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CIDADE PACATA, CRIME CRUEL - EPISÓDIO ' O CONTO TERRÍVEL DOS BEBÊS ' #INVESTIGACAODISCOVERY

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Transcrição
00:00O FESTIVAL DO DIA DOS GEMES
00:25Colocou o Twinsburg no mapa porque quando você conversa com alguém e diz que é de Twinsburg,
00:30oh, é lá que tem o FESTIVAL DO DIA DOS GEMEOS.
00:33Eu digo, é, isso mesmo, acertou.
00:39Vou dizer uma coisa.
00:41A morte da Charlene mudou totalmente minha opinião sobre a vida.
00:45Eu me tornei uma pessoa paranoica e eu fiquei com medo de tudo.
00:49Meus filhos, meus pobres filhos, foram criados por uma mãe paranoica e maluca.
00:55O assassinato destrói famílias.
00:57Foi difícil para minha esposa. Mudou meu modo de agir.
01:03Ela foi morta diante dos filhos. Teria me arrasado.
01:07Ninguém deveria ter que passar pela vida e perder a mãe.
01:13E ela não teve a chance de conviver com os filhos.
01:16Eles sempre se perguntam como era minha mãe.
01:19É algo que eles nunca saberão.
01:21O que aconteceu? Por que aconteceu? Como aconteceu? Não fazia nenhum sentido.
01:25Nenhum lugar é seguro. Ninguém está seguro.
01:28Você não está seguro.
01:29Cidade Pacata Crime Cruel
01:53Olá, tudo bem?
02:09Eu morei aqui muitos anos.
02:12Desde 88.
02:14O condomínio tinha várias mães solteiras.
02:20E todo mundo cuidava um do outro e das crianças.
02:23Sabe, como uma família.
02:25Era um lugar muito tranquilo e calmo até aquele dia.
02:29A minha vizinha do lado, Charlene, ajudava muitas mães em nosso condomínio.
02:42Ela ficava com seus dois meninos, Dustin e Derek, o tempo todo.
02:47E nos tornamos amigas.
02:49Eu ia visitá-la e ela ia até a minha casa me visitar.
02:53E ela cozinhava.
02:54Ela fazia os melhores biscoitinhos, sabe?
02:57Naquele dia, eu fui lá bater na porta dela, ver como ela estava naquela manhã.
03:03E ninguém atendeu.
03:06Minha irmã foi até a minha casa naquela segunda.
03:10E disse que Charlene não estava acordando.
03:13Como ainda era cedo, então eu falei...
03:17Por que você está dizendo isso?
03:20Eu me vesti e fui até lá.
03:22Eu abri a porta.
03:29A mãe estava deitada no sofá.
03:33Ela estava deitada assim, ó.
03:38Ela parecia um fantasma.
03:41Eu peguei Dustin e Derek.
03:44E os tirei de lá.
03:46E fechei a porta.
03:47E os levei para a casa da minha irmã.
03:49E foi isso.
03:52Ninguém voltou lá na casa até que a polícia chegasse.
04:03Bom dia.
04:05Bom dia.
04:06Pode me ver um tamanho 43 e me alugar uma pista?
04:09Claro.
04:10Naquela época, eu era do departamento de polícia do município de Twinsburg.
04:13Eu tinha menos de cinco anos de serviço.
04:17Já não era mais novato, mas poderia ser.
04:19Parecia um simples chamado de uma lesão desconhecida.
04:27Peguei o endereço.
04:29Eu acho que eu estava na viatura fazia dois minutos.
04:32E nunca vou esquecer a mensagem da central pelo rádio.
04:35Disseram...
04:35Eric, é grave.
04:36Rápido.
04:37Fevereiro estava chegando.
04:49E eu...
04:50Fui o primeiro policial a chegar aqui.
04:53Era aqui que a Charlene morava.
05:14Assim que entrei no apartamento, ele estava todo revirado.
05:17É claro, eu vi o corpo e o estado em que ele estava.
05:25Ela estava deitada no sofá, debaixo de um cobertor.
05:28Havia sangue seco no rosto.
05:30Ela tinha um cinto ao redor do pescoço.
05:38Era de manhã cedo.
05:40E...
05:40Ela estava no sofá fazia algum tempo.
05:44Então ficou claro que...
05:48Ocorreu na noite anterior.
05:49Os braços e as mãos tinham ferimentos defensivos.
05:53Foi a primeira cena de assassinato que eu vi na vida real.
06:01A reação inicial foi...
06:03Foi...
06:04Um momento...
06:04Não foi pânico, não foi medo.
06:07Foi tipo...
06:08Eu...
06:09Tenho que acertar.
06:10Tenho que ser perfeito.
06:11Tenho que ser bom.
06:12Eu recebi uma ligação...
06:27De uma das vizinhas dela.
06:29Charlene não tinha telefone...
06:31Num apartamento.
06:34E aí ela disse...
06:36Venha ao apartamento da Charlene.
06:38E disse...
06:41Não se apresse.
06:43Entende?
06:44Mas disseram que a Charlene estava ferida.
06:48Eu só senti...
06:49Uma preocupação, sabe?
06:51Se a Charlene estava muito machucada.
06:54E...
06:55Se os dois filhos dela...
06:57Estavam lá.
06:58Se estavam bem.
07:01Será que ela precisava...
07:03De ajuda...
07:05Para tomar conta dos meninos?
