrar nessa parte da
22:47originação de fomentar o produtor, se
22:50você for ir na região, você vê que
22:53realmente ela tornou uma cidade voltada
22:55muito para o amendoim. Tem um valor
22:58agregado mais alto, nós somos um dos
23:01grandes consumidores do amendoim, então
23:05ou seja, o produtor tem essa garantia,
23:07né, que ele vai colher e tem aonde
23:09entregar o produto, nós sempre honramos
23:12com nossos pagamentos com os produtores
23:14também. Lógico, com o preço de mercado,
23:17essa última safra, devido a ter ocorrido
23:20megas safras ao redor do mundo, o preço
23:25ficou mais baixo. Então, ou seja, o
23:28produtor não teve um resultado
23:30esperado. Mas é uma cultura que está
23:33sempre entre os preços maiores. Se ela
23:35caiu, caiu ela, mas caiu as demais
23:37leguminosas ou outros produtos também.
23:40De acordo com a consultoria de
23:42agronegócios do Itaú BBA, cerca de
23:4575% da produção total é destinada à
23:49exportação, predominantemente na forma
23:52de grãos e óleo. O Brasil é o segundo
23:55maior exportador global de óleo de
23:58amendoim, atrás apenas da Índia,
24:00conforme conta a pesquisadora da
24:02Embrapa, coordenadora do Programa de
24:04Melhoramento do Alimento, Thais
24:06Suassuna. O Brasil exporta para mais de
24:08cinquenta países, países com
24:11diferentes requisitos com relação ao tipo
24:14de amendoim, a qualidade. O principal
24:17importador de amendoim em grãos do
24:19Brasil nos últimos dois anos foi a
24:23China, mas também a Rússia tem sido um
24:27grande importador de amendoim do
24:31Brasil. A gélia também é um mercado
24:34importante e aí na parte de países que
24:40exigem mais qualidade, mas também
24:42remunera o melhor tem a União Europeia
24:45como todo, o Japão. Então é muito
24:48diversificado. Esse movimento todo da
24:52cadeia produtiva que resultou em maior
24:54produtividade e qualidade tem sido
24:57reconhecida no mercado internacional e
25:00as exportações seguem sendo feitas com
25:06volumes consideráveis mesmo esse ano.
25:09Ainda segundo a pesquisadora, fruto desse
25:11crescimento das exportações é a alta
25:14qualidade do que é produzido no nosso
25:16país. Teve um aumento expressivo de
25:18produção nos últimos vinte anos em
25:21função de mudanças no tipo de cultivar
25:24utilizada, mudou o tipo de amendoim
25:27semeado, que era o tipo tatu com película
25:31vermelha de ciclo curto, pro tipo runner de
25:35película de cor creme ou rosada, de ciclo
25:39mais longo, com maior potencial produtivo e
25:42também maior qualidade, maior rendimento na
25:45indústria, maior potencial produtivo. Além
25:49disso, teve muitas melhorias no cultivo, como é a
25:53mecanização de todas as etapas do cultivo,
25:56incluindo a colheita, uso de fertilizantes,
26:01melhor manejo de doenças. Todo esse conjunto
26:05resultou em ganhos de produtividade e de
26:09qualidade. Outra mudança significativa, de
26:12acordo com a pesquisadora, foi a adoção de
26:15cultivares com alto teor de ácido leico, que é um
26:18dos componentes do óleo de amendoim.
26:20Essa mudança confere uma qualidade elevadíssima
26:25do óleo de amendoim, comparável ao azeite de
26:28oliva e confere uma vida longa de
26:33prateleira para os produtos com amendoim em
26:36sua composição. Então, toda indústria de
26:39alimentos do Brasil e também os principais
26:43mercados importadores preferem esse tipo de
26:46amendoim alto leico, porque o produto
26:49depois de processado, embalado, ele tem uma
26:53melhor qualidade enquanto fica à disposição do
26:57consumidor. O amendoim é a quarta oleaginosa
27:00mais cultivada do mundo e tem sido adotado
27:04por diversos produtores como cultura de
27:06rotação nas renovações de canaviais,
27:09especialmente em São Paulo, que se
27:11beneficia do clima favorável e do solo
27:14fértil. Ele é ideal para a rotação da cana
27:16porque ele consegue nitrogenizar o solo. Isso é
27:21muito importante para tornar, reformar essa
27:26área da cana. O amendoim ficava muito
27:29restrito no estado de São Paulo. Há dois, três
27:32anos atrás, o amendoim chegou a representar no
27:35estado de São Paulo um percentual de noventa e
27:37dois por cento. Hoje, esse percentual já reduziu
27:41porque outros estados já começaram a plantar mais
27:44amendoim, como é o caso de Mato Grosso, Mato Grosso do
27:47Sul, Goiás, Minas, Paraná, Tocantins. Então, começou a
27:54pulverizar, mas ainda muito concentrado na região de
27:58São Paulo, muito em virtude também da rotação da cana de
28:00açúcar. O amendoim é uma cultura que você tem que ter
28:05rotação. Ela satura muito o solo, por mais que se você
