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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), negou ter participado da articulação que levou à derrubada da Medida Provisória (MP) do IOF no Congresso. Em resposta a críticas, ele afirmou: "estou focado em São Paulo, ficam levando meu nome em vão". Reportagem: Matheus Dias.

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Transcrição
00:00Vamos voltar agora para o nosso rame-rame político.
00:02O governador Tarcísio de Freitas negou publicamente ter articulado
00:06para a derrota da medida provisória do IOF.
00:08É que essa especulação aumentou, né, Matheus Dias,
00:12depois que o sócio Nescavalcante foi lá e agradeceu
00:16a costura, a articulação do governador Tarcísio de Freitas.
00:20E aí ele disse que estão usando o nome dele em vão.
00:24Não é isso, meu amigo? Bem-vindo.
00:25Pois é, Evandro. Boa tarde para você, boa tarde a quem nos acompanha.
00:31E bem como você disse mesmo, é um rame-rame político, né?
00:34Isso porque na semana passada já teve bastante esse embrólio.
00:37Primeiro foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:40que ele disse que Tarcísio havia participado da derrubada da pauta do IOF,
00:45havia articulado por trás das cortinas para fazer com que lideranças do Centrão,
00:51principalmente, votassem contra essa proposta.
00:53Depois, sócio Nescavalcante ainda agradeceu o governador de São Paulo.
00:58Agora, Tarcísio se posiciona novamente.
01:00Ele que na semana passada já havia atacado Haddad,
01:03agora se posiciona mais uma vez hoje num evento na Zona Oeste da capital paulista,
01:08em que ele se reuniu com o Ricardo Nunes
01:10para entregar um conjunto habitacional de mais de 63 milhões de reais.
01:15Ele estava lá, deu um depoimento e aí falou sobre Haddad,
01:18falou sobre a pauta e negou novamente.
01:21disse que não participou dessa votação, disse que isso era função do Congresso,
01:25dos parlamentares e ainda atacou novamente o ministro,
01:29dizendo que concorda que o país passa por um problema gigantesco
01:32e que isso deveria ser o foco do governo federal
01:36e não se o governador de São Paulo votou ou não, ajudou a participar,
01:41ajudou a convencer as pessoas que realmente votariam, de fato, nessa proposta.
01:45Tarcísio respondeu sobre Sostenes e, como você disse,
01:49ele falou que Sostenes apenas quis fazer um papel bacana de agradecer o governador de São Paulo,
01:55mas que ele não participou de nada.
01:57Disse que só está preocupado com as pautas do Estado.
02:02Evandro, vamos ouvir.
02:03No dia seguinte, ele falou que ligou para todos os governadores, né?
02:09Eu acho que quis ser gentil.
02:11O fato é que eu estou focado aqui em São Paulo e esse assunto é um assunto do Congresso,
02:14porque fica levando o meu nome em vão aí.
02:17Eu acho que Haddad tem uma preocupação maior aí para ele, que é a questão fiscal.
02:24Está todo mundo preocupado com a questão fiscal.
02:26Está todo mundo preocupado com o rumo fiscal do Brasil.
02:29Acho que o setor produtivo está preocupado, nós também.
02:31Porque a gente não quer lá na frente ter um dissabor.
02:34Lá na frente a gente não quer ver o Brasil flertando com sobreendividamento,
02:38com inflação alta e com, eventualmente, recessão.
02:42A gente quer o melhor para o Brasil.
02:43A gente não vai torcer para o Brasil dar errado.
02:48Nessa linha dessa fala dele, dizendo que vai torcer para o Brasil dar certo,
02:52mesmo em desacordo e muitas vezes de opinião com o governo federal,
02:56ele disse que não quer que o Brasil seja prejudicado,
02:58levantou novamente a pauta do déficit fiscal.
03:01Disse que o Brasil, nas palavras de Tarcísio,
03:02arrecadou de janeiro até outubro um valor aproximadamente de 3 trilhões de reais,
03:07o que representa pouco mais de 19% do PIB,
03:11mas disse que mesmo assim vai fechar o primeiro semestre em déficit.
03:15E para Tarcísio isso é extremamente perigoso,
03:18extremamente preocupante,
03:19e que o governo federal vai ter que dançar nas cadeiras agora
03:23para achar uma solução para uma arrecadação maior,
03:26e que agrade aos dois lados, né, Evandro?
03:28Obrigado pelas informações.
03:30Matheus, José Maria Trindade,
03:32faltou o governador combinar com o senador Sostes e Escavalcante, não é?
03:39Mas ele ajudou sim.
03:43Houve a conversa e a origem disso tudo...
03:45A origem disso foi uma conversa sobre 2026, né, ano de eleição,
03:55e aí eu sei de um dos auxiliares do governador,
04:00que é deputado federal, mas muito ligado a ele,
04:03falou assim, mas espera aí,
04:04nós vamos dar a Lula esse presente para o ano que vem?
