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O presidente Lula (PT) iniciou uma nova estratégia na crise do tarifaço de Donald Trump, buscando contatos com líderes europeus para formar uma frente de negociação. Em declaração, ele afirmou que "não vai se rastejar" para os Estados Unidos.

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Transcrição
00:00Agora eu quero chamar o Igor Damasceno, que o presidente Lula quer usar a defesa do multilateralismo
00:04como um mote para reunião com líderes do BRICS e também da União Europeia.
00:09E para falar desse tarifácio dos Estados Unidos.
00:11Vamos então com o Igor Damasceno.
00:13O presidente Lula quer montar um grupo de defesa desses países que hoje estão sendo sancionados pelos Estados Unidos.
00:20Qual é o objetivo, hein Igor? Bem-vindo.
00:22Expandir as negociações com esses países, viu Andro?
00:29Boa tarde a você, boa tarde também a todos que nos acompanham ao vivo aqui no nosso 3 em 1.
00:34Olha, em um evento que aconteceu há pouco em Pernambuco, o presidente Lula disse durante discurso que não vai se rastejar.
00:42A palavra é exatamente essa, não vai se rastejar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
00:49E que se eles estão encarecendo as tarifas lá, então ele vai procurar outros parceiros comerciais, vai vender para outros países.
00:58E esse é o grande objetivo do presidente Lula nessas reuniões que vão acontecer na semana que vem.
01:04Por videoconferência, inclusive, vão participar o presidente da Comissão Europeia, o presidente da África do Sul.
01:13Também foram convidados o chanceler da Alemanha e o presidente da França.
01:17O primeiro-ministro do Reino Unido também foi convidado para participar dessa reunião por videoconferência.
01:25Agora, eles ainda precisam acertar alguns detalhes, como por exemplo, o fuso horário.
01:30Tem aí uma diferença discrepante entre esses países, então o presidente Lula pode participar dessa e de outras conversas virtuais,
01:39se tiver alguma incompatibilidade de agenda ou de horário.
01:43Mas o que chama a atenção é que são reuniões estratégicas com líderes do BRICS, que é o bloco dos países emergentes,
01:50e também com países europeus.
01:53E o que esses países têm em comum?
01:56São países que também estão sofrendo com o tarifácio imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
02:02Não sofrendo tanto quanto a gente.
02:04A gente está com as taxas mais altas do mundo, algo em torno de 50%, assim como a Índia.
02:10Mas são países que foram pegos de surpresa nos últimos meses com essas tarifas impostas pelo governo norte-americano.
02:18Então, o presidente Lula vai defender o multilateralismo e criticar o unilateralismo, a política protecionista de Donald Trump.
02:27Ele vai falar a respeito dos produtos brasileiros e a importância dos acordos comerciais com os mais diferentes países.
02:34E a expectativa é que o presidente Lula consiga ampliar os acordos comerciais com esses países que vão participar dessa conversa por videoconferência.
02:45Lembrando que, recentemente, o presidente Lula já teve uma ligação com o presidente da Índia e também com o presidente da China.
02:53São dois países também do BRICS e que também estão sofrendo com as tarifas dos Estados Unidos.
02:59Ou seja, o presidente Lula vai colocar em prática aquilo que ele disse há pouco no evento no estado de Pernambuco.
03:06Em vez de ficar tentando algo com os Estados Unidos, vai vender para outros países, vai expandir o mercado para minimizar os efeitos desse tarifácio.
03:17Viu, Evandro?
03:18Muito obrigado pelas informações, Igor. Um abraço para você.
03:20Mas a gente sabe que, na visão dos empresários, não é tão simples assim.
03:25Simplesmente pegar algo que você hoje exporta para os Estados Unidos, que é considerado um ótimo cliente para exportação, e fazer uma destinação para outro país.
03:36Pois bem, o presidente da República quer se reunir com os líderes desses países para discutir esse tarifácio e, principalmente, abrir novos caminhos.
03:43É uma boa estratégia, hein, Alangani?
03:45Olha, é uma boa estratégia, mas ela não é excludente de você continuar negociando com os Estados Unidos, né?
03:52Não é uma coisa ou outra.
03:54Muitas vezes eu acredito que o presidente vai para uma linha de, ah, eu não quero mais os Estados Unidos e eu vou buscar outros parceiros.
04:02E não é tão simples assim, até porque são questões de médio e longo prazo.
04:06Você não consegue trocar a sua produção.
04:09Não é igual um pastel na feira, né?
04:10Você agora me dá um de carne, me dá um de queijo, você já tinha toda aquela clientela, são produtos específicos e, de repente, você vai para outro mercado.
04:17Não é tão simples.
04:18Abrir novas frentes, é claro que é do jogo, é concorrencial, é bem-vindo.
04:24Agora, você não pode ter uma atitude de birra com os Estados Unidos.
04:28Então, é continuar na negociação pragmática, porque, novamente, os Estados Unidos interessam e muito ao Brasil.
04:36Por quê, Evandro?
04:37Segundo o parceiro comercial, é um parceiro importante, de compras importantes e, principalmente, é o principal parceiro de investimentos.
04:44Exatamente.
04:45Então, vamos abrir mercado e vamos continuar também com os Estados Unidos.
04:49Ô, Piperno, você enxerga um pouco de birra nessa atitude do presidente da República ou é pró-atividade para buscar uma solução?
04:55Eu enxergo muito do que o Alan Gari disse.
04:58Veja, primeiro que o mundo, com esse tarifaço, vai passar por um realinhamento de parcerias.
05:06Isso está ficando claro a cada dia, né?
05:11Acho que, talvez...
