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A Confederação Nacional da Indústria decidiu contratar advogados nos Estados Unidos para defender empresas brasileiras contra o tarifaço de Trump. A indústria têxtil e o agronegócio são os setores mais afetados e que estão preocupados com o futuro da economia.
Comentarista: Luiz Augusto D’urso e Henrique Krigner
Reportagem: Marcelo Mattos


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Transcrição
00:00A Ação Nacional da Indústria decidiu contratar advogados nos Estados Unidos
00:04para defender empresas brasileiras contra o tarifarço de 50% de Donald Trump
00:10sobre os nossos produtos nacionais.
00:12Quem está com a gente ao vivo e vai trazer mais detalhes sobre esse assunto é o Marcelo Matos.
00:17Oi, Marcelo, boa tarde. Bem-vindo em tempo real com a gente aqui na Jovem Pan.
00:22Parece um pouco uma decisão impaciente.
00:24Quer dizer que a CNI não está feliz com a negociação do governo brasileiro, né?
00:30Muito boa tarde a Márcia e a todos que nos acompanham aqui na Jovem Pan.
00:35Exatamente, né? Ao que parece, as ações até agora do governo não motivaram uma confiança
00:42por uma reversão de setores atingidos diretamente com a taxação, o tarifarço de 50% imposto por Donald Trump.
00:50Entrou nessa semana, setor calçadista, também o setor teixo, o agronegócio brasileiro.
00:56Esse tema domina, de fato, todas as discussões agora no Brasil.
01:01Estive presente em duas reuniões do agronegócio aqui em São Paulo, eventos grandes que foram realizados ao longo dessa semana.
01:08E é o assunto número um.
01:09Muitos comemoram o fato de estarem fora dessa lista.
01:13É a questão do suco de laranja, os produtores de laranja.
01:15Mas eles lembram que toda a cadeia é prejudicada, porque no momento em que a uva, a manga, entram, de fato, nesse tarifarço,
01:25isso altera toda a produção nacional, a oferta de produtos e acaba sendo prejudicial para todos.
01:32E como você disse, diante de toda essa situação, daquilo que o governo tem sido feito, Itamaraty brasileiro,
01:39Então, a Confederação Nacional da Indústria decidiu, de fato, procurar escritórios nos Estados Unidos.
01:45Nós sabemos que o lobby é permitido nos Estados Unidos e também lobistas estão sendo procurados.
01:50A própria legalidade do tarifarço de Trump também é questionada.
01:54Não é uma ação contra o governo norte-americano, mas sim saber se é legal ou não aquilo que ele vem fazendo.
02:00Então, essa ação tem sido realizada, portanto, agora pela Confederação Nacional da Indústria,
02:05os setores mais atingidos e fica a expectativa, claro, de uma imprevisibilidade muito grande.
02:13Nós já começamos a ouvir falar de férias coletivas em indústrias,
02:17aqueles que vendem muito para os Estados Unidos, cada vez mais preocupados.
02:20Procurar outros caminhos não é tão simples assim.
02:25Ontem, os produtores de manga nos relatavam o seguinte,
02:28que há toda uma preparação desde o plantio representante dos Estados Unidos,
02:32que vem conferir como é que está sendo feito o plantio, a coleta prevista.
02:37E tudo isso, infelizmente, pode ser jogado, de fato, aí no lixo,
02:41já que a manga que é produzida aqui é específica justamente para o mercado norte-americano.
02:47Havia muita dificuldade em colocá-la no mercado interno e outros países.
02:50Então, uma situação bastante delicada.
02:52E agora essa decisão da CNI de procurar diretamente advogados, lobistas,
02:56para tentar aí negociar uma saída e não mais esperar ações do governo federal.
03:03Márcia.
03:03Matos, pelas suas informações.
03:07Agora a gente vai ouvir os nossos analistas sobre essa situação que o Matos trouxe para a gente.
03:12Começando pelo Durso.
03:14Olha, eu quero lembrar, Durso, que o governo está trabalhando num plano de contenção desses prejuízos.
03:20Só que esse plano ainda não foi colocado em prática.
03:24E aí essa demora parece que vai causando uma instabilidade nos mercados que são os afetados,
03:29como o agro, o mercado teixo, as indústrias.
03:32Efetivamente, essa procura de advogados nos Estados Unidos, ela pode surtir efeito?
03:38Juridicamente, ela pode funcionar num primeiro momento, Durso?
03:41Olha, Márcia, existe a possibilidade sim.
03:44Não é algo que é um tiro sem nenhum objetivo ou no escuro.
03:49Muito se debate internamente nos Estados Unidos a legalidade de determinadas imposições por decreto
03:57ou pela caneta de Donald Trump.
03:59É claro que é muito improvável que a justiça americana derrube o tarifácio para todos os produtos que sobraram aqui no Brasil.
04:07Mas pode servir para pontualmente eliminar novos produtos ou fazer, de fato, com que a justiça americana aprove ou não,
04:16chancele ou não a legalidade de todas essas medidas.
04:19Porque tem sido algo muito comum na forma com que Donald Trump tem feito nessas negociações geopolíticas por todos os países.
04:28Ele taxa, põe uma tarifa muito alta e negocia para melhorar para determinado setor.
04:33Mas nem sempre outros setores nos Estados Unidos são, de fato, beneficiários.
04:38Alguns estão reclamando e também são prejudicados pelos tarifácios externos.
04:44Por isso, também existiria essa mobilização, não só da imprensa americana, de parte da imprensa,
04:50mas de alguns empresários americanos que já cogitavam legalizar, judicializar essa questão.
04:57Agora, nós fazendo direto, também é uma possibilidade.
05:00Os afetados aqui no Brasil, ou pelos seus órgãos de representação,
05:05moverem determinadas ações judiciais na América,
05:08para quem sabe reverter em todo ou principalmente em parte esse tarifácio.
05:13Agora, Kriegner, quando a CNI toma uma atitude como essa,
05:17fica muito clara a descrença em relação às atitudes do governo brasileiro, né?
05:23Exatamente, a descrença e a urgência não representada pelo governo federal.
05:28Marcelo, a gente tem falado bastante disso aqui.
05:31As falas do ministro Haddad na questão da negociação com o governo americano
05:35sempre falam num tom de calma, num tom de muita passividade, de certa maneira,
05:41dizendo que não há urgência.
05:43Eu lembro muito bem o ministro Haddad dizendo, na semana antes do tarifácio entrar em vigor,
05:48antes do 1º de agosto, dizendo, olha, nós não vamos nos preocupar com aquela data do dia 1º.
05:54Depois do dia 1º ainda existe espaço para negociação.
05:57A mesa continuará aberta para negociação entre os dois países.
06:01Ou seja, não mesmo entendendo qual é a urgência dos setores,
06:06os setores que mais pagam essa conta.
06:08A Confederação Nacional das Indústrias realmente está fazendo o seu trabalho
06:11de ir atrás para estancar a sangria que virou o bolso de determinados setores,
06:16de empresários de determinados setores, por uma questão política,
06:20e que poderia ser resolvido de uma maneira também política,
06:24com muito mais rapidez, agilidade, se esse fosse o desejo do governo federal.
06:31Vale a pena a gente voltar aqui.
06:33O que é que faz o governo federal não ter mais urgência e capacidade de negociação nessa questão?
06:39São os interesses eleitorais de 2026?
06:42É a única coisa que explica.
06:44Obrigada, Krigner e Durso.
06:46Já já a gente volta com vocês.
06:482h45.
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