- anteontem
Um artigo de opinião do jornal britânico Financial Times refere-se ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como o "imperador do Brasil", devido à sua grande influência na política nacional. A análise argumenta ainda que as medidas de pressão de Trump, como o "tarifaço", estariam gerando um efeito contrário, fortalecendo e favorecendo politicamente o governo do presidente Lula (PT).
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NotíciasTranscrição
00:00Eu quero contar pra vocês também que o jornal Financial Times, um dos principais do Reino Unido,
00:04publicou um artigo intitulado Trump, Imperador do Brasil.
00:07E o Eliseu Caetano vai trazer essa medida, ou essa medida, essa informação,
00:13falando de que maneira que essa medida de Trump estaria fortalecendo a gestão de Lula.
00:19Comparou também com presidentes de outros países, né, que são críticos hoje a Donald Trump.
00:23Conta pra gente, Eliseu Caetano, de que maneira que a imprensa internacional tem criticado Donald Trump
00:29e o quanto isso favorece também aquele movimento que busca o Brasil. Bem-vindo.
00:36Exatamente, Cine. Essa notícia, na verdade, esse artigo de opinião tem repercutido bastante aqui nos Estados Unidos,
00:43principalmente nos círculos diplomáticos e, obviamente, como não poderia deixar de ser político, viu?
00:48Muito boa tarde pra você e pra todo mundo que nos acompanha na tarde de hoje aqui na programação da Jovem Pan.
00:53O jornal Financial Times publicou uma coluna, portanto, é uma coluna de opinião,
00:59é um artigo assinado pelo editor Edward Luce e ele chama Donald Trump de um novo imperador do Brasil
01:07e ainda argumenta que o presidente dos Estados Unidos está, sim,
01:11através de todas essas sanções envolvendo o nosso país,
01:15de toda essa retórica com relação ao Brasil,
01:17fortalecendo ninguém mais, ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva,
01:22o atual presidente do país.
01:24A crítica parte de um ponto sensível nas relações bilaterais,
01:28os ataques frequentes de Trump ao Brasil e também ao governo Lula.
01:32Segundo Luce, no artigo dele, o Brasil se tornou um alvo ideal na retórica trumpista,
01:38funcionando como o que ele chamou de bode expiatório
01:41em discursos sobre segurança, fronteiras e até comércio internacional.
01:46Em vez de responder com firmeza, Lula estaria se colocando numa posição mais passiva,
01:52permitindo que Trump amplie o seu capital político às custas da soberania brasileira.
01:57Portanto, para o jornalista, esse comportamento enfraquece a diplomacia brasileira
02:03e também aumenta o risco do país ser visto como submisso.
02:08Essa crítica sugere que o silêncio de Lula diante dos insultos públicos de Trump
02:13é interpretado em boa parte do mundo como um sinal de fraqueza,
02:17o que favorece o presidente americano,
02:20que constrói a imagem dele como alguém duro com estrangeiros,
02:24mesmo que isso prejudique aliados.
02:26O editor lembra ainda que durante o governo Bolsonaro,
02:30Trump mantinha relações próximas com o Brasil e com a volta de Lula ao poder.
02:35Esse veículo foi quebrado, mas o país continuou na mira do republicano,
02:40agora como o que ele chamou de ferramenta de mobilização populista.
02:45O artigo conclui ainda que, ao não reagir à altura,
02:49o Brasil acaba alimentando esse discurso e reforçando a imagem de poder global de Donald Trump.
02:55Agora, diversos especialistas, ouvindo por veículos do Brasil
03:00e também de outros países do mundo, reforçam que essa fala do Financial Times é simbólica,
03:06mas que, ao mesmo tempo, ela carrega, Ivan, uma advertência,
03:10que se o Brasil não reposicionar a sua política externa,
03:14pode sim perder protagonismo e virar até aí uma peça de retórica na eleição americana.
03:21Eliseu Caetano, peraí que eu já vou fazer uma outra pergunta para você.
03:24Agora, 4h28, quem nos acompanha pela rádio, aquele rápido intervalo,
03:27daqui a pouco espero vocês de volta nas outras plataformas.
03:30Seguimos. E só antes de encerrar, meu amigo,
03:32eu quero saber se Donald Trump fez mais alguma manifestação sobre as tarifações.
03:37Fez sim, viu, Evandro?
03:39Estamos acompanhando de perto porque daqui a alguns dias,
03:421º de agosto, o tarifaço contra 158 países do mundo entra em vigor.
03:47Aos poucos, essa lista está sendo diluída.