05:12E talvez dê o sinal para esses países de que não dá para eles dependerem tanto dos Estados Unidos,
05:16porque a mudança política pode gerar esse tipo de situação que estamos acompanhando agora, a depender do governo de turno.
05:22A principal mensagem que o presidente Trump passa para o mundo, além de ser um autocrata, né,
05:28é de que ele não é um parceiro confiável.
05:31Então, todo mundo está conversando com todo mundo.
05:34Essa é a realidade.
05:35Então, vejam, aí é óbvio que o Brasil não pode simplesmente desistir de continuar negociando com os Estados Unidos.
05:44Tem procurado abrir canais.
05:46Esses canais nem sempre estão desobstruídos.
05:50É verdade.
05:51Há produtos que realmente vão acabar encontrando novos mercados.
05:58Já outros vão ter muito mais dificuldade para isso.
06:01Todo mundo também já tratou dessa questão.
06:03É muito mais fácil você arrumar novos parceiros aí para vender, por exemplo, carne e café,
06:09do que produtos da indústria moveleira lá do sul do país.
06:12Então, é evidente que agora um outro flanco dessa bateria de negociações tem que tratar exatamente de reduzir perdas,
06:27de reduzir os danos.
06:30Agora, é evidente também que nesse realinhamento geopolítico o Brasil está muito correto em ampliar os seus laços.
06:39Hoje, por exemplo, naquele jornal lá que eu cito sempre o China Morning House Post,
06:45é feito lá em Hong Kong.
06:48Então, são muito bons aí quando tratam de economia e diplomacia.
06:53Tinha uma matéria lá sobre a aproximação do Brasil com a Índia.
06:58A Índia é, enfim, o país mais populoso do mundo, a quinta maior economia do planeta.
07:04Então, é fundamental que o Brasil tenha relações cada vez mais próximas com esse parceiro.
07:10Da mesma forma que ontem a gente noticiou aqui que vai uma missão,
07:14que, aliás, o ministro do Comércio do Canadá vem ao Brasil para começar a tratar de um acordo também de livre mercado.
07:21O vice-presidente-geral do Alckmin vai agora para o México também com esse objetivo.
07:26Então, esse é o outro lado em que o Brasil tem que se esforçar bastante.
07:33Ou seja, daqui a pouco, daqui a um ano ou dois, é possível que o Brasil tenha, inclusive, mais parceiros do que tem hoje.
07:41Zé Maria Trindade, você entende que essa sanção, esse movimento que hoje é prejudicial ao Brasil,
07:48pode apontar para novos caminhos positivos lá na frente?
07:52A exemplo do que menciona aqui o nosso amigo Piperno?
07:54Sim, novos mercados estão sendo abertos, né?
07:59Inclusive, o mercado asiático e o europeu aumentado.
08:02Mas, assim, o mercado europeu já fechou o acordo com os Estados Unidos.
08:08E um acordo até desproporcional e pior para a Europa.
08:12Foi até criticado.
08:14Mas, pelo que eu vi aqui, e de pessoas que lidam exatamente com isso,
08:19inclusive Arnaldo Jardim, que é o vice-presidente da Federação da Frente Parlamentar da Agricultura,
08:26o mercado americano, ele é insubstituível.
08:31Ele é insubstituível.
08:32Por outro lado, representantes aqui de setores exportadores, que vieram a Brasília e tal,
08:37resolveram, dizendo o seguinte, a exportação não é assim, você gira de um lado para o outro.
08:43Há produtos específicos para aquele mercado.
08:48O tipo de carne que é exportado para lá, a numeração do calçado, da roupa,
08:54tudo isso tem a ver na exportação, né?
08:56As cores preferidas, cada país tem as suas características, tem o seu porte, tem o seu jeito de usar.
09:04Então, assim, os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos
09:08são fabricados para aquele mercado.
09:11Então, é muito difícil ou impossível substituir o mercado norte-americano.
09:16Mas estão, sim, sendo abertos novos caminhos, né?
09:20Novas possibilidades de negócio,
09:23mas sempre dizendo que nos Estados Unidos é um mercado forte e um mercado específico.
09:30Fala, Bruno.
09:31É muito claro isso.
09:32Esses números todos citados pelo...
09:34Esses pontos citados pelo Zé Maria,
09:37eles são explicitados dentro do balanço de pagamentos do Brasil,
09:40mostrando a importância em números,
09:43tanto qualitativa como quantitativamente,
09:46dos Estados Unidos, principalmente pelos pontos de investimento produtivo de longo prazo,
09:50como o Alan muito bem colocou aqui.
09:51Agora, vale a pena a gente olhar que quase todos esses países
09:56já estão partindo para um acordo ou já com acordos fechados com os Estados Unidos
10:01enquanto a gente continua batendo na mesma tecla.
10:03Se ele vai buscar, se o Lula busca contato com alguns europeus,
10:07eu peguei alguns dados aqui importantes.
10:09Por exemplo, a FBO está em primeiro lugar nas pesquisas na Áustria.
10:12O partido RN, que é Reagrupamento Nacional,
10:15está em primeiro lugar na França.
10:17A AFD, que tentaram proibir e teve o voto majoritário dos jovens,
10:21está em primeiro lugar na Alemanha.
10:23O Reform UK está em primeiro lugar na Grã-Bretanha.
10:27Pelo visto, os europeus estão dispostos a votar no partido mais à direita possível.
10:31Será que o Lula, que continua com esse mesmo discurso,
10:34achando que o salário de uma pessoa deve ser por mera hora trabalhada,
10:38vai ter lugar em um continente que parece que está mudando de posição?
10:41Então, esse é o meu ponto.
10:42Ou a gente muda, ou a gente vai continuar sendo um país do passado,
10:46como está muito claro que nos tornamos.
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