04:08Arma contra nós, ou seja, uma bolada,
04:10para ele no ano que vem derramar dinheiro em projetos sociais e tal,
04:16e aí ganhar a eleição, é isso que nós queremos?
04:19Aí todo mundo caiu na real,
04:21de que o trabalho do Ministério da Fazenda em aumentar a arrecadação
04:26era com a visão 2026,
04:29e aí pularam para 2026,
04:31e o grande patrocinador da campanha do Tassi é o Centrão.
04:34O Centrão viu nisso aí um perigo real, e é verdade.
04:40Política é assim, né?
04:41Foi aí a origem de vamos derrotar a medida provisória.
04:47Então, assim, o Tassi estava no centro desse debate mesmo, né,
04:52e ele acabou com um discurso bom.
04:54Isso aí é aumento de impostos, e era.
04:57E aí o ministro Fernando Haddad disse, né,
05:00essas pessoas que querem boicotar ou atrapalhar o país,
05:02fazendo provavelmente uma referência a Tarcísio de Freitas
05:05diante dele ter sido apontado como o protagonista
05:08após o agradecimento do deputado sócio Nescavalcante.
05:11Aí o Tarcísio vem e responde a Langane,
05:13o ministro Fernando Haddad e diz,
05:15olha, eu acho que o Haddad tinha que se preocupar com o rombo fiscal,
05:18que vai trazer mais inflação e piora na qualidade de vida do brasileiro lá na frente.
05:23Não, e ele tem razão, o diagnóstico está absolutamente preciso,
05:26o rombo fiscal causado pelo excesso do gasto público,
05:30por políticas expansionistas de subsídios, etc.,
05:35tem gerado uma demanda agregada acima da capacidade de oferta do país,
05:40gera um processo inflacionário,
05:43e como a conta também não fecha, cresce o endividamento.
05:45Crescendo o endividamento, pressiona a taxa de juros.
05:49Razão pela qual a taxa Selic chega a 15%,
05:53porque a política fiscal turbinada,
05:55o Banco Central tem que trabalhar em dobro
05:57para conter essa inflação.
05:59Além do que, o prêmio de risco contido na dívida pública
06:03está bastante elevado.
06:05Então, juros altos acabam contaminando todo o mercado também.
06:08Então, ele faz um diagnóstico bastante preciso
06:11e já se coloca, talvez nas entrelinhas, Evandro,
06:15como uma alternativa, falando aí para o público,
06:19com bastante cuidado.
06:19Olha, eu tenho responsabilidade fiscal
06:23e vou colocar o Brasil nos treinos.
06:26Mas ele tem que falar com muito cuidado isso,
06:28porque ele não pode queimar a largada.
06:30Exatamente, que tem a ver com o bastidor
06:32que eu contei para vocês agora há pouco.
06:34O governador tem a preocupação
06:35de que toda essa especulação em torno de 2026
06:38tire o foco das entregas que ele quer fazer
06:40aqui para o Estado de São Paulo
06:42e que também são importantes
06:43para projetar o nome dele nacionalmente.
06:46E a gente, até o Zé Maria Trindade,
06:48explicou o quanto isso pode ser prejudicial,
06:50inclusive para essa imagem que ele não quer passar
06:53de que ele está largando as entregas do Estado de São Paulo
06:56para já se concentrar nas eleições de 2026.
07:00Ao mesmo tempo, quando ele se coloca
07:02em espaços antagônicos ao do governo federal
07:06e ao do ministro Fernando Haddad,
07:08como o Gani menciona,
07:09se coloca como alguém que tem responsabilidade fiscal.
07:12Agora, às 5h25,
07:14quem nos acompanha pela Rádio Rápido Intervalo,
07:16daqui a pouco espero vocês,
07:17nas outras plataformas seguimos.
07:19E, de certa forma, Fábio Piperno,
07:21isso também é uma sinalização
07:23que pode ser utilizada
07:25numa possível campanha eleitoral
07:27para todo o país.
07:28Olha, eles vão te entregar,
07:30eles estão correndo o risco
07:31de te entregar rombo fiscal.
07:33Eu penso diferente.
07:35E, inclusive, condeno a solução
07:37que foque apenas na arrecadação.
07:40Também puxando um pouco desse desgosto
07:42que o brasileiro tem de pagar tanto imposto.
07:44Então, a bola fica pingando,
07:49eles deixam a bola pingando
07:50para a comunicação do governo federal,
07:53que eu não sei como é que vai assimilar isso aí.
07:55Não sei qual é o uso que fariam disso aí.
07:57Porque, por exemplo,
07:58para o governo federal...
07:59Porque não tem popularidade
08:00que sobreviva à questão econômica, hein?
08:02Perfeito.
08:04Mas, para o governo federal,
08:05quando há esse tipo de indireta,
08:08ficaria muito fácil dizer o seguinte.
