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O primeiro levantamento da CONAB para a safra de grãos 2025/26 projeta mais um ciclo de crescimento, com uma produção total estimada em 354,7 milhões de toneladas, 0,8% superior ao ciclo anterior. No entanto, culturas essenciais na mesa do brasileiro, como o arroz, apresentam uma previsão de redução de 5,6% na área a ser semeada, enquanto a safra de feijão deve se manter estável, somando 3 milhões de toneladas nas três safras. Para debater os desafios e as perspectivas dessas culturas, o Hora H do Agro recebe Denís Nunes, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fedearroz), para falar sobre a queda da área e a orientação de exportação, e Marcelo Luders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe), que analisa a estabilidade da safra e o recorde de exportação da leguminosa. Eles também detalham as ações que as entidades têm desenvolvido para proteger e buscar o aumento do consumo do arroz e do feijão no Brasil.
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NotíciasTranscrição
00:00Muito bem, o primeiro levantamento da Conab para a safra de grãos 2526 indica mais um ciclo de crescimento na agricultura brasileira.
00:09A pesquisa feita pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, indica uma produção total de 354,7 milhões de toneladas de grãos para a nova safra,
00:22um volume 0,8% superior ao obtido em 24,25. Dentro desse levantamento está o arroz e o feijão, componente diário, aí são componentes diários do nosso prato lá do brasileiro.
00:37Para o arroz, a estimativa indica uma redução de 5,6% na área a ser semeada, sendo que na área irrigada a queda está prevista de 3,7%.
00:48E na sequeiro, né, e também a diminuição pode chegar a 12,5%.
00:54No caso do feijão, por ser uma cultura evidentemente de ciclo curto, a tendência é que a safra 2526 seja estável.
01:04Somada às três safras da leguminosa, a produção está estimada em 3 milhões de toneladas.
01:11Para conversar conosco sobre essas duas culturas tão importantes, nós vamos receber agora o Denis Nunes,
01:21que é o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul,
01:26e o Marcelo Líderes, que é o presidente do Instituto Brasileiro de Feijão, Pulses e Coleitas Especiais.
01:33Sejam bem-vindos aqui à Hora H do Agro.
01:37Eu quero começar agora com o Denis e quero começar justamente perguntando quais fatores têm impactado o setor
01:45para que esteja acontecendo essa redução diária.
01:50Seja bem-vindo.
01:51Olá, Marcelo, espectadores da Hora H.
01:59Nós, esse ano, estamos numa tempestade perfeita aqui, né?
02:03Foram várias contingências negativas que se acumularam e a gente está com um problema muito sério aqui no setor do Agôs,
02:12principalmente no Rio Grande do Sul.
02:13Brasil, nós tivemos aí uma safra que cedeu, que beirou os 20% a maior em relação ao ano passado.
02:23E também no Mercosul, que são os grandes produtores de arroz, nós tivemos aí 22% de aumento de produção, né?
02:32Seja aqui no Brasil, houve um aumento na produtividade em 10%, houve um aumento na área em todo o Brasil.
02:38E o mercado internacional, com a abertura das exportações pela Índia, que é o maior produtor de arroz do planeta,
02:47jogou os preços internacionais para baixo.
02:50A super oferta aqui no Mercosul, sendo que o Brasil é o grande consumidor, né?
02:56No continente americano.
02:58E o nosso arroz é destinado ao continente americano e nós, também brasileiros, somos os maiores produtores.
03:02E isso tudo fez com que, isso tudo em conjunto ainda, né, Marcelo?
03:09Em conjunto com o crédito caro, difícil, nós colocou numa situação bem negativa aqui, né?
03:20Na questão do arroz.
03:21Os preços hoje estão sendo trabalhados em torno de 50% dos preços do ano passado.
03:27Exatamente, daqui a pouco você retorna.
03:30Eu quero ouvir agora o Marcelo Líderes, que a previsão da Conab diz que a safra deve se manter estável.
03:37Isso é positivo para o setor, que era esperado, inclusive, um aumento.
03:41Qual que é a avaliação aí, justamente, do Ibrafé?
03:44Boa tarde a todos, né?
03:49Ao Denis, a você, Marcelo, aos ouvintes, né?
03:53Os consumidores de arroz e feijão.
03:57Realmente, há uma expectativa de que haja uma estabilidade no volume total a ser produzido no próximo ano.
