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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (22) em São Paulo que acredita que a taxa de juros deve começar a cair de “forma consistente e sustentável” em breve. Alan Ghani analisou.
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00E vamos falar de economia agora. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que acredita que a taxa de juros deve começar a cair de forma consistente e sustentável em breve.
00:09Embora não tenha dado expectativas ou prazos para que isso ocorra, o ministro disse crer que no próximo ano as coisas vão melhorar muito.
00:18É assunto para o Alan Gani, que está de volta aqui no estúdio, para comentar esse tema.
00:22Eu preciso de um esclarecimento aqui, Gani.
00:24Agora há pouco a gente falou que o Galípolo, ou pelo menos a ata do Copom, está dizendo que vai ter prolongamento na taxa de juros mais elevada.
00:33Agora o ministro disse que vai começar a cair em breve e consistente? Quem tem razão nessa história?
00:37O ministro Fernando Haddad precisa fazer a lição de casa e não leu a ata do Copom, a chamada oral lá nele.
00:44Porque a ata do Copom foi muito clara em dizer que os juros vão permanecer longos por um período indeterminado.
00:52Então, não significa uma queda da taxa de juros a curto prazo.
00:57E também pegou no pé da parte fiscal, chamou atenção em relação à deterioração das contas públicas,
01:05dizendo que o elevado gasto público tem dois efeitos na inflação.
01:10Inclusive, foi uma pergunta, Nonato, que você me fez ontem,
01:14que quando eleva fortemente o gasto público, isso pressiona a demanda agregada.
01:20Portanto, a demanda agregada acima da capacidade produtiva do país gera pressão nos preços
01:26e deteriora também a dívida pública, aumentando o prêmio de risco.
01:31Então, para eu emprestar dinheiro para o governo, para financiar o governo,
01:34eu vou pedir mais prêmio, eu vou pedir mais juros.
01:37É por essa razão que a taxa de juros fica num patamar muito elevado,
01:41por conta da parte inflacionária, mas também por conta da piora do prêmio de risco.
01:48E ambos estão ligados ao elevado gasto público brasileiro.
01:53E de que forma a valorização da estabilidade do dólar, que a gente vem falando, por exemplo,
01:58pode ajudar nisso ou não pode?
02:00Pode, pode sim, Soraya, um bom ponto.
02:03O dólar tem arrefecido perante várias moedas do mundo,
02:08isso porque a taxa de juros lá nos Estados Unidos caiu e dá sinais de mais quedas.
02:13O Banco Central dos Estados Unidos já pontuou duas ou três quedas da taxa de juros,
02:19ainda nesse ano, mais duas quedas e talvez uma queda adicional no ano que vem.
02:24Por conta disso, o dólar enfraquece em relação ao resto do mundo
02:28e isso ajuda a gente aqui. Por quê?
02:30Porque no processo produtivo há componentes importados, há insumos cotados em dólar,
02:36portanto, se o custo de produção se torna menor, há um repasse menor para o consumidor final.
02:43Se não fosse o dólar, talvez a gente já estivesse falando aqui, Soraya, numa Selic mais alta.
02:51Por quê? Porque com o dólar mais alto ia pegar na inflação
02:54e do jeito que o Banco Central sinalizou na ata,
02:57talvez a gente estaria aqui falando de uma Selic até de 15,5% eventualmente.
03:02Agora, essa fala do ministro também não faz parte do show, ou seja, ele otimista,
03:12não faz parte daquilo que ele, como governo, também tem que deixar passar para o mercado ou não?
03:16É um bom ponto, é um bom ponto, Nonato.
03:18Claro, o governo, se o governo não for otimista, quem é que vai ser otimista?
03:24Então, o governo federal tem essa missão mesmo de vender um otimismo para o país.
03:29dizer, não, está tudo bem, a parte fiscal vai melhorar.
03:32O nosso papel aqui na imprensa é justamente ser vigilante em relação a como é que estão aí as contas do governo.
03:40E o Banco Central, o papel dele é agir tecnicamente para não gerar inflação.
03:46Ou seja, aumentar a taxa de juros para controlar a inflação, mas evidentemente que é um remédio amargo.
03:53Eu acho muito improvável essa desaceleração da inflação ocorrer fortemente no curto prazo.
03:59É verdade que ocorre uma desaceleração inflacionária, mas ela é muito lenta, Nonato.
04:05Veja que a inflação ronda aí na casa de 4,80%, 5%, no acumulado de 12 meses,
04:11é ainda acima do teto da meta de 4,5%, lembrando que a meta é de 3%.
04:18E no ano que vem é ano eleitoral.
04:21E provavelmente, sendo ano eleitoral, o governo deve pisar no acelerador do gasto público.
04:27É assim em qualquer governo no Brasil, em ano eleitoral.
04:31Infelizmente, a gente vê aí o governo, né, governos com vários auxílios,
04:37turbinando a política de crédito, a política fiscal,
04:40o que evidentemente atrapalha o trabalho do Banco Central e acaba potencializando a inflação.
04:46É certo.
04:46Valeu, Benita, já.
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