28:09plantar na mesma área, por mais de três vezes, por mais de
28:12três safras. Apesar do crescimento, as últimas duas
28:16safras não foram fáceis para os produtores do grão que
28:19sofreram com adversidades climáticas. O amendoim é uma
28:23cultura de clima quente, cuja semeadura ocorre no início
28:27da estação chuvosa para que ele cresça durante os meses
28:30mais úmeros e quentes. A colheita é realizada quando as
28:34plantas estão maduras e as vagens secas, exigindo muito
28:39ainda de mão de obra manual devido à fragilidade do
28:43produto. Os dois últimos anos teve um estresse hídrico,
28:46uma falta de chuva que atrapalhou muito o produtor, o
28:50produtor sofreu muito com isso, uma falta de chuvas
28:53pulverizadas. Dentro de uma mesma cidade chovia em uma
28:57certa área e não chovia numa outra área. Isso
29:00prejudicou o produtor já numa safra retrasada e na safra
29:04praçada. Estava tudo indo muito bem, mas no final, faltando
29:08uns quarenta dias para colher, teve um estresse hídrico em
29:13São Paulo, principalmente, que é onde está oitenta e cinco
29:16por cento do amendoim nacional e o produtor teve novamente um
29:22prejuízo aí na na sua colheita. Outro ponto que deve ser
29:28destacado é quanto ao tarifácio dos Estados Unidos, que em vez
29:31de atrapalhar, acabou beneficiando a cadeia do amendoim no
29:34Brasil, ainda que indiretamente, como explica o vice-presidente
29:38da Associação Brasileira de Amendoim, Pablo Rivera.
29:41O tarifácio nos beneficiou, né? Porque China, que hoje é o
29:48principal comprador no sol de óleo, como de grãos também de
29:52amendoim do Brasil, este ano se tornou o principal comprador,
29:57compra um volume significativo dos Estados Unidos todo ano, né?
30:01Para a produção de óleo e esse volume são aproximadamente
30:06300 mil toneladas de amendoim casca por ano dos Estados Unidos e
30:12por conta dessa guerra comercial, acabou comprando de
30:16outras origens, né? Como o nosso. Mas a intenção é fazer
30:21crescer o mercado interno quanto ao consumo de amendoim.
30:24O que nós temos que explorar mais aqui é o mercado interno, né?
30:29Quando países como Estados Unidos consomem seis quilos per
30:33capita, China, 13 quilos per capita, aqui no Brasil nós
30:38consumimos 1,4 quilos per capita. Então a gente, nós
30:42observamos que, sim, podemos crescer ainda muito mais na
30:45exportação, mas que temos um dever de casa que promocionar
30:50mais o consumo de amendoim no mercado interno.
30:53As projeções para o futuro em relação ao setor são de
30:56crescimento de 10% ao ano de área plantada no Brasil, segundo a
31:00ABEX. E nós vamos agora para um rápido intervalo e na volta nós
31:06vamos falar sobre o desenvolvimento da cultura do
31:10trigo no Brasil. Não saia daí. Fique aqui conosco no Hora H do Agro.
31:14Hora H do Agro
31:27Gigante, hein? Tá gostando? Muito? Mas, rapaz, tem um negócio engraçado
31:33acontecendo toda vez que eu dirijo? O quê? Sobe aí. Olha isso.
31:37Volkswagen Meteor. Pense gigante. Muita gente acredita que a
32:00aposentadoria tá garantida e a tranquilidade vai vir no futuro. Mas a
32:04verdade é que depender apenas do INSS significa viver com pouco, contando
32:10moedas pra pagar contas e remédios. A boa notícia é que existe outro
32:15caminho. Aprender a se organizar financeiramente e investir de forma
32:19inteligente, mesmo começando do zero. E é isso que eu vou mostrar no
32:23workshop exclusivo. O fim da aposentadoria nos dias 27, 28 e 29 de
32:29outubro. Serão três noites ao vivo no Zoom comigo pra você entender sua
32:34situação atual, descobrir os tipos de investimentos, encontrar o seu perfil de
32:39investidor e aprender a investir com segurança pra nunca mais depender de
32:44governo, banco ou sorte. Garanta já sua vaga na Nilcursos, n-i-u-cursos.com.br.
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33:03ele, você conquista seu zero quilômetro sem juros e sem entrada. Com créditos a
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33:28Essa semana, Pati Leone nos leva para o Sergipe.
33:32Aqui os passeios são sempre de natureza.
33:36Com um passeio de catamarã por ilhas de água mista.
33:39Tô animada e já logo cedo, ó.
33:42Muita cultura, tradições e sabores únicos da culinária sergipana.
33:47O caranguejo é calórico?
33:48Não, é ótimo.
33:50Porque assim, você demora pra comer uma coisa que não engorda.
33:53A aula pronta comigo, Pati Leone.
33:55Hoje, duas da tarde, na Jovem Pan News.
34:09Hora H do Agro.
34:11Muito bem, estamos de volta com o Hora H do Agro aqui na Jovem Pan News.