03:50O presidente dos Estados Unidos, inclusive, chegou a afirmar hoje
03:54que está, sim, disposto a, abre aspas,
03:58reduzir tarifas de importação para países parceiros,
04:01mas sob a condição de que esses países abram os seus mercados
04:06aos produtos e também serviços norte-americanos, fecha aspas.
04:10Essa declaração foi feita durante um evento de política econômica
04:14lá na capital, em Washington DC,
04:16e, de acordo com os analistas políticos, Evandro,
04:18está marcando uma nova fase nessa estratégia comercial de Donald Trump.
04:23Segundo uma reportagem vinculada aqui nos Estados Unidos,
04:26Trump quer transformar o acesso ao mercado americano
04:29em uma moeda de troca.
04:32E citou como exemplo aí a necessidade de reequilibrar
04:35as relações com os países que, segundo ele,
04:38aplicam tarifas ou barreiras consideradas injustas
04:42contra os produtos americanos,
04:43enquanto se beneficiam dos produtos do consumo,
04:47melhor dizendo, norte-americano.
04:50O Brasil, como a gente sabe, está entre os alvos dessa política
04:53e, por isso, diplomatas brasileiros têm sido pressionados
04:57para flexibilizar regras e também barreiras,
05:00até mesmo sanitárias, que afetam produtos agrícolas,
05:04norte-americanos e até produtos industriais daqui também, viu?
05:08Fontes do Itamaraty afirmam que qualquer negociação desse tipo
05:13exige muita cautela para não comprometer a competitividade
05:17dos produtores nacionais.
05:20E, claro, os analistas aqui nos Estados Unidos,
05:23todos de olho para ver aonde vai dar o tarifácio
05:26e essa situação com os Estados Unidos,
05:28também estão interpretando esse anúncio
05:30como um movimento político estratégico.
05:33Assim está sendo chamado.
05:34Movimento político estratégico ao endurecer as condições
05:37para reduzir as tarifas.
05:40Valeu, Eliseu. Ótimo trabalho para você aí, meu amigo.
05:43Agora, trazendo um pouquinho também a reportagem
05:45do Financial Times sobre Donald Trump,
05:47Fábio Piperno, como é que você avalia a maneira
05:49como a imprensa internacional repercute essa decisão
05:53e coloca o Brasil agora no centro,
05:55no protagonismo de mais uma tentativa dos Estados Unidos
05:59de ser o imperador do mundo
06:01e do quanto isso tem favorecido líderes da esquerda
06:04ao redor do mundo?
06:06Interessante, aqui nos últimos dias,
06:07a gente comentou aqui, né,
06:09reportagens que saíram, por exemplo,
06:11no The Wall Street Journal, também no Washington Post,
06:13e hoje no Financial Times.
06:17Todas elas muito críticas às medidas adotadas pelo presidente Trump.
06:20A diferença é que nessa reportagem de hoje,
06:25o Financial Times, ele, ou ele está em desacordo com os críticos internos
06:32aqui do presidente Lula, ou ele não tem acompanhado bem
06:35o que tem acontecido no país,
06:37porque ele reclama exatamente do que ele considera
06:41um tom suave demais do Brasil nesse enfrentamento.
06:43Ao passo que aqui dentro, a gente costuma criticar o fato de que,
06:49para muitos, o presidente Lula fala e até enfrenta demais,
06:53que se utiliza de uma retórica muito agressiva,
06:57o que vai na contramão daquilo que o Financial Times entende a ver.
07:01Enfim, o jornal cobra exatamente que o Brasil seja ainda mais duro.
07:05Imagina se isso acontecesse, né?
07:08Eu acho que, de qualquer forma, é importante,
07:11porque é mais um grande veículo, formador de opinião,
07:15muito lindo, importante, chamando atenção para o fato de que
07:19o que acontece com o Brasil é, na verdade,
07:23uma série de sanções ao país,
07:26e sim de intromissão em assuntos internos.
07:29Porque quando alguém condiciona o que está acontecendo,
07:32a atuação, por exemplo, do STF ou a questão do presidente Bolsonaro,
07:38isso é claramente um assunto que diz respeito unicamente ao país.
07:44É, eu achei, assim, curiosa a maneira como o Financial Times trouxe,
07:49o fato principal, ele destaca.
07:51Os Estados Unidos estão punindo um país amigo
07:54por exercer a democracia da maneira como se deve.
07:57A mensagem principal foi essa, dessa publicação do Financial Times.
08:02E ele traz uma comparação de outros países.
