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NotíciasTranscrição
00:00Jovem Pan Saúde, oferecimento ampla, muito mais que um plano, um compromisso com você. Isso é ampla.
00:13Jovem Pan Saúde
00:15Fertilidade e congelamento de óvulos, um tema que interessa cada vez mais mulheres.
00:23Muitas querem ser mãe, mas também construir uma carreira, viajar, viver outras experiências antes da maternidade.
00:30Só que a fertilidade está muito ligada à idade e esse planejamento nem sempre é simples.
00:37E quando a gravidez não acontece? Existe uma idade ideal para congelar óvulos?
00:41Qual é o momento certo de procurar um especialista?
00:44Bom, para responder a essas e outras dúvidas, o Jovem Pan Saúde recebe hoje o doutor Matheus Roque,
00:50especialista em reprodução humana e também o doutor Vinícius Bacega, que é ginecologista, obstetra
00:57e também especialista em reprodução assistida. Sejam muito bem-vindos.
01:02Bom, já vou fazer a primeira pergunta, doutor Matheus.
01:05De fato, tem uma idade correta para ser mãe? Passada essa fase, a mulher não vai conseguir mais engravidar?
01:12Acho que esse é o grande desafio que tem e é uma pressão enorme em cima das mulheres.
01:19A gente fala sobre o relógio biológico, que é tudo que vocês já ovularam, tudo que vão ovular ainda durante a vida de vocês.
01:26Vocês já nascem com isso, então é aquele armazém, aquele estoque de óvulos que vai sendo gasto ao longo do tempo.
01:31Esse estoque vai diminuindo, geralmente aquela preocupação com relação à quantidade, acabou, vou entrar na menopausa.
01:37Essa normalmente é a preocupação, mas um ponto muito mais importante é a questão da qualidade desses óvulos.
01:43Que eles vão diminuindo a qualidade. Por mais saudável que aquela mulher esteja e tudo, principalmente depois dos 35 anos de idade,
01:50essa qualidade vai diminuindo de maneira importante, diminuindo chance de gravidez, aumentando risco de aborto e risco de doenças também.
01:58Então, pela natureza, quanto antes a gente engravidar seria melhor, mas a gente sabe que isso no mundo inteiro, a rotina, o dia a dia de hoje,
02:06as mulheres estão deixando para engravidar cada vez mais tarde e sempre essa pressão entre a vida pessoal, profissional e a questão da maternidade.
02:13Quando será que eu vou conseguir? As diversas dúvidas que surgiram.
02:17O senhor falou, então, em 35 anos, né? Também, doutor Vinícius, queria ouvir até a opinião sua,
02:23a respeito até da prática clínica, o que você escuta das pacientes, né?
02:27Chegam muitas lá no seu consultório, 35 anos, o que eu faço agora, né?
02:32E também a qualidade, se ela pensar em congelar os óvulos, né? Eu vou conseguir depois dessa idade?
02:38Eu acho que a sua pergunta foi exatamente, eu preciso engravidar até os 35 anos?
02:43E a resposta é não. A gente sabe que, na verdade, tem se tornado cada vez mais difícil as mulheres engravidarem até os 35 anos,
02:50coisa que antigamente era, talvez, uma rotina, né? Engravidar antes dos 35 anos.
02:55Então, acho que, exatamente por isso, a mulher ter assumido um papel na sociedade mais importante,
03:00se dedicar mais à carreira, ou, às vezes, até mesmo por não ter encontrado ou parceira ou parceira, né?
03:06Naquele momento, acaba-se, então, postergando a maternidade.
03:10A preservação da fertilidade, que, então, é o congelamento de óvulos, falando aqui na nossa pauta de hoje,
03:15ela vem exatamente para isso, como diz o nome, para eu preservar a fertilidade
03:19e para que eu possa utilizar lá no futuro, mantendo, então, essa qualidade desses óvulos
03:25e também mantendo boas chances de gravidez, mesmo se essa mulher optar por engravidar após os 35 anos.
03:31Existem outros fatores, além da idade, né?
03:34Que podem prejudicar também nessa questão da fertilidade e dificultar, por exemplo, a mulher que quer engravidar?
03:42Outro ponto seriamente importante.
03:43Quando se fala em fertilidade, geralmente, se olha exclusivamente para a mulher,
03:47cai o peso todo, é sobre aquela mulher.
03:51Mas a infertilidade é uma das doenças mais democráticas que tem,
03:54que ela atinge as causas de infertilidade, que são tanto fatores na mulher quanto fatores no homem também.
04:00Então, é muito importante, é claro, a idade é um fator,
04:03mas a infertilidade é uma dificuldade, uma diminuição nas chances de gravidez.
04:08Sempre muito importante dizer que a infertilidade não significa esterilidade.
04:12Esterilidade é aquela impossibilidade, você não vai engravidar de maneira natural.
04:15Então, o passar do tempo, atualmente, a idade da mulher é um dos principais fatores de infertilidade,
04:23com essa diminuição nas chances e dificultar também resultados em tratamentos.
04:27E aí que surge a questão do congelamento de óvulos,
04:30que não é a garantia de um bebê lá para frente,
04:32mas é potencializar as chances, caso venha a necessidade de um tratamento de produção lá para frente.
04:38Mas outros fatores importantes, endometriose também é um fator muito prevalente,
04:44quadros infecciosos e quadros ovulatórios, mas principalmente considerar sempre,
04:49se eu estou falando de infertilidade conjugal, considerar o casal,
04:51e os fatores masculinos também, que metade dos casos estão presentes na infertilidade.