07:08Sabe?
07:11Eu não tinha...
07:13Ideia...
07:15Do que eu ia...
07:16Encontrar lá.
07:22Quando cheguei lá, eles...
07:24Não me deixaram entrar no apartamento da Charlene.
07:27E eu disse...
07:28Eu quero vê-la.
07:30Eles disseram...
07:32Não pode.
07:34E foi quando...
07:36O policial disse que...
07:38Ela tinha sido...
07:40Assassinada.
07:45Eu fiquei...
07:46Paralisada, tipo...
07:48Não.
07:50Não pode ser.
07:55Eu estava na universidade.
07:57Então, infelizmente...
07:58Eu estava fora do estado...
08:00Quando recebi a notícia.
08:01E...
08:02Acabei ligando para minha mãe.
08:03Foi ela que me disse.
08:15Então, ela...
08:17Então, ela...
08:20Disse que ela tinha morrido.
08:24Então...
08:24Peguei um avião para a cidade.
08:27E...
08:28O mais...
08:29Difícil de tudo...
08:30Era que ela tinha...
08:31Dois filhos.
08:32Um de três...
08:34E o outro de dois anos.
08:35E eles não tinham...
08:36Nenhuma figura paterna...
08:38Para eles poderem recorrer.
08:41Ao longo do dia...
08:43Nosso chefe chamou outros...
08:44Dos nossos policiais.
08:45Havia trabalho a ser feito.
08:49Havia interrogatórios a serem feitos.
08:51Havia buscas a serem feitas.
08:52A procura de pistas.
08:56As provas que recolhemos...
08:58Eu diria que foram...
08:59Mais de 150 itens.
09:08Nós cortamos o tapete.
09:10Praticamente desmontamos o sofá.
09:12E recolhemos cada peça.
09:13Fizemos buscas no ralo da pia...
09:15E no ralo da banheira.
09:20Nos disseram que a casa estava trancada.
09:22A vizinha descobriu...
09:23Quando foi buscar as crianças.
09:27Não encontramos nenhum sinal de arrombamento.
09:30A tranca da porta estava fechada.
09:32Acho que nunca tive um caso...
09:40Em que alguém tenha trancado a porta na fuga.
09:43Honestamente.
09:44Nos meus...
09:4528 anos de serviço...
09:47Foi muito raro.
09:48Ficou óbvio...
09:49Que a preocupação era manter as crianças lá dentro.
09:51A parte triste é que as crianças passaram a noite com a mãe que estava morta.
10:00Essa foi a parte difícil do caso para todo mundo.
10:03As crianças terem passado por isso a noite toda.
10:08As crianças de dois anos e três anos passaram a noite no apartamento com a mãe morta.
10:13Isso não...
10:15Isso não acontece.
10:18Não é?
10:19Eu não sei como eles conseguiram.
10:22Em muitos casos os namorados geralmente são os suspeitos número um.
10:26Dependendo da situação eles estão no topo da lista desde o início.
10:32E interrogando a família descobrimos que os filhos da Charlene tinham dois pais diferentes.
10:39Dustin, o filho mais velho, era filho de Alan Redmond.
10:43E o pai do filho mais novo era Willard McCarley.
10:51Nosso chefe convocou outros policiais nossos.
10:55Um dos nossos policiais tinha acabado de chegar.
10:57E quando o menino mais velho o viu, ele apontou e disse
11:00Foi ele. Foi ele que machucou a minha mamãe.
11:04O que eu pensei naquele momento foi
11:06Por que ele?
11:09Ele não era o primeiro policial que o menino viu hoje.
11:11Então foi muito estranho e muito suspeito.
11:15Não passou pela minha cabeça que...
11:17Que a pessoa que ele apontou tivesse algo a ver com isso especificamente.
11:23Então tinha que ser uma característica que ele compartilhava com a pessoa que fez aquilo.
11:30Foi alguém vestido de policial?
11:31É possível.
11:49Nos meus 25 anos de carreira como repórter,
11:52Eu adoro o fato de você nunca saber o que vai fazer naquele dia.
11:57Assim que eu soube desse caso, eu me aprofundei e conversei com a família e escrevi algumas matérias.
12:07Esse tipo de assassinato em um lugar como Twinsburg é muito raro e, obviamente, muito perturbador para os moradores de lá.
12:17Porque eles não estão acostumados a ler sobre uma mulher que foi estrangulada e espancada.
12:23A primeira vez que eu ouvi sobre o caso do assassinato de Charlene Poffenburg foi...
12:29Quando eu estava trabalhando na fábrica de automóveis.
12:32Havia uma fofoca na fábrica.
12:35Havia pessoas que agiam como se soubessem o que estava acontecendo.
12:40Você ouvia um comentário aqui, outro comentário ali.
12:44Achavam que alguém que trabalhava aqui estava envolvido.
12:46Todos os tipos de coisas.
12:48Você não podia deixar de pensar.
12:55Talvez esse cara seja o cara quem a matou.
12:57Ou talvez esse cara saiba quem a matou.
12:59Mas não contou para ninguém.
13:00Talvez você esteja, sem querer, ajudando alguém consertando o carro dele.
13:10Essa foi a primeira cela que eu comprei.
13:12Eu a usei durante anos.
13:16E depois entrei na unidade de polícia montada do xerife.
13:20E depois disso eu fui para a unidade de detetives.
13:24Sempre que alguém se feria, o caso era meu.