04:05O que é um pouco preocupante, do ponto de vista do consumidor, é que nós estamos vivendo agora, nos últimos meses, um período de preços muito baixos no feijão carioca e também no feijão preto.
04:21O que nos leva a acreditar que, em algum momento, esse desestímulo que acontece agora vai acabar refletindo em preços durante o ano que vem.
04:32O feijão é muito difícil você extrapolar muito mais do que a safra que está sendo plantada agora, porque uma série de fatores podem influenciar o plantio da segunda e da terceira safra, né?
04:46Então, estimar essas outras safras ainda é muito cedo.
04:50Mas aquilo que nós estamos vendo agora, do ponto de vista do mercado, do ponto de vista do produtor, é o ideal.
04:57Nós temos aí uma redução na área e uma redução, consequentemente, uma possível redução na produção do feijão preto.
05:07Isso pode ajudar a reequilibrar o preço.
05:11Havia uma expectativa dos produtores e do setor que, eventualmente, por ser um produto básico,
05:18havia a promessa da Conab e das instituições de governo que fariam uma aquisição.
05:25Depois, a aquisição se tornou um prêmio de escoamento.
05:29Mas ele chegou tarde demais, quando os preços já começaram a reagir um pouco no feijão preto, apesar de ainda estar bastante baixo.
05:39Exatamente.
05:40A situação é bastante delicada, né?
05:43Agora, de algum fator aí, há uma exportação?
05:47Quais mercados são os mercados brasileiros?
05:49O tarifácio impactou de alguma forma, Marcelo?
05:52O tarifácio ainda está bastante confuso.
05:57Nós temos uma exportação muito pequena para os Estados Unidos,
06:00mas tínhamos uma expectativa de vir a trabalhar o mercado americano mais intensamente
06:06durante os próximos dois anos, no novo projeto com a Apex,
06:10que nós temos lá, que se chama Brasil Superfoods,
06:13entre o Ibraf e a Apex e os exportadores.
06:16Então, havia essa possibilidade.
06:20Os mercados que nós temos trabalhado são mercados, algumas vezes, mercados novos,
06:26que nós não tínhamos acesso,
06:28e mercados novos por conta muito da evolução da pesquisa no Brasil,
06:33que permitiu que os produtores tenham outras variedades de feijões
06:37e, portanto, possam atingir outros mercados.
06:40Nós estamos vindo de recordes de exportação.
06:44Então, do ponto de vista do produtor,
06:47desde que ele busque informações, busque se proteger com as informações,
06:54ele pode ter sucesso no feijão e não vai precisar reduzir a área de feijão.
07:00Basta ele entender qual é a variedade que vai estar sendo incentivada
07:05ou que tenha contrato para exportação para que ele diminua esse risco.
07:09Então, no feijão preto, nós já prevíamos uma diminuição na área
07:15e, consequentemente, na produção.
07:18Essa diminuição da primeira safra, a Conab estima em 115 mil toneladas menor.
07:24Então, a colheita do que poderia abastecer o mercado entre janeiro e março, abril,
07:31terá umas 100 mil toneladas a menos.
07:34Mas nós temos aí um carry-over que não está estimado,
07:38mas provavelmente ultrapasse essas 100 mil toneladas de diferença
07:43que vai diminuir um pouco aí no início do próximo ano.
07:47O que surpreendeu esse ano foi que, apesar de nós não termos quebra na safra do México,
07:55como tivemos no ano passado, na safra americana e na safra de alguns países da América Central,
08:01ainda assim, o Brasil já exportou 57 mil toneladas de feijão preto.
08:08Então, isso, do ponto de vista do consumidor que nos ouve agora,
08:12dá uma tranquilidade para o consumidor.
08:14Parece estranho, mas é a exportação que garante que o produtor volte
08:19e esteja estimulado a produzir no próximo ciclo.
08:23Se ele não tiver alternativa de negócio, aí sim diminui muito a produção
08:27e os preços disparam.
08:30Quanto ao recorde, ao último recorde, nós estamos aí com 360 mil toneladas exportadas
08:36esse ano, de janeiro a setembro,
08:40e tivemos fechado entre o ano agrícola, entre maio do ano passado e abril desse ano,
08:48400 mil toneladas.
08:50É um crescimento bastante grande que vem acontecendo
08:52e diversificado.
