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O presidente Lula afirmou em reunião ministerial que Tarcísio de Freitas é seu principal concorrente para 2026, sinalizando mudança de foco político. Eduardo Gayer traz os bastidores do governo, incluindo apoio do centrão e pressões do mercado financeiro, além de posicionamentos sobre comércio internacional e big techs.

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00:004h29, o radar está de volta. O presidente Lula disse hoje em reunião ministerial que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deve ser o principal adversário dele nas eleições presidenciais de 2026.
00:15O comentário sinaliza uma mudança de avaliação do próprio presidente que até então projetava a família Bolsonaro no papel de principal adversária dele.
00:25Quem traz para a gente os detalhes é o nosso repórter Eduardo Gair, ao vivo de Brasília. Boa tarde, Gair.
00:33Oi, Turc, boa tarde novamente a você, boa tarde a todos que nos acompanham, boa terça-feira para nós.
00:38O presidente Lula, de fato, fez uma reunião hoje com todos os seus ministros, a segunda reunião do ano, para alinhar o discurso e também pedir a defesa do governo a todos os seus auxiliares.
00:48Mas eu tenho um bastidor importante que eu apurei junto a três ministros com quem eu conversei hoje sob reserva.
00:55Durante a reunião, a portas fechadas, o presidente Lula disse aos seus ministros que enxerga o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como seu principal adversário nas eleições de 2026.
01:072026, essa é a primeira declaração do presidente Lula nesse sentido, porque até então o presidente vinha dizendo em conversas reservadas que esperava enfrentar nas urnas em 2026 um representante da família Bolsonaro.
01:20Com o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, neste momento até em prisão domiciliar, o presidente Lula esperava enfrentar, por exemplo, o Eduardo Bolsonaro, deputado federal que está nos Estados Unidos,
01:31ou o senador Flávio Bolsonaro ou ainda a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro. Mas agora o presidente mudou o seu prognóstico político, muito em função da pressão do Centrão e de parte do mercado financeiro
01:43por uma candidatura de Tarcísio de Freitas, que seria um nome mais palatável, menos radical do que a família Bolsonaro e que, nesses cálculos, mais também competitivo para enfrentar o presidente Lula.
01:55Durante essa reunião ministerial, pelo que eu apurei, o presidente também cobrou mais fidelidade dos seus parceiros de governo, das forças do Centrão que compõem a esplanada dos ministérios.
02:07Isso porque o próprio Republicanos, que é o partido de Tarcísio de Freitas, tem assento na esplanada dos ministérios.
02:14Comanda, por exemplo, o Ministério de Portos e Aeroportos, com Silvio Costa Filho, além de ter outros cargos na máquina pública.
02:21Também tem outros partidos do governo que estão na esplanada, mas que fazem acenos a uma eventual candidatura de Tarcísio.
02:28Por exemplo, a União Brasil tem três ministérios e deve compor uma eventual candidatura de Tarcísio, assim como o PP, que tem o Ministério do Esporte.
02:38Um outro partido que pode entrar nessa eventual candidatura de Tarcísio de Freitas é o PSD, de Gilberto Kassab,
02:44que é o braço direito de Tarcísio em São Paulo e hoje controla três ministérios importantes.
02:49O Ministério da Pesca não é tão importante, mas o Ministério de Minas e Energia, com Alexandre Silveira,
02:54e o Ministério da Agricultura, com Carlos Favro, são dois ministérios considerados-chave dentro da gestão do presidente Lula.
03:01Essa foi toda a parte conversada ali no OFF, a portas fechadas, mas que nós conseguimos recuperar junto a conversas com ministros.
03:08O que o presidente Lula disse em frente às câmeras no início da reunião ministerial?
03:12Lula disse que o Brasil está aberto a negociar com os Estados Unidos, mas que não vai se submeter a ninguém.
03:20Também reforçou que as big techs americanas, se quiserem operar aqui no Brasil, precisam respeitar a Constituição brasileira.
03:28E ainda afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, age como se fosse um imperador do planeta Terra.
03:34Em outro momento, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, voltou a dizer que as tarifas dos Estados Unidos aplicadas contra o Brasil são inaceitáveis.