34:17Muito bem.
34:18O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano,
34:23Marco Rubio, se reuniram na última quinta-feira com o objetivo de tentar abrir caminhos para
34:29uma negociação de Lula sobre o tarifácio.
34:31Para falar conosco aí, justamente desse encontro, fazer uma análise.
34:35Estamos aqui recebendo, um prazer receber o economista e comentarista aqui da Jovem Pan,
34:41o Alan Gani.
34:42Alan, a primeira impressão que ficou é aquela seguinte, né?
34:47Houve a discussão de questões econômicas e as políticas, nem essas questões políticas
34:54não devem ser discutidas e não haverá espaço para isso, Gani?
34:58Olha só, Matos, um olá aqui para toda a nossa audiência, para você em especial.
35:04Mas eu vejo que, num primeiro momento, é uma notícia favorável para o agro, para o governo,
35:11porque essa reunião ficou apenas no campo econômico, ou seja, a discussão tarifária.
35:17Não entrou a questão política.
35:18Entrando a questão política, seria um complicador nessa negociação com o governo,
35:23porque o governo não tem muito o que fazer.
35:24Como é que o governo vai mudar uma decisão de uma outra esfera de poder, que não é a dele,
35:30da esfera do Poder Judiciário, do Supremo, não tem o que fazer.
35:33Então, num primeiro momento, aparentemente, a gente sabe que tudo pode mudar, enfim,
35:38é uma notícia positiva, porque se ateve apenas ao campo econômico.
35:42No campo do agro, lá, Alan, o seguinte, os produtores norte-americanos estão reclamando, né?
35:48Evidentemente, a gente sabe que há uma pressão também dos empresários
35:51e também produtores norte-americanos em relação às medidas que o presidente Trump, ele faz.
35:56E o Brasil tem se dado bem nesse sentido?
35:59Tem, tem, em certo sentido, tem se dado bem, porque, veja, apesar da queda das exportações
36:05para os Estados Unidos, uma queda bastante significativa, o Brasil conseguiu contornar exportando
36:10para outros mercados.
36:12Então, a curto prazo, a gente conseguiu, basicamente, sair no zero a zero, até com saldo ligeiramente positivo.
36:19Houve aumento das exportações comparativamente ao ano passado.
36:23É claro que poderia estar numa situação ainda melhor se não fosse as tarifas protecionistas.
36:27Mas isso mostra também, Matos, que a tarifa protecionista não significa que é o país mais forte,
36:33no caso dos Estados Unidos, que ganha da gente, né?
36:36Mas também eles saem prejudicados, até porque o nosso agro é muito forte.
36:42E aí, quando a gente fala de diminuição de exportação de café,
36:46e significa que é preço chegando mais caro lá nos Estados Unidos,
36:50ou carne, ou outros itens agrícolas,
36:53isso atinge a mesa lá do consumidor norte-americano.
36:57E é claro que há um impacto muito direto e acaba tendo aí uma grande reclamação
37:02por parte dos consumidores, grande pressão também dos empresários importadores
37:07em cima do presidente Donald Trump.
37:10Aquilo que você falou, a soja não é vendida, daí o Brasil vende para a China.
37:14Exatamente.
37:15Agora, muito tem se falado sobre química.
37:18Você acredita em química?
37:19Você era bom de química lá na escola, Gani?
37:22Olha, eu tive momentos, né?
37:24Então, assim, primeiro colegial, né?
37:27Hoje é ensino médio, eu não ia tão bem,
37:30depois no segundo fui bem e oscilava bastante, bastante volátil.
37:34Agora, essa química aí eu vejo que é muito mais uma retórica entre Lula e Trump, né?
37:41Agora, geopolítica eu ia bem, viu?
37:43Então, eu vejo que é muito mais uma retórica entre eles, né?
37:47Olha, tem uma química aqui entre a gente.
37:50No final das contas, nessa mesa de negociação,
37:52é claro que tem a questão tarifária.
37:54O que o Brasil pode oferecer para os Estados Unidos?
37:58E aí eu acho que é um ponto bastante interessante, Matos,
38:01que é a questão das terras raras.
38:03Os Estados Unidos hoje estão na mão da China.
38:05Por quê?
38:06Porque a China tem 70% da produção desses minerais super importantes,
38:10tem a maior reserva mundial e 90% do refino.
38:14Só para você ter uma ideia,
38:15ideia é dois terços da indústria americana
38:17utilizam a tal das terras raras.
38:20Então, é muito importante.
38:21E aí entra o Brasil.
38:22O Brasil tem grandes reservas de terras raras,
38:25está entre os três primeiros em termos de reservas,
38:28só que a gente não tem nem capacidade de produção nem de refino.
38:31Poderia ter uma parceria com os Estados Unidos,
38:33que seria uma relação ganha-ganha muito interessante,
38:36e aí, em contrapartida, a redução das tarifas protecionistas.
38:39Ou seja, deve prevalecer,
38:41muito se questiona o dono Trump,
38:43mas o pragmatismo econômico,
38:46no final das contas,
38:47é o que prevalece.