04:55Ou seja, doutor Vinícius, o homem também deveria ir atrás, procurar,
05:00porque às vezes está ali na tentativa, eles não estão conseguindo engravidar,
05:03e a responsabilidade sempre cai para a mulher.
05:07Às vezes a gente vê na rotina do consultório,
05:10às vezes até pacientes que, por exemplo, estão noivas,
05:13mas não querem engravidar naquele momento,
05:15e é muito importante, na hora que você está fazendo essa avaliação,
05:19não só focar também ali só no fator feminino.
05:23Então estou falando, seria o ideal para você ter uma porcentagem X de chance,
05:29como o Matheus disse, nunca vou ter 100%,
05:32mas para a gente trabalhar dentro dessas porcentagens,
05:36prospectando o tratamento dela ali no congelamento de óvulos,
05:39eu estou considerando que nada mais além do fator idade vai interferir ali
05:42na hora que eu for utilizar esses óvulos no momento da fertilização.
05:46Mas aí a gente não avalia, por exemplo, um fator masculino,
05:50às vezes eu tenho um fator masculino grave,
05:52que quando eu for lá no futuro descongelar esses óvulos,
05:54fazer a fertilização, isso vai sim impactar,
05:56e pode impactar em relação à chance de formar embriões,
06:00embriões geneticamente normais para transferência,
06:02então isso é muito importante.
06:04E essa porcentagem que o senhor disse,
06:06tem algum exame que a gente consegue detectar?
06:09Tem até, se fala daquela, de um exame de sangue,
06:12que você consegue ver a quantidade de folículos que ainda estão disponíveis ali,
06:16é a reserva ovariana que se fala?
06:18Exatamente, a gente tem dois pontos,
06:20a questão da reserva ovariana, que é esse estoque de óvulos,
06:23é possível, vamos falar contágio folíquico,
06:25é possível fazer um ultrassom, início do ciclo menstrual,
06:28ver a quantidade de folíquico que a gente tem,
06:30para ter uma ideia dessa reserva,
06:32e o exame de sangue, que é o hormônio antimileriano,
06:34que é o principal marcador dessa reserva ovariana.
06:37O que é muito importante é que,
06:39isso é um marcador de quantidade, de reserva,
06:41e não de qualidade.
06:43A gente não tem nenhum exame específico,
06:44que a gente faça para dizer qual que é a qualidade do óvulo.
06:47A gente consegue dizer,
06:48a qualidade genética daquele óvulo,
06:50é que aquele óvulo, se for fertilizado ou naturalmente,
06:53ou no tratamento e formar um embrião,
06:55a chance desse embrião ser geneticamente normal,
06:59ou o risco dele ter alguma alteração genética,
07:02é o que está relacionado à idade.
07:03Então, isso é o que a gente fala,
07:04a qualidade do óvulo relacionado à idade,
07:06consequentemente, a relação com a qualidade genética desse embrião.
07:10Então, a gente tem essa balança,
07:12quando a gente vai para os tratamentos,
07:14o número de óvulos, a quantidade,
07:16é extremamente importante para compensar a questão da qualidade.
07:20Ou seja, esse exame de reserva ovariana,
07:23às vezes, pode até causar,
07:25enfim, um efeito ao contrário,
07:28até para o psicológico daquela mulher, né?
07:30Ela vai falar,
07:31nossa, eu não vou conseguir engravidar nunca.
07:34E, às vezes, não é isso, né?
07:35Isso é muito importante,
07:36porque o antimileriano,
07:37ou a reserva ovarianiciela,
07:38isoladamente,
07:39isso não é uma causa de infertilidade.
07:41A gente vê, às vezes,
07:42muitas mulheres,
07:43aquele estigma,
07:44meu Deus, fiz o antimileriano,
07:45está um valor muito baixo,
07:46não vou conseguir engravidar.
07:47Mas, então,
07:48a reserva não vai diminuir as chances dela engravidar.
07:51Se eu tenho lá 35 anos de idade,
07:53aquela mulher,
07:53se ela tem uma baixa reserva,
07:55e a amiga dela tem uma boa reserva ovariana,
07:57em teoria,
07:57as chances de gravidez natural vão ser as mesmas.
08:00Essa reserva passa a ser muito importante
08:01quando se pensa no congelamento de ovos,
08:03que está relacionado à quantidade de ovos
08:05que a gente vai ter,
08:06ou mesmo com uma fertilização in vitro,
08:08relacionada à quantidade de ovos
08:09que a gente vai ter.
08:10Porque quanto mais ovos a gente tem,
08:12maior a chance de sucesso de um tratamento.
08:14Mas, naturalmente,
08:15independente de como esteja a reserva dessa mulher,
08:17é um óvulo que ela vai ampular a cada vez.
08:20Então, de maneira natural,
08:21uma baixa reserva,
08:22normalmente,
08:23não é a causa de infertilidade.
08:24Outros fatores são muito importantes
08:26de serem avaliados.
08:26Às vezes,
08:27os pacientes ficam com dúvida disso, né?
08:29Tinha vários pacientes,
08:30tem uma delas,
08:30inclusive,
08:31que é médica,
08:31que foi para fazer um congelamento de óvulos,
08:33mas numa idade muito precoce,
08:34porque ela tinha um histórico
08:35de menopausa precoce na família.