03:44Na parte reservada da reunião, Turcio, só para finalizar, quem também fez uma análise a respeito da conjuntura internacional foi o chanceler Mauro Vieira.
03:53Ele comentou ainda a respeito da guerra na Ucrânia e da guerra na faixa de Gaza.
03:57O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também falou, destacou alguns dos projetos importantes que foram aprovados recentemente.
04:04Vamos ouvir agora um trecho do que disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da sua reunião ministerial.
04:11E tem a questão da última novidade, que é a posição do governo dos Estados Unidos, que tem agido como se fosse o imperador do planeta Terra.
04:24Ou seja, é uma coisa descabida, porque eu não vou repetir aqui o que eu já falei sobre o Brasil,
04:31mas ele continua fazendo ameaças ao mundo inteiro.
04:35Agora, ontem à noite, às nove horas da noite, ele publicou no Twitter dele ou no portal dele, não sei,
04:41uma nota ameaçando outra vez que quem mexer com as big techs deles vai sofrer as consequências.
04:47E ameaça a qualquer país.
04:52As big techs é um patrimônio americano e quem ele não aceita é que ninguém mexa.
04:57Isso pode ser verdade para eles.
04:59Para nós, ele é um patrimônio americano, mas não é nosso patrimônio.
05:03Nós somos um país soberano, nós temos uma Constituição, nós temos uma legislação e quem quiser entrar nesses 8 milhões e meio de quilômetros quadrados,
05:15no nosso espaço aéreo, no nosso espaço marítimo, na nossa floresta, tem que prestar contas à nossa Constituição e à nossa legislação.
05:25É assim que tem que ser para que a gente possa construir e fortalecer esse mundo democrático, multilateralista,
05:34que o Brasil faz questão de defender.
05:40Esses são assuntos importantes que estão na pauta.
05:44Eu quero comunicar à imprensa que esse homem aqui, aquele homem ali que é o Haddad,
05:49e aquele ali que é o Mauro Vieira, estão 24 horas por dia à disposição de negociar com quem quer que seja o assunto que for,
06:02sobretudo na questão comercial.
06:05Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições.
06:09O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fossem subalternos.
06:14Isso nós não aceitamos de ninguém, de ninguém.
06:20É importante saber que o nosso compromisso é com o povo brasileiro.
06:26Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro,
06:31mas não aceitamos desaforo e ofensas, petulância de ninguém.
06:37Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado, sabe, o império.
06:42Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria a monarquia.
06:49A gente não quer mais.
06:51A gente quer, sabe, esse país democrático e soberano, republicano,
06:57que é o que nós aprendemos a construir.
07:00Só, eu queria dizer ao companheiro Lewandowski,
07:03da minha solidariedade e da solidariedade do governo a você,
07:08por conta do jet responsável dos Estados Unidos de caçar o teu visto.
07:15Na verdade, eu acho que eles estão deixando de receber
07:17uma personalidade da tua competência, da tua capacidade.
07:23Eu acho que é vergonhoso para eles e não para você.
07:26Você deve ter orgulho de saber o que você fez
07:29que fez com que os caras tivessem tanto ódio no Brasil
07:32que chegasse a suspender o visto do nosso ministro da Justiça.
07:38Essas atitudes são inaceitáveis, inaceitáveis,
07:41não só contra o Lewandowski,
07:43mas contra os ministros da Suprema Corte
07:45e contra qualquer personalidade brasileira.
07:49Então, minha solidariedade, Lewandowski.
07:51Logo após essa manifestação inicial do presidente Lula,
07:55quem discursou na reunião ministerial
07:57foi o vice-presidente Gerardo Alckmin,
07:59que também é ministro do Desenvolvimento,
08:01Indústria, Comércio e Serviços.
08:03Além de voltar a dizer que as tarifas dos Estados Unidos
08:06são injustificáveis,
08:08o vice-presidente comentou um pouco a respeito
08:10da viagem que faz ao México nesta semana.
08:13Alckmin já decolou aqui de Brasília,
08:14está a caminho da cidade do México,
08:16onde terá um encontro com a presidente Cláudia Schembaum,
08:18com o objetivo de diversificar a pauta exportadora brasileira
08:22para o México e tentar modular os efeitos econômicos
08:25do tarifácio de Donald Trump.
