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O governo brasileiro espera que o encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o Secretário do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, aconteça até o fim desta semana. Vieira viajou nesta segunda-feira (13) para Washington. Cristiano Beraldo e José Maria Trindade comentaram.
Reportagem: Victoria Abel
Comentaristas: Cristiano Beraldo e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00Muito bem, vamos dar sequência então ao Jornal da Manhã, a reunião entre o secretário dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve ocorrer ainda nesta semana.
00:12O encontro será o primeiro diálogo, então, oficial desde o início do tarifaço em julho. A reportagem é da Vitória Abel.
00:20O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, devem se reunir ainda nesta semana em Washington, de acordo com integrantes do Itamaraty.
00:33A reunião é resultado da conversa entre o presidente Lula e Donald Trump por telefone na semana passada.
00:40A reunião é mais um passo no diálogo entre os dois países, na tentativa de retirar as tarifas extras impostas a produtos brasileiros, somando taxas de até 50%.
00:52Lula quer que os Estados Unidos suspendam o tarifaço até que as negociações sejam finalizadas.
00:59O cancelamento das sanções impostas contra autoridades brasileiras também deve ser solicitado, se tiver ambiente político e abertura durante a conversa.
01:09Até então, diplomatas brasileiros que operam em Washington vinham tentando costurar um diálogo extraoficial com pessoas de confiança da Casa Branca, principalmente por meio de congressistas americanos.
01:23No fim de setembro, Lula e Trump se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.
01:30O presidente americano tomou a iniciativa de dizer a Lula que eles precisavam conversar.
01:36Em seguida, Trump disse em seu discurso que ele e o chefe de Estado brasileiro tiveram uma química.
01:43De Brasília, Vitória Abel.
01:46Hora de análise aqui no Jornal da Manhã.
01:48Quero falar com José Maria Trindade e depois também falar ao Cristiano Beraldo.
01:53Zé Maria, essa questão do tarifaço, ela mudou completamente a questão política brasileira,
01:59essa questão econômica que acabou tendo toda essa repercussão política.
02:02Nós tivemos em julho o pior índice de popularidade do presidente Lula em seus três mandatos.
02:08Era uma situação muito aguda a questão do INSS.
02:11A partir do tarifaço, a partir das ações também de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos,
02:17nós tivemos uma reversão.
02:19O Brasil foi penalizado com 50%.
02:21Houve briga do Eduardo, inclusive com o governador Tarcísio de Freitas.
02:25Aqui o Estado mais atingido.
02:26Eduardo é eleito justamente por São Paulo, né?
02:29E 50% representa muito mesmo.
02:31E, de qualquer forma, depois tivemos o encontro do presidente Lula na ONU com o presidente Trump
02:36e agora essa expectativa, né?
02:38O que aconteceu pós-tarifaço?
02:40O Lula subiu a sua popularidade e agora fica próximo aí de fazer esse acordo
02:44que poderia, de fato, aí ser importante para o Brasil aquilo que os empresários estão reclamando, né?
02:50Que o governo demorou demais, ficou nessa história da soberania.
02:53Mas, de qualquer forma, agora parece que vai sair, Zé Maria.
02:55Pois é, quem diria, né?
02:58A esquerda que dizia, e antes, dominadores, né?
03:02Querem escravizar o Brasil, agora estão correndo atrás de um simples afago do presidente norte-americano.
03:09Mas tem que ser assim, a racionalidade tem que se imperar.
03:12Olha, a situação é tão complexa que os videntes de plantão é que estão dando as cartas aí
03:19e mostrando o futuro da relação.
03:21Para se ter uma ideia, se a mãe de Nays estivesse viva, ela era a mais consultada desse momento.
03:27Então, ninguém sabe exatamente o que vai acontecer.
03:29Mas a avaliação aqui é simples.
03:32Essa negociação vai prosseguir.
03:35Não haverá uma volta ao que era ao passado,
03:39mas alguns pontos, como o café, as carnes e outros setores como móveis,
03:45podem entrar na lista de exceção, ou seja, há um progresso à vista.
03:50E há também um progresso nas relações entre Brasil e Estados Unidos
03:54e, principalmente, o presidente Lula e o presidente Donald Trump.
03:59Esta é a nova realidade do mundo.
04:01Houve uma mudança no eixo do comércio internacional, de todo o mundo.
04:07Houve uma sacudida e agora os países estão se adaptando.
04:11É um novo momento.
