- há 4 meses
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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR) discutiram durante audiência pública na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado.
O ministro foi ao local para prestar esclarecimentos sobre o escândalo do INSS.
O bate-boca teve início após Wolney insinuar que Moro havia se omitido sobre denúncia de descontos indevidos em benefícios do INSS quando era ministro da Justiça de Bolsonaro.
José Inácio Pilar, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:
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O ministro foi ao local para prestar esclarecimentos sobre o escândalo do INSS.
O bate-boca teve início após Wolney insinuar que Moro havia se omitido sobre denúncia de descontos indevidos em benefícios do INSS quando era ministro da Justiça de Bolsonaro.
José Inácio Pilar, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:
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NotíciasTranscrição
00:00O ministro da Previdência Social, Volney Queiroz, e o senador Sérgio Moro, do União do Paraná,
00:06discutiram durante a audiência pública na Comissão de Transparência, Governância, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado.
00:15O ministro foi ao local para prestar esclarecimento sobre o escândalo do INSS.
00:20Houve uma liberação de recursos bloqueados, descontados de aposentados, 34.487 de associados da Contag,
00:33isso em novembro de 2023, quando já havia também as denúncias de fraude.
00:41E houve uma ação, pelo menos segundo a divulgação da imprensa, do ministro Lupe para que fossem desbloqueados.
00:48Vossa Excelência participou desse fato?
00:51Não participei e não tenho delegação aqui do ex-ministro Lupe para defendê-lo.
00:55Mas, Vossa Excelência, se eu voltar um pouco no tempo, ontem, por exemplo, eu estava assistindo o Jornal Nacional
00:59e houve uma denúncia de um servidor em 2020.
01:04Um servidor em 2020 denunciou à Polícia Federal que havia descontos indevidos, que havia fraude.
01:11Essas denúncias foram feitas em 2020, senador.
01:14Parece que Vossa Excelência era o ministro da Justiça nessa época.
01:17Vossa Excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?
01:22Os fatos nunca foram informados a mim, como foram informados a Vossa Excelência expressamente na reunião lá em 2023.
01:28Alguém se omitiu aqui e foi Vossa Excelência.
01:31Vossa Excelência como ministro também não acompanhou, não tinha conhecimento?
01:33Não, não chegou ao meu conhecimento, mas a Vossa Excelência chegou.
01:36Não chegou ao meu conhecimento, agora a Vossa Excelência como ministro...
01:38O senhor não viu na reunião, ministro.
01:40Na reunião foi informado sobre as fraudes, Vossa Excelência não fez nada.
01:43Vossa Excelência era a pessoa de confiança de Carlos Lupe e continua no Ministério.
01:48Senador, eu não queria ficar aqui nesse bate-bouco com Vossa Excelência, mas Vossa Excelência como ministro da Justiça tem muito mais obrigação de saber do que eu.
01:56Vossa Excelência quis me acusar de algo agora impróprio, porque Vossa Excelência estava no Ministério onde teve a fraude, secretário executivo...
02:05Senador Sérgio Moro, presidente, foi nosso governo que chamou a polícia.
02:08O oficial é um depoimento, como é que é que a gente tem que usar?
02:11O nosso governo foi que chamou a polícia.
02:15Parece o programa do Ratinho.
02:16Vale lembrar ainda que Volney estava na reunião do Conselho Nacional de Previdência Social de junho de 2023,
02:23quando o então ministro Carlos Lupe foi sim informado dos descontos indevidos.
02:28Moro destacou que não estava mais no governo Bolsonaro quando um funcionário da direção-geral do INSS teria procurado a Polícia Federal
02:37após identificar irregularidades em descontos e sofrer ameaças de morte.
02:42O relatório teria sido feito em setembro de 2020.
02:46Moro deixou o cargo do Ministério da Justiça em abril daquele ano.
02:51Vamos acompanhar o que disse o senador.
02:52Enquanto do que foi dito no depoimento do ministro, ele falou aqui que um servidor do INSS denunciou em 2020 esses desíduos legais
03:03e chegou a sugerir aqui que eu tinha me omitido.
03:06Eu fui atrás dessa notícia e recebi agora, e por isso rebato agora, que esse depoimento foi em setembro de 2020.
03:14Sequer eu estava no governo mais.
03:16Agora, se eu tivesse recebido, como vossa excelência recebeu, em junho de 2023, a notícia que haviam essas fraudes,
03:25eu teria tomado providências imediatas.