13:28No caso da Charlene, durante esse tempo eu estava no meu limite.
13:34E eu tinha que fazer aquilo pela família e pela Charlene.
13:37E até mesmo pelos moradores, que estavam com muito medo, entende?
13:42De que o assassino pudesse voltar.
13:46Dustin era o filho de três anos.
13:48E eu não tive a menor dúvida quando o Dustin apontou para o policial.
13:54Você tinha que acreditar que podia ter um policial envolvido.
13:58Crianças podem ser ótimas testemunhas, principalmente num evento traumático.
14:06Elas se lembram das coisas.
14:08Podem não externar verbalmente, mas podem apontar.
14:12Elas podem dizer, até certo ponto, o que aconteceu.
14:17Não era ideal ter a hipótese de um policial envolvido,
14:20mas ele simplesmente apontou para o casaco preto acolchoado que usávamos na época.
14:26O casaco de inverno.
14:27Os botões chamavam a atenção.
14:29Se eu tivesse o meu, eu mostraria.
14:31Eles se destacavam.
14:34Agora tínhamos que procurar um suspeito com um casaco preto acolchoado da polícia.
14:47Oi, Sky.
14:48Olá.
14:49Tudo bem com você?
14:50Tudo bem. E você?
14:51Tudo bem. Obrigada.
14:52Tudo bem com você?
14:54Tudo. Você está pronta para jantar?
14:55Estou pronta.
14:57Quando aconteceu, a primeira coisa que me veio à cabeça foi Emma.
15:04Charlene e Emma White estudaram juntas e elas moraram no mesmo condomínio.
15:12Ela foi ao apartamento da Charlene e acho que a Emma estava querendo dinheiro,
15:19que a Charlene não tinha.
15:21e a Charlene ofereceu um pouco de comida, mas ela não aceitou.
15:28Emma ameaçou depois que a Charlene não lhe deu dinheiro.
15:33E aí, é claro, Charlene ficou com medo da Emma.
15:37Quando fomos chamados para o interrogatório, eles insistiram.
15:48Queremos saber sobre Emma White.
15:53Emma morava em um dos apartamentos e estudou na mesma escola que a Charlene e eu.
15:58Ela era má.
15:59Na escola, ela estava constantemente brigando com alguém.
16:08Todo mundo sabia que devia ficar longe.
16:09A dona Emma me deixava assustada.
16:14E isso é tudo o que eu sei.
16:16E eu dizia...
16:18Emma tem o mundo dela?
16:20É melhor ela ficar no mundo dela.
16:23No condomínio, houve uma grande apreensão de drogas.
16:28A Emma foi presa por drogas e eu acho que ela pensava que a Charlene era a informante.
16:32Então, toda vez que a Emma via a Charlene, ela ficava cara a cara e gritava e ameaçava.
16:40E a Charlene era tão gentil e dizia que não tinha sido ela que dedurou.
16:46Ela nunca faria isso.
16:47E o que os outros fazem é problema dos outros.
16:50Mas a Emma não acreditava nela.
16:57Emma White, nós a investigamos.
17:00Emma e Charlene discutiam o tempo todo.
17:05Elas não se davam bem.
17:07Ela tinha ficha criminal envolvendo agressão no ensino médio.
17:14Emma White negou qualquer envolvimento.
17:16Então, nós tivemos que confirmar o álibi dela porque ela era uma das primeiras da lista de suspeitos do assassinato.
17:26Mas, na época, queríamos interrogar o Alan Redman.
17:31Ele era o pai do Dustin.
17:34Nós também queríamos muito interrogar o pai do filho mais novo, Willard McCarley.
17:39Quando chegamos à residência dos McCarley's,
17:56eles nos deixaram entrar.
17:58Mas Willard não estava lá.
18:00Então, conversamos com a mãe e o pai dele, Larry Sarah McCarley.
18:04Eles sentaram e conversaram conosco.
18:07Minha impressão inicial da família McCarley,
18:10eu não levava muita fé no Larry por algum motivo.
18:16Charlene me disse
18:18que uma vez o Larry tentou dominá-la e
18:21fazer sexo à força.
18:25Então, ela disse para ele,
18:29você deveria ser o avô desse bebê.
18:35Como você pode fazer uma coisa dessas?
18:42Larry McCarley
18:44trabalhava com Willard
18:45em uma montadora de automóveis local.
18:48O Larry possuía um histórico de
18:52abuso sexual
18:55em que ele havia apalpado a prima.
18:59Nenhuma queixa foi prestada.
19:04Mas, em relação à tentativa de abuso
19:06sobre o qual a Charlene
19:08havia falado com o Larry,
19:10o Larry negou
19:12veementemente.
19:14Ele disse
19:14que não aconteceu,
19:16que ela estava inventando
19:18e isso
19:20não deu em nada.
19:23Era a palavra dela
19:24contra a dele.
19:26Aqui está.
19:27O que vai querer beber?
19:29Uma limonada.
19:30Uma limonada?
19:31Está bem.
19:34Eles continuaram interrogando
19:36a família do Larry
19:37e a Sarah,
19:40esposa do Larry,
19:41foi interrogada.
19:42e a reação dela
19:46quando soube
19:46da morte da Charlene
19:48não foi
19:49ai meu Deus,
19:51a Charlene,
19:53mas foi
19:54eu quero adotar o meu neto.