08:37Então, com 31 anos de idade,
08:38ela estava fazendo esse congelamento.
08:40Já tinha um diagnóstico
08:41de uma reserva diminuída
08:42para a idade dela.
08:44E a nossa conversa foi exatamente essa, né?
08:46Você vai fazer o congelamento,
08:47mas a principal pergunta dela era,
08:49Vini,
08:50eu vou realmente ter que,
08:53quando for engravidar,
08:53eu preciso ir direto,
08:55utilizar meus óvulos,
08:56eu posso tentar engravidar naturalmente?
08:58Sim!
08:59E eu falei para ela,
08:59olha,
09:00você ter uma baixa reserva
09:01não significa que você
09:02vai ter uma dificuldade para engravidar.
09:05Basta ter um óvulo,
09:06um óvulo maduro e viável
09:07para ser fertilizado
09:08e formar um embrião.
09:10E foi exatamente o que aconteceu.
09:12Ela engravidou,
09:12dois anos depois,
09:14de forma natural
09:15e agora,
09:16recentemente,
09:17ela está com quase 40 anos,
09:19na verdade,
09:19agora,
09:20e a gente descongelou os óvulos
09:21que ela tinha congelado lá com 31
09:23e ela está grávida novamente.
09:25Olha só,
09:25eu também,
09:26exatamente,
09:26uma amiga que fez isso,
09:27estava com medo,
09:28chegou aos 40 anos,
09:29não sabia,
09:30nem se ela queria ser mãe.
09:32E aí,
09:33por pressão,
09:34enfim,
09:34do próprio marido,
09:36congelou os óvulos
09:37e acabou engravidando naturalmente.
09:39Isso acontece muitas vezes, né?
09:41Sim,
09:41isso tem.
09:42A infertilidade,
09:43às vezes,
09:43não só pensando no congelamento,
09:45mas um casal que está enfrentando
09:46a infertilidade,
09:46às vezes a gente faz toda a avaliação,
09:48indica um tratamento de fertilização
09:49in vitro,
09:50às vezes aquele casal está se preparando
09:52para uma fertilação
09:53ou fez tratamentos
09:54e não teve sucesso
09:55e engravidou naturalmente.
09:57Então,
09:57é isso,
09:57a infertilidade não é impossibilidade
09:59de gravidez,
10:00são menores chances
10:01de que ela ocorra
10:02ali de maneira natural
10:03e com o passar do tempo,
10:05quanto mais tempo
10:05aquele casal está tentando,
10:07menor são as chances,
10:07quanto maior a idade
10:09da mulher,
10:10menor são as chances também.
10:12E aí,
10:12o congelamento
10:13é o para potencializar
10:14a chance
10:15dessa mulher
10:16conseguir ter uma gestação
10:17com o próprio óvulo,
10:18com o próprio material genético,
10:20caso ela precise
10:21de um tratamento
10:22lá para frente.
10:23Então,
10:23se lá para frente,
10:24ok,
10:24congelei óvulos agora,
10:26como o doutor Vinícius falou,
10:27não necessariamente
10:27ela vai precisar utilizar
10:29aqueles óvulos,
10:29mas se lá para frente
10:31ela tentou engravidar,
10:32passou seis meses,
10:33um ano,
10:33não teve uma gravidez
10:34e ela vai ter uma indicação
10:35de uma fertilização in vitro,
10:37lá para frente,
10:38ela vai ter menos óvulos
10:39e uma menor qualidade
10:40por causa da idade.
10:41Então,
10:41usando esses óvulos
10:42de agora,
10:43ela vai ter um maior potencial.
10:45Então,
10:45o congelamento
10:45não é a certeza,
10:46não é a garantia
10:47do bebê com aqueles óvulos,
10:48mas é potencializar
10:49chances daqueles óvulos.
10:51Aqueles óvulos
10:52permanecem com a qualidade genética
10:53de quando eles foram congelados,
10:55da idade da mulher ali.
10:56E lá para frente,
10:57independente da idade dela,
10:58mesmo que ela já tenha
10:59entrado na menopausa,
11:01por exemplo,
11:01ela pode ter uma gestação
11:02com esses óvulos
11:03que foram congelados anteriormente.
11:05Então,
11:06vamos falar
11:06do congelamento de óvulos?
11:08Como que funciona, né?
11:09Porque é um tratamento,
11:10a mulher precisa se preparar,
11:12usa-se hormônios também.
11:14Exato.
11:15Eu acho que o preparo,
11:16na verdade,
11:17começa quando a gente
11:18está fazendo
11:19essa parte da avaliação
11:20da reserva.
11:21Eu falo muito isso
11:22para os pacientes
11:22porque eu acho
11:23que a gente trabalha
11:24muito com expectativas,
11:25a gente está esperando
11:26qual é o número de óvulos,
11:28o que mais o paciente
11:28quer saber,
11:29qual o número de óvulos
11:30que eu vou ter,
11:30a minha reserva está adequada
11:32para a minha idade,
11:32está baixo,
11:33eu vou precisar fazer
11:34um único tratamento
11:35ou não.
11:36Então,
11:36acho que isso é o principal ponto
11:38antes de eu iniciar o hormônio,
11:39porque a gente sempre vai falar
11:40o tratamento,
11:40eu vou pensar no hormônio.
