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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou a abertura de uma investigação sobre o repasse de emendas parlamentares para nove municípios. A decisão foi tomada após a identificação de indícios de irregularidades na aplicação dos recursos. A investigação busca apurar a suspeita de desvio de verbas públicas e o possível envolvimento de agentes políticos e empresas nos esquemas. A medida coloca em foco a transparência e o controle sobre o uso das emendas, um tema de grande debate no país.


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Transcrição
00:00Então, na janela da informação, vamos conversar com ela, Janaína Camelo, direto da Capital Federal.
00:05Ótima tarde, que bom falar com você, excelente semana.
00:08Essa investigação com o olhar de lupa do ministro Flávio Dino sobre as emendas.
00:14Assunto antigo que circula entre o Congresso e o Supremo Tribunal, né?
00:21Exatamente, Bruno. Uma ótima semana pra você também.
00:25Sempre muito bom conversar com você, com todo mundo por aí.
00:28Boa tarde a todos que estão nos assistindo.
00:30Exatamente o olhar de lupa do ministro Flávio Dino que ele tem feito aí nos últimos meses,
00:34desde o ano passado, ele tem feito uma investigação, ele precisa com relação a isso,
00:38com o apoio de outros órgãos ali, como Controladoria Geral da União,
00:42pra verificar se tudo tá sendo feito conforme foi determinado pelo Supremo ali
00:46na execução das emendas PICS, né? Com transparência, com rastreabilidade, enfim.
00:50E aí hoje saiu mais uma decisão do ministro, que é o quê, Bruno?
00:53Ele suspendeu o pagamento de emendas PICS pra nove municípios, incluindo a capital do Rio de Janeiro.
01:01São emendas que já tinham sido indicadas, tá?
01:04Emendas PICS. Só lembrando que aquelas emendas PICS são aquelas que são,
01:07são emendas individuais, né? Que elas são transferidas diretamente ali pro município.
01:11E aí o ministro Flávio Dino, ele decidiu suspender essas emendas que já tinham sido indicadas entre dois mil e vinte e dois mil e vinte e quatro,
01:21que foram exatamente emendas que estavam sendo auditadas pela Controladoria Geral da União.
01:25Então, de certo, boa parte dessas emendas, inclusive, já foram executadas, né, Bruno?
01:30Mas parte ali do ano passado, por exemplo, obviamente, ainda estão ali em execução.
01:35Mas enfim, esses nove municípios fazem parte de dez municípios que mais receberam emendas PICS entre dois mil e vinte e quatro,
01:45porque o ministro Flávio Dino havia pedido isso no ano passado, em outubro do ano passado,
01:49a CGU, que fizesse essa auditoria entre os municípios, que descobrisse quais são os municípios que mais receberam emendas PICS,
01:56essas emendas individuais.
01:57E aí se chegou a esse número de dez municípios que incluía ali entre as capitais,
02:02a capital do Rio de Janeiro, a capital de São Paulo, enfim.
02:05Esses dez municípios receberam entre dois mil e vinte e dois mil e vinte e quatro,
02:08um total de setecentos e vinte e quatro milhões de reais.
02:12Depois dessa auditoria feita, foi ali avisado a todos esses municípios que regularizassem ali,
02:17porque foi identificado irregularidades, por exemplo, no plano de trabalho.
02:21O plano de trabalho é aquela elaboração exigida ali, de toda a questão da transparência e tudo,
02:28onde os parlamentares, eles indicam ali, os parlamentares e também o executivo indicam de onde veio esse dinheiro,
02:34quem foi o parlamentar que indicou, para onde que faz esse dinheiro, qual município e que obra e que projeto esse dinheiro vai ser aplicado.
02:41E aí depois disso, apenas São Paulo, a capital de São Paulo, fez esse trabalho e entregou esse trabalho regularmente ali,
02:49com tudo certinho, conforme havia sido determinado.
02:52Os outros nove municípios, houve falhas, foi identificado ali falhas de transparência no repasse para todos esses.
02:59E aí, o valor total ali dessas emendas entre dois mil e vinte e quatro, dois mil e vinte e quatro,
03:04para esses nove municípios, seiscentos e setenta milhões de reais,
03:08então, que devem ser suspensos, suspensos imediatamente, suspensos pagamento.
03:13Mas boa parte já deve ter sido ali executado.
03:15Então, ali, tem entre Rio de Janeiro, capital do Rio de Janeiro, com cinquenta milhões de reais,
03:20São João de Meriti, também no Rio de Janeiro, com cinquenta e oito milhões de reais,
03:24Carapicuíba, em São Paulo, com cento e cinquenta milhões de reais,
03:27Macapá, com cento e vinte e oito milhões de reais, no Amapá,
03:30Camassari, na Bahia, quarenta e cinco milhões de reais,
03:33Coraçal de Maria, em Bahia, também, quarenta e quatro milhões de reais,
03:37São Luís do Anaú, em Roraima, oitenta e nove milhões de reais,
03:40Iracema, em Roraima, também, com cinquenta e cinco milhões de reais,
03:43e Sena, Madureira, no Acre, quarenta e seis milhões de reais.
03:47Além do plano de trabalho, Bruno, que foi ali identificado que não foi feito da melhor forma,
03:52também o ministro, segundo ali o relatório da CGU,
03:55indicou ali indícios de superfaturamento, desvio de recursos, favorecimento de empresas,
04:00ausência de comprovação de compras de bens.
04:03Então, por isso, esses municípios vão precisar entregar informações para a Polícia Federal.
04:09Vão ser abertos inquéritos pela Polícia Federal para investigar toda essa questão.