19:57Ela simplesmente
19:58ignorou a Charlene
19:59e ela decidiu
20:00que era
20:01isso
20:02que ela queria fazer,
20:04o que foi meio incomum.
20:07Ela queria
20:08adotar o Derek,
20:09o que foi meio estranho.
20:10e eu pensei
20:12bom,
20:13foram os McCarley's
20:14que mataram
20:14a Charlene.
20:15Você tem que seguir
20:16essa linha
20:16até provar o contrário.
20:28Na verdade,
20:30não demorou
20:31na investigação.
20:32Nós conseguimos
20:33um grupo
20:34de potenciais suspeitos,
20:35vários nomes,
20:37incluindo Willard,
20:38o pai
20:38de um dos meninos.
20:39poderia ter sido
20:40o Larry,
20:41o pai do Willard,
20:42e Alan Redmond,
20:44o pai do outro
20:44filho da Charlene.
20:46Poderia ter sido
20:46uma vizinha.
20:47Emma e Charlene
20:49simplesmente
20:49não se gostavam.
20:51Poderia ter sido
20:52qualquer um deles,
20:53mas não havia
20:54nenhuma prova física.
20:58Era um jogo
20:59de pistas
21:00com tudo incluso,
21:01porque todos ali
21:02tinham a oportunidade.
21:05Sabíamos
21:05que era solucionável,
21:07mas ainda
21:07estávamos tentando
21:08achar a peça
21:09que faltava.
21:15Charlene
21:16e Alan,
21:17o pai
21:17do seu primeiro
21:18filho,
21:19viveram juntos
21:20mais ou menos
21:21um ano.
21:22E aí,
21:24as coisas
21:24começaram
21:25a não ir
21:25muito bem.
21:27Alan
21:27era meio
21:28controlador.
21:31Uma vez,
21:32ele foi
21:33até a casa
21:34e parou
21:35na porta,
21:35já era tarde.
21:37Ele estava
21:37querendo ver
21:38a Charlene
21:39e eu disse
21:40não,
21:41eu disse
21:41ela já está
21:42na cama.
21:44Eu não sei
21:45explicar
21:45exatamente
21:46o porquê.
21:48Eu não gostava
21:49dele,
21:50de graça.
21:51Charlene
21:52não ficou
21:53muito tempo
21:54com o Alan.
21:55Acho que
21:56era muita
21:56tensão
21:57e ela disse
21:58chega
21:59e voltou
21:59para casa.
22:00e aí
22:02a Charlene
22:03começou
22:04a namorar
22:04um cara,
22:05Willard
22:06McCarley.
22:08Ela saiu
22:08com Willard
22:09no aniversário
22:10dela
22:11e ela estava
22:11muito feliz.
22:13Ela estava
22:14querendo formar
22:14uma família.
22:16E aí
22:17ela engravidou
22:18do seu segundo
22:19bebê
22:19com Willard.
22:22Mas quando
22:22Charlene
22:23disse a Willard
22:24que estava
22:25grávida,
22:25ele negou.
22:28E ele
22:29disse,
22:30olha,
22:30o bebê
22:31não é meu.
22:32Ela não
22:32tinha dúvida
22:33porque
22:34quando
22:34ela estava
22:35com ele
22:36era apenas
22:37com ele.
22:39Ela fez
22:39um teste
22:40de paternidade
22:41porque eu
22:42acho
22:42que a mãe
22:43do Willard,
22:44Sarah McCarley,
22:45queria ter certeza
22:46de que o neto
22:48era mesmo
22:49dela.
22:49E o resultado
22:50mostrou
22:51que o Willard
22:52era o pai.
22:53quando eu conheci
23:10o Willard
23:10ele morava
23:12no porão
23:12da casa
23:13dos pais.
23:14Estatura
23:14mediana
23:15ele era
23:16indiferente
23:17desse preocupado.
23:18ele tinha
23:19meio que
23:20uma aura
23:22de quem
23:22nunca
23:23fazia nada
23:24de errado.
23:27Willard
23:28informou
23:29que tinha visto
23:30a Charlene
23:31pela última vez
23:32dois dias
23:32antes do assassinato.
23:34Ele esteve
23:35no condomínio
23:35em que a Charlene
23:36morava,
23:37eles tiveram
23:38uma conversa
23:40e ele disse
23:41que estava
23:41tudo bem
23:43e que não
23:44houve problemas
23:44e que ele
23:46esteve lá
23:46só alguns minutos
23:47e em seguida
23:49foi embora.
23:51Ele alegou
23:52que ela
23:52ligou pra ele
23:53pra discutir
23:54o resultado
23:55do exame
23:56de paternidade.
23:58Então ela sabia
23:59que ela tinha
24:00o resultado.
24:01Ela sabia
24:01qual seria
24:02o próximo passo
24:03dela.
24:03Ela tentaria
24:04conseguir pensão
24:05alimentícia.
24:07Na noite
24:07do assassinato
24:08ele disse
24:08que estava
24:09com a namorada
24:09dele.
24:10Nós falamos
24:10com a namorada
24:11e ela confirmou
24:12que eles ficaram
24:13juntos
24:13naquela noite
24:14de domingo.
24:14mas
24:16você acredita
24:18nisso
24:19com o pé
24:19atrás,
24:19né?
24:21Você reparou
24:21na placa
24:22quando chegou?