08:04Quando você fala sobre o Brasil ter de ser mais duro na resposta,
08:08da maneira como entende o Financial Times,
08:11ele utiliza como exemplo a China.
08:13Ele fala de vários países que foram sancionados pelos Estados Unidos
08:16e utiliza a China como um exemplo de um país que entrou na briga.
08:20Agora, Bruno Moussa,
08:21dá para comparar em termos de, digamos assim,
08:25força para a briga,
08:26o que a China tem de músculo, musculatura para brigar,
08:30e o que o Brasil tem de musculatura para brigar com os Estados Unidos?
08:34É simplesmente impossível, Evandro.
08:35O Brasil não é uma potência militar,
08:38não é uma potência econômica.
08:39O próprio FMI falou,
08:41e eu não sou o grande adepto dessas instituições multilaterais
08:45como sendo, digamos, endeusadas,
08:47ele próprio falou que o PIB per capita do Brasil nos últimos 20 anos
08:50caiu da 48ª posição para quase 90ª posição no mundo.
08:54nos encontramos agora na parte inferior da mais pobre do mundo.
08:58Ou seja, nós temos que olhar os números
09:00e não apenas narrativas para dizer
09:03ah, o Brasil é rico, o Brasil tem tudo, ok?
09:05Temos recursos.
09:06O que fazemos com ele para que eles se tornem produtivos?
09:09Pelo visto, nada.
09:10Se nos últimos 20 anos a gente tem a produtividade estagnada,
09:13isso são números do governo também,
09:14e se nós temos agora os dados do FMI,
09:16que nós estamos na parte mais baixo.
09:18A própria China, que tem uma musculatura muito maior,
09:21foi para a mesa de negociação agora de forma unilateral
09:24e está avançando nas negociações com os Estados Unidos,
09:27dada a importância que eles têm.
09:29Os BRICS nada mais são do que um interesse da China
09:34nas mais variadas regiões do mundo e aqui na América Latina.
09:37Então a gente não tem essa musculatura.
09:39E só para finalizar, me parece interessante
09:42que quando a gente fala o Financial Times,
09:44um dos maiores jornais do mundo,
09:47ele é escrito lá, essa opinião, por um nome,
09:50por um CPF, um indivíduo que também tem os seus vieses.
09:53Só que a gente tende a achar que,
09:55por ser o maior jornal do mundo,
09:57ele tem uma opinião que deve sempre ser correta.
10:00E a gente deve sempre questionar com dados, fatos, números,
10:04para que a gente cresça no debate entre todos.
10:08Então, talvez eles estejam deixando ali muitos gaps
10:13nessas suas próprias opiniões do que nós estamos vivendo aqui no Brasil.
10:17Como é que você avalia, Gani?
10:18Olha só, em relação ao artigo tem várias nuances.
10:21A primeira, eu sou um crítico dos excessos do poder judiciário
10:26relacionado à liberdade de expressão,
10:29contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
10:32Não só eu, como vários formadores de opinião,
10:35jornais aqui no país e juristas.
10:37Muito bem.
10:37Agora, eu também sou um crítico das tarifas protecionistas de Donald Trump.
10:42Sou um crítico por quê?
10:44Porque isso traz perda de atividade econômica,
10:47traz inflação para os países envolvidos.
10:50Então, eu tenho princípios liberais,
10:53a teoria econômica, a evidência empírica também confirma isso.
10:57Então, eu sou um crítico dessas tarifas.
11:00Além disso, eu sou um crítico das tarifas
11:03para resolver os nossos problemas internos.
11:06Muita gente tem esse diagnóstico,
11:08que as tarifas seriam uma tábua de salvação,
11:10seria a última esperança.
11:11Não vejo dessa forma.
11:14Vejo que pode escalar ainda mais,
11:16e quem acaba pagando a conta é sempre a população mais pobre.
11:20Se a gente tem problemas a serem resolvidos,
11:22a gente tem instituições aqui,
11:23que infelizmente são omissas,
11:25mas a gente deve resolver os nossos problemas internos.
11:30Não dá para terceirizar para um outro país.
11:33Em relação a beneficiar o presidente,
11:36eu acredito que é cedo para falar isso.
11:38Num primeiro momento, de fato,
11:39beneficiou, trouxe todo um sentimento nacionalista.
11:43A gente viu isso nas pesquisas,
11:45uma queda da sua desaprovação.
11:48No entanto, Evandro,
11:50se as tarifas se de fato se mantiverem,
11:52o que acontece?