08:55Nós temos pelo menos 20 variedades diferentes de feijões sendo hoje produzidas no Brasil
09:00e atendendo, em alguns anos mais, em alguns anos menos, cerca de 70 países.
09:07Ainda nessa linha, falando contigo, justamente aí chamou a atenção,
09:10esse recorde de exportação do feijão, no acumulado dos 12 meses.
09:15Internamente, a demanda tem diminuído, enfraquecido o preço, né?
09:20Claro, daí a alternativa é a exportação, Marcelo?
09:25Sim, mas até agora havia uma preocupação do setor com a queda de consumo.
09:32Obviamente, ninguém fica satisfeito do ponto de vista de quem está fornecendo o mercado,
09:39saber que o mercado está diminuindo.
09:40Começamos a analisar quais são os motivos e, entre eles, surge o próprio fato da diminuição
09:46de consumo do arroz.
09:47Quando você tem menos arroz no prato, consequentemente, você vai ter a possibilidade de ter menos feijão
09:54no prato.
09:55Outro ponto de vista é a questão da busca por praticidade, né?
10:00O mercado brasileiro de feijão deve migrar rapidamente, nos próximos dois, três anos,
10:06uma evolução muito rápida do consumo de feijões prontos.
10:09Então, o feijão preparado, seja ele enlatado, seja em um outro tipo de embalagem, né?
10:18Que nós temos visto aí no mercado, é provável que ele venha a ganhar uma fatia bastante grande
10:24desse mercado e uma evolução.
10:26Mas, como eu comentei para você, havia uma preocupação com a queda de consumo
10:32em função do aspecto do ponto de vista de produção.
10:36No entanto, nos últimos meses, nós começamos a ter acesso, através de um trabalho feito,
10:42um estudo feito pela USP, com números do IBGE, de que nós conseguimos agora ter uma mensuração
10:51com esses números do que tem significado a queda de consumo de feijão na saúde do brasileiro.
10:56Então, isso acendeu todas as luzes de alerta.
11:01São 57 mil brasileiros por ano que vêm a perder a sua vida em consequência de uma má alimentação.
11:09Entre outras coisas, na má alimentação entra a diminuição do consumo de arroz e feijão.
11:15Quando a gente olha 57 mil pessoas, os cálculos levam a você ter aí uma perda de seis pessoas,
11:23a vida de seis pessoas por dia.
11:26Então, é muita gente que vem, desculpa, por hora, é muita gente que vem perdendo a vida
11:32em consequência de diabetes, de problemas coronários, de câncer, uma série de outros efeitos
11:38de utilizar a alimentação ultraprocessada.
11:43E nós precisamos reverter isso.
11:45É isso que o setor agora está buscando fazer, reverter, buscando colocar na sociedade uma
11:53campanha que é de todos e todos são responsáveis.
11:56Porque o feijão é uma causa social, o arroz e o feijão fora do prato trazem uma consequência
12:05não é só agora de doenças, mas de perda de vidas.
12:08E essa emergência, eu acredito que, por ser uma causa social, a sociedade vai tratar
12:15de uma forma diferente.
12:16É o que nós estamos buscando fazer, colocar de pé uma campanha chamada Viva Feijão,
12:22mas que não vai trabalhar só o feijão.
12:25É o incentivo do consumo do bom e velho prato feito, né, Denis?
12:30E também, Marcelo, o bom e velho prato feito de arroz, feijão, uma proteína e uma salada.
12:36É aí que nós temos um ponto muito importante para trabalhar aí ao longo dos próximos anos.
12:43Nós perdemos o contato do Denis, mas vou continuar contigo, Marcelo.
12:47E é uma realidade isso que você coloca e é muito importante mesmo, né?
12:51Quer dizer, essa praticidade, você pegar na prateleira do supermercado,
12:55colocá-la no forno micro-ondas, abrir, então, é uma situação bastante delicada.
13:00A mudança dos hábitos, essa nova geração, né, a nossa geração se acostumou,
13:04era o prato principal, era a dupla imbatível, né, mais uma mistura, uma salada e está tudo bem.
13:10Mas você colocou num ponto também interessante, essa questão da praticidade do feijão já pronto,
13:16né, que ele pode ser lá embalado a vácuo, colocado lá para esquentar mais rapidamente,
13:21porque a gente sabe que a panela de pressão tem que ser utilizada, tem um certo tempo,
13:25tem aquele tempero e tudo mais.