24:25Fiquei em dúvida
24:26se o tema
24:26seria cavalo
24:27ou polícia
24:28mas optei
24:28por algema
24:29neles.
24:33Na investigação
24:35ao interrogar
24:36Alan Redmond
24:37ele informou
24:38que tinha visto
24:39a Charlene
24:40pela última vez
24:40provavelmente
24:41uma semana
24:42antes.
24:43E o Alan
24:44era muito
24:45pontual
24:46com a pensão
24:46alimentícia
24:47parecia
24:48não haver
24:49nenhum problema
24:50com ele
24:50no que diz
24:51respeito
24:52a um relacionamento
24:54com a Charlene
24:54o senhor Redmond
24:56afirmou que
24:58na noite
24:58do assassinato
25:00ele estava
25:00em sua casa
25:02com a sua namorada
25:03e é claro
25:05que nós tivemos
25:06que checar
25:06o álibi
25:07neste caso
25:10em particular
25:11houve muito trabalho
25:13braçal
25:13ao verificar
25:14todos os álibis
25:15porque
25:15novamente
25:16naquele momento
25:17não havia
25:18um principal suspeito
25:19estávamos investigando
25:20todas as provas
25:21então todo mundo
25:22estava na jogada
25:23estávamos
25:24perdidos
25:25depois que a minha filha
25:36foi assassinada
25:37quando o mais velho
25:38da Charlene
25:39Dustin
25:40veio para cá
25:41pela primeira vez
25:42ele parecia
25:44bem
25:45mas aí
25:47alguns dias
25:49depois
25:49Dustin
25:53estava
25:54sentado
25:55na cadeira
25:56brincando
25:56e ele pegou
25:59um telefone
25:59de brinquedo
26:00e
26:03começou a falar
26:05dizendo
26:09um monte
26:09de coisas
26:10coisas que
26:11não eram
26:11normais
26:12ele machucou
26:15a minha mãe
26:15foi o policial
26:18a
26:18o bastão roxo
26:20várias
26:22frases
26:22diferentes
26:23de coisas
26:25que eram
26:25nitidamente
26:26erradas
26:27ele balbuciava
26:31que ela
26:31ficava chutando
26:32tentando
26:34se livrar
26:35dele
26:36dava pra ver
26:38lágrimas
26:42no rostinho
26:43do Dustin
26:44eu pegava
26:47um pedaço
26:48de papel
26:49e ia
26:49escrevendo
26:50tudo
26:51que ele
26:52ia
26:52dizendo
26:53foi sugerido
27:04que em vez
27:05de eu tentar
27:05interrogar
27:06o filho
27:06da Charlene
27:07o Dustin
27:08que eu deixasse
27:11um psicólogo
27:12infantil
27:12o Dr.
27:13Lord
27:14falar com ele
27:15eles têm
27:16muito mais
27:16experiência
27:17para falar
27:18com crianças
27:18pequenas
27:19como ele
27:19o Dr.
27:28Lord
27:28obteve
27:29muita informação
27:30do Dustin
27:31ele mencionou
27:34o sangue
27:35o travesseiro
27:37a fixação
27:39pelos botões
27:40dourados
27:41do casaco
27:42dos policiais
27:43a discussão
27:45entre duas pessoas
27:47bate boca
27:48e o comentário
27:51eu vou te matar
27:52ou seja
27:54ele realmente
27:55conseguiu dar
27:56quase os mínimos
27:57detalhes
27:58a porteira
27:59se abriu
28:00quero te mostrar
28:11uma coisa
28:12essa foto
28:16a última foto
28:17dela
28:17no aniversário
28:19do meu filho
28:20no restaurante
28:21ela estava
28:22estava muito
28:25feliz
28:25com o filho dela
28:26Dustin
28:27naquele dia
28:28ela era uma mãe
28:30muito carinhosa
28:31depois da morte
28:33da Charlene
28:34eu pedi
28:35eu pedi
28:36para um parente
28:37morar comigo
28:38eu
28:39eu fiquei
28:40muito nervosa
28:41por eu não saber
28:43quem matou ela
28:45eu achei que talvez
28:46nunca fosse
28:47resolvido
28:48mas eu queria
28:49que fosse resolvido
28:51por causa dos filhos dela
28:52eles mereciam
28:53e a mãe dela
28:55merecia
28:55porque isso
28:56a deixou
28:56muito abalada
28:57muito mesmo
28:59em relação
29:06a investigação
29:07de Emma White
29:08ela era moradora
29:09do condomínio
29:10onde a Charlene
29:11morava
29:12elas não se davam bem
29:14a história
29:15apresentada por ela
29:16sobre o seu paradeiro
29:17quando a Charlene
29:17foi morta
29:18foi verificada
29:19pelos detetives
29:20além disso
29:22Dustin disse
29:23que foi um policial
29:24e não uma mulher
29:25e ela passou
29:27no teste do polígrafo
29:28então ela foi eliminada
29:31da lista
29:32dos suspeitos
29:33foram muitos testes
29:35de polígrafo
29:36nesse caso
29:37e todos
29:38que fizeram o teste
29:40do polígrafo
29:40passaram
29:41mas os McCarley
29:46o Larry
29:47e o Willard
29:49nenhum dos dois
29:50concordou em fazer
29:51o teste do polígrafo
29:52eles foram interrogados
29:56pelos nossos detetives
29:57mas sempre que alguém
29:58nega fazer
29:59o teste do polígrafo
30:01isso levanta