38:49Quer dizer, se os Estados Unidos fizeram uma conta e for vantajoso,
38:52eles vão, evidentemente, reatar as relações mais diretas com o Brasil.
38:57Com certeza, né?
38:58Aliás, a gente tem que entender o seguinte,
39:00quando a gente fala do governo dos Estados Unidos,
39:01quando a gente fala de Donald Trump,
39:03por mais que ele tenha uma simpatia por Jair Bolsonaro,
39:07ele também está defendendo os interesses dos Estados Unidos.
39:11Ele não está defendendo o Bolsonaro simplesmente por altruísmo,
39:15não significa isso, mas porque é interessante para ele,
39:19coloca no pacote,
39:20mas, sobretudo, ele está defendendo os interesses dos Estados Unidos.
39:23E o Trump é muito racional, muito pragmático.
39:25Então, se ele entender que nessa negociação com o Brasil,
39:28os Estados Unidos podem tirar vantagem,
39:31e aí, talvez, uma vantagem concreta,
39:33seria uma abertura maior comercial do Brasil,
39:35o Brasil oferecer isso para os Estados Unidos,
39:37mas também a questão das terras raras,
39:40aí, provavelmente, pode sair um acordo.
39:43Alangani, muito obrigado pela sua participação aqui no Hora H do Agro.
39:47Muito obrigado, eu que agradeço,
39:49um abraço especial a toda a audiência.
39:51Muito bem, vamos dar sequência, então, aqui,
39:53o Hora H do Agro,
39:55porque o tarifaço e os rumos do agro
39:57estiveram no centro dos debates
39:59em evento promovido pelo Grupo LID,
40:01a reportagem agora do Daniel Lian.
40:04Exportadores brasileiros ligados ao agro
40:07confiam nas negociações com os Estados Unidos
40:09para a retomada do fluxo comercial.
40:12O presidente da Associação Brasileira
40:14das Indústrias Exportadoras de Carnes,
40:16Roberto Perosa,
40:18afirma que esse movimento
40:19é importante para o mercado.
40:22Os Estados Unidos têm uma alta demanda,
40:24e nós temos a condição de atender essa demanda.
40:26Então, é uma relação ganha-ganha
40:28entre os Estados Unidos e o Brasil,
40:30que a gente precisa que sejam destravadas
40:32as questões políticas
40:33para que o fluxo comercial retome.
40:35Outro setor que figura no topo das prioridades
40:38é o do café, cujo tarifaço impactou diretamente
40:42na inflação norte-americana.
40:44Marcos Matos, CEO do Secafé,
40:47vê com bons olhos as tratativas.
40:49Um otimismo com prudência.
40:51A gente sabe que tem muitos assuntos na mesa,
40:54a gente espera um bom senso.
40:57A inflação do café em agosto foi nove vezes superior
41:00à inflação média dos Estados Unidos.
41:02E tende a continuar pelas incertezas no mercado.
41:04Estamos vendo as cotações internacionais.
41:06Então, isso é um estímulo para que as autoridades
41:09revejam as tarifas contra o Brasil.
41:11O head do lead agronegócio, Francisco Maturro,
41:15diz que é preciso objetividade.
41:17A gente tem expectativa, mas também tem esperanças.
41:20Eu lembro sempre que países não têm amigos,
41:23países têm interesses.
41:25Os Estados Unidos têm interesse no Brasil,
41:27nós temos interesse nos Estados Unidos,
41:28e isso, em algum momento, vai se ajustar.
41:32Quando a gente tira a ideologia,
41:34tira os interesses pessoais,
41:37as coisas vão fluir.
41:38O presidente da Federação das Indústrias
41:40do Estado de Goiás, André Rocha,
41:43indica a necessidade de se chegar a um meio termo.
41:46O principal é com muito equilíbrio,
41:49com muita sensatez,
41:51procurar fechar um acordo.
41:53Acho que a economia sofre,
41:54por mais que nós tenhamos aí
41:55uma gama de produtos que já foram excluídos.
41:59O caminho do entendimento
42:01passa pelas mãos da diplomacia brasileira.
42:04O desafio agora é convencer os norte-americanos
42:08a separarem o aspecto político do comercial.
42:12Para o ex-governador de São Paulo,
42:14João Doria, é preciso afastar as questões ideológicas.
42:17É importante que o diapasão,
42:20a temática, se mantenha do ponto de vista técnico,
42:23sem entrar na questão política.
42:25Porque a questão política, ideológica, partidária,
42:28pode retardar decisões que reduzam as tarifas elevadas,
42:36injustas, diga-se,
42:38que foram impostas pelo governo Donald Trump ao Brasil.
42:42Ele acrescenta que esse é um bom momento
42:44para acelerar diálogos
42:46e ampliar a busca por novos mercados.
42:49Uma visão de que nós não podemos imaginar
42:51que somos superiores,
42:53maiores ou melhores do que ninguém.
42:54Até porque não somos.
