Rafael Cortes, CEO e cofundador da rede Dia Açaí, falou sobre a inauguração da primeira loja na Alemanha e os planos de expansão para Estados Unidos e Portugal. A marca, que já tem 180 unidades no Brasil, prevê faturar R$ 180 milhões em 2025 e aposta no açaí como superalimento global.
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00:00Bom, açaí é super popular no Brasil inteiro, é o tema do papo de hoje, mas será que esse sucesso se estende daqui até a Alemanha?
00:14Pois a rede de self-service de açaí e sorvetes já prova que sim, a marca já tem 180 lojas distribuídas em 14 estados do Brasil,
00:23vai abrir a primeira loja na Alemanha e esse projeto, essa rede projeta ainda um faturamento de 180 milhões de reais para 2025.
00:31Quem vai contar tudo para a gente, você já está vendo aqui ao meu lado, o Rafael Kort, que é CEO e cofundador do Diá.
00:36Tudo bem? Seja muito bem-vindo ao Money Times, viu Rafael? Prazer te receber aqui.
00:40Muito obrigado, Felipe.
00:41Felipe Machado também está cheio de perguntas aí para você.
00:44Bom, vamos lá, do interior de Minas para a Alemanha.
00:48Vocês, então, e num momento, né, Rafael, muito conturbado, não tem como a gente não passar por isso, né?
00:56Como é que foi essa escolha da Alemanha e esse projeto começou em que momento, esse olhar para fora e essa escolha?
01:02É só uma pequena correçãozinha, Nath, a gente inaugurou já na Alemanha, já.
01:05Já, já começou.
01:06Faz dois meses, inauguramos agora em junho e está sendo um super sucesso.
01:10Que legal.
01:10A gente começou, o Diá começou com o meu sócio, o Diego Dutra, na cidade de Conselheiro Lafayette, 100 quilômetros de Belo Horizonte.
01:20E a gente começa a estar há 10 anos nesse processo de franquia, de levar o Diá para o Brasil inteiro e agora internacionalmente, né?
01:28Então, porque essa é uma pergunta que me fizeram algumas vezes.
01:31Por que Alemanha, né?
01:32E aí, a segunda pergunta, número dois, é por que Düsseldorf?
01:35Não foi nem Berlim, nem Munique, nem outro.
01:38Foi porque um alemão que conheceu o Diá aqui no Brasil, ele quis levar o Diá para a Alemanha e a gente começou esse processo.
01:47A gente já vinha organizando, acho que o processo de internacionalizar uma marca é um processo muito, que tem que ser feito com muito cuidado, né?
01:56Então, a gente já vinha há dois anos trabalhando, estudando o mercado local, registrando marca, desenvolvendo ferramentas que a gente pudesse dar suporte 24 horas por dia,
02:07seja alemão, seja inglês, seja japonês, enfim, muito utilizando o IA.
02:11E a gente estava, se sentiu preparado para dar esse passo.
02:14Inauguramos agora, no último dia 7 de junho, essa primeira unidade em Düsseldorf, está sendo um super sucesso.
02:23Acho que o momento, sim, ele é muito complicado, né?
02:26Inclusive para a Europa, varejo e crescimento, uma certa estagnação econômica.
02:32Mas as lições que a gente tira é que o açaí é realmente uma potência, ele só está começando.
02:37A previsão que falam do mercado, que para mim é uma previsão até um pouco conservadora, é de que o açaí vai crescer 15% ao ano nos próximos 10 anos.
02:47Particularmente, eu, Rafael, acredito que mais, porque as pessoas ainda não descobriram o açaí, não sabem.
02:52Todo o açaí, o açaí verdadeiro, da cultura do Norte, do Brasil, o açaí leva o que é melhor do Brasil.
02:57E em todo lugar do mundo, a certeza que a gente tem é que as pessoas vão querer um bom produto, num bom serviço, num melhor preço.
03:04Então, o nosso desafio, como o Jai, é como que a gente se desenvolve para entregar isso para cada um dos países.
03:12E agora, sim, a gente tem plano, a gente deve inaugurar Portugal em breve, já estamos falando de uma segunda loja da Alemanha.
03:17Estados Unidos, a gente tem conversas bastante avançadas, que já vem também de um tempo que a gente vem se preparando para isso.
03:23Acho que é um superpotencial a açaí, só vai crescer.
03:28E, obviamente, a gente quer fazer parte desse, como protagonista desse movimento.
03:32Muito legal. Então, parabéns pela inauguração. Feliz.
03:35Exatamente. Parabéns, Rafael. Boa tarde para você.
03:37Rafael, queria que você falasse um pouquinho da linha de produção.