30:02uma suspeita
30:02e mostra
30:03que precisamos
30:04investigar um pouco
30:05mais
30:06o álibi
30:09do Willard
30:10McCarley
30:11era de que
30:11ele tinha saído
30:13com a namorada nova
30:14saiu da casa dela
30:15por volta das 11 horas
30:17foi pra casa
30:18pegou no sono
30:19no sofá
30:20e aí o irmão dele
30:21mais tarde chegou
30:22ao interrogar
30:25a namorada
30:26do Willard
30:27ela praticamente
30:28confirmou o álibi
30:29de que ele saiu
30:29por volta das 11 horas
30:31ele comprou flores
30:32pra ela
30:33no dia seguinte
30:34e mandou entregar
30:34no trabalho
30:35e ela achou
30:37meio incomum
30:38mas gentil
30:39Larry McCarley
30:41o pai
30:41estava em casa
30:43e a Sarah
30:44chegou mais tarde
30:45naquela noite
30:46foi
30:57foi muito tempo
30:59ficou sem solução
31:00por muito tempo
31:01e causou
31:02um forte impacto
31:03na comunidade
31:04e eles nunca
31:05esqueceram disso
31:05publicamos uma história
31:08num dos aniversários
31:09de morte
31:10da Charlene
31:11onde a família
31:12e os membros
31:13da comunidade
31:14protestaram
31:15e distribuíram
31:16panfletos
31:16pedindo que as pessoas
31:18dessem qualquer informação
31:19que elas tivessem
31:20mesmo que o caso
31:22já tivesse sido
31:24arquivado naquele momento
31:25eles não haviam perdido
31:26a esperança
31:27de que um dia
31:27seria resolvido
31:28tem um assassino
31:31a solta
31:31vamos deixar isso claro
31:33em algum lugar
31:34tem um assassino
31:35e precisamos tirá-lo
31:36das ruas
31:37saber que o assassino
31:39está a solta
31:40que tem a vida dele
31:41e a dela foi tirada
31:44isso não é justo
31:46a parte mais frustrante
31:51desse caso
31:51é que
31:52nunca conseguimos
31:53encontrar uma única peça
31:54de prova física
31:56que pudesse validar
31:58qualquer coisa
31:59provando quem era
32:01o assassino
32:02ou que
32:02nos permitisse
32:03realizar uma prisão
32:04o caso se arrastou
32:06mesmo depois
32:06da minha saída
32:07este é um álbum
32:16de todos os
32:17recortes de jornal
32:19que publicamos
32:20da Charlene
32:21pedindo informações
32:23eu mandava imprimir
32:27cartazes
32:28quase todos os anos
32:29para que
32:31se alguma pessoa
32:32tivesse
32:33alguma informação
32:34para que alguém
32:36se apresentasse
32:37quem assassinou
32:41minha filha
32:42a vida de Charlene
32:45Puffenberger
32:46foi interrompida
32:47de forma abrupta
32:49em Twinsburg
32:50em 20 de janeiro
32:51de 92
32:52precisamos
32:54de informação
32:55minha mãe
32:58é determinada
32:59e ela sempre foi
33:00para garantir
33:01que fosse resolvido
33:02ela nunca desistiu
33:03do caso
33:04ela sempre esteve
33:05constantemente
33:05em contato
33:06com o departamento
33:07de polícia
33:07a mãe da Charlene
33:09Phyllis
33:10tudo com o que
33:12ela teve que lidar
33:13e é claro
33:14sendo a mãe
33:15quando a vítima
33:16foi assassinada
33:17ela é uma mulher
33:18muito
33:19muito forte
33:20ela tem a força
33:22de
33:22força de 17 tratores
33:25e acho
33:26acho que ela
33:27tinha mais fé
33:28do que qualquer um
33:29quando eu estava
33:31trabalhando
33:31na montadora
33:32de automóveis
33:33vi alguém
33:33entrando na fábrica
33:34colocando cartazes
33:36no quadro
33:36de avisos
33:37do corredor
33:38e era um
33:38cartaz de alguém
33:39procurando o assassino
33:40da filha
33:41e havia informações
33:42no cartaz
33:43mas eu
33:44nunca dei atenção
33:46a isso
33:46eu
33:48lamento pelos pais
33:54da moça
33:55lamento
33:56era importante
33:58para mim
33:58manter o caso
33:59na mente
34:00das pessoas
34:01eu não queria
34:01que Charlene
34:02fosse esquecida
34:03só precisávamos
34:04de informações
34:05para resolver
34:06o caso
34:07eu não queria
34:08que esquecessem
34:09alguém
34:09tinha que pagar
34:11pelo que fez
34:12com a Charlene
34:13a indústria
34:21automobilística
34:22era muito forte
34:23na área
34:23de Twinsburg
34:24empregava
34:25muitas pessoas
34:26na região
34:27nordeste
34:27de Ohio
34:27graças a ela
34:28a maioria
34:29daquelas cidades
34:29prosperou
34:30toda semana
34:32eu e alguns
34:33amigos
34:33pegávamos o carro
34:34e dirigíamos
34:35para o Canadá
34:36na segunda
34:36e voltávamos
34:37na sexta
34:39e enquanto
34:39estávamos lá
34:40nós finalizávamos
34:41os detalhes
34:42deixávamos
