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A “PEC da Blindagem” tem causado polêmica entre autoridades e dividido opiniões. O deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP), que não está no exercício do mandato, mas está na suplência, analisa a votação da matéria da blindagem. Para Tadeu, o aumento de privilégios não cai bem para o Congresso Nacional.

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Transcrição
00:00No Rio de Janeiro tem uma discussão, a gente vai inclusive repercutir já já sobre a segurança pública no Rio de Janeiro,
00:08mas agora uma entrevista sobre a chamada PEC da blindagem.
00:13A nossa conversa agora é com o deputado federal, o Coronel Tadeu, aqui de São Paulo,
00:19com quem a gente conversa, que não está no exercício do mandato, mas está na suplência.
00:24Hoje o senador Alessandro Vieira, que será o relator no Senato, já garantiu que esta matéria será derrubada.
00:32Ótima tarde ao senhor.
00:33Como o senhor viu a votação dessa matéria da blindagem, que houve uma ressaca imediata nas ruas e também lá dentro do Congresso Nacional, deputado?
00:45Bruno, boa tarde. Boa tarde para você, para o Rodolfo, para todos aqueles que estamos assistindo.
00:49Então, sobre a PEC, a minha opinião pessoal, eu sou contra, se estivesse ali no mandato, como estava aí até há poucos dias,
00:57com certeza teria votado contra essa PEC, por entender que esse aumento de privilégios, ele não cai bem para o Congresso Nacional.
01:07Além de outras questões técnicas, Bruno, como por exemplo, eu entendo que essa PEC, ela fere alguns princípios,
01:15o princípio da igualdade, o princípio da separação dos poderes e também o princípio da transparência.
01:24Então, ela vem carregada aí com um disfarce de proteção do mandato, mas na verdade ela acaba fazendo um disfarce em relação ao combate à corrupção.
01:38Eu sempre me pautei pelo combate da impunidade, o combate à corrupção e é uma manobra que pode, lá na frente, vir a cobertar corruptos, políticos corruptos, né?
01:51Quando forem aí denunciados pela justiça.
01:54Nós não estamos falando, Bruno, do momento atual com o judiciário.
01:58Existe uma tensão muito grande em relação ao judiciário, em especial ao Supremo Tribunal Federal,
02:05mas nós temos mecanismos previstos na Constituição para resolver isso.
02:11Apenas o Senado Federal é que está se omitindo da sua função de apurar o que é que está acontecendo no Supremo Tribunal Federal
02:19com esse rigor exacerbado em cima de determinados fatos e eu me refiro especificamente às manifestações do 8 de janeiro.
02:29Agora, querer blindar ainda mais os parlamentares e, além disso, presidentes de partidos, eu acho que esse não é o caminho.
02:38Não foi para isso que eu fiz campanha em 2018, campanha em 2022.
02:42Eu fui para mostrar ao povo que o político precisa ter uma vida aberta.
02:46Se há alguma acusação, ele precisa encarar o inquérito, ele precisa encarar o processo e se defender daquilo que, eventualmente, ele tenha praticado.
02:56Agora, a votação, inclusive secreta para esse tipo de procedimento, vai contra todos os meus princípios nesse momento, Bruno.
03:03Bom, eu vou repetir uma pergunta antes do Rodolfo também chegar na conversa.
03:08Porque a votação, quem vota são os deputados.
03:11Antes, tem uma discussão.
03:13Todo mundo recebe essa matéria, o que está sendo colocado em votação.
03:19Um dia após a votação, tem vários vídeos nas redes sociais dos parlamentares dizendo que se arrependeram, que não aceitam, que não são a favor.
03:28O que aconteceu, então, lá dentro do plenário?
03:31Eles votaram sem saber o que estavam votando ou era a ideia?
03:36Vamos aqui, se ninguém reclamar, está tudo certo.
03:38Vamos aí, Bruno, vamos falar sobre esse comportamento que eu já presenciei várias vezes dentro da Câmara,
03:46que é justamente você fugir daquele seu voto.