11:41Mas antes disso,
11:42acho que a gente tem
11:43que alinhar essas expectativas,
11:45obviamente,
11:45fazendo tanto a avaliação
11:47ali pela contagem de folículos
11:48ou pela dosagem
11:49do antimileriano,
11:51lembrando que nenhum deles
11:53é assim,
11:53100% fidedigno.
11:54Então,
11:55às vezes,
11:55a gente acaba até fazendo
11:56a junção dessa avaliação
11:57do antimileriano
11:58com a contagem de antrais
11:59para eu alinhar
12:00essas expectativas
12:01do que a gente está aguardando
12:02no final desse processo todo.
12:04Então,
12:04feito isso,
12:05aí sim a gente inicia,
12:06a gente vai escolher
12:07protocolo,
12:08dose de medicação
12:09individualizado
12:10para aquela paciente,
12:11de acordo com o que a gente
12:12espera da resposta
12:14do ovário daquela paciente.
12:15E aí,
12:16eu vou ter um período
12:16mais ou menos
12:17de mais ou menos
12:1810,
12:1911,
12:1912 dias de uso
12:20dessa medicação,
12:21em média isso,
12:22até que a gente consiga,
12:23então,
12:23aí definir a data exata
12:25da coleta dos óculos.
12:26Então,
12:26durante esse período,
12:27a gente vai fazer
12:28alguns acompanhamentos
12:29com o ultrassom
12:30para ir acompanhando
12:31o crescimento
12:32desses folículos
12:32até que eles atinjam
12:34ali determinados
12:35parâmetros
12:36que são necessários
12:37para a gente poder
12:38agendar a coleta.
12:39E feito isso,
12:40nós então aplicamos
12:41uma última medicação
12:42no tratamento
12:42e seguimos para o dia
12:43da coleta dos óculos
12:44em média lá entre
12:4534 e 36 horas
12:47após a aplicação
12:48dessa última medicação.
12:49E daí,
12:50então,
12:50é feita a aspiração
12:52folicular,
12:53que nós chamamos,
12:53que é a coleta dos óculos,
12:55feito sob sedação,
12:56então,
12:57é guiado
12:57para o ultrassom
12:58transvaginal
12:58e que a gente vai,
12:59então,
13:00aspirar o líquido
13:01folicular,
13:01que é o líquido
13:02que está contido
13:03dentro desses folículos
13:04e aí nós vamos,
13:05então,
13:05colocar no microscópio
13:06e checar
13:07quantos óculos
13:08nós tivemos ali
13:09no final daquele processo
13:10todo.
13:11E da primeira tentativa,
13:12já consegue
13:13ou pode ser que
13:14haja necessidade
13:15de repetir
13:16outras coletas?
13:17Isso iria muito,
13:18a gente sempre vai,
13:19depois de um tratamento,
13:20conversar com aquela paciente
13:22sobre quais são as perspectivas
13:24com aquele número
13:25de óvulos
13:25que foram congelados
13:27baseado na idade dela.
13:29Com a sua idade,
13:30esse número de óvulos,
13:31você tem tal probabilidade
13:33de ter o seu bebê
13:34lá para frente,
13:35caso precise utilizar
13:36esses óvulos.
13:37Teoricamente,
13:38quanto mais óvulos
13:38essa mulher tem congelado,
13:40melhor.
13:40Mais tentativas, né?
13:41Sim,
13:41às vezes em um tratamento
13:43conserva uma grande quantidade,
13:44às vezes precisa
13:45de mais tratamentos,
13:46mas independente
13:47da quantidade,
13:48esses óvulos
13:49vão trazer uma maior chance
13:50lá para frente.
13:51E o que é importante
13:52que o Dr. Vinicius falou,
13:53esse período de estimulação
13:54ovariana,
13:55os hormônios
13:56que essa mulher usa,
13:57esses hormônios
13:58eles não criam mais óvulos,
13:59não criam mais folículos.
14:00Ah, perfeito.
14:01Então, esses hormônios
14:02eles são simplesmente
14:03para a gente aproveitar
14:04essa reserva,
14:06então a mulher tem ali
14:06o estoque de óvulos,
14:07vai recrutando,
14:08vai recrutando esses óvulos
14:10constantemente,
14:11vai perdendo centenas de óvulos
14:12todos os meses
14:13e alguns deles ali
14:14três, quatro meses depois
14:15chegam no estágio
14:16que é o que a gente vê
14:16no ultrassom,
14:17que são os folículos antrais
14:18que você falou do ultrassom
14:19e esses folículos ali
14:21ele é sensível ao hormônio.
14:22Então, ou o hormônio
14:24que essa mulher produz
14:24num ciclo natural
14:25que faz com que um folículo
14:27cresça e esses outros
14:28são inibidos de crescer
14:29e são jogados fora,
14:31quando a gente faz
14:32uma estimulação ovariana
14:33nos hormônios,
14:33o Dr. Vinicius falou
14:3410, 11, 12 dias de hormônio
14:35são os mesmos hormônios
14:36que essa mulher produz
14:37naturalmente
14:38que a gente dá
14:38em doses mais altas
14:40para aproveitar
14:41esses folículos menores
14:42que seriam desperdiçados
14:43para a gente aproveitar
14:44no tratamento.
14:45Então, se aquela mulher
14:45tem uma reserva
14:46variando muito baixa,
14:47eu faço um ultrassom,
14:48tem lá três bolinhas,
14:49três folículos,
14:50eu posso dar o hormônio
14:51que for que eu vou ter
14:51no máximo
14:52três óvulos ali.