34:42tudo funcionando
34:44para poder vender
34:44para a empresa
34:45um desses dias
34:49que estávamos
34:50indo para o Canadá
34:51um dos caras
34:52fez um comentário
34:53eu matei alguém
34:54e isso não me incomodou
34:55o cara faz um comentário
34:57assim e você pensa
34:58não sei se esse cara
34:59está inventando
34:59mas quando ele mencionou
35:01isso
35:01ele conhecia
35:02mesmo a Charlene
35:03eu trabalhei
35:05com essa pessoa
35:05por pelo menos
35:0610 anos
35:07foi meio chocante
35:08mas o tempo todo
35:09você ouvia muito
35:10blá blá blá
35:11eu não sabia
35:12se ele estava
35:13contando vantagem
35:14ou sei lá
35:15mas
35:15não é nada demais
35:17ouvir uma pessoa
35:18dizer que matou
35:19alguém
35:20mas aí
35:21quando o quebra-cabeça
35:22é montado
35:23e você
35:24reconhece que
35:25caramba
35:26este realmente
35:27pode ser o cara
35:28que matou
35:29essa pessoa
35:30e aí
35:36como é que tá
35:36tudo bem
35:37e você
35:37veio praticar tiro
35:39vim praticar tiro
35:40eu conheci
35:42Willard
35:43em 94
35:44nós acabamos
35:46trabalhando
35:47no mesmo setor
35:48da fábrica
35:48Willard
35:49mencionou
35:50que conhecia
35:50a Charlene
35:51e que ela
35:52alegava
35:52que o filho
35:53era dele
35:54ele chegou
35:54a me dizer
35:55isso
35:55então
35:56eu não juntei
35:57uma coisa
35:58a outra
35:58e não achei
35:59que fosse nada
35:59demais
36:00mas acho
36:01que uns dois
36:02anos depois
36:03uma das coisas
36:04que eu contei
36:04pra ele
36:05sobre o exército
36:06era que
36:07alguns soldados
36:08usavam alvos
36:08com rostos
36:09de pessoas
36:10e a ideia
36:12por trás
36:13disso é
36:14acostumar
36:15você a atirar
36:16em alguém
36:17que está
36:17te encarando
36:17eu mencionei
36:19isso pra ele
36:19e ele disse
36:20ah isso é mentira
36:21eu matei uma pessoa
36:22e olhei nos olhos
36:23dela e isso
36:24não me incomodou
36:24não tive o menor problema
36:26é algo que você
36:27não ouve
36:27de qualquer um
36:28Charles Kincaid
36:30foi um ativo
36:31muito valioso
36:32ele trabalhou
36:33com Willard
36:33e ajudou
36:34a focar
36:35a investigação
36:36ele disse
36:43eu olhei nos olhos
36:43de alguém morrendo
36:44eu que matei
36:46e ele disse
36:47que não lembrava
36:48dos olhos
36:48ok olha
36:49e foi uma coisa
36:50que me chamou
36:51muito a atenção
36:52a investigação
36:54sempre voltava
36:55para Willard
36:56sempre voltava
36:57para ele
36:58mas nunca havia
37:00o suficiente
37:01para um mandado
37:02de prisão
37:03uma noite
37:13recebemos um chamado
37:14sobre uma ocorrência
37:15doméstica
37:16na casa de
37:17William McCarley
37:18em Foghorn Lane
37:18um dos nossos
37:20policiais
37:21entrou na garagem
37:22dele
37:22e havia
37:24um casaco
37:25da polícia
37:26pendurado
37:27na garagem
37:28então o policial
37:30assim que viu
37:31o casaco
37:32percebeu
37:34que o filho
37:35da vítima
37:35o Dustin
37:36repetia
37:37você machucou
37:39a minha mãe
37:39e apontava
37:40para os policiais
37:41e para os casacos
37:42dos policiais
37:43de Twinsburg
37:44aquele casaco
37:46era exatamente
37:47igual
37:47e tinha
37:48distintivos laterais
37:49identificando
37:50como casaco
37:51do xerife
37:51então
37:53aquele
37:54casaco
37:55foi apreendido
37:56e isso
37:57nos fez
37:58desconfiar
38:00hum
38:01hum
38:02talvez
38:02haja
38:03alguma coisa
38:04aqui
38:05a medida
38:12que a tecnologia
38:13avançou
38:14diferentes exames
38:15avançaram
38:15havia um novo
38:17tipo de exame
38:17de DNA
38:18disponível
38:19e
38:19finalmente
38:21tivemos
38:21a grande notícia
38:22do cinto de couro
38:24que estava
38:25ao redor
38:25do pescoço
38:26dela
38:26conseguimos
38:28a prova física
38:28que precisávamos
38:30eles
38:31reanalisaram
38:32a prova
38:33e
38:33houve uma
38:34compatibilidade
38:36entre o DNA
38:37que foi recolhido
38:38do cinto
38:39e o DNA
38:40do Willard
38:40quando o resultado
38:44deu positivo
38:45eu disse
38:46obrigada
38:47meu Deus
38:48veja bem
38:51você não quer
38:52prender alguém
38:53que não é
38:54culpado
38:54tanto
38:55Alan Redmond
38:56quanto Larry
38:57McCarley
38:57foram descartados
38:58como suspeitos
38:59nós sabíamos
39:02que havíamos
39:03apanhado o criminoso
39:04foi um dia
39:05de comemoração
39:06sem dúvida
39:06alguma
39:07Patty
39:09Kangol
39:09me ligou