11:53Isso tem um efeito econômico.
11:55E muitas vezes a população,
11:57ela não vai falar,
11:58ah, isso é culpa lá do Trump,
12:00é culpa do Bolsonaro,
12:01é culpa do Eduardo Bolsonaro,
12:02que instigou o Trump.
12:03Para ela não interessa.
12:05Ela costuma culpar o governo de turno,
12:09e aí, governo de turno,
12:10é o governo do PT.
12:12Então, eu acho que num primeiro momento,
12:14pode até ter beneficiado o presidente,
12:16num segundo momento,
12:17não vejo dessa forma.
12:18Que foi, Moussa.
12:19Só para complementar muito rápido,
12:20eu concordo 100%,
12:21até porque a escola,
12:22que eu defendo econômica,
12:23é radicalmente contra qualquer tipo de imposição
12:25e barreiras ao comércio.
12:26Então, eu me coloco totalmente contra a imposição de tarifas.
12:29Mas essa parte do Financial Times
12:31foi uma crítica contundente às tarifas,
12:34que nós somos críticos também.
12:35Com relação ao Brasil,
12:36o buraco é muito mais embaixo,
12:38como a gente já vem comentando nos últimos dias aqui.
12:40Só uma coisa,
12:41além desse texto,
12:42é muito importante a gente citar também
12:44a entrevista do Steven Levitsky,
12:48que é aquele autor de
12:49Quando as Democracias Morrem e tal,
12:50que é um clássico aí
12:51da ciência política desses últimos anos,
12:53que ele aponta o Brasil hoje
12:55como um país mais democrático,
12:57como o seu próprio país,
12:58os Estados Unidos.
12:59Fala, Zé.
13:01É, o Brasil é democrático, sim.
13:04Ele está ali no cinza.
13:06Eu até questionei,
13:07visitei uma entidade que classifica
13:09exatamente a democracia dos países
13:11e considera que o Brasil está em cinza
13:14porque tem uma elite econômica
13:16que ainda domina setores
13:18e que domina a política nacional
13:19e o poder econômico é muito forte no Brasil,
13:23domina setores da imprensa e assim por diante.
13:25Mas que na política é uma democracia.
13:28Tanto é que nós estamos aqui falando,
13:30houve a reunião do PL lá e falando sobre o Supremo
13:34e ninguém foi preso, ninguém foi censurado.
13:36Quem foi foi o ex-presidente Jair Bolsonaro,
13:39que está censurado através de uma decisão judicial
13:42confirmada pela primeira turma,
13:44não é mais do ministro Alexandre de Moraes.
13:46Isso é real.
13:48Sobre o artigo,
13:50a imprensa norte-americana tem uma maneira própria
13:52de lidar com notícia e com opinião
13:54e separa muito bem e de uma forma muito categórica
13:58o que é o editorial,
14:01o jornalismo do dia a dia,
14:03que deve ser independente,
14:05e o editorial, as opiniões.
14:07E lá existem alguns veículos
14:10que proíbem que o pessoal que trabalha no jornalismo,
14:14como no editorial,
14:17que trabalha fazendo matérias,
14:19que se comunique,
14:20que frequentem os mesmos lugares
14:22dos que fazem a opinião.
14:24E isso aí é uma opinião,
14:26é uma opinião,
14:27uma visão de um articulista
14:28que é de prestar atenção,
14:32mas não com uma base de que isso é a verdade,
14:35é a opinião dele,
14:36e talvez até do autor
14:38e não exatamente do jornal.
14:40A imprensa lá tem uma pegada
14:42que se assume de um lado,
14:44assume de outro, né?
14:46Aqui no Brasil é que todos são assim,
14:48mas fingem que são imparciais.
14:51O que foi, Gani?
14:52Olha só,
14:53essa opinião, né,
14:55do autor de como as democracias morrem,
14:58esse argumento de autoridade,
15:00não se sustenta aos fatos.
15:01E aqui não vou adjetivar...
15:02Opa!
15:04Opa!
15:04Você viu o que aconteceu em rágua aqui?
15:05Não, não, não,
15:06peraí, peraí, peraí, peraí,
15:07vamos falar do Brasil,
15:08eu tô falando do Brasil,
15:09eu tô falando dos Estados Unidos.
15:10Não, ele fez uma companhia...
15:11Não, não, então,
15:11mas vamos lá,
15:12então vamos falar aqui do Brasil.
15:13Primeiro, né,
15:14você tem uma desfuncionalidade
15:15entre os três poderes da República, né?
