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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se manifestou sobre os ataques de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. Segundo Nunes, o governador perdeu as estribeiras em um momento de emoção, ao tentar manter a pacificação.
Reportagem: Beatriz Manfredini


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Transcrição
00:00O prefeito da capital, Ricardo Nunes, se manifestou sobre os ataques que Tarcísio de Freitas fez contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
00:10A Beatriz Manfredini tem mais detalhes pra gente. O que disse o prefeito, então, Bia?
00:17Olha, Nonato, o prefeito disse que Tarcísio acabou perdendo as estribeiras em um momento ali de emoção, de acordo com ele, de tanto tentar a pacificação.
00:28Ricardo Nunes saiu em defesa do aliado ontem em agenda pública aqui na capital paulista.
00:35Isso porque, nos últimos dias, o prefeito de São Paulo vem defendendo a pacificação.
00:39Chegou a pedir, inclusive, que os ministros do Supremo Tribunal Federal amolecessem o coração, dessem votos mais amáveis em prol dessa pacificação.
00:49E aí ele foi questionado justamente sobre o discurso de Tarcísio no 7 de setembro.
00:54Ele foi questionado se não foi um discurso duro e contrário à pacificação, uma vez que Tarcísio chegou a subir o tom pela primeira vez, saindo ali do normal dele, chamando Alexandre de Moraes, ministro do STF, de tirano.
01:07E aí foi essa justificativa, então, dada pelo prefeito.
01:10Ele disse que Tarcísio perdeu as estribeiras nesse momento ali de muita pressão, de muitas tentativas de diálogo e de pacificação.
01:18Chegou a dizer ainda que, em outras manifestações, foi Tarcísio quem fez a coordenação para evitar que placas e cartazes contra o Supremo Tribunal Federal aparecessem nos atos.
01:29A gente tem um trecho dessa fala do prefeito. Vamos acompanhar.
01:33Como amigo pessoal do Tarcísio, ele foi um dos que mais vem dialogando com o ministro do Supremo.
01:41Ele tem conversado com todo mundo, pedindo pacificação.
01:44Foi um dos que, nas manifestações anteriores, foi um que ordenou muito para que não tivesse nenhum cartaz sobre STF, sobre ministros.
01:52E não tinha, não tinha.
01:54Ou seja, sinalizando bastante de que era possível e necessário ter por todos os lados uma situação de amenizar e pacificar a situação.
02:05Eu acho que o que ele se sentiu foi de tanta luta, de tanta conversa, de tanto tentar e as coisas foram só pressionando.
02:13Eu não estou aqui para avaliar a fala do governador do Tarcísio, mas estou para dizer o seguinte, que em algumas situações as pessoas acabam perdendo um pouco as estribeiras de tanto tentar, tentar e ser frustrado das tentativas de pacificação.
02:24A gente precisa pacificar.
02:25O prefeito também se solidarizou com Michele Bolsonaro, ex-primeira-dama, disse que a cena dela chorando no ato e também falando sobre a revista do carro para a filha dela de 14 anos ir para a escola,
02:39eram cenas bastante fortes e emocionantes e que realmente causavam então essa pressão, essa perda das estribeiras, como ele citou nas pessoas.
02:47Por fim, o prefeito de São Paulo mudou um pouco de ideia, ficou um pouco em cima do muro ontem sobre a anistia.
02:54Ele chegou a dizer que não queria opinar se sim ou se não sobre esse projeto de lei, mas que tinha certeza, sim, que era necessário e justo o projeto ser pautado.
03:05Ele chegou a dizer que o mais democrático é que o projeto seja colocado em discussão na casa,
03:10para que aí sim todos os deputados federais tenham a chance de opinar se sim ou se não, mas evitou dar uma resposta concreta.
03:17E aí, ressalto, Nonato, que essa foi uma mudança de comportamento aí nos últimos dias,
03:22até porque na própria semana passada a gente trouxe aqui, o prefeito disse em entrevista para mim,
03:27que trabalharia com os deputados federais do partido dele, o MDB, em prol da anistia,
03:32para ajudar na aprovação da anistia na Câmara dos Deputados, Nonato.
03:38Beatriz Manfredini, muito obrigado pelas informações diretas de São Paulo.
03:41O assunto para a gente trazer também o Túlio Nassa e a Deise Siocário para comentar esse tema,
03:46essa fala do prefeito de São Paulo, o Deise.