03:27Se isso tivesse sido chegado ao meu conhecimento, e veja, em setembro de 2020 eu nem estava mais no governo,
03:33teria tomado providências.
03:35Então, assim, refuto, vossa excelência quis aqui me acusar de omissão.
03:40O que se omitiu, como secretário executivo da Previdência, durante os anos em que a fraude escalou
03:46para mais de 2,8 bilhões de reais, foi vossa excelência.
03:54Agora vamos fazer uma primeira rodada de análise, antes da gente receber outros trechos suculentos da audiência,
04:01com o ministro da Previdência, Volney Queiroz, Ricardo Kertzmann.
04:04Já passo a palavra para você comentar o que é que você vaticina deste debate boca.
04:12O Inácio, eu escrevi uma coluna, publiquei uma coluna hoje à tarde no Antagonista,
04:19dizendo que essa atuação do ministro Volney acabou se assemelhando àquela brincadeira que a gente faz
04:25do pombo jogando xadrez, que o pombo vai, pousa no tabuleiro, emporcalha o tabuleiro inteiro,
04:33espalha todas as peças e depois sai gritando que venceu.
04:38Porque foi mais ou menos isso que a gente assistiu.
04:41O ministro, o senador Sérgio Moro fez uma pergunta legítima, uma pergunta pertinente, de forma educada.
04:49E aí, na falta do que responder, porque de fato não havia resposta, o que o Volney fez?
04:56Foi querer requentar uma situação que não era relacionada ao senador Sérgio Moro,
05:05que na hora, evidentemente, ele não sabia nem do que se tratava, não o refutou, refutou mais tarde,
05:11em outro momento, mas a resposta que o Volney precisava ter dado ele não deu.
05:17E aí depois fez aquela velha tática de criar um bate-boca até que alguém intervenha e suspenda a sessão,
05:25que foi o que o presidente fez.
05:26A outra alegação do Volney, dizendo que foi o nosso governo que chamou a polícia,
05:33isso também não procede, os fatos mostram que não procede.
05:36Foi a partir de uma reportagem do portal Metrópolis, que isso tudo veio à tona,
05:41e os órgãos de Estado, Polícia Federal e Controladoria Geral, que são órgãos de Estado, não só órgãos de governo,
05:50se encarregaram das investigações.
05:53Não há que se falar foi nós que chamamos a polícia, porque isso não ocorreu de forma alguma.
06:00Mas é a velha tática de quem não tem o que responder.
06:03É melar o jogo, causar discussão, e usando essa tática não dá para negar que ele foi bem sucedido,
06:11porque a sessão foi interrompida.
06:13E depois, quando voltou, ele continuou se recusando, ou pelo menos não abordando de forma clara o tema,
06:20e não abordando de forma clara a situação de que ele estava presente naquela reunião.
06:25E não dá para dizer assim, ah, eu não tinha o que fazer.
06:27Como assim não tinha o que fazer?
06:29No mínimo, todos eles, ele e o ministro Lupe, deveriam, no mínimo, imediatamente ter tomado algum tipo de providência
06:36que suspendesse esses descontos, para não deixar essas fraudes todas se avolumarem,
06:42como se avolumaram nos últimos meses.
06:46Algumas pessoas poderiam pensar que, quando eles ficaram sabendo e nada fizeram,
06:50eles poderiam ser associados com a figura de prevaricação, diria alguém.
06:55Não sei. O que é que você acha, Duda?
06:58Exato. Eu acho que o Vonney Queiroz não tinha o que responder.
07:06Ele estava presente nessa reunião em junho de 2023,
07:10quando se discutiu, acho que pela primeira vez ali no governo Lula,
07:16essas denúncias, aliás, acho que tem até uma reunião anterior,
07:20mas essa comprovadamente aconteceu, essas denúncias de descontos no INSS.
07:26Nada foi feito, só aconteceu, o governo tomou a decisão de fazer alguma coisa,
07:32agora esse ano, em 2025.
07:35E aí, em vez de dar uma resposta, que a resposta é óbvia, a gente conhece,
07:39ele estava lá e não fez nada,
07:41ele sai acusando o Moro.
07:45E não é a posição de um ministro que é chamado para o Senado fazer esse tipo de coisa.
07:55Quando um ministro é chamado para ir para o Senado, é para prestar contas para a sociedade,
08:01para os senadores que são os representantes eleitos do povo,
08:05e que tem total direito de ir lá, interrogar os membros do governo.