08:27Ele viaja acompanhado da ministra Simone Tebet,
08:29do Planejamento e Orçamento,
08:31e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
08:33Vamos ouvir um trecho do que disse o vice-presidente
08:35Geraldo Alckmin na reunião ministerial.
08:38Estamos indo daqui a pouquinho para o México,
08:41Simone Tebet vai conosco, a ministra,
08:44o ministro Fávaro também,
08:45e tem possibilidades na área agrícola,
08:49biocombustível, avião, energia, industrial,
08:55enfim, um conjunto aí de encontros,
08:57estão indo quase 100 empresários brasileiros também
09:00nesse grupo.
09:03Mas destacar aqui a injustificada medida americana,
09:10extremamente injusta e a disposição do presidente Lula
09:16do diálogo permanente para a gente corrigir essa questão.
09:21Enquanto isso, medida focada, pontual, temporária,
09:27de apoio às empresas e preservação do emprego.
09:31Obrigado.
09:32Vamos chamar de volta aqui o Vinícius Torres Freire
09:36para comentar então essas falas do governo.
09:38A gente viu então, Vinícius, o presidente Lula mais uma vez
09:41fazendo discurso sobre defesa da soberania brasileira
09:45e mais uma vez criticando o presidente Trump também,
09:48chamando de imperador do mundo.
09:49Como é que você avalia essas novas colocações do governo?
09:53O governo não tem muita alternativa prática
09:55e está fazendo uma campanha política que talvez seja exagerada
09:58se der problema na relação com os Estados Unidos,
10:02se deteriorar ainda mais a relação com os Estados Unidos.
10:04Vai que um dia, alguma hora, o Trump volta a se ocupar do Brasil
10:08e ele não está se ocupando, até porque o Brasil é muito pequeno
10:10no conceito mundial, ainda mais nas preocupações atuais do Trump.
10:14Ele pode arrumar um conflito por nada.
10:18Mas só que ele está achando que isso pode render frutos,
10:21render um pouquinho, de fato.
10:23E o governo está até mudando o slogan.
10:25O seu slogan era União e Reconstrução,
10:29agora vai ser governo do Brasil ao lado do povo brasileiro
10:32para entrar nessa onda nacionalista, para ver se fatura com isso.
10:37Na prática, isso não resulta em nada
10:38e tem o risco de dar em bobagem.
10:43E você acredita que isso vai encaminhando o Brasil
10:47para ficar com uma relação mais azeda com os Estados Unidos?
10:51Como você falou, no momento em que voltar a Casa Branca,
10:55voltar a olhar para nós aqui.
10:56Olha, eu acho que, assim, como o governo não tem nada o que fazer
11:00nesse exato momento, o governo não tem nenhum instrumento
11:03para conseguir uma conversa com o governo Trump.
11:05Nem inventou uma estratégia e nem teve abertura do governo Trump.
11:09Eu repito, ele está usando isso de maneira política,
11:13causando, criando riscos possíveis.
11:15Você vê que a Claudia Sheinbaum, que aliás é presidente do México,
11:18ela está adotando que estratégia?
11:20De ficar com o perfil mais baixo possível,
11:23não criar conflito e ganhar nos bastidores alguma coisa.
11:27É claro que os Estados Unidos tem uma relação mais direta com o México,
11:30tem uma fronteira, tem um monte de problemas imediatos urgentes para o Trump.
11:34Isso possibilita até uma conversa e faz com que a estratégia
11:37da Claudia Sheinbaum, presidente do México,
11:39tenha sentido imediato.
11:41Ela pode, fazendo isso, conseguir conversar com o Trump.
11:45O Brasil está com uma porta fechada e está insistindo nessa área,
11:50e o Lula está insistindo mais nesse discurso para o público interno,
11:53que é, olha aqui, estou defendendo a soberania do Brasil,
11:56estou até mudando o slogan do governo,
11:59para investir nessa estratégia que rendeu uns pontinhos de prestígio a mais
12:04para o Lula e tirou uns pontos da oposição.
12:07Mas, na prática da diplomacia, não resolve nada.
12:11Obrigado, Vinícius.
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