39:10de manhã
39:10cedo
39:11para dizer
39:12que tínhamos
39:13boas notícias
39:14já temos
39:15o DNA
39:16ele pertence
39:18ao Willard
39:19eu me senti
39:21tão feliz
39:21enfim
39:22é um sentimento
39:23que você não sabe
39:25explicar
39:25eu estava
39:27assistindo
39:28o noticiário
39:29e eu vi
39:30que tinham
39:30prendido
39:31prendido
39:32o Willard
39:33eu fiquei
39:34aliviada
39:35por terem
39:36prendido
39:37o cara
39:37Phyllis
39:40me ligou
39:41e disse
39:41adivinha só
39:42vamos ter
39:44julgamento
39:44eu perguntei
39:46o que
39:46ela respondeu
39:48prenderam
39:48o Willard
39:49eu falei
39:50seu filho
39:51da mãe
39:52você não vai
39:52se safar
39:53dessa
39:53você não vai
39:54se safar
39:55dessa
39:55Willard
39:57McCarley
39:58disse
39:58para Charlene
39:59diante do cadáver
40:01dela
40:01que não ia
40:02pagar pensão
40:03alimentícia
40:03houve três
40:10julgamentos
40:11nesse caso
40:11e como
40:13estávamos lidando
40:14com um garoto
40:15de três anos
40:15como testemunha
40:16isso teve
40:17várias questões
40:18legais
40:19houve o primeiro
40:22julgamento
40:23Willard foi
40:24condenado
40:25mas durante
40:25o curso
40:26do julgamento
40:26a psicóloga
40:27que interrogou
40:29o Dustin
40:30testemunhou
40:31o juiz
40:33do caso
40:34infelizmente
40:35deu algumas
40:36declarações
40:37dizendo
40:38que a psicóloga
40:39era
40:39extremamente
40:40qualificada
40:41ou coisa assim
40:42ratificando
40:43a credibilidade
40:44dela
40:44e diante disso
40:46o juiz
40:47tem que ser
40:48imparcial
40:49e não
40:49demonstrar
40:51nenhum tipo
40:52de tendência
40:53em relação
40:53a um lado
40:54ou outro
40:55e não poderia
40:56garantir
40:56a credibilidade
40:57da testemunha
40:58mas isso foi
40:59determinado
41:00como uma falha
41:01do juiz
41:01e foi uma falha
41:02tão grave
41:02que mesmo
41:03Willard
41:04sendo considerado
41:04culpado
41:05foi determinado
41:06que ele não
41:06teve um julgamento
41:07justo
41:08e a condenação
41:09foi anulada
41:10e tiveram
41:10que julgá-lo
41:11de novo
41:11o segundo
41:14julgamento
41:14nesse caso
41:15condenado
41:16de novo
41:16as provas
41:17se mostraram
41:18bastante
41:19convincentes
41:20no entanto
41:21anos depois
41:22o tribunal
41:23federal
41:24revisou
41:24o caso
41:25e determinou
41:26a oportunidade
41:27da defesa
41:28de acariar
41:29o que o Dustin
41:30disse
41:30em outras palavras
41:32fazer uma acariação
41:33com o próprio Dustin
41:34porque como o Dustin
41:35não testemunhou
41:36segundo a cláusula
41:37de acariação
41:38da constituição
41:39os direitos do acusado
41:40foram violados
41:41nos dois primeiros
41:42julgamentos
41:42no terceiro julgamento
41:47eles o condenaram
41:49ele foi considerado
41:50culpado
41:51de homicídio
41:52qualificado
41:52e ele recebeu
41:54a sentença
41:56mais severa
41:57agora estou
42:07completamente satisfeita
42:09ele está na cadeia
42:11a cadeia
42:12é o lugar dele
42:13estou completamente
42:14aliviada
42:15está feito
42:16encerrei
42:17foi um desafio
42:20para todo mundo
42:20entende
42:21já é duro
42:23perder a irmã
42:24já é duro
42:24perder a filha
42:25aliás
42:27é inexplicável
42:28o quanto é difícil
42:29passar por isso
42:30assim que houve
42:34a condenação
42:35assim que terminou
42:36a gente fica
42:38se perguntando
42:38por que
42:39por que isso aconteceu
42:40não faz sentido
42:41foi um assassinato
42:43por causa
42:44de uma mísera
42:44pensão alimentícia
42:45Willard tinha
42:46um bom emprego
42:47ele estava ganhando
42:48um bom dinheiro
42:49como alguém
42:51pode ser tão egoísta
42:52para
42:53não sustentar o filho
42:55e B
42:56matar a mãe
42:57para evitar isso
42:59ela era uma mãe linda
43:02os filhos sentem
43:04muita falta dela
43:05eles seriam
43:07tão diferentes
43:07hoje se ela
43:08fizesse parte
43:09da vida deles
43:10e não fosse
43:10arrancada deles
43:11ninguém deveria
43:17passar pela vida
43:18e perder
43:20a filha
43:21uma mãe
43:23que não pôde
43:25conviver com os filhos
43:27e vê-los crescer
43:29eles sempre
43:30vão se perguntar
43:31como era
43:32minha mãe
43:33é algo que eles
43:37nunca vão saber
43:38boa
43:39não é
43:40é
43:40não é
43:42não é
43:43não é
43:43não é
43:44eu
43:44não é
43:45eu
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