42:56Nós vamos ter um diálogo construtivo
42:58com os Estados Unidos, com a União Europeia,
43:01com a Índia, com o Médio Oriente,
43:04mas fazê-lo de maneira técnica.
43:06Doria acrescenta que se ambas as partes
43:08tiverem juízo,
43:09o resultado da conversação poderá ser muito positivo.
43:14Tanto sequência, a consultoria Stonex
43:16revisou para cima a projeção
43:18para a produção brasileira de trigo,
43:2025, 26.
43:22Agora são esperadas 7,5 milhões de toneladas.
43:26Essa alta foi puxada
43:28por uma melhora na produtividade
43:30no sul do país,
43:31volume a 2% maior que a última estimativa.
43:35E para falar conosco sobre esses dados,
43:37nós recebemos agora o Jonathan Pinheiro,
43:41que é o consultor de gestão de riscos de trigo
43:43da Stonex.
43:45Bem-vindo à hora,
43:46Gado Agro, Jonathan.
43:48Olá, Marcelo.
43:49Olá a todos que eu acompanho.
43:51É um prazer contribuir.
43:52Prazer é nosso.
43:53Qual região do país
43:55é justamente a principal responsável
43:58pela revisão positiva da produtividade?
44:01Como você falou,
44:03a região sul continua sendo
44:05o centro produtor do país.
44:08A gente tem o foco sempre
44:10nos três estados do sul,
44:11Paraná e Rio Grande do Sul,
44:13com o maior destaque.
44:14Hoje a gente fala em torno de 83%
44:16a 84% da produção nacional
44:19focada em Paraná e Rio Grande do Sul,
44:22basicamente.
44:23As outras regiões têm crescido
44:25de representatividade.
44:26Ao longo dos últimos anos,
44:27a gente já fala em mais de 1 milhão de toneladas
44:29fora do sul do Brasil,
44:31fora do sul da região sul,
44:34mas ainda assim a gente tem
44:36a região sul sendo o principal ponto
44:38na mudança quando a gente fala em produção.
44:41Essa safra a gente tem
44:43como resultado de algumas frustrações
44:46nos últimos anos,
44:47uma redução diária muito importante,
44:50bastante representativa,
44:52porém os rendimentos têm sido muito bons.
44:55A gente vê um clima, inclusive,
44:57surpreendendo, melhorando as expectativas,
44:59e nos levando a esse reajuste,
45:02então, no potencial de safra
45:03um pouquinho para cima.
45:06Agora, Jonathan,
45:06apesar da área plantada ter diminuído,
45:09como a produção de trigo,
45:11então, 25, 26,
45:12se compara justamente
45:15à safra anterior, 24, 25?
45:18Quase todos os estados
45:19estão com aumento de produção,
45:22justamente pelos rendimentos maiores.
45:24Somente o Rio Grande do Sul,
45:25que teve uma queda de área
45:27bastante significativa,
45:28de 20% até 30%,
45:30dependendo de algumas fontes,
45:32consideram aí uma redução
45:34bem significativa,
45:35que mesmo com rendimentos melhores,
45:38ainda assim não supera
45:39a produção do ano passado.
45:41Então, a nível nacional,
45:43a gente tem uma estabilidade,
45:447,6 milhões no ano passado,
45:477,5 nesse ano,
45:49não é uma diferença tão expressiva assim.
45:51No Rio Grande do Sul,
45:52a gente tem uma pequena diferença,
45:53um pouco mais,
45:54300, 400 mil toneladas de diferença
45:56a menos em relação ao ano passado,
45:59mas demais estados,
46:00ainda que com redução de área,
46:03estamos falando
46:03de um crescimento de produção.
46:05O clima realmente ajudou bastante,
46:07foi bastante favorável
46:08para os rendimentos,
46:10e até mesmo no Rio Grande do Sul.
46:11Os rendimentos foram também melhores,
46:14mas a área teve uma queda
46:15muito expressiva,
46:16acabou não compensando
46:17esses rendimentos maiores
46:19para uma produção equivalente
46:21à do ano passado.
46:21Mas ainda assim,
46:23se olharmos na média
46:24dos últimos anos,
46:25a gente está falando
46:26de uma produção
46:27bem dentro das expectativas,
46:29bem dentro do potencial
46:30que o Brasil tem.
46:31Já chegamos a produzir
46:3211 milhões
46:33no ano excepcional de 2022.
46:36Alguns agrônomos
46:37têm falado
46:38que o cenário de clima
46:39é muito positivo,
46:40muito semelhante
46:41ao 2022.
46:42Se tivéssemos
46:43uma área maior,
46:44provavelmente estaríamos falando
46:46num potencial de safra
46:47muito parecido a isso.
46:49Quer dizer,
46:49a cultura do trigo
46:50tem se expandido
46:51aí no Brasil,
46:53nós temos visto
46:53inclusive os esforços
46:55da Embrapa,
46:56por exemplo,
46:56para promover o trigo
46:58no Cerrado.
46:59O que a gente pode esperar
47:00então para o futuro
47:01dessa cultura no Brasil?