14:54Então, isso,
14:55a gente não cria mais óvulos
14:56e ao mesmo tempo
14:57quando a gente aspira
14:58as três, cinco,
14:59dez, quinze,
15:00vinte óvulos
15:00a gente não está gastando
15:01a reserva
15:02daquela mulher também
15:03que é muito comum
15:04a pergunta também, né?
15:05Da gente,
15:07ah, mas poxa,
15:07esperei dez, quinze, vinte óvulos
15:09vou antecipar
15:10a minha menopausa
15:10e perdi dez,
15:12vinte meses
15:13da minha vida reprodutiva
15:14e não,
15:15aqueles óvulos ali
15:16seriam perdidos
15:17naquele mês
15:18de maneira natural.
15:19Com o avanço, né?
15:20Tecnologia,
15:21inteligência artificial,
15:22os algoritmos,
15:22tudo isso,
15:24antes a gente baseava
15:25muito nisso.
15:25Tem tal idade,
15:27X óvulos,
15:28a chance lá pra frente
15:29é a probabilidade e tal.
15:31Hoje,
15:32alguns algoritmos,
15:33coisas de inteligência artificial,
15:34aqueles óvulos
15:35daquela mulher
15:36especificamente
15:37foram aspirados,
15:38são avaliados,
15:40são as imagens
15:41desses óvulos
15:41jogados
15:42como se fosse
15:43por uma nuvem
15:43por toda uma estatística
15:46que se tem
15:46inteligência artificial
15:47e que a gente consegue
15:48trazer uma ideia melhor
15:49pra aquela paciente.
15:51Pra uma paciente
15:52às vezes ter cinco óvulos,
15:54que seja uma mesma idade,
15:55cinco óvulos
15:56dá uma probabilidade,
15:57às vezes pra uma outra paciente
15:58com a mesma idade
15:58se cinco óvulos
15:59às vezes traz
16:00uma probabilidade maior.
16:01Então a gente tá conseguindo
16:02individualizar e personalizar
16:04cada vez mais os tratamentos
16:05tanto na maneira
16:07de fazer o tratamento
16:08quanto nas informações
16:09que a gente consegue
16:10trazer pras pacientes também.
16:11Sim.
16:11Nesse caso que a mulher,
16:13por exemplo,
16:13poderia ter que repetir
16:15o ciclo,
16:15repete-se também
16:16a fase do hormônio
16:17ou não?
16:18Sim.
16:18Sim, repete todo
16:19o processo da estimulação,
16:21desde o zero,
16:22o acompanhamento
16:23ultrassonográfico,
16:24avaliar o crescimento
16:25folicular
16:25e uma nova coleta
16:26de óvulos.
16:27Então a gente repete
16:27todo esse processo
16:28novamente.
16:29Nesse processo,
16:30a mulher vai sentir
16:31algum efeito colateral?
16:32Porque é muito hormônio, né,
16:34que ela vai estar recebendo.
16:36É, tem efeitos colaterais
16:37parecido, eu digo assim,
16:38parecido com uma TPM,
16:39mas essa paciente já tem, né?
16:41Claro, tem pacientes
16:42que às vezes apresentam
16:43nos primeiros dias
16:43um pouco de dor de cabeça,
16:45mas que podem usar
16:45a medicação analgésica.
16:47Algumas pacientes
16:48sentem, né,
16:48um pouquinho de náusea
16:50no início ali,
16:51iniciando a estimulação hormonal,
16:54assim como posso ter
16:55os reis mais doloridos,
16:56um pouco de desconforto,
16:58não é dor,
16:58mas um pouco de desconforto,
16:59uma sensação de peso
17:00mais na região inferior
17:01do abdômen
17:02por conta até
17:03do crescimento
17:04desses ovários, né?
17:05Então, assim,
17:06são sintomas um pouco
17:07mais comuns, assim,
17:08diríamos assim,
17:08na estimulação ovariana.
17:10E traz algum risco, doutor?
17:13Claro que a gente não, né?
17:14O risco maior
17:14é de conseguir ter o bebê
17:15lá pra frente, né,
17:16com aqueles ovos ali.
17:18É claro que nenhum
17:18tratamento médico
17:19é totalmente isento
17:20de riscos,
17:21mas hoje as complicações
17:22numa estimulação ovariana,
17:25numa coleta de ovos,
17:25muito baixa.
17:26Menos de 1% das coletas
17:28ou das estimulações
17:29das coletas que a gente faz,
17:30a gente consegue
17:30evitar as complicações.
17:33Uma complicação
17:33que era muito comum
17:35no passado,
17:36que se chama
17:36símbolo de hiperestímulo ovariana,
17:38que as pacientes
17:38sempre perguntam,
17:39ah, vou hiperestimular,
17:40vou ter dor,
17:41minha barriga vai inchar, tal.
17:42Hoje os protocolos,
17:43a maneira que a gente usa
17:44as medicações,
17:45independente da resposta dela,
17:47a gente praticamente
17:47zerou o risco disso.
17:49Então, com o passar do tempo,
17:51as complicações
17:52estão cada vez menores.
17:53Então, hiperestimulação,
17:54sangramento numa coleta,
17:56uma torção de ovário,
17:57tudo isso,
17:58menos infecções,
17:59menos de 1% dos casos
18:00que poderiam ter
18:01alguma complicação.
