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O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) é a capa da nova edição da revista britânica The Economist. A publicação chama Bolsonaro de "Trump dos Trópicos" e classifica o processo judicial como uma "lição de democracia". Reportagem: Lucas Martins.

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Transcrição
00:00Eu quero contar também, a revista The Economist fez uma capa nesta quinta-feira
00:06trazendo o Jair Bolsonaro, utilizando aquele chapéu que ficou bastante conhecido
00:12durante a invasão do Capitólio lá nos Estados Unidos, com um dos invasores.
00:16E aí, o Lucas vai trazer as informações para a gente lá de Brasília
00:20sobre o que essa publicação enalteceu. Pode rodar.
00:24Exatamente, Evandro. Muito boa tarde para você.
00:32Uma ótima tarde para todos que estão na nossa companhia, aqui na programação da Jovem Pan News.
00:37Olha só, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi capa da revista britânica The Economist desta semana.
00:45A publicação que chega nas bancas no dia de hoje mostra Jair Bolsonaro com o rosto pintado
00:50com as cores da bandeira do Brasil, verde e amarela, e usando um chapéu de Vinkin,
00:56parecido com o que usava um apoiador de Donald Trump durante a invasão do Capitólio,
01:02que é o Congresso Nacional dos Estados Unidos, em 2021.
01:06A publicação dá destaque para o julgamento do ex-presidente que acontece na semana que vem
01:11no Supremo Tribunal Federal, para ser mais exato, no dia 2 de setembro,
01:16e destaca uma frase na capa que diz o que o Brasil pode ensinar para a América.
01:21O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro representa, de acordo com as palavras da revista,
01:27a recuperação do país após uma febre populista.
01:32Entre os argumentos apresentados para justificar a manchete que foi dada em relação a essa capa de Jair Bolsonaro,
01:39eles disseram que as ações de Donald Trump em relação ao Brasil,
01:44como as medidas tomadas em defesa de Jair Bolsonaro,
01:48com a imposição de tarifas de 50% para os produtos que saem do Brasil e vão para os Estados Unidos,
01:55e também a aplicação da lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal,
02:00Alexandre de Moraes.
02:02A revista também diz, abre aspas,
02:05o Brasil oferece uma lição de democracia para uma América que está se tornando mais corrupta,
02:11protecionista e autoritária.
02:14Eu volto com você, Evandro.
02:15Muito obrigado pelas informações, Lucas Martins. Um abraço.
02:18Olha, como é que vocês avaliam aí essa capa da The Economist, o Bruno Musa,
02:23que traz que os Estados Unidos deveriam aprender sobre democracia com o Brasil
02:28ao comparar o julgamento que se ouve lá atrás com o que vai acontecer agora com Jair Bolsonaro
02:32diante da tentativa de golpe de Estado?
02:36Veja, vamos lá.
02:37É importante a gente entender, como eu sempre falo,
02:40a The Economist tem uma pessoa,
02:41quem é essa pessoa que escreveu, que desenhou essa capa?
02:44Vamos lembrar algumas capas importantes da The Economist.
02:48A The Economist foi aquela mesma que fez o corcovado decolando
02:52e logo depois ele afundando, ambos no governo do PT.
02:56Ela foi a mesma que bateu e duro no governo do Milley
02:59para logo depois colocá-lo como um dos líderes importantes,
03:02falando que fez mudanças que ninguém imaginava,
03:05inimagináveis no mundo, de forma tão rápida
03:09e colocando ele como um dos principais líderes agora.
03:12A The Economist também fez algumas projeções na parte econômica
03:17e logo depois muda de lado.
03:19Então, me parece que ela vai muito na onda
03:22sem levar em consideração dados mais concretos, dados, fatos e números.
03:27Então, é sempre importante entendermos o que está por trás daquela própria capa.
03:32Agora, nessa frase me chamou a atenção que você falou,
03:34como é que você disse, Evandro,
03:35que o Brasil é um exemplo para a democracia nos Estados Unidos.
03:39Isso, que deveria servir de exemplo como um país democrático
03:42diante do julgamento de Jair Bolsonaro.
03:44Pois é, a gente pode questionar uma série de coisas,
03:46como falamos agora há pouco, do autoritarismo,
03:48sobre o Canadá, a Dinamarca, a intervenção do Banco Central,
03:51que eu não concordo lá nos Estados Unidos, o Federal Reserve.
03:54Mas vamos usar, então, as falas há poucos dias do ministro Barroso,
03:59que disse que em um país democrático não tem exilados.