04:14Então, mais uma decisão ali do ministro Flávio Dino, em cima das emendas do Congresso Nacional.
04:20Bruno, e você?
04:20A gente segue de olho, Janaína Camelo, ao vivo, lá do STF, de olho nesta ação,
04:26autorizada, então, através do ministro Flávio Dino, ministro relator sobre as emendas,
04:31um assunto que rende, rende muito. Já, já, a gente volta a conversar.
04:34Vamos rodar, então, e iniciar a nossa conversa com os comentaristas,
04:37começando com o Acácio Miranda. Acácio, ótima semana, excelente segunda-feira.
04:42A gente já falou aqui várias vezes que essa emenda, na verdade,
04:47esse orçamento, que lá na campanha falaram, João Beluti,
04:51que iriam acabar com esse orçamento.
04:53Era uma ideia de acabar, porque tinha virado um instrumento de negociação,
04:57inclusive em um ano que antecede uma campanha eleitoral.
05:01Então, jogam todo esse dinheiro naqueles estados, nos municípios,
05:04e, claro, que no ano que vem, isso acaba revertendo em invisibilidade,
05:09em obras e, consequentemente, resultado eleitoral.
05:12Agora, assinaram o cheque, mas não tinha ordem de serviço, né?
05:16Pois é, boa tarde, Bruno, boa tarde, Márcia,
05:18o professor Acácio e toda a audiência.
05:20Realmente, a existência da emenda por si só,
05:23ela desbalanceia o jogo político,
05:25na medida em que os parlamentares que lá estão fazendo o seu jogo político,
05:29o seu jogo eleitoral, eles têm acesso a recursos
05:31que quem está fora e quer entrar no sistema não tem.
05:34E é impossível deixar indissociada a questão da emenda
05:37de interesses eleitorais.
05:39Então, a emenda é um instrumento dos parlamentos municipais,
05:43estaduais e federal,
05:45e que, em algum momento, ele vai ter que ser enfrentado
05:47numa questão, numa reforma administrativa,
05:49ou mesmo numa reforma constitucional,
05:51já que ele é bastante questionável.
05:53De todo modo, o Supremo Tribunal Federal
05:54vem interferindo na política, em todo o campo político,
05:57e não seria diferente nas emendas.
05:59Uma vez acionado, o Flávio Dino fez essa espécie de parceria
06:02junto com a Controladoria Geral da União,
06:04que vem a hora, vira e mexe, apontando,
06:06ó, aqui tem um indício de superfaturamento,
06:08ali tem um indício que não apresentou o plano de execução,
06:11o plano de trabalho, não abasteceu o portal da transparência,
06:14e vem, cada hora, fiscalizando ali municípios específicos.
06:18A gente espera que os municípios forneçam.
06:20Agora, eu volto a insistir,
06:22a questão da emenda deve ser discutida futuramente,
06:24na medida em que esses valores desbalanceiam o jogo.
06:26E a Controladoria Geral da União que avance,
06:29lembrando que essa fiscalização,
06:30devido ao volume de emendas,
06:32é sempre, infelizmente, por uma mera amostragem,
06:34não no todo das emendas.
06:37Obrigada, João.
06:38A gente volta já já com você.
06:39Agora eu vou chamar o Acácio Miranda,
06:41também nosso convidado de hoje.
06:43Boa tarde.
06:44Acácio, eu vou te fazer uma provocação.
06:46A farra das emendas não é nova, né?
06:49O brasileiro já está acostumado.
06:51Não seria muito mais fácil,
06:53antes de entregar a emenda,
06:55exigir essas propostas,
06:57exigir exatamente o que vai ser feito com o dinheiro,
07:01realmente ter alguém ali fiscalizando,
07:03porque depois que o negócio já foi feito,
07:05depois que o dinheiro já foi enviado,
07:07é muito mais difícil saber que destino,
07:11para quem que ele foi, Acácio?
07:14Boa tarde, Márcia.
07:16Boa tarde, Bruno.
07:17Boa tarde, Beluti.
07:18Um boa tarde especial à nossa audiência.
07:21A sua pergunta não é só uma provocação, Márcia.
07:25A sua pergunta condiz com a lógica,
07:28condiz com todos os preceitos
07:31que nós temos previstos no nosso país.
07:34Porém, há uma casta,
07:36ou há algumas castas no nosso país
07:38que estão acima do bem,
07:40estão acima do mal,
07:42estão acima da observância da legislação.
07:46E os nossos parlamentares estão inseridos neste contexto.
07:51Por mais que a Constituição exija transparência,
07:55por mais que a legislação exija projetos
07:58e algo que o valha,
08:00isso não acontece na prática.
08:02Nós tínhamos, até pouco tempo atrás,
08:06as emendas secretas,
08:09sem que nós soubéssemos quem era
08:11o responsável por enviar esta emenda.
08:15Então, é óbvio que isso não condiz com a nossa legislação,
08:20mas é uma pena que o Supremo
08:23tenha se debruçado sobre isso somente agora,
08:27onde o país está inserido
08:29numa discussão que vai muito além disso,
08:32numa discussão muito maior do que essa.
08:36É, um país que não tem nenhuma prevenção, né?
08:39Não tem prevenção de crime,
08:40não tem prevenção da corrupção,
08:42não tem prevenção também de desastres climáticos.
08:44A gente só vai arrumar a casa
08:47depois que ela já está quase caindo, né, Acácio?
08:49Obrigada, João, também, Acácio, pelas análises, né?
08:53Vocês voltam ao longo do programa.
08:56Agora, às 2h13, o governo...
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