03:39De onde vem esse açaí? Vocês exportam, na verdade, quando vocês mandam para a Alemanha?
03:45Ou mesmo para os franqueados aqui? Ele vai em polpa?
03:48Como é que funciona essa linha de produção?
03:51Vocês pegam a fruta em si, lá da Amazônia?
03:56Fala um pouquinho dessa produção, que eu fiquei curioso.
03:58Ah, não? Perfeito, Felipe. A gente está mais para a metade, para o fim da cadeia.
04:03Então, o açaí, o açaí é um produto, isso que é belíssimo, o açaí é um produto extrativista.
04:08Mais de 90% da produção do açaí, do fruto, ele é colhido pelos ribeirinhos, que ali, né?
04:14Ribeirinhos mesmo. Ribeirinhos é quem mora ao lado do rio, dos igarapés.
04:18Então, ali na região amazônica, especialmente Pará e Amazonas.
04:22Esse fruto, ele é colhido, ele vai por barcos até as principais cidades ali da região, da bacia amazônica.
04:31E de lá, eles são levados para indústrias que eles fazem o despoupamento e a produção da polpa.
04:38Então, são indústrias fabulosas, super desenvolvidas ali lá no Pará.
04:43E aí, a gente compra a polpa de fruta.
04:45Então, a gente, o dia hoje tem duas fábricas, uma em Sorocaba, cidade de São Paulo, outra em Belo Horizonte, Minas Gerais, que abastece as nossas unidades.
04:56A gente, a partir dessa polpa, que a gente só compra de fornecedores homologados, a gente faz o nosso sorbet.
05:01A gente faz o nosso creme e, a partir daí, com logística própria, a gente distribui para todas as 180 unidades do Brasil hoje.
05:09Lá para fora, a gente fez num modelo diferente, até porque a gente queria garantir margem e sustentabilidade para o franqueado.
05:17Então, a gente não quis... a gente desenvolveu um parceiro em Portugal, uma fábrica que a gente já trabalhava junto aqui num fornecedor brasileiro,
05:26que a gente foi, homologou e desenvolveu a nossa receita para ele.
05:30Então, eles produziram essa nossa receita para um primeiro momento e ele faz...
05:34Hoje, ele faz a entrega para a Düsseldorf, no primeiro momento, vai fazer também para Lisboa, Colônia,
05:41que é a outra unidade que a gente deve inaugurar uma segunda loja na Alemanha.
05:44Muito legal. E fiquei aqui pensando, você falou desses planos de internacionalização, ampliação, especialmente ali na Europa.
05:53Estados Unidos, vocês estavam considerando? Mudou alguma coisa com o Donald Trump ali no poder?
05:58E toda essa incerteza que ele trouxe junto?
06:00Não, não, não. Estados Unidos... Estados Unidos hoje já é o segundo maior... de longe, o segundo maior consumidor de sair do mundo.
06:09Não dá para falar em qualquer varejo, seja ele do segmento de força, a gente não falar de Estados Unidos.
06:15Acho que o consumo vai existir e vai crescer.
06:18A gente é um mercado que a gente tem total foco, a gente vem se preparando para ir lá.
06:23É que no dia a gente fala muito que a gente não pode ser... a gente, se a gente for para algum país, a gente precisa vender para...
06:30Se a gente for para os Estados Unidos, a gente precisa vender para americano.
06:33Não fugir um pouco do conceito que a gente brinca internamente, conceito TAP, né?
06:37Tapioca, açaí e pão de queijo.
06:39Então, a gente vai para os Estados Unidos para vender para brasileiro que mora nos Estados Unidos?
06:43Não, a gente vem, então, estudando o mercado americano há dois anos, né?
06:48Em regiões específicas, quando a gente fala dos Estados Unidos, você fala de Nova York, é completamente diferente de você falar do Texas, que é diferente da Flórida, de Miami.
06:56Então, a gente vem...
06:56Estourar a bolha mesmo, né? Estourar a bolha.
06:58Justamente, justamente.
07:00E desde hábitos, né?
07:01Se a gente for, sei lá, para Houston ou Texas, a gente vai ter que pensar em drive-thru.
07:04Se a gente for para Nova York, não necessariamente.
07:07Então, a gente vem desenvolvendo bastante isso.
07:10E a perspectiva é que até o começo do ano que vem a gente tenha um primeiro passo indo para os Estados Unidos,
07:15que é inegável, né?
07:18Precisamos estar, precisamos resolver para isso.
07:20Com certeza.
07:21Rafa, eu queria que você falasse um pouquinho sobre o posicionamento.
07:25Como é que vocês posicionam o açaí no exterior?