47:04O Cerrado tem
47:05uma perspectiva
47:06bastante positiva,
47:07a gente tem mudanças
47:08inclusive importantes
47:09na cadeia do trigo
47:11como um todo,
47:11com a gradual mudança
47:14que nós temos
47:14na questão tarifária
47:16hoje,
47:16no comércio interno
47:17do Brasil,
47:18isso pode incentivar
47:19bastante ao longo
47:20dos próximos anos
47:21a produção
47:22na região centro-oeste
47:23e a gente já vê
47:24pesquisas evoluindo
47:25bastante nessa região
47:27e os fatores econômicos
47:29possibilitando,
47:30a gente consegue ver
47:31um futuro
47:32de crescimento
47:33bastante representativo
47:34da produção
47:35nessa região, sim.
47:37Agora, Jonathan,
47:38nós somos ainda
47:39muito dependentes
47:41de trigo importado,
47:42a gente sabe disso,
47:43quando tem lá
47:44o aumento de dólar,
47:45como tem também
47:47quebras nos países
47:48vizinhos,
47:49de fato,
47:49qual que é a proporção
47:50hoje nacional
47:52e a dependência
47:53internacional?
47:55Hoje é praticamente
47:5650%,
47:57a gente fala
47:58em 7,5 milhões
47:59de produção
47:59com uma importação
48:01estimada em torno
48:02de 6,3,
48:036,5 milhões
48:04de toneladas,
48:06um consumo interno
48:07que varia
48:07de 12 até 13 milhões
48:10de toneladas
48:11por ano.
48:12Então,
48:12a gente tem
48:13uma necessidade
48:14ainda muito grande,
48:15sim,
48:15de importações,
48:17a Argentina
48:17sendo a nossa
48:18grande fornecedora
48:19e também
48:20pesando bastante
48:22sobre as nossas
48:23cotações
48:23e acabando
48:24isso vem
48:26sendo um impacto
48:27bastante importante
48:28até para o produtor,
48:29sendo até um desestímulo
48:30para o produtor
48:30nos últimos anos
48:32com uma grande oferta.
48:34Mas,
48:34de fato,
48:35o Brasil
48:35tem capacidade
48:37para produzir mais
48:38e tem faltado,
48:39na verdade,
48:40um pouco mais
48:40nos estímulos econômicos
48:42e a rentabilidade
48:42da cultura.
48:43A gente falou
48:44até da Embrapa,
48:46quer dizer,
48:46a produção
48:48está muito vinculada
48:49ao clima mesmo,
48:50quer dizer,
48:50não dá para plantar
48:51trigo em qualquer lugar,
48:52quer dizer,
48:52isso também é um limitador
48:53aqui para o Brasil?
48:56É,
48:56com certeza
48:56é uma dificuldade,
48:57mas a gente tem
48:58crescido muito
49:00nesse quesito,
49:01então a gente vê
49:01pesquisas avançando
49:03bastante,
49:04não só aqui no Brasil,
49:06mas a gente vê
49:07que,
49:08por exemplo,
49:08o trigo do Cerrado,
49:10o trigo de Goiás,
49:11é um trigo
49:11de excelência,
49:13a gente vê
49:13algumas fontes
49:14colocando até
49:15como um trigo
49:16melhor do que o argentino
49:17em questão de qualidade,
49:19então é um trigo
49:20que poderá,
49:21ao longo dos próximos anos
49:22e com o crescimento
49:23diário,
49:24servir e atender
49:26não só a região sul,
49:28a região sudeste,
49:29como a região nordeste,
49:30que são regiões
49:31de grande
49:32percentual
49:34de importação.
49:35A região nordeste
49:35praticamente
49:36não trabalha
49:37com trigo nacional,
49:38só com trigo importado,
49:39hoje até por questões
49:41tarifárias também,
49:42a gente tem
49:43dificuldades
49:44de escoar um trigo
49:45do Rio Grande do Sul,
49:46por exemplo,
49:46para o nordeste,
49:47é mais barato
49:47o nordeste
49:48comprar um trigo argentino,
49:50mas se tivermos
49:51algumas mudanças
49:52nesse período também,
49:53isso pode incentivar
49:54muito o crescimento
49:55do Cerrado,
49:56mas questões de qualidade
49:57e até de clima,
49:59eu vejo hoje
49:59com bastante otimismo
50:00a gente tendo possibilidade
50:01de aumentar essa área sim,
50:03a gente tem avançado
50:04muito nesse cenário.
50:06A questão financeira
50:07pesa também,
50:08vocês fazem a conta
50:08evidentemente,
50:09está valendo a pena,
50:11está compensando,
50:12tem a projeção
50:12de valer muito a pena ainda?
50:15Quando a gente olha
50:16hoje para o trigo,
50:17não é tão fácil
50:18essa conta,
50:19realmente os custos
50:20estão elevados,
50:21mas quando a gente
50:22pensa na lavoura
50:23como uma empresa
50:24e como um ano todo,
50:25a gente vê que o trigo
50:26traz diversos benefícios,
50:28por exemplo,
50:28para a soja no verão,
50:30com um aumento
50:30bastante expressivo
50:31de rendimentos
50:32e colocando isso
50:33na conta,
50:34hoje o trigo ainda
50:35é uma cultura
50:35bastante interessante
50:36para o produtor.