08:13Chamam esses membros do governo o tempo inteiro para fazer essas perguntas.
08:19E aí, quando ele sai acusando falsamente o Sérgio Moro de ter tido conhecimento e não ter feito nada,
08:26ele está extravasando o papel dele de ministro.
08:29E faz daí um papel totalmente político da situação.
08:35E o que mostra também que o Volnei Queiroz não é hoje o ministro da Previdência Social à toa.
08:43Ele foi lá, ele era, para começo de conversa, ele já era o número 2 do Carlos Lupe.
08:51Depois, quando o Lupe sai, o Lula coloca justamente o Volnei Queiroz para ser o ministro da Previdência Social.
08:58Então, uma decisão política, porque o que o Lula quer, na verdade, é que ele tenha uma atuação política nesse caso.
09:04E foi o que ele demonstrou hoje.
09:07Pois é, e como lembrou o Ricardo, ele criou esse ruído, esse barulho.
09:13Com isso, ele defletiu o foco que estava nele.
09:17E aí, a pergunta fica, ele sabia que estava falando uma coisa errada?
09:21Ou ele não se deu ao trabalho de verificar se o Moro ainda era ministro da Justiça em setembro de 2020?
09:28Porque a gente sabe que, muitas vezes, primeiro se cria o fato, depois alguém vai justificar, nunca tem a mesma ênfase, a mesma repercussão, a mesma atenção das pessoas como o fato inicial, né, Ricardo?
09:43Olha, pode ter acontecido mesmo ele ter feito isso de forma consciente de que o senador não era mais ministro.
09:53Isso pode ter acontecido, sim.
09:56Agora, o que ocorre, Inácio, via de regra nesses casos, essas pessoas, essas personagens políticas,
10:02elas são tão acostumadas a levar tudo para o campo da crispação ideológica, da crispação política, um partido contra o outro,
10:11que eles não se preocupam com esses detalhes, não.
10:14Eles não ficam entrando nas minúcias, falam o que dão na telha e cabe ao outro se defender, que foi o que fez o Sérgio Moro.
10:23Nesse caso, ainda pior, porque, como o Duda lembrou, ele está lá como ministro, ele está lá para poder dar satisfações à sociedade através de seus representantes.
10:36Não é papel dele fazer perguntas para os senadores, como ele fez para o Moro, a respeito disso.
10:42Ele está lá para poder responder.
10:43Mas, nesse sentido, da mesma forma que eu falei, que eles não se preocupam com esses detalhes, na hora de acusar um ou outro,
10:51eles também não se preocupam em guardar as suas devidas posições naquele momento.
10:56Eu estou aqui para ser ouvido e não para inquirir.
10:59Eles não se preocupam com isso.
11:00É sempre essa questão toda do palco, do teatro.
11:03Sabe que está sendo transmitido, sabe que vai ter gente filmando, sabe que vão ser feitos cortes a partir disso.
11:09E aí vira um teatro, vira circo.
11:11É, e como disse o Duda, ele está atuando justamente com um foco na questão política e não na questão técnica.
11:19Vamos lembrar que ele já foi deputado, portanto, ele está acostumado com essa questão de tribuna,
11:25essa questão de perguntas em sessões parlamentares, em ser perguntado, em perguntar.
11:29Ele está no seu ambiente.
11:31Muito provavelmente, vários daqueles colegas dos tempos antigos de Congresso dele, ele cruza cotidianamente,
11:38e certamente nessa sessão ele deve ter reconhecido algumas faces.
11:42Então, ele estava longe de estar numa situação absolutamente desconfortável, não é, Duda?
11:48Exato.
11:50O problema aí é que ele imaginou que ele estava como deputado e não como ministro,
11:56porque ministro com cargo no governo tem que ser responsável,
12:00tem que agir em nome do bem da sociedade, tem que procurar investigar para entender o que de fato aconteceu
12:09nesses descontos do INSS de aposentados e pensionistas.
12:16Tem que buscar uma melhor maneira de resolver agora o problema e evitar que ele aconteça novamente.
12:24Tudo isso daí hoje é atribuição do ministro da Previdência Social.
12:28O problema é que ele está atuando como um deputado e saindo para atacar os senadores que ele não gosta ou que discordam dele.
12:38E aí, não dá para fugir da responsabilidade dessa forma.
12:54E aí, não dá para fugir da responsabilidade dessa forma.
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