18:02Agora,
18:03quanto tempo
18:04esse ovário
18:04pode ficar,
18:06esses óvulos,
18:07perdão,
18:08podem ficar armazenados?
18:10Às vezes,
18:10ela acaba engravidando
18:11ali no meio do processo,
18:13mas pode deixar eles ali
18:15para sempre?
18:16A gente não tem,
18:17pela literatura,
18:18a gente não tem
18:18um tempo determinado
18:20máximo que eu possa
18:21manter esses óvulos,
18:22sendo que a gente
18:23tem até relatos
18:24na literatura
18:25e nascimento
18:25após 16 anos
18:26de congelamento.
18:28Então,
18:28a gente não tem
18:29esse período limite
18:31para manter
18:32aqueles óvulos ali.
18:32Mas se eu estou pensando
18:33basicamente ali
18:34numa mulher
18:35que congelou
18:35seus óvulos
18:36com 35 anos,
18:37vamos colocar,
18:38mais 15 anos
18:38pela frente,
18:39acredito que
18:40nesse período de tempo
18:41essa mulher
18:41vai ter,
18:43em algum momento,
18:43já pensado um pouco,
18:46decidido
18:46sobre se quero
18:49ou não engravidar.
18:50Às vezes pode acontecer
18:51ela ter congelado,
18:52não necessariamente
18:53depois ela não vai usar mais,
18:54ela pode doar
18:55aquele dependendo,
18:56a idade que ela fez
18:57dependendo,
18:58se quiser pode descartar.
19:00O óvulo,
19:00ele dá uma,
19:01dá total autonomia
19:02para aquela mulher.
19:03Aquela quantidade de óvulos,
19:04aquele óvulo é dela,
19:05ela faz com aqueles óvulos
19:06que ela desejar,
19:07se quiser descartar,
19:09pode descartar,
19:09se estiver com um parceiro
19:10e está tentando engravidar,
19:12não engravidou,
19:12então possa ter um tratamento
19:14ali com o SEMRE
19:15de um parceiro,
19:15uma fertilização in vitro
19:17ou então,
19:18estou solteiro
19:18e quero engravidar,
19:19posso utilizar aqueles óvulos,
19:21casais ou afetivos,
19:23então hoje a medicina reprodutiva
19:24o que no passado
19:25era simplesmente
19:26tratar um casal
19:27com infertilidade,
19:29hoje a medicina reprodutiva
19:30tem um leque
19:31de oportunidades,
19:32a preservação da fertilidade,
19:34tanto essa que a gente fala
19:35social,
19:35que essa mulher
19:36que não sabe
19:37se vai engravidar,
19:38que vai postergar a gravidez
19:39e que tem indicação
19:40de congelar,
19:41nós temos o congelamento
19:42de óvulos,
19:42que a gente fala
19:43uma indicação médica,
19:44ela vai fazer uma cirurgia,
19:45vai mexer em ovário,
19:46ela vai fazer um tratamento
19:47oncológico
19:48que acaba afetando muito
19:49a questão do estoque,
19:51do estoque de óvulos,
19:52ela pode fazer o congelamento,
19:54os tratamentos
19:55da mulher solteira
19:56fazendo tratamento
19:57de fertilização in vitro,
19:58os casais ou afetivos
19:59fazendo tratamento
20:00de fertilização in vitro,
20:01então hoje a medicina reprodutiva
20:02tem uma gama enorme
20:04de possibilidades
20:05de tratamentos
20:06e cada vez mais seguros
20:07e cada vez trazendo
20:08mais informações
20:09para aquela paciente
20:10ou para aquele
20:11ou para aquele casal.
20:12Eu acho que cada vez
20:13mais inclusivo,
20:14desculpa,
20:15eu acho que cada vez
20:16mais inclusivo
20:16em relação a isso
20:17que o doutor Matheus falou,
20:18eu acho que veio
20:19no começo lá,
20:20as técnicas desenvolvidas
20:21para isso,
20:22para casais héteros,
20:23que estavam com
20:23diagnóstico de infertilidade,
20:26se estendendo depois,
20:27acho que para
20:27maternidade ou paternidade
20:29solo,
20:30também casais homoafetivos
20:31e eu acho que mais
20:32recentemente
20:32vem cada vez mais
20:34tomando espaço
20:35também em pessoas
20:36transgêneros,
20:36então como a gente fala
20:37no nosso consultório,
20:39a gente vê muito,
20:39por exemplo,
20:40homens transgêneros
20:41que às vezes
20:41ou antes de iniciar
20:43a terapia hormonal
20:44ou às vezes até mesmo
20:45já iniciou a terapia hormonal,
20:46mas Vinícius,
20:47eu não tinha pensado
20:48sobre isso,
20:49como que eu devo
20:49fazer agora,
20:50eu passo,
20:51paro a testosterona,
20:52começo o processo,
20:53quanto tempo
20:53que eu tenho que aguardar,
20:55então eu vejo também
20:56que os tratamentos
20:57de reprodução assistida
20:57também englobam
20:58cada vez mais isso,
20:59cada vez mais,
21:00acolhendo todos,
21:01sabe?
21:01O que eu ia trazer
21:02é que às vezes
21:03a mulher já procura
21:04de cara
21:05um procedimento,
21:07por exemplo,
21:07congelamento de óvulos
21:08e nesse caminho
21:09ela descobre
21:10que ela tem uma doença,
21:11por exemplo,
21:11endometriose,
21:12então ela poderia
21:13tratar a endometriose
21:14primeiro e nem precisar
21:16congelar os óvulos,
21:17porque tratando a endometriose
21:18ela conseguiria,
21:19por exemplo,
21:20engravidar de forma natural.
