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O governo deve anunciar nesta quarta-feira (13) o plano de contingência para os exportadores brasileiros após as taxas de Donald Trump. A ideia é uma linha de crédito de R$30 bilhões, além da abertura de novos mercados. Para comentar os impactos do plano na economia brasileira, o Morning Show recebe o Dr. em política Bruno Garschagen. Comentaristas: Mano Ferreira, David de Tarso, Jess Peixoto e Diego Tavares
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Transcrição
00:00O ponto plano de continência pode amenizar os impactos do tarifácio de Trump contra o governo Lula, né?
00:05E o Brasil como um todo.
00:07E, pra isso, eu vou receber agora no Morning Show o doutor em política, Bruno Garchag, meu amigo Bruno Garchag,
00:12que tá aqui se juntando a nós no palco do Morning Show e vai, com certeza, agregar muito.
00:16Já pra primeira pergunta, eu vou sonar a Jess Peixoto aqui, pode ser?
00:20Então, vai que é sua, Jess, pode ser? Tranquilo?
00:23A gente já... Vamos analisar geral aqui.
00:25David e Mano, vamos com o Mano.
00:26Posso trazer grande, Bruno? Prazer te rever. Fazia alguns anos que a gente não se via.
00:31Eu queria entender a tua visão sobre esse momento de crise dos organismos multilaterais.
00:39A gente vê a imposição de tarifas por parte do governo americano balançando o jogo do comércio internacional
00:47e o Brasil parece completamente perdido nesse jogo.
00:52A gente não aproveitou a onda de globalização do fortalecimento dos organismos multilaterais
01:00e agora continuamos parecendo, sem saber lidar e sem conseguir abrir o Brasil pra a cooperação internacional
01:09nesse novo contexto.
01:11Qual a tua leitura a respeito dessa tendência de fechamento do comércio brasileiro para o mundo?
01:18Bom, bom dia a todos. Bom dia, Mano. Muito tempo que a gente não se vê mesmo.
01:23Eu tinha cabelos pretos ainda na última vez que nos encontramos.
01:27Mas vamos lá. São muitas perguntas numa só.
01:30Primeiro, em relação às instituições internacionais e não só aos governos,
01:35há um problema de, em parte, desagregação e, em parte, uma perda de identidade dessas instituições
01:43que foram criadas com uma finalidade específica e a própria mudança ideológica que acabou sendo incorporada
01:51no comando dessas instituições fez com que essas instituições acabassem perdendo a sua, digamos assim,
02:00a sua essência, a sua essência original.
02:05E nós estamos vivendo, de fato, num período de desordem política, não é novidade na história da humanidade.
02:13A novidade na história da humanidade são períodos de calmaria,
02:16então a única certeza que a gente tem é que o mundo estará bagunçado por mais tempo do que organizado.
02:22E com a ascensão de novas forças políticas em países importantes,
02:27essas instituições acabaram tendo problemas sérios porque no comando dessas instituições
02:33havia uma visão política muito bem consolidada
02:37e os países como, no caso dos Estados Unidos, sob a presidência Trump,
02:43tentando quebrar resistência, tentando enfrentar problemas na visão, obviamente, do Trump
02:50e isso cria, obviamente, um descompasso.
02:53Junto com isso, aí tem um problema da imigração em massa, tem um problema de crises econômicas e políticas internas dos países.
03:02Então a gente tem um quadro geral que se apresenta hoje muito, muito complicado e sem uma solução à vista.
03:11Independentemente da questão ideológica em si, a gente vive num período de crise política,
03:18de crise institucional, mas eu acho que, quer dizer, na minha visão, usando não só a ciência política,
03:25filosofia política, mas também psicologia política e neuropolítica,
03:31eu acho que há, primeiro, um problema de desordem que antecede a política.
03:37Então, em períodos em que as sociedades se encontram numa desordem individual,
03:44é natural que as instituições acabem representando essa deterioração,
03:50deterioração de alguma forma.
03:52Então, no fundo, a gente está discutindo as consequências de um problema
03:56que antecede a própria questão política em si.
03:59No caso do Trump, especificamente,
04:02o livro que explica a conduta do Trump foi escrito por ele mesmo,
04:07chamado Arte da Negociação.
04:08É um livro que ele escreveu quando ainda a sua atividade era restrita ao meio empresarial.
04:16E o que ele faz nesse livro é explicar a forma dele fazer negócio
04:20e ele acabou levando essa forma de negociar para a política no primeiro mandato.
04:25E nesse mandato que ele está usando essa forma de uma maneira mais contundente.
04:30Então, basicamente, o que o Trump faz numa negociação política
04:34é aumentar ao máximo a tensão,
04:37fazer exigências elevadas e imprevisíveis,
04:41manipular a percepção pública com mensagens simples e emocionais
04:45e, por fim, forçar o outro lado a ceder diante do caos.
04:48Então, o tarifácio contra o Brasil não é novidade.
04:54A gente já está acompanhando aqui que parceiros antigos dos Estados Unidos
04:58sofreram primeiro com esse tarifácio.
05:01No fim das contas, o tarifácio é uma política econômica protecionista do Trump,
05:06que eu não estou fazendo juízo de valor,
05:08eu estou apenas descrevendo o fenômeno.
05:10E isso já estava claro desde o primeiro mandato.
05:12Nunca foi algo disfarçado, pelo contrário.
05:19Então, ele está cumprindo aquilo que prometeu.
05:22O grande problema é que os países, de forma geral,
05:28e os empresários, de forma particular,
05:31não se anteciparam a esse cenário.
05:35Não se antecipando a esse cenário,
05:37todo mundo está sofrendo consequências imediatas desse tarifácio
05:41ou desse aumento recente no tarifácio contra o Brasil.