03:50Lembrando que até aliados do próprio governador Tarcísio chegaram a dizer que ele talvez tenha se excedido um pouquinho no fim de semana,
03:57talvez pelo calor ali daquela plateia que ele estava acompanhando,
04:01outros entendendo que já é o bichinho da possibilidade de ser candidato à presidência que atuou,
04:07e agora o prefeito dizendo que ele perdeu as estribeiras.
04:11O que houve?
04:13Nonato.
04:13Para onde a gente vai?
04:15Boa pergunta.
04:15O Tarcísio realmente se excedeu, tanto é que ele recuou um pouco, ele mesmo recuou, ficou um pouco em silêncio,
04:23e só agora ele retoma as articulações.
04:26Esse posicionamento do prefeito Ricardo Nunes, ele é muito, por mais que a gente não goste desses posicionamentos,
04:34abre aspas, em cima do muro, quando ele fala sobre o PL da anistia,
04:39que nem sim, nem não, mas o Congresso tem que pautar esse projeto,
04:44isso politicamente acaba funcionando muito bem em contextos polarizados,
04:49porque o que o prefeito faz é deixar o eleitor e os aliados em suspensão.
04:56Então, ele não gera uma intransigência imediata numa questão que é tão tênue nesse momento,
05:05e nenhum comprometimento de lealdades.
05:07Então, nesse momento, ele evita se posicionar, que é um desafio que o Tarcísio,
05:11a gente tem falado muito sobre isso,
05:14o Tarcísio tem e terá, caso ele seja candidato à presidência da República,
05:18que ele vai posicionar esse novo mais duro do bolsonarismo, o centro,
05:23e foi exatamente isso que o Ricardo Nunes evitou agora, essa tensão.
05:28Então, ele fica, não, tá bom, o Congresso que decide, eu não me comprometo com nada,
05:33e aí, isso é um discurso que funciona muito bem nesses contextos polarizados.
05:37É o grande desafio do Tarcísio.
05:39Interromper, porque teu áudio está com um probleminha, a gente vai arrumar.
05:42Enquanto isso, vamos ouvindo aqui a análise do Túlio Nácia,
05:45também a respeito dessa certa mudança de perfil do governador aqui de São Paulo,
05:50o Tarcísio de Freitas, pelo menos a postura com que ele vinha se mostrando,
05:57teve uma mudança aí de chave em algum momento.
05:59Na sua avaliação, Túlio, ele erra ou acerta nessa estratégia de uma certa radicalização?
06:07Porque, de fato, ele mudou um pouco do perfil dele, né?
06:11Olha, Soraya, por incrível que pareça, mesmo na radicalização,
06:15no atual momento, em especial no 7 de setembro, ele acerta.
06:19Por quê?
06:20Tem um filósofo italiano, Carnelucci, que dizia o seguinte,
06:23que a verdade está no todo, mas o todo é muito para nós compreendermos.
06:29Então, o que acontece?
06:30Esse todo, ele precisa da união indissolúvel,
06:33como um amálgama entre o centro e a direita.
06:36E aí nós temos dois personagens importantes dessa união,
06:40que é o governador Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
06:43O governador Tarcísio, no 7 de setembro, tinha uma missão a cumprir,
06:47que era resgatar o bolsonarismo em torno dele,
06:49que era pacificar as pressões que Eduardo Bolsonaro fazia,
06:53que Silas Malafaia fazia,
06:55em relação a uma postura mais enérgica do governador.
06:58Então, ele foi, no 7 de setembro, e cumpriu a missão
07:00de trazer de volta o bolsonarismo em torno dessa possível candidatura de 2026.
07:06E, de outro lado, o Ricardo Nunes, não nos esqueçamos,
07:09é um ator de centro, né?
07:11Um prefeito do MDB.
07:12Então, ele, Ricardo Nunes, acena para o centro,
07:16agora tentando suavizar o discurso, tentando amenizar,
07:19dizendo, olha, Tarcísio excedeu um pouco nas palavras,
07:22mas ele também estava sensibilizado.
07:25Então, Ricardo Nunes faz o jogo de cena para o centro,
07:28ou seja, puxando para a moderação,
07:30puxando já para um momento mais equilibrado.
07:33Por quê?
07:34Porque o momento agora é de convencimento do centro
07:37em torno do PL e da Anistia.
07:39Então, essa relação dos dois é nada mais, nada menos
07:42do que aquilo que a gente já esperava.
07:44É o script, é o roteiro da política, Soraya.
07:47Obrigada, Túlio, também a Deise.
07:50Daqui a pouquinho a gente volta a conversar.
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