50:38Então,
50:39mesmo que o trigo
50:41esteja com um preço
50:42mais baixo,
50:43relativamente mais baixo
50:44em relação
50:44a anos anteriores,
50:45em relação
50:46à média
50:46dos últimos anos,
50:47quando a gente
50:48pensa na lavoura
50:50como uma empresa,
50:51como um ano todo,
50:52a gente vê que ainda
50:53existe estímulos
50:54interessantes para a cultura.
50:56Jonathan Pinheiro,
50:57muito obrigado
50:57pela sua participação
50:58aqui na Hora H do Agro,
51:00muito obrigado,
51:01até a próxima.
51:02Até a próxima,
51:03Marcelo,
51:03é um prazer.
51:04Vamos mudar
51:05de assunto agora
51:06porque vamos falar
51:07sobre a previsão
51:08do tempo
51:09para os próximos dias.
51:11Esse é mais um
51:12Por Dentro do Clima.
51:18Muito bem,
51:21vamos falar
51:21com o Marco Antônio,
51:23nosso agrometeorologista.
51:25Bem-vindo de volta
51:26aqui ao Hora H
51:27do Agro,
51:28Marco Antônio.
51:29Olá, Marcelo,
51:31olá a todos,
51:33uma honra novamente
51:34estar aqui.
51:35E olha,
51:37hoje com boas notícias
51:38porque as chuvas
51:39já estão ocorrando.
51:41Então,
51:41chegada as chuvas,
51:43já está ocorrendo,
51:44meu amigo Marcelo.
51:45Exatamente.
51:46Então, já vamos começar
51:46com esse tema aí.
51:49Olha,
51:49uma nova frente fria
51:51está avançando,
51:51já provocou chuvas
51:53sobre,
51:55nesse finalzinho
51:56de semana,
51:57já sobre
51:58grande parte
51:59da região sul,
52:00nesse momento
52:00ela avança
52:04pelas regiões centrais
52:05e ao longo
52:07tanto do final
52:09de semana
52:09quanto do começo
52:10dessa próxima semana
52:12há previsões
52:13de chuvas
52:13bastante generalizadas
52:15em praticamente
52:16todo o Brasil.
52:18Há previsões
52:19que venham a ocorrer
52:21chuvas bastante volumosas
52:23e isso vai dar
52:24plenas condições
52:25para o plantio
52:27ou para a continuidade
52:28do plantio
52:28da soja
52:29e até mesmo
52:30em algumas localidades
52:32até iniciar
52:33o plantio da soja
52:34que já está
52:34um pouco atrasado.
52:36E essas chuvas,
52:38como em muitos locais
52:40vão ser
52:41de boa intensidade,
52:43isso vai permitir
52:44que o desenvolvimento
52:45ocorra,
52:46esse princípio
52:47de desenvolvimento
52:48ocorra dentro
52:49de uma normalidade.
52:50o problema todo
52:52Marcelo,
52:53é que na sequência
52:54dessa frente fria
52:55entra uma massa
52:56de ar polar
52:57e as temperaturas
52:58despencam
52:59já nessa segunda-feira.
53:02Então,
53:02só para vocês terem
53:04uma ideia,
53:04os termômetros
53:05no sul do Brasil
53:07podem atingir valores
53:08abaixo de 10 graus
53:10e até nas regiões
53:12mais frias
53:12de Santa Catarina,
53:13que é nas regiões serranas,
53:15as temperaturas
53:16podem ficar até abaixo
53:17de 5 graus.
53:17então vai fazer muito frio
53:20em pleno final de outubro,
53:22ou seja,
53:23uma coisa mais atípica.
53:25Isso tudo
53:26está ligado à laninha.
53:29E com a massa de ar polar
53:30presente ao longo
53:31dessa semana,
53:33o tempo abre novamente
53:34e as chuvas só voltam
53:36a retornar
53:37no começo
53:38da próxima semana.
53:40Então,
53:40muita atenção aí,
53:41você produtor
53:42que está nos ouvindo agora,
53:44ou não está nos assistindo,
53:45desculpa,
53:46porque
53:47essas chuvas
53:49que estão ocorrendo
53:50agora no final de semana
53:51e começo
53:52da próxima
53:53podem
53:54ter sequência.
53:56Então,
53:57avaliem bem
53:57os seus solos,
53:58avaliem bem
53:59as suas áreas
54:00para que vocês possam
54:01soltar o plantio.
54:04Quer dizer,
54:04é boa notícia,
54:05mas ao mesmo tempo
54:06tem todo esse cenário
54:07que precisa ser acompanhado
54:08de perto,
54:09não é, Marco Antônio?
54:10Nós falamos mais cedo
54:12aqui da cultura
54:12do arroz,
54:13não é?
54:14Então,
54:14quem planta o grão
54:15pode esperar aí
54:17do clima
54:17nesta safra aí?
