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Líderes europeus se reúnem em uma cúpula para discutir um plano de paz para a guerra na Ucrânia, em um movimento que ocorre em paralelo às negociações lideradas pelos Estados Unidos. O mestre em relações internacionais Valdir Bezerra analisa a proposta da Europa e o que esperar do encontro entre o presidente Donald Trump e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky.

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Transcrição
00:00E hoje também acontece a reunião de líderes europeus para discutir o fim, o possível fim da guerra.
00:06Sobre isso, conversamos agora com Waldir da Silva Bezerra, que é mestre em relações internacionais
00:12pela Universidade Estatal de São Petersburgo.
00:15Professor, seja muito bem-vindo ao Jovem Pão, prazer te receber.
00:20Bom dia, Kobayashi, bom dia a todos que nos assistem agora no Fast News, é um prazer participar com vocês.
00:25Professor, eu gostaria de começar a partir de um encontro realizado anteontem entre os presidentes Trump e Putin,
00:35justamente com essa pauta, o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
00:39Como o senhor avalia aquele encontro realizado na última sexta-feira?
00:45Bem, do ponto de vista simbólico para a Rússia e para Vladimir Putin em particular, foi um encontro bastante importante,
00:51porque passou a impressão de que os russos não estão mais isolados do Ocidente,
00:56uma vez que o presidente russo foi recebido pelo chefe de Estado da nação líder do mundo ocidental,
01:02que é os Estados Unidos da América.
01:04Mas do ponto de vista prático, ainda não podemos dizer que houve um avanço significativo no processo de paz.
01:11Um acordo de paz que seja um acordo de paz de longo prazo,
01:15vai precisar incluir posições que sejam aceitáveis a quatro grandes atores,
01:22não somente a Rússia e aos Estados Unidos.
01:25Vai precisar também incluir posições que sejam aceitáveis para a Ucrânia,
01:30que é o lado diretamente envolvido no conflito,
01:33e também para a União Europeia.
01:36E os parceiros europeus, a maior parte do tempo,
01:39concordam com as visões da Ucrânia a respeito de como deve ser,
01:45de como deve se configurar uma solução de paz.
01:49Professor, e o encontro que é previsto para acontecer amanhã, na Casa Branca,
01:54que vai reunir novamente Trump e Zelensky,
01:57depois daquele último encontro no Salão Oval,
02:00em que se instalou um constrangimento a partir de algumas falas bem incisivas,
02:06não só do presidente americano, mas também do seu vice, J.D. Vance,
02:10qual a expectativa para esse novo encontro?
02:14A expectativa é que Trump anuncie o que ele conversou com Vladimir Putin,
02:19quais as posições em que a administração americana e a administração russa
02:23concordaram a respeito do processo de negociação de paz,
02:29e que ele verifique com Zelensky se as posições que ambos acordaram
02:35é aceitável para a Ucrânia.
02:37A abordagem do Trump tem sido uma abordagem cautelosa e gradual.
02:41Então ele tem, até o presente momento,
02:44lidado de uma forma bilateral com esse processo,
02:47ou seja, se reunindo com a liderança russa,
02:50depois se reunindo com a liderança ucraniana.
02:53Alguns representantes europeus também vão estar presentes
02:58nessa comitiva que vai junto com Zelensky para os Estados Unidos.
03:01Então, isso dá a entender que o Trump está tentando uma abordagem gradual
03:08para poder se chegar a um acordo de paz.
03:10Novamente, um acordo de paz que seja de longo termo
03:15vai ter que ser um acordo quadrilateral,
03:18envolvendo Rússia, Estados Unidos, Ucrânia e União Europeia.
03:22Então esse momento é um momento muito importante,
03:25porque agora ele vai tentar acordar com a Ucrânia
03:27as posições que foram discutidas com o Putin na última sexta-feira.
03:31Professor, falamos do encontro entre Putin e Trump,
03:34Trump e Zelensky amanhã, com alguns outros líderes europeus também.
03:38E agora eu quero falar desse encontro entre os líderes europeus
03:41que também debatem algumas soluções para o fim desse conflito,
03:45um encontro de hoje.
