Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 3 meses
Manoel Serapião comenta decisões de árbitros em jogos do Brasileirão e da Libertadores

Categoria

🥇
Esportes
Transcrição
00:00Olá, amigos do futebol e de sua arbitragem, Manuel Serapion Filho conversando com vocês
00:07sobre alguns lances interessantes acontecidos em dois jogos realizados. Um, pela Série A do
00:17Campeonato Brasileiro, um jogo atrasado entre o Botafogo e o Mirassol. Vamos iniciar com este jogo.
00:25Primeiramente, houve um suposto pênalti no Diogo Barbosa do Botafogo, que na cobrança do escanteio
00:37ele teria sido pisado pelo defensor do Mirassol. Nós não temos imagem que nos dê convicção de que
00:47efetivamente houve o pisão e que ele não teria sido acidental, porque a imprudência não pode
00:57acontecer pelo simples fato de haver um contato. A imprudência tem que acontecer quando o jogador
01:04pratica uma ação previsível que pode causar dano ao adversário. Ali me parece que os dois jogadores
01:11estavam olhando para a bola e que um pé tocando no outro não caracterizaria a imprudência porque
01:21eles estavam praticando uma ação própria para jogar futebol. Então, a nosso ver, além de nós não termos
01:27imagem clara, a nosso ver, não houve o penal porque não teria havido imprudência. Depois tem o segundo lance
01:37em que a bola pegou no braço do defensor do Mirassol, que seria também penal a favor do Botafogo, mas o jogador
01:49estava com o seu braço. Além de estar na posição natural, a bola veio de surpresa, mudou de curso
01:58repentinamente e não é possível o jogador que está no contexto da jogada ficar com seus braços junto ao corpo
02:06salvo quando ele está diante de alguém que vai chutar, que ele sabe que a jogada vai ser o chute ou o cruzamento
02:15e ele, mesmo sabendo que a jogada vai ser aquela, ele assume o risco colocando seus braços, mesmo que um pouquinho
02:25aberto, como seria esse no caso. Porque ele aí estaria assumindo o risco por estar numa situação de bloqueio, o que é
02:33diferente de estar participando de um contexto de jogada, não penal também. Depois houve um penal a favor do
02:42Botafogo, em que o defensor do do Mirassol puxou a perna do atacante do Botafogo e o derrubou claramente,
03:02indiscutivel, indiscutivelmente e indiscutivelmente e que o VAR, o Emerson Ferreira, não chamou o
03:11Bruno Vasconcelos, que era o APE, nem o Bruno viu o lance para marcar, para atuar. Só que, pelo fato de o Bruno
03:22não ter marcado o penal, a checagem, se o VAR o convidasse, haveria de ser completa. Acontece que o jogador do
03:33Botafogo, antes, havia empurrado o defensor do Mirassol, que justamente porque se desequilibrou, perdeu a
03:47posse da bola, puxou a perna do atacante do Botafogo. Então, se revisão houvesse, não seria, deveria ser
03:55marcado o penal, mas sim falta do atacante do Botafogo. Por fim, ao se encerrar o jogo, houve um suposto
04:07pênalti a favor do Mirassol, que o defensor do Botafogo lhe deu uma rasteira claramente, lhe deu um calço
04:18claramente, indiscutivelmente e que o pênalti deveria ser marcado. Por quê? No momento em que a bola foi
04:26chutada, esta ação aconteceu, significa que a bola já estava em jogo, mas a bola estava muito distante dos
04:33jogadores e o jogador que estava na posição de impedimento ainda não estava envolvido em jogo
04:41ativo. Então, a infração aconteceu já com a bola em jogo, ou seja, depois do centro da cobrança da falta,
04:49mas antes do jogador está envolvido em jogo ativo, porque a regra diz que a posição de impedimento
04:56por si só não caracteriza infração. É necessário que haja envolvimento em jogo ativo, ou seja, disputar a bola,
05:07interferir no adversário, jogar a própria bola e isso é impossível de ser feito quando a bola está a uma distância
05:1415, 20 metros e ainda não houve envolvimento em jogo ativo, então o penal deveria ter sido marcado
05:21a favor do Mirasol e a arbitragem errou ao analisar o lance e entender que era impedimento, porque o impedimento
05:29não tinha se caracterizado, o jogador apenas tinha posição e o correto seria se marcar o penal.
05:37Erraram o VAR porque mostrou o impedimento, mostrou a posição como se fosse impedimento,
05:44e errou o Bruno ao não interpretar a regra como deveria. Depois o outro jogo foi entre o River Plate e o Palmeiras
05:53que houve um lance emblemático. O Everton, o goleiro do Palmeiras, subiu para jogar a bola, mas com seu joelho na frente.
06:02E se diz por aí, inexplicávelmente, que aquilo é uma posição normal. Não, aquilo é uma posição de quem está submetendo
06:11a risco, a integridade física do seu oponente. Eu vou correndo e você está com o seu joelho numa posição
06:18antinatural, eu vou e me bato com você. Se assim fosse, aquele lance que tirou o Neymar da Copa do Mundo
06:26por aquele jogador, salvo engano, da Colômbia, não seria, para a expulsão, não seria a falta.
06:34Então o Everton não tem privilégio nenhum de sair com o joelho para defender-se,
06:41assumindo o risco de agredir o adversário, atentar contra a integridade física do adversário.
06:51Então, o pênalti deveria ser marcado, se não houvesse impedimento, e o VAR recomendou
06:59corretamente a revisão, porque o campo não marcou impedimento e, neste caso, primeiro se analisa
07:05o lance do pênalti para depois verificar se havia impedimento. Como houve impedimento,
07:10é, efetivamente, teve que ser marcado o impedimento, que foi o próprio jogador que
07:16se envolveu com o Everton, estava disputando a bola com ele. Mas essa ação do Everton é
07:22uma ação faltosa, que atenta contra a integridade física do adversário. O goleiro não tem
07:29que pular com o seu joelho na frente. Isso era no tempo antigo, mas a regra evoluiu e a
07:35preservação da integridade física do jogador é o fator mais importante e que o árbitro
07:41tem obrigação de preservar. Ok, torcedor? Obrigado mais uma vez por sua atenção e até
07:50uma próxima oportunidade.

Recomendado