Custo da energia, tarifas e Trump: impactos no Brasil e EUA

TIMES BRASIL - LICENCIADO EXCLUSIVO CNBC

A bandeira tarifária de outubro será vermelha patamar 1, elevando o custo da energia. Nos EUA, novas tarifas de Trump sobre medicamentos podem aumentar preços e atrasar tratamentos. No Brasil, a inadimplência de aluguel atinge patamar histórico, enquanto a B3 promove oportunidades de desenvolvimento de carreira.

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00:00Olá, bom dia, sejam muito bem-vindos, bem-vindas. Hoje é sábado, dia 27 de setembro e está no ar

00:12mais uma edição do plantão Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, com as principais

00:17notícias do fim de semana. A ANEEL definiu que a bandeira tarifária de outubro vai ser

00:23a vermelha patamar 1, nível abaixo do aplicado em agosto e setembro. Isso significa uma cobrança

00:31extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. A decisão reflete o cenário de chuva abaixo

00:40da média, o que exige mais das usinas termoelétricas. A agência destacou ainda que, apesar da forte

00:47contribuição da energia solar, a produção é intermitente, reforçando a necessidade

00:53do acionamento térmico. As bandeiras tarifárias têm impacto direto na inflação. O Banco

00:59Central apontou que os adicionais de setembro já pressionam os preços e a instituição financeira

01:05projeta bandeira amarela em novembro e bandeira verde em dezembro. Vamos agora a um destaque

01:12do site da CNBC Internacional. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse à Suprema

01:18Corte que o mercado não se abalaria se Trump demitisse a diretora do FED, Lisa Cook. O documento

01:25defende que o presidente pode remover governadores por irregularidade aparente sem comprometer

01:31a independência do FED. Trump citou suposta fraude hipotecária de Cook, que foi negada

01:38pela diretora para justificar a remoção, enquanto advogados alertam que a ação pode prejudicar

01:44a independência do Conselho e gerar risco de instabilidade nos mercados. Para mais notícias

01:51como essa, acesse www.cnbc.com. E a CNBC americana analisou o impacto das novas tarifas de Donald

02:00Trump sobre produtos farmacêuticos e o quanto essa taxação pode aumentar custos e atrasar

02:07o acesso aos medicamentos. Vamos conferir. O presidente Trump promete impor uma tarifa

02:13de 100% sobre as empresas farmacêuticas, a menos que a empresa concorde em construir

02:16uma fábrica aqui nos Estados Unidos. A ameaça de tarifa deve entrar em vigor em 1º de outubro.

02:22John Flavin, fundador e CEO da Portal Innovations, junta-se a nós agora, investidor em empresas

02:26de biotecnologia em estágio inicial. John, como isso afeta seu mundo?

02:30Bem, quero dizer, se voltarmos um pouco antes de um medicamento se tornar um medicamento,

02:36ele começa em um laboratório, geralmente em uma universidade de pesquisa, e depois se

02:40transforma em uma empresa. E essa empresa desenvolve o medicamento durante muitos anos e investe

02:45muito capital para levar esse produto inovador aos pacientes. Ao longo desse processo, essas

02:51empresas estão realizando estudos clínicos e também estão fabricando o medicamento de

02:55acordo com o componente para que ele possa ser eficaz quando chegar ao mercado dos Estados

03:00Unidos após a aprovação da FDA com uma estratégia de preço que seja competitiva e acessível

03:07para o sistema de saúde dos Estados Unidos. Portanto, se considerarmos isso como pano de

03:13fundo, se impusermos tarifas, estaremos aumentando, no final das contas, o ônus para o consumidor

03:18americano e para as seguradoras que estão pagando a conta. Assim, ao longo desse caminho,

03:24não só será mais caro fabricar o produto depois que ele for aprovado pela FDA, mas ao longo

03:29do caminho, essas jovens startups, 90% delas dependem de oportunidades de terceirização

03:34fora dos Estados Unidos para conseguir levar seus produtos ao processo de testes clínicos

03:39de forma competitiva em termos de custo. Portanto, esses são os aspectos que preocupam os investidores.

03:46Mas depois de passar pelo processo de teste clínico, eles não podem tomar a decisão de fabricar

03:51nos Estados Unidos, caso seja bem sucedido, para não ter que pagar as tarifas?

