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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, o maior patamar registrado nos últimos 20 anos. A decisão ocorre mesmo diante da revisão para baixo das projeções de inflação do mercado financeiro. O economista Felipe Corleta analisa a decisão do Copom.
Comentaristas: Mano Ferreira, Anna Beatriz Hirsh, Jota e Priscila Silveira


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Transcrição
00:00Tiveram a taxa de juros em 15% ao ano,
00:03assim mantendo, o Brasil mantendo o posto de segundo maior juro real do mundo.
00:09Isso segundo o ranking MoneyU e da Lev Intelligence, que fique claro.
00:13Mas olha, a pergunta que fica pra todos nós é,
00:16por que o Copom manteve a Selic em 15% após a notícia de deflação,
00:20baixa geral nos preços e uma melhora das expectativas do mercado?
00:24Vamos tentar entender isso, ninguém melhor que o economista Felipe Corleta
00:27se juntando a nós aqui no Money Show.
00:28Fala, Felipe, obrigado pela presença.
00:31A palavra é sua, menino, em linhas gerais.
00:33Pessoal, fala com quem está.
00:35Está me ouvindo bem? Agora sim.
00:37Bom dia, sim.
00:39Bom dia, bom dia.
00:40A palavra é sua, então, Felipe.
00:41O que explica pra você a conclusão que o Copom chegou?
00:47Olha, André, Copom ontem, então, manteve a taxa Selic em 15%,
00:51uma medida que mostra que o Brasil precisa compensar os riscos fiscais
00:57com os que convivem, os riscos da dívida pública, com uma taxa de juros muito alta.
01:04Isso ficou claro no comunicado do Copom.
01:07O Brasil trabalha com uma meta de inflação hoje de 3%,
01:11uma meta de inflação bastante ousada,
01:14e as expectativas todas de inflação, apesar de terem melhorado nos últimos meses,
01:20a gente ainda tem essas expectativas desancoradas.
01:23Quer dizer, o mercado e os investidores, as empresas, as pesquisas que o Banco Central faz
01:28mostra que todo mundo espera a inflação nos próximos dois anos em torno de 4%,
01:34e a meta é de 3%.
01:35Então, o que o Banco Central fala?
01:37Com essas expectativas desancoradas, o trabalho pra que a gente consiga atingir essa meta de 3%
01:43é o de manter a Selic em 15%.
01:46Isso penaliza muito as empresas brasileiras,
01:50conseguem se financiar de uma forma saudável,
01:54mas o Banco Central perseguindo a sua meta num ambiente em que o problema fiscal é muito evidente aqui no país.
02:02É isso aí, vamos seguir explorando o impacto dessa decisão com a Jota Aninha,
02:07fica à vontade aqui, vamos com a Aninha Beatriz Rios, por favor.
02:09Oi Felipe, bom dia, como vai?
02:11Felipe, a gente fica preocupado porque, como você mencionou aí,
02:15a gente está diante de uma taxa de juros altíssima,
02:18e como ano que vem estaremos em ano eleitoral,
02:23você acha que isso altera alguma coisa nesse cenário?
02:26Que existe uma outra diretriz que o Banco Central vai ter que tomar,
02:29considerando as circunstâncias políticas que vão mudar aí de alguma forma?
02:36Bom dia Aninha, olha, eu acho que o que o Banco Central está fazendo nesse momento,
02:41apesar de ser controverso, é algo que está ajudando muito o governo Lula, né?
02:48Por quê?
02:48Porque a taxa Selic muito alta mantém o dólar muito baixo, certo?
02:53Com uma taxa de juros muito alta, você atrai muito capital estrangeiro
02:57para investir na renda fixa brasileira, né?
02:59E com isso o dólar, entram muitos dólares no Brasil e o dólar fica muito baixo.
03:04O que significa dólar baixo?
03:06Significa a inflação de alimentos para baixo,
03:08significa a inflação de combustíveis para baixo.
03:10Então, preço de comida e preço de gasolina mais controlada.
03:14A gente sabe que esses são fatores ali de grande impacto na popularidade e nas eleições, certo?
03:21Então, apesar de a taxa de juros alta ser algo que o governo, no seu discurso,
03:26diz que precisa combater, que precisa cortar para ter mais crédito,
03:29para que as pessoas, para que a economia possa crescer de uma forma mais saudável,
03:33isso é um impacto mais de longo prazo.
03:35Você reduzir o juro hoje vai ter um impacto na economia daqui a um ano, né?