13:27Quer dizer, você está colocando que nós vamos ter alternativas praticamente prontas,
13:32mais saudáveis, seria isso?
13:35Sim, porque o que o consumidor muitas vezes tem um pouco de receio é que o feijão pronto
13:40tenha aditivos conservantes, né?
13:43Mas a tecnologia dos alimentos conseguiu, sem alterar, ele está somente cozido,
13:49você tem essas alternativas hoje no mercado.
13:52Mas o que acontece?
13:53O que nós temos percebido é que a maioria das empresas que tem o feijão no seu portfólio de oferta,
14:01ela também tem outros produtos e acaba não colocando o foco do marketing mais agressivo nesse feijão pronto.
14:10Então, é provável que nós tenhamos aí um foco cada vez maior na divulgação, redes sociais
14:16e tudo aquilo que nós conseguirmos acessar e, quem sabe, uma estruturada campanha para o aumento de consumo
14:23vai passar pela conscientização da população que, se o problema é praticidade,
14:29ela tem esses feijões em embalagens a vácuo, por exemplo,
14:36que vão aí numa água quente e você já tem ele pronto, preparado, pronto para o teu consumo.
14:42Um outro fato que tem que chamar a atenção cada vez mais, e aproveito aqui também, Marcelo,
14:48é que há alguns anos nós tínhamos uma certa demora para preparar o feijão
14:53porque nós tínhamos estoques de Conab, às vezes de dois, três, quatro, cinco anos.
14:57Então, óbvio que esse feijão demorava mais para cozinhar.
15:01Hoje, quem entrar na página do Viva Feijão vai encontrar vídeo mostrando como preparar feijão em cinco minutos.
15:08Então, uma panela de pressão, cinco minutos de fervura,
15:13abre a panela na hora que ela para de fazer o barulho da pressão e o feijão vai estar pronto.
15:18Por quê? Porque o feijão é novo, Marcelo.
15:21Nós estamos consumindo todo o feijão que nós produzimos durante o ano.
15:25Então, nós não temos um estoque de feijão do ano passado para a população consumir
15:30que não teria nenhum problema, nenhum demérito nele, nutricionalmente atenderia a necessidade,
15:36mas teria um ponto de cocção um pouco mais estendido.
15:40Então, o que nós podemos fazer como sociedade organizada é todas as entidades,
15:46nós estamos convidando todas as entidades a participarem disso,
15:51as iniciativas da sociedade civil organizada, seja como agroligadas,
15:57as mulheres ligadas do agro, Rotary e todos esses.
16:02Nós precisamos fazer uma frente porque não é só uma questão econômica do produtor ter um problema.
16:10O problema está quantificado agora em nós consumidores.
16:14Eu incluo nisso.
16:16O marketing muito bem feito da comida rápida, do refrigerante e tudo mais, cobra um preço.
16:23Você chega aos 60 anos com excesso de peso, com diabetes, com síndrome metabólica.
16:28E, pessoalmente, não só como presidente do IBRAF, mas como ser humano,
16:34eu vejo a necessidade de alertar as pessoas, de começar a fazer um trabalho nas escolas.
16:40Estou, inclusive, agora em Norte da Cota, nos Estados Unidos,
16:44vendo com as universidades e com as instituições o que é que eles têm feito
16:49para conseguir reverter a queda de consumo nos Estados Unidos.
16:53Consomem menos per capita e vêm perdendo o consumo.
16:56E agora estão revertendo isso também.
16:59Então, as experiências ao redor do mundo mostram que é não só possível,
17:05quanto necessário.
17:06Está sendo incentivado por FAO e outras instituições
17:09que nós tenhamos aí projetos que resgatem o consumo de feijão justamente por isso.
17:18Além do que, é a menor demanda de recursos naturais por quilo de proteína entregue.
17:23Então, você consome menos água para produzir essa proteína e todos os recursos, enfim.
17:29Então, é uma corrente do bem, Marcelo, que nós estamos.
17:33E o consumidor faz bem em se informar sobre isso,
17:37buscar essas alternativas de preparo rápido
17:40e também outras que enriqueçam a sua cultura a respeito do feijão.
17:46É motivo de orgulho para nós brasileiros ter o feijão ou arroz,
17:50o prato feito do brasileiro.
17:52É maravilhoso esse prato feito.
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