03:54Absolutamente não. Portanto, acho que no final desse processo, é ótimo ver a terceirização

04:00da fabricação. Veja as ótimas notícias da Eli Lilly. Até mesmo fabricantes estrangeiros,

04:05como a Novartis e a Roche, estão anunciando que investirão mais de 20 bilhões de dólares

04:10em novas fábricas. A Lilly acabou de falar sobre o lançamento de uma nova fábrica em Houston,

04:15por exemplo. Todas essas são boas notícias para a economia dos Estados Unidos a longo prazo.

04:21Acho que o impacto que me preocupa é realmente o de curto prazo, mudando as linhas de suprimento

04:26para poder trazer um novo medicamento ao mercado, e até mesmo a terceirização do fabricante

04:31final do ingrediente farmacêutico ativo. A capacidade não existe no momento. Portanto,

04:36na melhor das hipóteses, isso criará atrasos para levar esses produtos aos pacientes nos

04:41Estados Unidos que se beneficiam desses avanços.

04:44O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, numa entrevista exclusiva ao Times Brasil,

04:52licenciado exclusivo CNBC, analisou a forma como Donald Trump tem negociado o tarifaço.

04:59Nas palavras de um dos arquitetos do Plano Real, é o estilo do republicano que combina

05:04anúncios bombásticos com recuos. Franco também lamentou a falta de canais entre Brasília e o governo

05:11americano antes do atual cenário, mas disse que nunca é tarde. Vamos conferir.

05:17Um dia antes da Assembleia Geral da ONU, você falou num evento que o Trump teria que fazer

05:22algum tipo de gesto, recuar um pouco para que houvesse uma negociação.

05:26Depois, na ONU, ele disse que teve uma boa química com o presidente Lula e que eles deveriam

05:31se encontrar nos próximos dias, na semana que vem. O que você acha que está por trás

05:35desse gesto do Trump? Qual é a sua leitura?

05:37Bem, é o estilo Trump de negociar, combinar rompantes, anúncios bombásticos com recuos,

05:48passos para o lado, para trás e em seguida anunciar também de forma bombástica que houve

05:58um acordo. Então é muito provável que ele siga esse rito com vários dos países afetados

06:04pelas tarifas feitas, ele chamou do Liberation Day, o dia da liberação. E no dia seguinte

06:14do anúncio, meses atrás, ele recuou, suspendeu, depois voltou, aí apareceu uma lista de exceções.

06:22É muito do jeito dele de fazer as coisas. E é preciso ter sangue frio, é claro, é um

06:28tipo de negociação incomum e que não é muito da tradição diplomática, vai, habitual.

06:37Mas é preciso, enfim, jogar o jogo e é o que o Brasil fez. Felizmente engoliu em seco

06:43durante essas semanas aí, quando começou a tarifa a valer e esperou e no devido momento,

06:53então eles próprios sinalizaram uma abertura. E é preciso agora aproveitar, conversar.

07:04É uma pena que o governo brasileiro não tivesse já desenvolvido canais com o governo

07:10Trump antes disso tudo acontecer. Mas nunca é tarde, começa agora e bom proveito.

07:18Vamos ver agora um destaque do nosso site, o Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.

07:25A inadimplência de aluguel repete pico histórico no Brasil em agosto.

07:30A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil chegou a 3,76% em agosto, que é o mesmo nível

07:37de julho, marcando o maior patamar em 14 meses. Imóveis residenciais de alto padrão,

07:43aqueles acima de R$ 13 mil registraram 7,02% de inadimplência, enquanto faixas mais baixas

07:52tiveram variações menores. Entre os imóveis comerciais, a faixa até R$ 1 mil teve a maior taxa

07:59e o Nordeste liderou o ranking regional de inadimplência.

08:04Para conferir mais notícias como essa, acesse www.timesbrasil.com.br.

08:10A B3, Bolsa de Valores de São Paulo, discute hoje com grandes empresas o desenvolvimento

08:17de carreira voltado para quem já está no mercado de trabalho ou para quem ainda está

08:22começando. E quem acompanha é o nosso repórter Léo Valente.