21:21Na verdade,
21:22a gente nunca tem,
21:23independente de qual seja
21:23o tratamento,
21:24mesmo que seja
21:24uma fertilização evita,
21:25a gente nunca tem
21:26como garantir
21:26para aquela mulher
21:27de que faça esse tratamento
21:30e você vai engravidar.
21:31Então a endometriose,
21:32a endometriose principal,
21:33uma das,
21:34uma causa muito importante
21:34de fertilidade,
21:36teoricamente tratar
21:36aquela endometriose
21:37pode potencializar
21:38a chance de grudez,
21:39mas não é a garantia.
21:41Então,
21:42hoje,
21:43todo,
21:44as indicações,
21:45hoje vou para uma cirurgia
21:46de endometriose,
21:47normalmente tem a indicação
21:48de congele óvulos antes
21:50ou congele embriões antes,
21:52então um casal
21:52pode ser formado
21:54o embrião
21:54e congelar aquele embrião,
21:55faça o tratamento,
21:57vai ver se operou,
21:58passou seis meses,
21:59um ano,
22:00dependendo do grau,
22:00o tempo que a gente vai esperar
22:01se não vier a gravidez natural
22:03e pode acontecer de não vir,
22:05aí ela tem aqueles óvulos
22:06ou embriões
22:07que foram congelados antes
22:08para trazer uma maior chance
22:09para ela.
22:10E tem algum hábito
22:11no dia a dia,
22:12até mesmo a alimentação
22:13que pode favorecer
22:14essa mudança de cenário
22:17da mulher?
22:17É claro que ter hábitos
22:20de vida saudáveis,
22:21então prática regular
22:23de atividade física,
22:24ter uma alimentação
22:25mais saudável,
22:25é óbvio que isso
22:26não só impacta na vida
22:28como um geral,
22:29como também acaba impactando
22:30também em relação
22:31à qualidade de gametas,
22:32não estamos falando
22:33só de óvulos,
22:34estamos falando
22:35de qualidade espermática,
22:37então acaba interferindo sim
22:39em relação à qualidade
22:39desses gametas.
22:40Então, é ideal
22:42que tenha esse preparo
22:44antes, às vezes
22:44até suplementações
22:46vitamínicas,
22:47para que a gente consiga
22:48ter toda uma avaliação
22:50pré-iniciar o tratamento,
22:51para a gente iniciar
22:52talvez ali
22:53num momento
22:54que não seja tão adequado.
22:56É claro que se a gente
22:57for falar em todos os fatores,
22:59como a gente já havia
23:00comentado anteriormente,
23:01se eu for falar
23:01num fator isolado
23:04que vai ter maior impacto
23:05vai ser o fator idade,
23:06mas é claro que a gente
23:07tem outras coisas
23:08que a gente pode,
23:09diríamos assim,
23:09olhar para elas
23:10para a gente tentar
23:11maximizar a chance
23:12de eu ter óvulos
23:13de melhor qualidade
23:14com os gelados.
23:15O acompanhamento psicológico
23:17é importante também
23:18durante esse processo?
23:19Importante,
23:20importantíssimo
23:20e muitas vezes
23:21é um fator negligenciado
23:23nas pacientes,
23:24tanto o congelamento,
23:25mas principalmente
23:25naquela paciente,
23:27naquele casal
23:28que está enfrentando
23:28a infertilidade.
23:30Eu falo que a infertilidade
23:30é uma doença
23:31cercada de tabus,
23:33de preconceitos
23:34e falo que é
23:35aquela doença silenciosa
23:36que vai machucando
23:37aquele paciente
23:39de maneira silenciosa,
23:40que geralmente
23:41não é algo que a gente
23:41fala abertamente
23:42sobre aquilo.
23:43Então,
23:44o acompanhamento psicológico,
23:46todo o suporte psicológico
23:47é muito importante,
23:48se eu estou enfrentando
23:49a infertilidade,
23:50se eu vou partir
23:50para o tratamento
23:51e mesmo nas pacientes
23:52que estão pensando
23:53no congelamento de óvulos.
23:55Às vezes a gente
23:55parece congelamento de óvulos,
23:56ah não,
23:56é algo simples,
23:57vai lá,
23:57congele os óvulos,
23:58mas dependendo de como está
24:00ou quando aquela mulher
24:01está fazendo,
24:01a idade dela,
24:03às vezes ela não está fazendo
24:03porque ela quer aquilo ali.
24:05Pela pressão social
24:06da família.
24:07Eu tenho que fazer isso aqui
24:07porque chegou,
24:08estou aqui 38, 39, 40 anos de idade,
24:11não tenho meu parceiro,
24:12eu tenho,
24:12a gente não quer um filho agora
24:13e como que vai ser?
24:14Então,
24:14muitas vezes,
24:15não é o sonho em congelar
24:16meus óvulos,
24:17não,
24:17eu preciso congelar meus óvulos.
24:19É aí,
24:20uma definição,
24:21então o suporte emocional
24:22é fundamental,
24:24tanto para congelamento
24:25quanto para infertilidade,
24:27ou seja,
24:27a gente vê assim,
24:29pacientes,
24:30como não é só na infertilidade mesmo
24:32porque no congelamento de óvulos
24:33eu acho que tem muito isso,
24:35nós como seres humanos
24:36e as mulheres principalmente
24:37acabam se comparando
24:38com as outras.