03:47Como é que o senhor avalia a participação da Europa,
03:49em especial na tentativa de solucionar esse conflito?
03:52Tem algum peso relevante?
03:54Tem como a Europa, os países europeus, protagonizarem a mediação desse conflito?
04:00A Europa tem um peso relevante, sim,
04:03porque quase metade da ajuda financeira e militar à Ucrânia
04:09tem sido fornecida por países europeus importantes,
04:13inclusive armamentos estratégicos que começaram a ser fornecidos a Kiev
04:18por parte das lideranças europeias.
04:21E o conflito se dá no continente europeu.
04:23Existem posições que foram anunciadas por Zelensky em novembro de 2022
04:32a respeito de como o líder ucraniano via uma solução justa para o conflito
04:39com a qual os europeus concordaram.
04:42Então você tem ali uma questão de reconhecimento do status territorial dentro da Ucrânia,
04:47você tem o futuro da Ucrânia na OTAN,
04:50você tem questões referentes a quais serão as garantias de segurança à Ucrânia pós-conflito,
04:56como que vai se dar a questão das sanções contra a Rússia,
05:02se vai haver uma suspensão gradual de sanções,
05:06se a suspensão vai ser automática.
05:08Há uma série de questões que a liderança europeia vai precisar discutir
05:15e vai precisar estar presente nas negociações de paz
05:18para que a gente tenha um acordo, novamente aqui,
05:21um acordo de longo prazo, um acordo estável,
05:24um acordo que não seja futuramente depois revogado por alguma das partes.
05:28Professor, a gente já tem falado sobre quem senta a essa mesa de negociação,
05:33os líderes, os envolvidos, aqueles que se colocam na condição de mediador,
05:37agora eu gostaria de tratar com o senhor o que estaria sobre a mesa dessa negociação,
05:41o que está em discussão em um possível acordo?
05:44É a cessão de território?
05:46É um recuo da Ucrânia integral, o bloco da OTAN?
05:50O que mais pode ser negociado para que haja, de fato, uma solução para esse conflito?
05:57Alguns dos pontos principais que eu destacaria seria
06:01como que vai se dar as garantias de segurança à Ucrânia pós-conflito.
06:07Então, há divergências entre o entendimento russo
06:11e o entendimento ucraniano e europeu acerca desse assunto.
06:17Há divergências acerca da questão da OTAN.
06:21A Rússia não admite a possibilidade da Ucrânia fazer parte da aliança atlântica,
06:28enquanto que a Ucrânia não quer fechar as portas da OTAN para uma futura adesão.
06:35Segundo um memorando, inclusive, de posições ucranianas que foi revelado no meio desse ano,
06:42a Ucrânia gostaria de ter essa possibilidade aberta no futuro,
06:46desde que haja consenso entre os membros da OTAN para sua adesão.
06:52Há uma questão importante a respeito da limitação das forças armadas ucranianas.
06:57Essa é uma demanda da Rússia, que foi posta em fevereiro, março e abril de 2022.
07:06E a Ucrânia não está de acordo com uma limitação numérica de suas forças armadas.
07:12Tem a questão da suspensão de sanções.
07:15A Rússia gostaria de ter as sanções que foram colocadas contra o país desde 2014,
07:22suspensas de uma forma automática.
07:24A administração americana parece estar de acordo com essa proposta russa,
07:29mas europeus e ucranianos veem essa medida como uma medida insatisfatória.
07:35Eles são a favor de uma suspensão gradual de sanções contra a Rússia.
07:39Então, e tem a questão territorial, né?
07:42A questão territorial é importante.
07:44A Rússia quer o reconhecimento internacional de Donetsk, Lugansk, Zaporizhnya e Herson
07:51como territórios russos.
07:52E a Ucrânia não quer abrir mão dos territórios.
07:56Perfeito.
07:57Eu quero agradecer demais aqui o professor Waldir da Silva Bezerra,
08:00que é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Estatal de São Petersburgo.
08:05Professor, sempre um prazer te receber aqui na Jovem Pan.
08:07Eu que agradeço pelo convite e fico à disposição.
08:11Muito obrigado.
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