08:27Essa é a segunda edição do B3 Summit Career. Começou no ano passado, segue agora esse ano

08:32com mais de 3 mil pessoas inscritas e uma expectativa de ter ainda mais gente, já que é aberto ao público

08:39que chegar e se interessar também aqui, tanto no centro de São Paulo, onde ficam as instalações

08:43da B3, como também para quem acompanhar nas redes sociais.

08:46Aqui do meu lado está o Gilson Finkenstein, que é presidente da B3, para falar um pouco mais sobre

08:51esse compartilhamento, essa troca de informações aqui com o público mais jovem também, que está início de carreira

08:59e que pode aprender um pouco mais com essas palestras aqui. Gilson, a gente acompanhou aqui a sua colaboração,

09:07você falou muito sobre a questão da comunicação. Isso é um ponto que é importante para quem está no início

09:12de carreira e também para quem está se desenvolvendo no mercado de trabalho?

09:16Sem dúvida. Comunicação é importante em todas as etapas da carreira. A gente vai aprendendo, vai tendo que se

09:23comunicar com os chefes, vai tendo que se comunicar com os pares, vai tendo que se aprender, como eu falei,

09:28bastante de erros e acertos. E a gente só aprende realmente quando a gente tem feedback,

09:34quando a gente recebe nossa avaliação se nós estamos lendo bem ou mal. E para isso é importantíssimo

09:42que a gente se comunique, seja com os chefes, seja com os pares, seja com os funcionários.

09:47É uma característica muito importante ao longo de toda a carreira.

09:49Você vai construindo ao longo da vida e você vai construindo o seu próprio sucesso.

09:54Então, se você vai estudar engenharia e trabalhar com o mercado financeiro, que é o meu caso,

09:59se você vai fazer comunicação e trabalhar com redes sociais ou com outra atividade numa empresa,

10:06você vai construindo o seu sucesso. Você é responsável pelo desenvolvimento da sua carreira,

10:10você é responsável pelo seu autoconhecimento. Então, acho que são vários os caminhos que levam ao sucesso.

10:18E depende de você gerenciar bem a sua carreira e continuar sempre aprendendo,

10:23se comunicando bem para buscar cada vez mais a realização profissional.

10:27Você estava falando também que muitas vezes os erros acabam sendo mais lembrados

10:30do que os acertos nessa carreira. Como é que se pode lidar com esse equilíbrio entre essas duas coisas?

10:37Para mim, erros são a tradução verdadeira da experiência.

10:42Porque quem é bem-sucedido acaba acertando mais do que errando.

10:45Mas lembra sempre daqueles erros para não repetir.

10:48Então, para mim, as cicatrizes que os erros trazem são a verdadeira tradução do que se chama experiência.

10:55Como é que está sendo a avaliação com essa troca com os jovens?

10:57Eles fizeram algumas perguntas também. Como é que tem sido isso?

10:59E essa abertura da B3 para o público poder também compartilhar e conhecer um pouco?

11:04É muito importante falar com o jovem hoje em dia, disponibilizar essa oportunidade de conhecimento,

11:11de saber quais são as oportunidades de carreira dentro do mercado financeiro.

11:15E esse acaba sendo o papel da B3. A B3 está, de alguma forma, inserida dentro de diversas atividades do mercado financeiro.

11:22Então, através dessa feira de carreira, a gente consegue traduzir um pouco mais para o jovem

11:27quais são essas oportunidades de trabalho, como ele pode gerenciar a sua entrada do mercado financeiro,

11:33achando um ponto de satisfação, de equilíbrio profissional, para que ele busque uma carreira de sucesso.

11:40Então, é um orgulho enorme para a B3 poder fazer essa feira e atrair cada vez mais jovens

11:46por tema de educação financeira e de desenvolvimento de carreira.

11:49Obrigado pela entrevista. A gente segue acompanhando aqui, trazendo um pouco do que está sendo debatido

11:55e discutido também nessa troca aqui na B3.

11:59E essa edição termina aqui, mas a gente volta daqui a pouquinho com mais notícias para você

12:04só aqui no Times Brasil, licenciado exclusivo do CNBC, a maior emissora de negócios do mundo,

12:10agora no Brasil. Até já!

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