03:49Ou você está fugindo, você votou de forma leviana, tentando enganar o povo, né?
03:54Ou, então, você concordava, mas precisa alterar o seu discurso nesse momento para dizer ao povo,
04:01ô, poxa, eu errei, me desculpa.
04:04Não é cabível nenhuma coisa e nem outra, Bruno.
04:06Isso é um papel ridículo que o parlamentar acaba fazendo.
04:11O sujeito tem a responsabilidade.
04:13Ah, mas eu não sei sobre o assunto, eu não entendo de direito.
04:17Falei, meu amigo, você tem assessores para lhe assessorar, para dizer exatamente quais são as consequências do seu sim e do seu não,
04:23ou até mesmo da sua abstenção.
04:25Você tem assessores.
04:27A Câmara lhe paga assessores para isso.
04:29Além disso, o próprio partido tem assessores para assessorar.
04:33Então, me desculpa, Bruno, mas é uma desculpa lavada.
04:36Não dá para aceitar que um deputado venha se justificar dessa forma.
04:40E, normalmente, quando ele erra o voto, ele tem a oportunidade, ainda na sessão, de corrigir o seu voto.
04:47Através de uma comunicação formal, por escrito, ele pode dizer, olha, eu errei na hora do voto, em vez do sim ou não me confundir ali no momento,
04:56eu estou registrando aqui que eu quero que faça a correção na ata da sessão e corrige.
05:01Agora, pergunto, algum desses deputados que se declarou arrependido, será que tomou esse procedimento?
05:09Porque nós temos o registro da votação.
05:11É possível saber quem votou sim e quem votou não.
05:14Então, me desculpa, Bruno, mas, normalmente, essas desculpas, eu não consigo as engolir de forma alguma.
05:21Eu vou chamar o Rodolfo também na conversa.
05:24Rodolfo, se não fosse o VAR, era a Gol, né?
05:28Exatamente, Bruno.
05:30Olha só, Coronel, boa tarde.
05:32Eu tenho duas perguntas para o senhor aqui, se o senhor puder sintetizar.
05:35A primeira, tem como a gente ligar as questões do Flávio Dino suspendendo as emendas parlamentares
05:42com o que está acontecendo agora com a PEC da blindagem?
05:46Essa é a primeira pergunta, se tem como a gente casar uma coisa na outra.
05:49A segunda, é estranho que tantos deputados de direita votaram a favor da PEC da blindagem?
05:59Eu vou começar pela sua segunda pergunta, Rodolfo.
06:02Sobre os deputados de direita que votaram a favor.
06:07Eu imagino que, nesse momento, eles estão se calçando no momento em que a gente está vivendo
06:15essa tensão, como eu já havia dito anteriormente ao Bruno,
06:19essa tensão que nós estamos vivendo com o poder judiciário.
06:22Podemos até chamar de perseguição.
06:25Muitos deputados, e eu vou garantir isso para você, que tem muitos deputados com medo de falar,
06:31com medo de serem processados pelo poder judiciário.
06:36Nós temos aí um avanço, e aí quando eu defendo a separação dos poderes,
06:42o princípio da separação dos poderes,
06:44eu não estou falando só da Câmara em relação ao judiciário, não.
06:47Estou falando também em relação ao judiciário, em relação à Câmara e ao Senado,
06:53que é o que vem acontecendo ultimamente.
06:56Dá para perceber uma clara intimidação com uma máscara de defesa da democracia
07:02ou de defesa do Estado Democrático de Direito,
07:05mas os deputados estão se sentindo ameaçados.
07:07Então, muitos provavelmente tenham votado sim para tentar essa proteção.
07:11Mas a gente não pode se enganar com esse momento,
07:15porque esse momento é atípico.
07:17Eu vou repetir novamente, para mim é o Senado que não está cumprindo o papel dele nesse momento.
07:24Isso é muito claro,
07:27porque se há abusos do poder judiciário,
07:30e especificamente do Supremo Tribunal Federal,
07:33nós temos que reconhecer que o órgão competente é o Senado,
07:36que tem que tomar providências.