07:27Por enquanto, você só tem a Alemanha, mas imagino que você já deve ter um plano para...
07:30Como é que você posiciona o açaí no exterior?
07:33É uma fruta?
07:34É um sorvete?
07:35É um energético?
07:36É saudável?
07:38É energético?
07:38Eu acho que o açaí tem tantas possibilidades, né?
07:41Queria saber quem vocês escolheram.
07:43Como que comunica, né?
07:44Ah, sem sombra de dúvida.
07:45Bastante diferente, né?
07:46O açaí, então, tomando como referência o mercado alemão, europeu,
07:51enquanto você compra um sorvete, um gelato, como a gente está aqui, a 5 euros,
07:57o açaí, o ticket médio dele é o dobro ou mais, né?
08:01De 10 a 12 euros.
08:03Então, ele é um produto premium, né?
08:06Acho que se você for ver fora hoje ainda no mercado,
08:09qualquer coisa de açaí você coloca 20, 30% a mais.
08:12Shampoo de açaí, cobra mais caro, por causa disso.
08:15Porque o açaí, ele é uma super fruta, ele é extremamente nutritivo, rico em antioxidantes,
08:20gorduras boas.
08:22E o açaí também traz algo que é muito valioso, né?
08:26Que a gente explora muito pouco nós, como os brasileiros, que é a nossa cultura,
08:30que é a Amazônia, que é a sustentabilidade, que é todo esse ambiente, né?
08:35Que o açaí cresce e prospera.
08:36E você usa tudo isso na comunicação.
08:38Sim, o nosso logo lá na Alemanha é...
08:41A gente chegou com o açaí, authentic like Brazil, sabe?
08:44Assim, é autêntico como o Brasil, porque é isso que a gente quer passar.
08:47Então, uma loja simples, mais sofisticada, com conceito mais premium.
08:54E o açaí, ele traz isso, né?
08:56Hoje, ele ainda é tido como uma superfood, né?
09:00Acho que isso vai se manter.
09:02Mas a nossa visão de mercado é que o açaí, ele é uma indulgência saudável.
09:09Hoje, como ele está sendo descoberto, ainda cabe o posicionamento de superfood.
09:12Mas a gente vai seguir para uma indulgência saudável, como é, por exemplo,
09:17o iogurte e o iogurte com proteína, né?
09:23Então, é um posicionamento que ele vai ser muito mais democratizado,
09:27o consumo vai aumentar e a gente vai se posicionar e vão ser escolhas de
09:31pô, eu mereço, mas eu mereço algo melhor do que o que está sendo servido.
09:35O Rafael, sabe que tem muito empreendedor na nossa audiência.
09:38Então, eu queria aproveitar a tua experiência.
09:41Sei que você tem muitos insights para compartilhar, então, sobre empreendedorismo,
09:44mas sobre empreender fora do país também.
09:46Que aprendizado, acerto, tombo?
09:48O que você deixaria de mensagem para a nossa audiência, para esse processo?
09:52Olha, que precisa estar preparado para, né?
09:55É muito glamuroso, é muito sedutor querer ir para fora,
09:59mas as contas também chegam em moeda forte, né?
10:01Você pode ganhar moeda forte, só que você tem que estar preparado
10:05para ter os custos em moeda forte também.
10:08Então, acho que esse é o ponto número um, né?
10:11Não pode ser negócio, seja no Brasil, seja fora, em qualquer lugar,
10:14ele é racional, tem que ser planejado, as coisas têm que ser muito bem feitas
10:19e tem que saber onde você não pode falhar.
10:22Por exemplo, para a gente, não adianta a gente querer ser uma marca global
10:27se o franqueado de Düsseldorf não dá certo.
10:30Então, acho que a gente tem que ter o foco, tem que ter humildade, tem que...
10:33A gente, quando foi fazer a inauguração de Düsseldorf na Alemanha,
10:35a gente ficou, a gente foi em cinco pessoas, 14 dias, o tempo inteiro,
10:40atendendo todos os clientes, estudando o mercado, visitando a concorrência,
10:44para a gente ter um pouco de... um pouco não, né?
10:48Ter bastante fundamento para saber... precisa conhecer o mercado, né?
10:54As pessoas, seja na Alemanha, seja no Brasil, elas vão querer ser bem atendidas,
10:56produto de qualidade e preço justo.
10:58Mas tem uma diferenciação.
11:00Eu vou ter que te interromper.
11:01Desculpa, obrigada.
11:02Desculpa, porque a gente vai ter que ir com a CNBC americana,
11:03mas foi muito bom de escutar. Parabéns, muito sucesso, viu?
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