05:46É isso aí, Bruno Garchag.
05:47Eu vou com o David de Taça agora para a próxima pergunta. Vamos lá.
05:49Não, Bruno, acho que a pergunta que fica é, nesse momento,
05:52porque diante de tudo que a gente já viu, né,
05:55de que forma que o governo brasileiro, então, deve dialogar
05:58em relação ao Donald Trump?
05:59Porque ler o livro dele, muitas vezes, não adianta, né?
06:02Mas a gente tem algumas coisas também a oferecer,
06:05como, por exemplo, as indústrias que têm potenciais
06:07e que ficaram nessa lista de exceção.
06:09Será que uma ligação do nosso presidente, colocando isso à mesa,
06:13dizendo, olha, vocês também precisam da gente,
06:15claro que a gente é na Nico diante dos Estados Unidos,
06:17mas colocando à disposição e dizendo,
06:20tá, eu vou amenizar também o discurso em relação
06:22à desdolarização, enfim,
06:25o que pode ser colocado à mesa de maneira prática
06:27para que a gente reverta essa situação?
06:31Bom, eu discordo da premissa da sua pergunta,
06:34dizendo que não importa entender como a cabeça do Trump funciona,
06:38porque isso é...
06:38É que é difícil entender, né, na verdade.
06:41Não, mas está explicado.
06:43Entendeu?
06:43Quer dizer, do ponto de vista psiquiatra psicológico,
06:45não é esse o caso, mas do ponto de vista de atuação política,
06:48o livro explica tudo.
06:50Então, existe na política algo que você pode fazer
06:55para se antecipar a eventuais ou possíveis decisões
06:59de um líder político nacional ou internacional,
07:03existe depois você enfrentar já de forma atrasada
07:07aquilo que está posto.
07:09Dito isto e respondendo à sua pergunta,
07:11quando o Trump publicou aquela primeira carta
07:14dizendo que aumentaria as tarifas para 50%
07:20e fazia uma série de exigências ao governo brasileiro,
07:23eu não me lembro de nenhuma notícia
07:25que descrevia uma vontade
07:28ou uma reação imediata do governo brasileiro
07:31de atender as condições.
07:32Eu não estou dizendo nem a questão da anistia,
07:33a questão política,
07:34mas havia na carta condições econômicas
07:39que ele colocou, o Trump colocou
07:41de forma muito clara.
07:43E aqui, eu estou descrevendo o que aconteceu,
07:45não estou dizendo que o Trump está certo ou está errado.
07:49Essas condições que foram colocadas na carta,
07:52se o governo brasileiro talvez tivesse
07:55logo tentado negociar,
07:58talvez a situação estivesse um pouco melhor.
08:02Mas o grande problema é que
08:05o aspecto econômico para o Trump
08:07é um aspecto fundamental
08:08e esse aspecto não pode ser subestimado,
08:12tanto é que ele tarifou outros, muitos países.
08:16Mas tem uma questão política
08:18que o Trump, de forma muito inteligente,
08:21acabou usando o governo atual
08:24e a situação política do Brasil,
08:28incluindo as decisões do STF,
08:31as decisões autoritárias do STF,
08:34ele usou o contexto político,
08:37o cenário político como um todo,
08:39como justificativa
08:40e o Bolsonaro como motivo.
08:42Então, foi uma tacada de mestre
08:44do ponto de vista político,
08:45porque ele usou dois adversários a seu favor.
08:48Porque, no fundo,
08:49essa situação favorece os Estados Unidos
08:51e não exatamente o Brasil.
08:53Se o objetivo do Trump fosse
08:54apenas ter uma posição política
08:57para defender ou valorizar um aliado,
09:01no caso do Bolsonaro,
09:02bastaria que ele usasse a lei Magnitsky
09:05contra os ministros do Supremo
09:08e também contra membros do governo federal,
09:10como é só o presidente da República.
09:12Mas não foi só isso que ele fez.
09:14Aliás, a lei Magnitsky ainda está
09:17no âmbito dos ministros do Supremo
09:20e o entorno aí,
09:21também não ficou claro na carta,
09:22e não avançou ainda
09:24para membros do governo federal.
09:27Por fim,
09:29eu acho muito difícil
09:30que o governo brasileiro agora,
09:32nesse momento,
09:34queira...
09:35quer dizer,
09:36tenha margem de manobra para negociar,
09:39porque os termos foram propostos pelo Trump
09:42e o governo brasileiro acabou
09:43comendo bola por um lado
09:45e por outro lado,
09:46a posição do Trump
09:47é uma posição bastante intransigente.
09:49Eu não vejo de forma imediata
09:52uma saída por meio de uma negociação
09:55e o governo federal vai tentar fazer
09:58é o que anunciou,
09:59um pacote de ajuda
10:00às empresas exportadoras
10:03para os Estados Unidos
10:03para tentar minimizar o problema
10:05de alguma forma.
10:07Só que vai ter consequências
10:09políticas e econômicas muito sérias.
10:14Vai ter uma pressão fiscal,
10:15vai ter um aumento do risco do país
10:17e vai ter um efeito limitado
10:18e distorcivo
10:19sobre a economia
10:22além do risco inflacionário.
10:24Então,
10:24uma série de consequências, André.
10:27É isso aí.
10:27Obrigado demais, Bruno Gachaga.
10:28A gente conta com você até aqui
10:30presencialmente,
10:30qualquer dia desses.
10:31Obrigado demais,
10:32sempre esclarecedor,
10:33sempre agregando e muito.
10:35Obrigado pela presença.
10:36Obrigado demais,
10:38obrigada.
10:39Pesadas.
10:41Obrigada.
10:41Pesadas.
10:42...
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