24:39A minha amiga fez,
24:39a minha amiga teve tantos óvulos,
24:41então assim,
24:41a gente vê muito
24:42na prática clínica,
24:43por exemplo,
24:44às vezes pacientes com 35,
24:4536 anos
24:46que por algumas causas,
24:48sei lá,
24:48genética,
24:49outros fatores,
24:50às vezes chega lá
24:50com um quadro
24:51de insuficiência ovariana prematura,
24:53já assim,
24:53com sintomas já pré-menopausa,
24:55com uma reserva ovariana,
24:57assim,
24:58diríamos quase no final,
24:59baixíssima
25:00e que essa paciente
25:01já tem um diagnóstico ali
25:03que obviamente
25:03não é fácil de receber,
25:06já tem na frente,
25:07ali pra frente,
25:09toda uma programação
25:10que ela sabe
25:10que provavelmente
25:11não vai ser um único tratamento,
25:13ela vai ter vários,
25:13talvez,
25:14tratamentos,
25:14várias estimulações
25:15e que o acompanhamento psicológico
25:18é muito importante
25:19para os pacientes,
25:19ela não está ali
25:20porque ela quer,
25:20às vezes ela nem está ali
25:21por conta da idade,
25:22às vezes ela está com 31,
25:2432 anos,
25:25passando por isso,
25:27porque às vezes
25:27teve alguém na família
25:28que entrou,
25:29por exemplo,
25:29numa menopausa precoce
25:30e ela jamais queria estar ali
25:31com 31,
25:3232 anos,
25:33então é muito importante
25:33esse acompanhamento
25:34no congelamento de óvulos
25:36e também,
25:37obviamente,
25:37ali naquelas pacientes
25:38que estão ali
25:39nessa tentativa
25:40para conseguir engravidar.
25:42Eu queria uma mensagem
25:43dos dois aí
25:44para quem está nos acompanhando,
25:46essa mulher que ainda
25:47está com dúvida,
25:48que está sofrendo
25:49essa pressão social
25:50da família
25:51e que está chegando
25:52próximo dessa idade
25:53que é quase ali,
25:55né,
25:55quando a gente fala
25:5635 anos,
25:57já passei dos 35
25:58e agora o que eu faço?
25:59Será que não adianta mais?
26:02O que é muito importante
26:03é que vocês sempre procurem
26:06por informação de qualidade
26:07fundamental,
26:09uma adequada avaliação,
26:10um adequado acompanhamento
26:12com o ginecologista
26:13e essa avaliação
26:14da questão reprodutiva
26:16é extremamente importante
26:18para aconselhamento.
26:20A informação,
26:21aconselhamento
26:21não é de convencer
26:23a fazer um tratamento,
26:24mas é de mostrar
26:26o porquê de fazer
26:27ou não fazer
26:28para que você possa
26:28tomar uma decisão
26:29consciente
26:30e a grande mensagem
26:32que eu sempre
26:32dou para todas as mulheres
26:33e os meus pacientes
26:34é que nunca
26:35desistam dos seus sonhos,
26:37essa é a grande mensagem.
26:38Eu estou ouvindo isso.
26:39Eu acho que a minha mensagem
26:40é falando principalmente
26:41aqui dentro do cenário
26:43congelamento de óvulos
26:44é esqueçam os estigmas,
26:46esqueçam os tabus,
26:48passar numa avaliação
26:49com um especialista
26:50em reprodução assistida
26:51não necessariamente vai dizer
26:52que você tem que fazer
26:53uma fertilização in vitro,
26:55que você tem que congelar
26:55óvulos naquele momento,
26:57mas procure por informação
26:58de qualidade
26:59antes de você tomar
27:01as suas decisões
27:02e poder decidir isso
27:03já com essas informações
27:04vindas aí de um especialista.
27:07Quero agradecer demais
27:08a participação de vocês,
27:10queria ficar mais horas
27:11aqui conversando
27:12sobre esse assunto
27:12que tem muitas dúvidas,
27:14mas a gente conversa
27:16numa outra oportunidade.
27:18Mais uma vez,
27:18agradecer aos doutores
27:19e a você que nos acompanhou,
27:21obrigada também.
27:22Se tiver alguma sugestão
27:23de tema,
27:23alguma dúvida também,
27:24pode mandar um e-mail
27:25pra nós ao saúde
27:26arroba jovempan.com.br
27:28pra rever essa
27:29e outras entrevistas,
27:30só acessar o canal
27:31Jovem Pan News
27:32na internet
27:33ou o aplicativo
27:33da Panflix
27:34pra Android ou iOS.
27:35E a gente se encontra
27:36na semana que vem.
27:37Tchau, tchau.
27:41Jovem Pan Saúde
27:42Jovem Pan Saúde
27:48Jovem Pan Saúde
27:48Oferecimento ampla
27:50Muito mais que um plano
27:51Um compromisso com você
27:53Isso é ampla
27:54A opinião dos nossos comentaristas
27:57não reflete necessariamente
27:59a opinião do Grupo Jovem Pan
28:01de Comunicação
28:02Realização Jovem Pan News
28:08Jovem Pan Saúde
28:09Jovem Pan Saúde
28:09Jovem Pan Saúde
28:10Jovem Pan Saúde
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