04:04Tem exilado nos Estados Unidos ou no Brasil?
04:06Que você tem total liberdade de fala.
04:09Você tem liberdade 100% de fala no Brasil
04:12ou não tem nos Estados Unidos?
04:15Então, alguns pontos importantes mencionados
04:18que eu deixo no ar a resposta para cada um.
04:20Qual que é a sua avaliação, Piper?
04:23É uma publicação importante.
04:25A gente nem sempre concorda com tudo que ela diz,
04:27mas, nesse caso, principalmente,
04:32nesses dois momentos muito especiais para os dois países,
04:35um, com a democracia sob ataque, no caso, dos Estados Unidos de Trump,
04:40e outro, às vésperas de um julgamento importante,
04:43a revista, ela pontua, sim, diferenças importantes.
04:48Por exemplo, do 8 de janeiro aqui com o 6 de janeiro de lá,
04:52é fundamental também a gente entender o seguinte.
04:56No Brasil, concorda-se ou não com toda a tramitação desse processo,
05:02esse processo seguiu regras.
05:03Nos Estados Unidos, país que, aliás, começou a punir, né,
05:10com bastante celeridade, muitos dos envolvidos,
05:13recentemente, o presidente Trump,
05:16ele simplesmente destituiu, ele afastou, ele demitiu,
05:21o promotor que encabeçava várias dessas investigações.
05:25Então, houve lá interferência da justiça,
05:29até porque ele é um dos investigados.
05:32Agora não é mais, né?
05:34Outra coisa, no caso, voltando a falar em instituições,
05:39quando o presidente Lula chamava Roberto Campos Neto de aquele rapaz,
05:44isso era um escândalo nacional.
05:46Havia quase que um motim na Faria Lima.
05:50Lá nos Estados Unidos, o presidente, ele simplesmente afasta,
05:54demite uma diretora do Banco Central,
05:57e tenta tirar na marra o presidente Jérão Paulo.
06:01Imagine se, no Brasil, um governante chegasse minimamente perto disso.
06:08Então, isso também mostra uma coisa.
06:10Gostemos ou não das nossas instituições,
06:13o fato é que elas estão agindo cada vez mais com maior independência.
06:19Até para errar.
06:21No caso dos Estados Unidos, a gente tem visto repetidas ações de interferência.
06:28José Maria Trindade, você entende que as nossas instituições atuam da maneira correta,
06:33de maneira cada vez mais independente,
06:35e que por isso poderiam, sim, significar uma lição de democracia para os Estados Unidos,
06:40ou para o próprio presidente Donald Trump, como menciona a The Economist?
06:44Eu conversava hoje sobre isso na Câmara dos Deputados,
06:50e a ideia geral é de que nós, aqui no Brasil, somos meio vacinados, né?
06:56Porque houve várias tentativas de golpe,
06:59houve um golpe lá atrás com o Getúlio,
07:03houve o golpe, a intervenção militar,
07:07que acabou em anos, 20 anos de regime fechado, né?
07:11Então, assim, nós temos muito medo disso.
07:15A nossa Constituição, ela é grande demais,
07:18e nos detalhes, em vários artigos, você vê claramente, claramente,
07:23a ideia de medo, exatamente, de que isso aconteça, né?
07:28E outra coisa, na nossa cultura,
07:30a prevenção contra os militares, que não tem nada a ver com isso,
07:33é muito grande, exatamente em virtude desta vacina.
07:36Diz lá na arte da guerra, o assunto zoom, né?
07:39De que, em tempos de paz, os generais são uns,
07:43e os soldados ficam gordos, ficam despreparados,
07:47exatamente porque não treinam em tempo de guerra, não.
07:49Todo mundo tem que estar, a todo tempo, treinado e pronto para a batalha.
07:54E eu acho que, nos Estados Unidos, está acontecendo isso.
07:56Há muito tempo, uma democracia estabilizada,
08:01uma democracia já testada,
08:03uma das maiores democracias do mundo, né?
08:05E que perdeu essa vacina, perdeu esse poder de reação,
08:11e por isso está acontecendo lá.
08:12O Piper citou alguns pontos aí, e existem outros,
08:16por exemplo, essa intervenção na segurança em algumas cidades, né?
08:19A possibilidade de falar em invadir outros países e tal,
08:24isso está mostrando, e também a proteção está mostrando
08:27que a democracia lá está precisando de um acerto,
08:31senão o presidente não teria essa autonomia.