08:11Bom, eles falam em bomba fiscal,
08:14mas nós estamos ajudando,
08:15eles estão ajudando,
08:16eles estão contribuindo
08:17com umas bombinhas para isso também,
08:19porque quase todas as grandes obras
08:22do governo do estado de São Paulo
08:24têm a parceria de quem?
08:28Do governo federal.
08:29O governo federal está colocando também,
08:31investimentos aqui em São Paulo,
08:34e são muitos bilhões de reais.
08:35Por exemplo, o túnel Santos-Guarujá.
08:38Qual é a composição dos gás?
08:40Metade de cada um.
08:41Há 45, 45 e um pedaço lá, PPP.
08:45Expansão do metrô, BNDES.
08:48O trem intercidades, BNDES.
08:52Então, todos os grandes projetos
08:54do atual governo,
08:56e ótimos projetos, por sinal.
08:58Eu sou muito a favor
09:00do transporte sobre trilhos,
09:01e gostam da ideia do túnel.
09:04Mas temos que reconhecer
09:05que todos esses grandes projetos
09:06contam com recursos do governo federal.
09:10Ou será que o governo de São Paulo
09:12vai adotar, por exemplo,
09:14uma solução do tipo Milley?
09:15Ah, é?
09:16Então também vou parar a obra pública.
09:18Vou parar a obra pública
09:19e não faço mais nada,
09:20porque aí cai o gasto.
09:21É uma escolha.
09:24Então, eu acho que esse é o tipo de bola
09:27que fica pingando
09:29para uma boa comunicação do outro lado aproveitar.
09:32Porque, Piperno, você entende que
09:33quando há uma boa obra aqui no estado de São Paulo,
09:36as pessoas, elas dedicam essa boa obra
09:38ao governo federal e não ao governo do estado?
09:40Porque a impressão que eu tenho é diferente.
09:42Não.
09:42Eu tenho certeza disso que você está falando.
09:44Por exemplo, o túnel Rio Santos-Guarujá,
09:51ele, obviamente, vai ser envelopado e tal,
09:55entregue como uma obra do governo
09:58do estado de São Paulo.
09:59E não tem nada de legítimo nisso, não.
10:01Não estou dizendo que, ah, isso está errado.
10:03Aliás, eu até, enfim, sugiro que
10:05quando o túnel ficar pronto,
10:07cada um faça uma festa de inauguração
10:09de um dos lados.
10:10Um vai inaugurar no Enfim do Guarujá,
10:12o outro em Santos.
10:13Pronto, fica bom para todo mundo.
10:14Mas é óbvio que a percepção da população,
10:18ela, certamente, estará muito mais alinhada
10:21ao governo de São Paulo.
10:22Só não fica bom porque tem que fazer a cobertura, né?
10:24Porque aí a gente tem que se dividir.
10:25Vai ter até aquele jingle, né?
10:27É Tarcísio que fez, é Tarcísio que faz.
10:30Pois é.
10:31Arremate, Bruno Musa.
10:34É, mesma coisa de sempre.
10:36A gente vê sempre uma narrativa,
10:38a gente estava falando aqui das obras, por exemplo.
10:41Estava lendo, coincidentemente, hoje,
10:42de um estádio que foi construído, por exemplo,
10:44lá no Catar, tem o teto retrate, etc.
10:47Custou 286 milhões de dólares.
10:49Contra aí, em Brasília, o Mané Garrincha,
10:52que o Zé Maria sabe muito bem,
10:53custou mais de 830 milhões de dólares,
10:56um estádio que não tem a mesma tecnologia do outro.
10:59Ou seja, é a mesma discussão que a gente está falando aqui.
11:01As obras vão para o governo do Estado,
11:03as obras vão para o governo federal.
11:04Elas são, de fato, eficientes e não são?
11:06O grande ponto no Brasil é que, mais uma vez,
11:09falta o debate.
11:10O debate, ele engrandece e favorece o bom uso
11:13do dinheiro do pagador de imposto,
11:15que eu, infelizmente, tenho cada vez mais
11:17perdido as esperanças com relação a isso.
11:19Mas eu vejo no Tarcísio ainda,
11:21de verdade, posso ser ingênuo,
11:23mas totalmente aberto aqui o mercado para ele.
11:25Eu acho que vai depender daqui até março, abril,
11:28para ele entender como está indo a dinâmica
11:30da própria economia, das próprias pesquisas,
11:33para ele saber se abre mão de uma reeleição
11:35que é praticamente certa e concreta
11:37e relativamente simples aqui em São Paulo
11:40ou partir para o que eu concordo com o Alan,
11:42que ele ainda é o número número um do centrão.
11:45Mas vale lembrar, o fisiologismo do centrão
11:48nada impede que, se a coisa mudar,
11:50eles podem voltar para o lado
11:51que eles acabaram de pular fora do barco.
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