03:40E daqui a um ano a gente já vai ter praticamente a eleição.
03:44Então, o que me parece é que o Banco Central, mantendo esse dólar muito controlado,
03:50consegue no curto prazo ajudar bastante a popularidade do atual governo.
03:54É, meus amigos, claro que a gente vai seguir explorando aqui.
03:59Mais uma pergunta então, Felipe, se você me permite, com o Mano Ferreira,
04:02e a gente segue adiante.
04:03Felipe, mas quando a gente olha para esse cenário de juros altos, né,
04:06muitos empresários, investidores nacionais,
04:10desejam condições de queda de juros,
04:13para que possam ter melhores condições de investimento
04:16e, eventual, aumento de produtividade futuro.
04:20O que é que precisa acontecer para que seja possível reduzir os juros?
04:26Olha, o que precisa acontecer para que o Brasil possa conviver
04:29com uma taxa de juros mais baixa
04:30é efetivamente uma clareza maior com relação à trajetória da dívida pública, né?
04:36Isso aconteceu em um determinado momento recente na nossa história,
04:40foi quando o Michel Temer implementou o teto de gastos, né?
04:43Isso trouxe uma previsibilidade enorme para os economistas, para o mercado,
04:47de onde estariam limitados os gastos públicos.
04:51Ao passo que o arcabouço fiscal do governo Lula
04:53é uma regra fiscal que não traz muita previsibilidade
05:00porque os gastos vão continuar crescendo.
05:02E se em algum momento a economia desandar,
05:05o gasto vai continuar crescendo, o PIB cai,
05:08a dívida PIB tende a subir bastante, né?
05:11Então essa previsibilidade com relação à dívida pública
05:13é fundamental para que o Brasil possa conviver com juros mais baixos, né?
05:18Então, efetivamente, o que se precisa é um conjunto de medidas fiscais,
05:25seja deste governo, seja de um novo governo em 2026,
05:28que possa mostrar para os investidores,
05:31especialmente para os investidores estrangeiros,
05:33que a dívida pública do Brasil não vai explodir,
05:36que a gente vai ter uma previsibilidade
05:38que essa dívida fica estável.
05:40Com isso, investidores trazem dinheiro,
05:42aceitam receber um juros menor aqui no nosso país
05:45e, dessa forma, a taxa de juros toda cai,
05:47o crédito fica mais barato,
05:49enfim, a economia cresce de uma forma bem mais saudável.
05:53E aí a decisão do Copom, cá entre nós,
05:55mantém todo o nosso país aqui nessa estagnação econômica,
05:59de certa forma, né?
05:59Estão sufocando o emprego, o consumo,
06:02enfim, de qualquer forma,
06:04a capacidade de contrair empréstimos também.
06:05Quem tem renda fixa pode até se dar bem no longo prazo,
06:09mas o Tesouro Brasileiro não consegue fazer render a economia adiante
06:13para poder, de alguma forma, ajudar todos nós.
06:15De qualquer forma, quem acaba pagando isso somos nós no final do dia.
06:20Felipe, obrigado demais pela presença,
06:22foi didático e a gente já estende aqui o convite
06:24para você voltar para cá o quanto antes.
06:27Obrigado.
06:29Obrigado, André. Obrigado, pessoal.
06:30Sempre um prazer falar com vocês.
06:32Estamos à disposição.
06:32É isso aí. Obrigado demais.
06:35A gente segue adiante aqui até para repercutir.
06:37De novo, tentando trazer aqui para a realidade dura, cru e nua
06:39do brasileiro médio que está nos ouvindo, nos assistindo.
06:42Mano Ferreira.
06:44O que a gente precisa é ser capaz de,
06:47deixando as polarizações políticas de lado,
06:52conseguir entender o que é que o Brasil precisa
06:56para que as contas do governo caibam naquilo que nós pagamos de impostos.
07:02Para que, desse modo, a gente possa ter previsibilidade
07:06e o mercado, que é aquilo que faz a economia girar,
07:10não é o governo, é o mercado,
07:13o mercado possa agir dentro da previsibilidade,
07:18com taxas de juros civilizadas,
07:20e não com essa trajetória explosiva da dívida pública
07:24que retira do horizonte do cidadão brasileiro
07:29o sonho, a perspectiva de um futuro melhor.
07:32Mas aqui eu vou oferecer a perspectiva de um futuro melhor
07:36para a sua vida íntima e para a sua autoestima.
07:38E aí
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