08:34Olha, Sini, em um determinado momento, na eleição,
08:37eu acho que foi do Barack Obama, onde houve demora na definição do presidente,
08:42me disseram lá o seguinte, olha,
08:44aqui é mais importante saber qual é o presidente de uma grande empresa,
08:49como a General Motors, na época não existiam essas big techs, né?
08:53É mais importante do que até do presidente,
08:55porque o presidente não pode fazer muito, ele é engessado.
08:58E aí a gente vê agora que não é bem assim, não.
09:02Donald Trump está mostrando que um presidente lá pode muito, pode mesmo.
09:08E as definições que ele está fazendo lá é muito grande.
09:11Então, há diferenças, porque a cultura é diferente,
09:15o momento histórico é diferente, e aqui tudo é golpe.
09:19Veja bem, um impeachment da ex-presidente Dilma,
09:22dentro das regras constitucionais, dentro do processo,
09:26com direito à defesa, e o pessoal dizia a todo momento lá,
09:30é golpe, é golpe, é golpe, é golpe, é golpe.
09:32Não foi golpe.
09:33Então, aqui, a gente tem um cisma, um medo que fortalece essas defesas.
09:38Talvez a revista tenha se referido a isso, né?
09:43Aí é verdade, que a gente vê sombras do passado.
09:46Agora, Bruno Musa, tem uma questão interessante também no que a revista traz,
09:49que é fazer uma comparação de Bolsonaro, o chamando de Trump dos Trópicos.
09:53principalmente no momento em que eles dizem que Trump age de maneira autoritária,
09:58protecionista e atacando as instituições.
10:01Você entende que dá para fazer uma comparação nesse sentido,
10:03principalmente de ataques às instituições?
10:06Jair Bolsonaro também foi um presidente da República
10:08que não respeitou as instituições e aquilo que elas pregavam?
10:14Veja, muitas vezes você chega no final do dia,
10:18se olha no espelho e você não concorda com você mesmo, né?
10:20Muitas coisas que você faz.
10:22Então, é impossível você concordar 100% com o que os outros fazem.
10:27Mas eu acho que todo mundo tem seus erros e tem seus acertos.
10:30Eu acho que um dos grandes acertos que, vamos ver como a história vai escrever,
10:34se de um ponto verdadeiro ou não,
10:36foi a capacidade do Bolsonaro de, primeiro,
10:39colocar muitas pessoas técnicas dentro de um governo.
10:42Vale lembrar que o Brasil foi um dos únicos três países do mundo,
10:45junto com a Arábia Saudita e Singapura,
10:47que terminou com uma dívida significativamente menor do que começou a pandemia.
10:52Três países no mundo e o Brasil foi um deles,
10:54produzindo superávit nos dois últimos anos,
10:57o que, basicamente, a gente tem déficit estrutural,
10:59que leva a toda a desvalorização da moeda, etc.
11:01Portanto, eu acho que todos nós conseguimos encontrar pontos positivos e negativos,
11:07mas esse ponto da tecnicidade, e mais,
11:10colocar na base da sociedade uma discussão a respeito da perversidade que o Estado atua
11:17para grande parte da população,
11:20eu acho que isso deve ser atribuído de forma positiva a ele.
11:23E, portanto, eu não consigo encarar,
11:27e eu sou assim por natureza,
11:29eu gosto de questionar,
11:31eu gosto de entender o mecanismo de funcionamento.
11:34E, muitas vezes, principalmente nos anos que vivemos hoje,
11:38qualquer coisa vira subjetividade e parece ou afronta,
11:43ou parece um xingamento,
11:46e o que pode ser caracterizado como, de repente, um desrespeito.
11:50Eu não enxergo dessa forma.
11:52Claro, alguns excessos podem ser ditos,
11:54como eu digo, do próprio Trump,
11:56que tem feito, sim, excesso,
11:58ao interferir no Federal Reserve,
12:00ao chamar o Jerome Powell de idiota, de imbecil,
12:02nem cabe esse linguajar para um presidente da República.
12:05Não tem o menor sentido esse tipo de ação.
12:07Mas eu acho que nós vivemos tempos
12:10onde o respeito às instituições eram muito maiores do que hoje.
12:13Só para finalizar,
12:14aqueles que gostam ou não do Bolsonaro
12:17poderiam chamá-lo do que quisessem naquele tempo.
12:20Genocida, fascista,
12:21mesmo não tendo nada a ver com fatos históricos.
12:25Nada acontecia a ele.
12:26Hoje, não dá para dizer que o desfecho seria igual.
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