04:12O Brasil abriu novos mercados, está exportando carne para novos mercados,
04:17como o mercado asiático.
04:20Houve abertura de novos, aumentou a exportação para a China.
04:24Houve consequências aqui para o Brasil, que está importando muito da China,
04:28que deixou de ir para os Estados Unidos, representantes da Anfávia, de veículos,
04:33me dizendo que há uma preocupação muito grande,
04:36porque agora os veículos da China estão entrando aqui de um ritmo muito mais forte.
04:41Então, mudou o eixo do negócio mundial.
04:44O certo é que melhorou.
04:46Agora, eu vou te dizer, são três frentes atuando.
04:49A primeira e mais forte vem da área empresarial.
04:53A Confederação Nacional da Indústria foi para os Estados Unidos,
04:56contratou escritórios pesados lá de lobby,
05:00e aí digo lobby, o lobby tradicional, não é o lobby da mala preta, né?
05:04Que esse escritório está atuando e também junto às empresas que importam do Brasil,
05:10elaboram e vendem daí dos Estados Unidos, né?
05:13E, por outro lado, também uma ação política.
05:16Vários deputados e senadores estão trabalhando junto a congressistas norte-americanos,
05:22como, por exemplo, o senador Nelcio Trat,
05:25presidente da Comissão de Relações Exteriores,
05:27criou um grupo específico.
05:29E também, por último, o próprio governo Lula, que se mexeu.
05:32Ou seja, são várias frentes atuando e há resultados previsíveis.
05:36O governo Beraldo, o presidente Lula tem utilizado a palavra química em várias de suas negociações,
05:42que ele tem tido muita química para negociar,
05:45muita química ali com seus ministros, né?
05:48O problema é se a química ficar só para o lado do brasileiro
05:52e a racionalidade toda para o lado do Marco Rubio, né?
05:55Toda a racionalidade para o lado dele
05:57e o resultado das exportações aqui para o Brasil,
06:00que nós exportamos, né?
06:01A gente não tem o resultado concreto dessa negociação.
06:03Pois é, Paulo, mas a gente precisa levar em consideração
06:07a diferença entre o profissionalismo do governo norte-americano
06:13versus o profissionalismo do governo brasileiro.
06:15E eu não estou me referindo ao corpo do Itamaraty, não.
06:18O chanceler Mauro Vieira é um diplomata de carreira,
06:22já serviu em Washington, conhece bem o universo da política de Washington,
06:28mas tem um fato concreto.
06:30O presidente da República, o presidente Lula,
06:33ele torna completamente impossível
06:36que o Brasil se posicione de forma profissional e equilibrada
06:41quando ele senta à mesa de negociação.
06:43As declarações do presidente da República,
06:46desde a sua posse,
06:47quando ele fala em acabar com o dólar
06:49como moeda de referência entre os BICs,
06:52coisa que os outros países não falam.
06:54Obviamente a China e a Rússia
06:55têm muito mais interesse nesse tipo de coisa do que o Brasil.
06:59Mas o Brasil se coloca aí como um porta-voz dessas ideias estapafúrdias.
07:05O presidente brasileiro, que naquela primeira reunião lá no Japão,
07:08em que ele foi convidado para participar de uma reunião do G7,
07:12ele foi o único presidente que não se levantou à época
07:15para cumprimentar as eleições, que todos se lembram disso.
07:18Então o Brasil vai se mostrando um país desimportante
07:25na geopolítica atualmente.
07:26Então quando o chanceler Mauro Vieira
07:29vai representando o governo brasileiro
07:31para uma mesa de negociação de Marco Rubio,
07:33o que nós teremos é, do lado de Marco Rubio,
07:36uma lista muito concreta e bem definida
07:38daquilo que os Estados Unidos querem.
07:40E não é só questão comercial não, Paula.
07:42Isso os Estados Unidos já tinham.
07:43A balança comercial era favorável aos Estados Unidos.
07:45Os Estados Unidos vão avançar em uma série de outras coisas
07:48que ele quer ou que ele quer impedir
07:50que os seus concorrentes consigam.
07:53No caso, sobretudo, a China.
07:55Porque a China já está entrando aqui no Brasil
07:57em toda a nossa infraestrutura
08:00e, sobretudo, com esse projeto de ferrovia
08:02para ligar o Atlântico ao Pacífico,
08:05coisa que só vai beneficiar os chineses.
08:07E, convenhamos, o Brasil não pode ficar refém da China
08:10como a gente tem feito nos últimos tempos.
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