15:17Então,
15:18a gente tem o poder legislativo
15:22sempre aprovando algumas normas,
15:24vem lá o poder judiciário,
15:26derruba e legisla em cima.
15:28A democracia passa pela independência
15:30dos três poderes,
15:32passa também por algum grau
15:33de liberdade de expressão.
15:34E aí,
15:36eu vou trazer outro fato,
15:37a revista Cruzoé teve uma matéria censurada,
15:40o Brasil Paralelo,
15:41durante o processo eleitoral,
15:42teve previamente um documentário censurado,
15:45agora a gente tem todas as medidas
15:47em cima do presidente Jair Bolsonaro,
15:50muito criticadas por juristas, né?
15:52Perfil de redes sociais.
15:53Enfim,
15:54então,
15:54perfis de redes sociais,
15:55então,
15:56peraí,
15:56essa democracia que ele pintou aí,
15:58tá meio complicado.
15:59Eu acho que nós tivemos equívoco,
16:02sim,
16:02por exemplo,
16:03naquele período de 22,
16:04nós tivemos,
16:05por exemplo,
16:06a tentativa de enquadrar
16:07na lei de segurança nacional,
16:08o rapaz lá do outdoor,
16:10Bolsonaro,
16:11não vale um piqui ruído,
16:12ou então,
16:13matérias aí da Juliana Dalpiva,
16:15falando sobre imóveis comprados
16:17com dinheiro vivo,
16:18também acabaram sendo embargados.
16:20Isso é, sim,
16:21uma desfuncionalidade,
16:22eu concordo contigo,
16:23mas são exceções.
16:25Agora,
16:25o que está acontecendo lá
16:26nos Estados Unidos,
16:27por exemplo?
16:28Exceções fervosas,
16:30Pichardo.
16:31E perfis derrubados,
16:32pergunta sincera,
16:33e perfis derrubados
16:33que configuram censura prévia?
16:35Uma coisa é derrubar um,
16:37sei lá,
16:38uma postagem que você fez,
16:39um ex.
16:40Você fala o perfil como um todo.
16:41O perfil como um todo.
16:42Não só a publicação.
16:43Não só a publicação,
16:44exato.
16:45Ou pessoas que não cometeram
16:47um crime descrito na Constituição,
16:49mas tem seus passaportes retidos,
16:50suas contas bloqueadas.
16:51Onde a gente configura isso?
16:53Nossa, o passaporte retido,
16:54então,
16:54o que está acontecendo lá
16:55nos Estados Unidos,
16:56vejo o que está acontecendo
16:57em Harvard.
16:58Não, ok,
16:58mas voltemos aqui ao Brasil.
16:59Não,
17:00acho que...
17:00Somos democráticos.
17:02Sim,
17:02acho que aconteceram equívocos
17:04aqui, sim.
17:05Muitos,
17:05e muitos deles foram sérios.
17:07Acabei de citar alguns.
17:08Agora,
17:09eu acho que,
17:11veja,
17:11a gente,
17:11por exemplo,
17:12lá no,
17:13anteontem,
17:13por exemplo,
17:14lá nos Estados Unidos,
17:15foi noticiado
17:16que o repórter do
17:18Wall Street Journal
17:19foi retirado aí
17:21de uma cobertura
17:22de um evento
17:22com o presidente Trump.
17:24Então,
17:24estão acontecendo
17:25muitos abusos
17:26e é isso que o Levítico
17:27acaba comparando.
17:29José,
17:29eu tenho um minutinho
17:30no máximo
17:30antes de ir para o break.
17:31Vai lá.
17:33É só para dizer o seguinte,
17:34a justiça,
17:35ela é discricionária
17:36no mundo inteiro.
17:37Uma vez,
17:38o Aquilo Morita,
17:39que é o autor,
17:39o dono da Sony,
17:41que criou a Sony,
17:42ele disse,
17:43o produto genuinamente americano
17:45é o advogado.
17:46A justiça lá,
17:47também assim,
17:47a Suprema Corte
17:48também define tudo,
17:49como essas ações
17:50do Donald Trump
17:51podem ser derrubadas
17:53na Suprema Corte.
17:54Eu acho
17:55que Jair Bolsonaro
17:56não deveria ser censurado
17:58e sim responsabilizado,
17:59como todos nós
18:00somos responsáveis
18:02pelo que falamos.
18:03Então,
18:03a partir das entrevistas,
18:04o Supremo poderia
18:05incluir no processo
18:06e assim por diante.
18:08Censura nunca é boa.