54:19O que ele pode esperar
54:20lá no Rio Grande do Sul,
54:21grande produtor brasileiro?
54:23Olha,
54:24Marcelo,
54:25e a todos,
54:26as chuvas
54:27que estão ocorrendo
54:28nas áreas
54:28de arroz
54:30do Rio Grande do Sul
54:30estão dificultando
54:32o plantio,
54:32o plantio está muito
54:33atrasado
54:34em todo
54:35o Rio Grande do Sul
54:37por conta
54:37de chuvas
54:38regulares,
54:39como está chovendo
54:39quase que semanalmente
54:41e os volumes
54:41são altos,
54:43isso está impossibilitando
54:44o rápido avanço
54:45do plantio
54:46e olha que nós já estamos
54:47já praticamente
54:48no final de outubro.
54:50Porém,
54:52há uma previsão
54:53de chuvas muito boas
54:54para toda a primavera,
54:56pelo menos,
54:57até final de novembro
54:58e com chuvas muito boas
55:00os reservatórios
55:01e os rios,
55:02os mananciais
55:03vão se manter
55:04elevados
55:06e mesmo que venha ocorrer
55:08uma ou outra estiagem
55:09como os modelos
55:10estão indicando
55:10por conta da laninha,
55:12o produtor,
55:13o produtor de arroz
55:14vai ter plenas condições
55:16para irrigar
55:17suas lavouras.
55:19Então,
55:20de uma forma geral,
55:21para o arroz
55:23as condições
55:23são maravilhosas.
55:25Há previsões
55:26de que seja
55:27um clima
55:27bastante favorável
55:29esse ano
55:30para a cultura
55:30do arroz,
55:31principalmente
55:32no Rio Grande do Sul
55:33e Santa Catarina.
55:34Marco Antônio,
55:35fica cada vez
55:35mais difícil mesmo
55:37as mudanças
55:39climáticas
55:39estão efetivamente
55:41atuando no clima mesmo,
55:42quer dizer,
55:42o produtor cada vez
55:43mais tem
55:44variantes
55:46na sua produção
55:48local
55:48todo dia,
55:49quer dizer,
55:49a coisa está mais difícil
55:50mesmo?
55:52Ah,
55:52não tenha dúvida,
55:54não é só
55:54para o produtor,
55:55imagina para a gente
55:56que faz previsão
55:57do tempo
55:57no dia a dia.
55:59Então,
55:59realmente,
56:00a gente vê isso
56:01na pele,
56:02que os modelos
56:04estão realmente
56:05muitas vezes
56:07com essa nuância,
56:08né,
56:08então,
56:09é fato que as mudanças
56:10climáticas estão aí,
56:12esse novo padrão
56:12climático,
56:13a gente tem falado
56:14muito sobre isso,
56:15Marcelo,
56:15né,
56:16sobre esse novo
56:16padrão climático,
56:18isso tem potencializado
56:20os extremos,
56:21né,
56:21seja temperaturas
56:23elevadas,
56:23seja frio,
56:24como vai fazer agora
56:25nessa semana,
56:27seja secas,
56:29excesso de chuvas,
56:31então,
56:31realmente,
56:32o produtor hoje
56:33tem que ter ciência,
56:34tem que saber
56:35que isso é um fato,
56:36né,
56:37que os microclimas
56:38estão mudando,
56:40é,
56:41isso vem penalizando
56:42bastante a Sá,
56:43algumas,
56:44algumas regiões,
56:45né,
56:46porém,
56:47mesmo com todas
56:48essas mudanças
56:48climáticas,
56:50nós já estamos,
56:51vamos partir,
56:53né,
56:53estamos indo
56:54para uma nova
56:55mega safra,
56:57né,
56:57uma super safra aí,
56:58então,
56:59sim,
56:59o produtor hoje
57:00tem que ficar ciente,
57:02utilizar cultivares
57:04e híbridos,
57:05né,
57:05com maior resistência,
57:07cuidar melhor
57:08do seu solo,
57:09ou seja,
57:09fazer perfis de solo,
57:12ter ali no solo
57:14condições químicas,
57:16físicas e biológicas
57:17adequadas,
57:19ou seja,
57:20as mudanças climáticas
57:21estão aí,
57:22porém,
57:23existem meios
57:25para mitigar
57:26todos esses efeitos,
57:27não é, Marcelo?
57:28Sem dúvida,
57:29Marco Antônio,
57:30muito obrigado aqui
57:30pela sua participação
57:32mais uma vez
57:32no Hora H do Agro.
57:34Eu que te agradeço,
57:35um grande abraço
57:36e até semana que vem.
57:37Até semana que vem.
57:39Muito bem,
57:39nosso programa
57:39fica por aqui,
57:41mas continue conectado
57:42nas nossas redes sociais
57:44e também ligado
57:45na programação
57:46da Jovem Pan News.
57:48Muito obrigado
57:49pela sua companhia
57:50e até a próxima.
57:51Um grande abraço
57:52a todos.
57:52Hora H do Agro
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