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Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI, afirmou que o dólar deve cair entre 5% e 10% nos próximos dois a três anos. A declaração foi dada durante o evento Itaú BBA, em São Paulo, e gera expectativas para o mercado financeiro. Alan Ghani analisou.
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00O dólar fechou o pregão em queda de 0,31%, cotado a R$ 5,32, após o risco de paralisação da economia dos Estados Unidos.
00:12Ontem, o ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Kent Rugoff, afirmou que a moeda norte-americana deve cair no mínimo entre 5% e 10% nos próximos dois ou três anos.
00:26Vamos conversar com ele, nosso analista de economia, Alan Gani, que já está por aqui.
00:30Gani, muito bom dia para você.
00:32Mais do que essa queda e olhando além do curto prazo, esse movimento pode sinalizar uma perda gradual da força da moeda norte-americana?
00:40Exatamente, Soraya. Bom dia, Nonato. Bom dia, Soraya. Bom dia a toda a nossa audiência.
00:46A força de uma moeda está muito ligada à força do país.
00:50A gente fala que a cotação da moeda norte-americana é baseada em três fatores.
00:56Basicamente, as expectativas macroeconômicas, baseada também no fluxo entre oferta e demanda e diferencial de taxa de juros.
01:06O que tem afetado são as expectativas macroeconômicas e muito ligado à questão fiscal nos Estados Unidos.
01:13Não é só aqui no Brasil que a gente discute questões fiscais, mas lá nos Estados Unidos também.
01:20É a maior dívida pública do planeta.
01:24Os Estados Unidos é um país muito endividado e, para isso, ele precisa também fazer um ajuste fiscal.
01:31O problema é que tem déficit ano após ano e a dívida se torna crescente.
01:37E aí é claro que, numa situação de déficit, é sempre muito complicado aprovar o orçamento.
01:44Chegaram num impasse e aí é o que pode dar um shutdown.
01:49Bom, vamos explicar, então, o que é o shutdown.
01:52Porque, a partir disso, a gente já ouviu falar em outros momentos também da economia americana correndo esse risco.
01:58E agora o J.D. Vance está dizendo que os democratas é que não estão colaborando.
02:03E, claro, que os democratas dizem que os republicanos é que não estão acertando.
02:06O que é que significa isso, Gani, e que consequências que pode trazer para a maior economia do mundo?
02:11Então, veja só, quando há esse problema fiscal e você tem que aprovar um orçamento,
02:18é claro que vão ter despesas que querem, vamos cortar essas despesas, outras não.
02:27Sempre começa a ter um tipo de impasse.
02:29Agora, é justamente os republicanos que estão no poder e justamente os democratas que oferecem essa resistência.
02:38Como eles chegam num impasse, num aprova o orçamento,
02:43o orçamento nada mais é que uma peça para onde a gente vai gastar o dinheiro.
02:49Tudo que foi arrecadado, quais são as prioridades do país.
02:53A gente vai gastar em saúde, em subsídios, em seguridade social, gastos militares, etc.
02:58Como chegaram num impasse, nessa peça orçamentária, o que acontece, Nonato?
03:06Há uma paralisação da máquina pública.
03:08Então, o shutdown nada mais é do que uma paralisação da máquina pública.
03:12Então, suspendem alguns pagamentos, alguns gastos.
03:16Então, por exemplo, funcionário público lá fica lá sem o seu salário, ele pode ser mandado embora.
03:21Um repasse para uma agência governamental é suspenso.
03:25E, eventualmente, se a coisa piorar, e dependendo do tempo, pode ocorrer até uma paralisação temporária do pagamento de juros da dívida norte-americana.
03:36Por isso que é uma situação que deixa o mercado financeiro, não só lá nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro, muito tenso.
03:43Porque a gente está falando da maior economia do planeta, o país mais rico do planeta, com uma paralisação da máquina pública,
03:51que significa a suspensão, pelo menos temporária, dos pagamentos de servidores públicos e, eventualmente, até de títulos da dívida.
03:58Aliás, rapidinho, só para corroborar.
04:02O maior shutdown foi exatamente do governo Trump, 35 dias, de 18 para 19.
04:06Tem alguns analistas, e aí, queria até a sua opinião, dizendo já numa possível corrida anti-dólar.
04:13É um movimento real? Isso pode acontecer?
04:15Isso já vem acontecendo, para falar a verdade.
04:18A gente observa os países hoje buscando diversificar as suas reservas.
04:25Então, é muito comum o ouro.
04:27Então, muitos países têm feito as suas reservas em ouro.
04:30O que, basicamente, acontece ali no balanço de pagamentos, nada mais é do que o total de entradas e saídas de dólares de um país com o resto do mundo.
04:40Se entrou mais do que saiu, significa que o país acaba sendo superavitário e compõe essas reservas.
04:49Antigamente, todo mundo compunha as reservas em dólar, quando havia essa maior entrada do que saída.
04:56Agora, os países estão buscando alternativas.
05:01Ouro, até criptomoeda, o pessoal também já está considerando.
05:06Então, veja, esse movimento, ele acontece.
05:09É claro que o dólar ainda é a principal moeda do planeta, a mais utilizada, que os países têm mais reservas, mas já não igual antigamente.
05:21É claro que o Donald Trump também se preocupa com isso, porque todo mundo usando o dólar, isso dá um poder muito grande para os Estados Unidos,
05:29à medida que é mais fácil financiar a dívida norte-americana.
05:33Agora, se os países não usarem mais o dólar, qual que é o grande problema disso?
05:38É financiar essa dívida gigantesca dos Estados Unidos.
05:43Até já, Gany.
05:44É isso.
05:44Obrigada.
05:45Até.
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