07:37E o Senado não está fazendo isso.
07:39Muito bem.
07:39Essa é a primeira resposta.
07:42Agora, sobre o Flávio Dino.
07:45O Flávio Dino, ele, sem sombra de dúvida,
07:48acaba sendo um ministro do Supremo Tribunal Federal muito controverso,
07:51por vários motivos.
07:53Por exemplo, abriu um inquérito contra alguns parlamentares
07:57sobre alguns atos,
08:00e ele mesmo ainda está devendo uma informação da época,
08:04como governador, que comprou respiradores,
08:07os respiradores nunca chegaram no Maranhão.
08:10Ele está devendo algumas respostas em relação a essas manifestações do 8 de janeiro,
08:15o que aconteceu em 2023,
08:17onde as câmaras sumiram, as imagens sumiram,
08:22e não foram carreadas no processo,
08:24muito menos na CPMI,
08:25que foi aberta no Congresso Nacional.
08:27Então, ele é muito controverso, né?
08:30Eu acredito que não seja a pessoa apropriada para nós termos como referência nesse momento
08:35para falar desse assunto de PEC de blindagem.
08:37Eu quero só perguntar também ao senhor, já para um outro assunto,
08:41sobre a suspensão dos parlamentares que fizeram aquela obstrução lá na Câmara dos Deputados,
08:48que é um direito, de fato, de obstruir quando a oposição não concorda com a pauta do governo,
08:55mas agora haverá uma consequência da suspensão de vários parlamentares.
08:59O senhor concorda?
09:00O senhor acha que houve alguma irregularidade, de fato, naquela obstrução?
09:03nenhuma, legítimo.
09:07Você é um deputado, aquilo é a sua casa.
09:10Você tem direito à palavra, você tem direito a atos e você tem direito a votos.
09:14Ninguém se comportou de forma indecorosa,
09:17eu não vi nenhum ato indecoroso em querer travar uma sessão.
09:21É legítimo isso?
09:23Diga-se de passagem, o PT fez isso algumas vezes e nunca, nunca foram punidos.
09:28Por que agora essa distinção com a direita?
09:31Eu me incomodo muito em determinadas situações onde a direita é penalizada
09:36e a esquerda praticou a mesma coisa e nunca foi punida.
09:41Exemplo, em 2016, quando o MST pediu a queda do presidente Michel Temer,
09:47ou seja, provocando um ato antidemocrático, pedindo a queda do presidente,
09:53alegando que ele deu um golpe e falava isso abertamente,
09:56não aconteceu nada em 2016, porque agora em 2023 isso teria que ter um outro resultado,
10:03teria que ter uma outra análise, uma outra interpretação.
10:06Então, eu me debato muitas vezes com coisas que a esquerda pode fazer e a direita não.
10:13Isso levanta muita suspeita em relação ao comportamento do judiciário
10:18em querer abraçar um lado da política e não querer abraçar o outro,
10:21em ser justo ou injusto com um lado da política e desmerecer completamente o outro lado.
10:28E é isso que eu tenho vendo.
10:29Então, a gente tem que olhar a história.
10:31Nós temos que voltar no passado e saber quantas vezes a direita,
10:34que é nova no Brasil, que está tendo o mesmo comportamento,
10:39é claro que não dá para comparar aquele quebra-quebra do MST
10:42com o que aconteceu no dia 8 de janeiro.
10:45Há muita controvérsia e se a gente for pesar os resultados, são bem diferentes.
10:48Mas, de qualquer forma, é muito controverso essa atuação do judiciário nesse momento
10:54em relação a um espectro político e a outro.
10:57Isso, eu acredito, como um ponto de desequilíbrio muito grande
11:02que o judiciário vem praticando, não é de hoje, já há algum tempo.
11:06A gente segue acompanhando.
11:07Eu agradeço ao senhor a entrevista.
11:09A gente volta a conversar logo mais.
11:11Deputado, muito obrigado.
11:13Obrigado, gente. Obrigado a todos vocês.
11:15Um bom domingo.
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