Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 3 semanas
Público vai conferir e interagir com 11 obras de nove artistas em pleno Parque Zoobotânico a partir desta sexta (3) em exposição organizada pelo Instituto Tomie Otahke, a partir desta sexta (3).

Reportagem: Eduardo Rocha
Imagens: Cristino Martins

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Esse é um trabalho que se chama Entoar o Vento e Dançar Marés,
00:04que faz parte da exposição Um Rio Não Existe Sozinho,
00:07organizada pelo Instituto Tomi Otaque,
00:09e é o resultado de uma pesquisa que eu fiz durante um ano
00:12no rio Tijucuacuara, onde a minha avó, matriarca da nossa família, nasceu.
00:17Então é uma instalação que conta essa história da minha avó, da minha mãe e minha também,
00:22três gerações de mulheres que cuidam e são cuidadas entre si
00:27e o quanto que cada uma de nós tem um papel na família, de guardiãs,
00:35não somente dos nossos ancestrais, dos nossos velhos, mas da nossa história
00:39e da valorização também da nossa cultura, que é muito relacionada com o universo das águas.
00:45Então eu sou uma artista que vem da gravura em metal, estilogravura,
00:49e em função dessa prática eu trago também para o universo da Carpinteria Naval
00:53a minha pesquisa enquanto gravadora.
00:55Essa é uma exposição que começou a ser pensada há quase um ano e meio,
01:00em articulação com o Museu Paraense Emílio Guilde.
01:04Nós tivemos uma parceria direta com toda a equipe do museu,
01:07pensando em cada detalhe, em cada parte,
01:10e a ideia é que a gente faça a abertura no dia 3 de outubro,
01:13sexta-feira agora, para o público geral.
01:16No período de amanhã nós teremos, inclusive, mesas de conversas com os artistas,
01:19é uma oportunidade muito interessante de ouvir sobre suas pesquisas,
01:23sobre suas reflexões, sobre, enfim, como foi interagir com esse espaço tão especial.
01:29E a exposição fica até o dia 30 de dezembro deste ano.
01:32Então ela é uma exposição pensada para esse momento de reabertura do parque,
01:36mas também para que as pessoas possam pensar em arte contemporânea
01:40como uma ferramenta para discutir a questão das emergências climáticas.
01:44Muitas das instalações das obras que foram feitas aqui,
01:46elas são feitas para que o público consiga caminhar,
01:50observar e percebê-las enquanto caminha, enquanto circula.
01:54Essa que a gente está aqui, por exemplo, que é do Gustavo Caboclo,
01:56que é uma obra que você entra e você é convidado a se deitar
01:59nas esteiras que estarão aqui, ainda não está, porque a exposição não está finalizada,
02:03mas para ouvir os cantos dos pássaros, para ver o céu e a copa das árvores também.
02:09Desde o dia 1 que a gente está pensando essa exposição,
02:12como a articulação entre os saberes científicos, os conhecimentos tradicionais
02:17e as pesquisas e explorações artísticas.
02:20E eu acho que não tem lugar melhor para a gente pensar sobre isso
02:22do que esse parque isobotânico, que tem uma fauna e uma flora tão especial,
02:27mas também pelas pesquisas que o Museu Paraense Emílio Guedes desenvolveu
02:31nesses últimos mais de 100 anos, quase 150 anos,
02:34e também pela possibilidade de trazer dessas pesquisas, dessas discussões,
02:39para os artistas explorarem e pensarem em possibilidade de atuação.
02:42Então, para a gente é uma alegria, é uma honra muito grande estar nesse parque,
02:47tendo em vista todo esse contexto.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado