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A casa de Diana está tomada por lixo e sujeira, e a prefeitura emitiu um ultimato: se o local não for limpo, será condenado. Dolores também recebeu uma notificação informando que, se sua casa não for limpa, poderá ser condenada por risco de incêndio.

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Transcrição
00:00Há fezes em todo lugar, lixo, comida.
00:05Meu irmão e eu vivemos com a culpa.
00:07Eu nunca me senti bem comigo mesma, nunca.
00:10O Andrew é uma bomba relógio.
00:12A gente não tinha isso quando eram pequenos.
00:14Tínhamos sim, foi assim o tempo todo em que vivemos aqui.
00:17Eu não me lembro disso.
00:18Você falhou com a gente.
00:21Eu não decoro, eu acumulo.
00:23É uma armadilha para incêndio. Em qual cômodo estamos agora?
00:26Esta é a sala de estar.
00:27Você entra lá e não sai mais.
00:28Mas que merda, está tudo indo embora.
00:31Quem é você para se preocupar com o meu peito?
00:33Não vai entender como eu penso.
00:35Delores.
00:36Que se foda!
00:58Eu sou a Diana e estou perdida no meu próprio mundo.
01:21Me tornei muito reclusa por algum motivo.
01:25É confortável eu ter todas essas coisas ao meu redor.
01:36Eu sou Reba, sou filha da Diana.
01:39A casa está imunda.
01:41Tem de tudo lá.
01:43Embalagens de fast food, garrafas, jornais, revistas e animais que sujam o lugar todo.
01:48É uma armadilha mortal.
01:53Meu nome é Andrew e a Diana é minha mãe.
01:56A casa da minha mãe parece um pesadelo.
01:58Tem lixo, sujeira em todo lugar.
02:01Nada que preste de toda forma e tamanho.
02:04Não é uma coisa que você quer se gabar, mas...
02:07Se não estiver prejudicando alguém, acho que não é da conta de ninguém.
02:14Ela recebeu reclamações sobre a aparência da casa.
02:17A prefeitura notificou minha mãe algumas vezes e ela foi intimidada a fazer uma limpeza.
02:21A prefeitura em inúmeras ocasiões a multou por controle ambiental e controle de pragas.
02:27Eu ando apavorado que alguém interdite ou feche de vez a propriedade.
02:42Minha mãe não tem nenhum lugar pra ir.
02:44Não tem nenhuma reserva ou algo parecido.
02:46Seu plano foi sempre ficar na casa e na atual condição.
02:49A minha infância foi de muito medo.
03:02Muita gente não sabia do abuso.
03:05Era algo mantido em segredo.
03:08Eu lembro que uma vez fui pra escola com machucados e a orientadora educacional e a enfermeira me chamaram pra diretoria
03:14e perguntaram se eu queria contar algo e eu não contei pra elas.
03:19Mesmo com o meu pai morto há 19 anos, tenho coisas dele na garagem que não me atrevo a mexer.
03:28Isso traria lembranças terríveis que quero esquecer.
03:35Infelizmente, isso me afetou de tal maneira que casei com alguém também abusivo.
03:40Ele era fisicamente violento.
03:42A única lembrança do meu pai é de quando ele ficou bravo comigo e começou a me arrastar e me bater.
03:47Eu tinha 3 anos.
03:49Eu me lembro do meu pai nos ameaçando com uma arma de fogo.
03:53Num certo dia, foi com uma marreta.
03:56Meu filho se lembra disso vividamente.
03:58Ele apontava uma arma pra nós, dizendo que nos mataria se fôssemos embora.
04:04Essa lembrança não saía da minha cabeça.
04:07Até que finalmente tive forças pra ir embora.
04:10São tantas lembranças horríveis.
04:19Meu filho sofria de terror noturno.
04:22Ele gritava durante o sono e eu não conseguia acordá-lo.
04:25Uma noite, o noticiário apresentou uma história de um homem que foi queimado num prédio.
04:31Esse homem era o pai das crianças.
04:33Ele morreu.
04:34Meu ex-marido morreu.
04:35A Riba era bem pequena, mas disse...
04:38Ele nunca mais vai me ver de novo.
04:41Sem a violência do meu pai, a vida da minha mãe teria sido bem diferente.
04:54Não acho que se tornaria uma acumuladora.
04:57Meu pai batia tanto nela e a humilhava tanto, que não importava se ela morasse numa casa boa.
05:03A minha mãe não tinha nenhum senso de autoestima.
05:06Quando saí de casa pra faculdade, eu saí fugindo e não olhei pra trás, mas senti culpa por deixar Riba com toda a bagunça.
05:15A casa tinha ficado de ruim pra pior.
05:18Os banheiros não podiam ser usados.
05:21O meu quarto era tão sujo que a minha mãe sugeriu que eu dormisse na poltrona reclinável na sala.
05:27Eu dormi nela do segundo ao último ano do colegial.
05:31Aquilo era... horrível.
05:33Desde que ela se mudou, me sinto tão vazia.
05:43Ela sentiu como se tivesse perdido outro pedaço dela mesma e que não tinha motivo pra seguir em frente e tentar cuidar da casa.
05:49É muito difícil pra mim ter vivido tanto tempo por eles e depois não ter um objetivo pra viver.
05:56Eu tô muito preocupada com ela.
06:04Com o passar do tempo, ela ficou cada vez mais fraca e seu corpo deteriorava mais e mais.
06:10E agora tá tão ruim que ela não consegue andar pela casa.
06:13Isso só aumenta os problemas de saúde dela.
06:15Lutei muito com uma cirurgia nas costas e depois com o câncer foi muita luta.
06:21E outra cirurgia nas costas nos últimos anos.
06:24Tem dias que a dor é tanta que eu nem consigo sair de casa.
06:29Ela já me chamou dizendo que tinha caído e que tava precisando de ajuda pra se levantar.
06:34E eu não consegui ir até lá imediatamente.
06:37Meu irmão e eu vivemos com a culpa todos os dias.
06:40Sabendo que a casa tá completamente inabitável e que a casa tá matando a minha mãe.
06:45Eu sou a Dolores e gosto do diferente.
07:07Sendo artista, quando vejo algo diferente, fico gravitando ao redor dele.
07:12E se puder, eu compro.
07:13Se for de graça, eu pego.
07:16Há muita coisa fascinante por aí.
07:18Você só precisa ter a mente aberta.
07:22Eu sou o Joaquim e a Dolores é a minha mãe.
07:26A casa dela é um desastre.
07:28Sei que não é uma casa habitável, porque há muita coisa dentro dela.
07:34Meu Deus, tem de tudo lá.
07:37Você que é alto-falantes, ela tem oito.
07:39Quer um monitor de computador, ela tem dez.
07:41Uma chave de fenda?
07:42Ela não tem uma só.
07:43Ela tem vinte.
07:47Ela tem muitas coisas diferentes e interessantes.
07:50Mas quando você tem vinte e sete frigideiras, quantos ovos você consegue fritar?
07:55Muitas coisas eu recolho esperando vender.
07:57Muitas vezes são coisas que encontro nas ruas.
08:01Encontro em brechós, vendas de garagens.
08:04De vez em quando eu encontro algo valioso e lucro muito bem.
08:08Sou a Ana e a Dolores e a minha mãe.
08:13Ter encontrado uma peça de tesouro que deu um lucro de duzentos dólares a fez sentir que é justificável coletar cada vez mais coisas.
08:20Quando eu era pequena, minha mãe fazia vendas de garagem e também mercados de pulga.
08:34Ela me tirava da cama no sábado de manhã e eu tinha que descer de seis a dez malas cheias de coisas numa escada de cinco lances para vender no mercado de pulga o dia todo.
08:44Sendo artista, não sei muito bem como fazer para me virar economicamente.
08:50Lentamente fui me envolvendo em fazer isso.
08:53Essa história de coletar coisas começou a sair do controle depois que saímos do colegial.
08:58Na verdade, eu acho que ela fazia isso porque queria se manter ocupada.
09:04Ela vivia saindo, andando e coletando coisas.
09:07Não havia nenhum jeito de fazer qualquer coisa porque meu irmão e eu estávamos ocupados com trabalhos e filhos.
09:20Ela trouxe toneladas de coisas para cá pouco a pouco, uma por uma.
09:24Ela levou anos para coletar tudo e trazer para cá.
09:27Agora está num ponto em que você olha para casa e pensa, nossa, isso é uma loucura.
09:33Joaquim odeia as minhas coisas e odeia a acumulação.
09:35Ele leva para o lado pessoal.
09:38O jeito que ela vive ultimamente traz estresse para mim e toda a minha família.
09:43Toda situação é muito frustrante para nós e nossos cônjuges.
09:48Eu sou a Gretchen e a Dolores é minha sódra.
09:51Há uma grande tensão no meu relacionamento com Joaquim porque ele passa muito tempo tentando lidar com a Dolores e as coisas dela.
10:00Mas ela não entende porque as pessoas estão tão frustradas.
10:04Para ela, a vida é minha, me deixem em paz.
10:07Até gostaríamos que nossos filhos passassem um tempo com ela, mas não podemos levá-los até lá.
10:13É uma armadilha de incêndio.
10:15Você entra lá e não sai mais.
10:16O alarme de incêndio estava com defeito e disparou.
10:26E os vizinhos, com toda a razão, chamaram os bombeiros.
10:30Os bombeiros não ficaram felizes com o que viram.
10:33Alguém me contou que mandaram os bombeiros mais baixos que tinham e mesmo assim levaram meia hora para chegar na porta da frente.
10:40Se ela continuar do jeito que está indo agora, vai ter muito desgosto pela frente.
10:58Tem outros prédios ao redor da casa.
11:03Deus me livre de um incêndio. Vai queimar como caixa de fósforos.
11:06Eu gostaria de ver a casa no estado que pudesse chamar de limpa.
11:20Quero voltar a ser uma mãe e passar mais tempo com os meus filhos.
11:25Olá.
11:44Olá. Sou a doutora Green.
11:46Eu sou a Diana.
11:47Oi, Diana. Muito prazer.
11:48Igualmente.
11:49Sou a doutora Melva Green, psiquiatra certificada e especializada em transtornos de ansiedade e comportamentos de acumulação.
11:57Essa é a entrada.
11:58Certo.
12:01Parece um monte de garrafas vazias.
12:04É um monte de garrafas vazias. É lixo que não foi para a lixeira.
12:07O lixo nunca foi levado para a lixeira porque ela fez cirurgia nas costas.
12:13Teve câncer que exigiu cirurgia.
12:16É muito doloroso eu me curvar.
12:18E é por isso que eu deixo as coisas acumulando desse jeito.
12:30A Diana tem muita dor física, mas muito da sua dor é mais emocional do que física.
12:37Por isso, ela criou esta crise de um nível inconsciente.
12:41Este cômodo vivia cheio de crianças e...
12:45De uma mãe cozinhando e...
12:49Isso não está acontecendo mais.
12:51Sinceramente, não entro aqui com muita frequência.
12:54Simplesmente bloqueei na minha cabeça e tento ignorá-lo.
12:57É assim que ela tem enfrentado a ausência dos filhos.
13:01Apenas não vai a lugares e espaços que eles compartilharam.
13:05É muito doloroso.
13:06É possível que você manteve cheio de lixo para não sentir tanto vazio?
13:12Essa é a minha teoria.
13:13É.
13:14Em pessoas como a Diana, que sofreram violência e no caso dela na infância e também no casamento,
13:21frequentemente têm comportamentos mal adaptados para lidar com isso.
13:25Isso é muito autodestrutivo.
13:27Certo.
13:28E está segurando você para não sair disso?
13:31Sim.
13:32Os filhos dela deixando a casa apenas criou outro nível de trauma e a acumulação dela é uma relação direta com o pesar.
13:43É como estar de luto pela minha família.
13:48Eu deixei partes do meu corpo se deixarem levar por isso.
13:53Há muita dor por baixo.
13:54É.
13:56Sim.
13:58Tem muita dor que não foi curada.
14:01Ainda tenho um medo constante por ter sido casada com um marido muito violento.
14:08Muito.
14:09Com todos nós.
14:11E tem sido algo de que nunca me recuperei totalmente.
14:15É hora de soltar esses demônios.
14:18Mandá-los embora.
14:20Tomaram conta da sua casa.
14:21A luta com a limpeza não tem só a ver com a acumulação, mas com tudo o que aconteceu na vida dela.
14:31Se eu começar a chorar, eu não vou conseguir parar.
14:34Eu tenho que segurar.
14:35Não pode se curar se não consegue sentir.
14:38Esse é o caminho para a cura.
14:44Deixá-la sentir o que a levou a se enterrar nesse lixo e se livrar dessa crença de que ela não é amada.
14:54É aí que está o verdadeiro trabalho.
14:58A casa da minha mãe é um desastre.
15:12Eu tenho certeza que ela nem sabe o que existe pelos cantos.
15:16Se tem quatro pernas ou se está crescendo.
15:18Oi, Dolores.
15:27Olá.
15:28Sou o Dr. Renan.
15:29Muito prazer.
15:30O prazer é meu.
15:30Sou o Dr. Scott Renan, especialista em terapia cognitivo-comportamental para transtornos de ansiedade, toque e acumulação.
15:38Tá.
15:39Em qual cômodo estamos agora?
15:40Essa é a sala de estar.
15:42Muito bem.
15:43Quando você entra na casa da Dolores, nota que há muitas fotos, molduras, livros, outras peças de arte que ela quer vender.
15:54Muito dessas coisas é pra venda.
15:57Isso tudo é pra ser vendido.
15:59Chegou no ponto em que ela não consegue controlar todos os itens.
16:03Qual é o seu faturamento?
16:05Você traz mais coisas do que deixa ir embora?
16:08Sim.
16:08Tudo isso aqui está tão abarrotado que não consegue vender, mas continua a trazer mais coisas?
16:16Se vejo algo bom, sim.
16:19A casa dela não serve mais como casa neste ponto.
16:23Como essa estátua do Don Quixote.
16:25É uma peça legal.
16:27Mesmo que faltem os braços dele.
16:29Ela transformou isto num depósito.
16:31Está invadindo o seu espaço de viver.
16:33Detesto te dizer isto.
16:36Mas vá a qualquer negociante num mercado de pulga.
16:3890% deles são do mesmo jeito.
16:41Sério?
16:42Sim, porque você nunca sabe o que vai vender.
16:44No mundo dela, isto é uma racionalização.
16:46Faz sentido.
16:47Sua casa é como um mercado de pulga ou um antiquário onde as pessoas entram e olham ao redor.
16:52Mas existe a crença central aqui de que as pessoas olham pra casa dela e a desrespeitam.
16:56E isso chateia muito a Dolores.
16:58Algumas pessoas vêm e dizem que isto é ótimo.
17:01E outras pessoas mostram desprezo.
17:04Antes mesmo que as pessoas a critiquem, ela já está antecipando esse tipo de pensamento vindo de outra pessoa a seu respeito.
17:11Eu não sou nenhuma idiota.
17:14Posso ter qualquer tipo de atitude, louca se quiser.
17:17E ainda tenho o direito de ser respeitada.
17:20Teremos que trabalhar do jeito que a Dolores pensa e desafiá-la com o fato de que as pessoas podem não a estar criticando.
17:27Eu tolero muita coisa, então acaba explodindo.
17:30Então é tudo ou nada com você?
17:32É.
17:34Quando começarmos a examinar os itens, ela não vai conseguir se segurar mais.
17:39Ela vai se sentir muito julgada e criticada.
17:42E é aí que vai começar a se fechar.
17:44Para mim é bem difícil pensar nela vivendo lá.
17:54Eu me sinto culpada por não ter feito alguma coisa.
17:58Por não ter me esforçado mais ou por não ter chamado a família para ajudar a limpar.
18:02Sou Matt Paxton, especialista em limpeza radical.
18:25É o primeiro dia.
18:27A primeira coisa a fazer é deixar a família ver toda a casa para saber com o que eles estão lidando.
18:31Misericórdia.
18:32É, vai ser bem trabalhoso.
18:34Qual porcentagem dessas coisas você acha que é lixo?
18:36Hum, 98%.
18:38É, eu acho que é quase 90% mesmo.
18:40Vamos começar com sacolas plásticas, latas, garrafas, embrulho de comida, tudo vai embora daqui, tá bom?
18:45É lixo que não acaba mais.
18:47Tua casa está simplesmente cheia de lixo.
18:56Não tem nada de valor aqui.
18:58Nada que valha a pena salvar.
19:02Por que você não vem aqui me ajudar?
19:06Olha, isso foi tirado do chão.
19:07Tem alguma coisa aqui que você quer guardar?
19:11O que você acha?
19:12Não.
19:13Esta família definitivamente esconde suas emoções.
19:15Preciso fazê-la comunicar seus verdadeiros sentimentos.
19:18Não só aqueles que querem que a gente ouça.
19:20Se tiver qualquer emoção, eu quero que me conte.
19:23Preciso que levante a mão.
19:24Certo.
19:24Pode ser uma palavra, uma sentença, não me importa.
19:27Mas se tiver algo que seja valioso para você, eu quero saber.
19:31Está bem.
19:31E você também.
19:32Qualquer emoção, precisamos saber.
19:34Ok.
19:34A primeira verdadeira emoção que eu tive da Diana foi quando ela trouxe a geladeira portátil.
19:41Credo, é presunto.
19:42Isso é nojento.
19:46Apenas a vi sacudindo a cabeça.
19:48Ela não queria que abrisse na frente da mãe e da filha.
19:51É bem desagradável.
19:56Esta é uma família que não fala.
19:59Eles têm que entender que falar a verdade é uma dádiva.
20:04Esse é o X do problema.
20:18Vocês não se expressam.
20:20Estão fechadas.
20:21É.
20:22Isso tem sido traumático para você, Reba.
20:24É.
20:25Quero que olhe ao redor e realmente olhe ao redor.
20:30O que você vê?
20:31Só bagunça.
20:32Às vezes, reflete como eu me sinto por dentro.
20:36Está tudo bagunçado.
20:38É muita coisa.
20:40Há fezes em todo lugar.
20:42Lixo, comida.
20:44É.
20:45É muita coisa.
20:47Isso tem a ver com a Reba tanto quanto tem a ver com a Diana.
20:51E vai ser muito importante, não importa quão duro seja,
20:54para a Reba ter esses sentimentos, dizer essas coisas para a mãe que ela nunca teve coragem de dizer.
20:58Reba, fala para a sua mãe.
21:02Como era para você estar aqui?
21:04É difícil para mim, tanto quanto foi para ela.
21:07Qualquer coisa que tenha sentido enquanto esteve aqui, eu também senti.
21:10Qualquer emoção que você sentiu estando na casa, eu também senti.
21:13O vazio, a solidão...
21:17Da vergonha.
21:18Vergonha, sim.
21:19A normalidade.
21:20Solidão.
21:22Segredo.
21:23Desonestidade.
21:25Mentindo sobre tudo.
21:26Para ninguém saber quem você é.
21:28E não deixar que nos conheçam.
21:30Porque não queremos chegar no ponto em que...
21:32Aceitamos alguém saber tudo sobre nós.
21:35Eu não suporto ficar aqui.
21:38Reflete as piores coisas dentro de mim.
21:40Eu não gosto disso.
21:42São gerações de dor, de trauma, de não verbalizar a verdade.
21:47É só se escondendo atrás das paredes.
21:50Nunca me senti bem a meu respeito.
21:51Nunca.
21:53Não pode ter uma autoimagem positiva quando olha para isso e sabe que é de onde você veio.
21:57Coleto muitas coisas esperando vender, porque tenho muitas contas para pagar.
22:10Mas agora percebo que tenho mais coisas do que posso controlar.
22:27Dolores, queremos falar sobre o nosso plano de hoje.
22:31Sou Darnita Alpeiden, especialista em gerenciamento da vida e trabalho com pessoas com problemas de desorganização.
22:37Então hoje nós queremos limpar a garagem.
22:40Assim teremos um lugar para as coisas que você deseja guardar.
22:43A crise que Dolores enfrenta agora é ficar desabrigada.
22:47Meu objetivo principal é que ela consiga manter a casa.
22:50A varanda virou outra área de depósito.
22:58Pois é, tá bom.
22:58E uma das coisas que queremos garantir é que o lado de fora não seja uma área de depósito.
23:03Ah, entendi, entendi, tá bom.
23:03Eu notei que quando começamos a falar sobre as coisas, você diz, tá bom, tá bom.
23:07E não quer ouvir a respeito, quer apenas mudar de assunto.
23:10Minha preocupação com a Dolores é ela estar dizendo sim.
23:13É um jeito de afastar todo mundo.
23:15Este é um lugar para colocar umas cadeiras e relaxar.
23:17Não, espera aí, eu acho que você está começando a exagerar.
23:20Eu quero um pouco.
23:21Por quê?
23:22Muita gente usa a varanda como depósito, não é isso?
23:26Sério.
23:27Ela está constantemente querendo discutir se o que faz é normal ou se está tudo bem ela fazer.
23:32Quer discutir sobre a desordem porque você não pode discutir.
23:34Mas, Paul, é o grande problema com a desordem.
23:37O problema é que você não pode viver assim.
23:39Está vendo o maior problema aqui?
23:41Não, o maior problema é que não é socialmente aceitável.
23:44Mas isso não quer dizer...
23:45Mas isso não é socialmente aceitável.
23:46Ela não está fazendo a conexão de que isto não se trata do seu próprio livre arbítrio.
23:51Trata-se de se manter saudável e segura.
23:55É, eu não tenho que ser como todo mundo, não.
23:57Eu posso ser eu mesma, dá licença.
23:59Muito bem, obrigada.
24:01Viu?
24:01Está fazendo de novo.
24:02Estou nem aí.
24:06Olha só para isso.
24:08É uma peça legal.
24:09Isto é ótimo.
24:10Vou apenas aproveitar.
24:12Acho que temos sido muito benevolentes com ela.
24:15Como tomo essas decisões?
24:16Da minha cabeça.
24:18Esqueça tudo, mãe.
24:19Queremos que consiga viver aqui e possamos ver visitá-la.
24:22Mas o fato é que ela vai ser expulsa.
24:25Ei, escuta, eu não posso desfazer 50 anos em dois dias.
24:28Não é possível.
24:29Quem está falando de 50 anos em dois dias?
24:31Você está falando por nós.
24:33Nunca dissemos que iríamos mudar 50 anos em dois dias.
24:34Nunca dissemos isso.
24:35Está se sentindo julgada?
24:36Sim, eu tenho que ter prioridade.
24:38Pode dizer do que está sendo julgada?
24:39Não quero falar sobre isso.
24:40Porque eu não sei do que se trata.
24:41Ah, mas você é demais, hein?
24:43Só estava curioso com a sua forma de pensar.
24:44O quê?
24:44Quando começo a confrontá-la sobre o assunto, ela simplesmente se fecha.
24:48Ela fica desagradável.
24:50Ficou bem furiosa agora.
24:51Claro que eu fico.
24:52Quem é você para se preocupar em como penso?
24:55Você não vai descobrir como eu penso.
24:57Eu acho que ela não entendeu a gravidade da situação dela.
25:01Você acabou de brigar comigo.
25:03Se os seus filhos te ajudarem, pode ser que isso aconteça também.
25:06Porque quando eu e minha equipe formos embora, eles são os únicos que vão ficar.
25:09Eu não presto conta para os meus filhos.
25:12Cudei deles quando precisaram e fiz o meu trabalho.
25:15Está na hora de eu fazer o que eu quero.
25:21Sua casa está entulhada e queremos que tenha um espaço funcional.
25:24Mas tem um outro problema.
25:25A prefeitura está envolvida.
25:27E ela nos convocou para fazer isso.
25:31É por isso que pedimos para tomar essas decisões e para abrir mão dessas coisas.
25:35Eles vão vir e expulsar você.
25:37Isso é uma armadilha de incêndio e vai ficar desabrigada.
25:40Algumas coisas são valiosas, mas não vale a pena perder a casa por isso.
25:45E se não tomar essas decisões, tudo vai ser jogado fora bem na sua frente.
25:50Eu posso imaginar como seria doloroso ter estranhos entrando em sua casa,
25:54tirando tudo o que você tem e você não ter nenhum poder para impedir.
25:59Sei que pode parecer invasivo a forma como estamos fazendo isso agora,
26:01mas vai ser mil vezes pior se tiver outras pessoas aqui.
26:05Eu nunca me senti bem a meu respeito. Nunca.
26:14Não pode ter uma autoimagem positiva quando olha para isso e sabe que é de onde você veio.
26:19Que bom para você, Dayana.
26:30Eu não sinto que seja bom.
26:33Eu sinto que estou ferindo.
26:34Não, a verdade é sempre bom.
26:36Na medida que seguimos nesse processo, temos que sentir tudo isso.
26:41Temos que falar todas as coisas que não tivemos coragem de falar.
26:45Temos que sentir.
26:46Do contrário, não podemos curar isso.
27:00Ai, meu Deus, o que é isso aqui?
27:02A Riba está encontrando a sua voz.
27:04Gente, isso é tão triste.
27:06Ela está falando o que precisa, está falando o que quer, está encontrando confiança nela mesma.
27:11Anda, mãe, ao trabalho.
27:13Tá bom.
27:13A Riba está encontrando a sua voz.
27:43Andrew, por que você não vem aqui atrás?
27:45Eu vou pegar alguns sacos e a gente faz isso juntos.
27:48É como um filme sem fim.
27:55Estamos trabalhando até tarde da noite para o Andrew fazer parte do processo.
27:59É importante que toda a família trabalhe no processo de limpeza.
28:02Esse é o antigo quarto.
28:17Pois é.
28:17Do jeito que eu deixei, infelizmente.
28:19É mesmo?
28:20É.
28:21Está um pouquinho diferente, mas praticamente igual.
28:25Quer guardar alguma coisa daí?
28:27Não, não.
28:27Tudo bem.
28:28Novo recomeço.
28:28Não há nada da sua infância que você queira?
28:31Não, não há nada.
28:32É tudo um pesadelo no que me diz respeito.
28:34Tudo na minha infância é como algo que tem que ser reprimido.
28:37Eu tenho que só continuar em frente.
28:39Só isso.
28:40Esse não é o jeito saudável de fazer isso, Andrew.
28:42Ah, não.
28:43Eu não tive escolha na época.
28:46No quarto com o Andrew, a extensão de sua dor como resultado da acumulação da mãe ficou
28:51clara.
28:53O que eu mais sinto por tudo no momento é raiva e é ódio por tudo o que aconteceu e
28:59de como foi permitido que acontecesse.
29:03Quando éramos crianças, fomos criados para pensar que isso era normal.
29:08A gente não tinha isso quando eram pequenos.
29:10Sim, tínhamos.
29:11Isso não acontece da noite para o dia e estava o tempo todo em que vivemos aqui.
29:16Até o Andrew aparecer, tínhamos a impressão de que a síndrome do ninho vazio ativou este
29:22colapso psicológico e a acumulação.
29:26A Diana me passou uma história diferente.
29:29Minha teoria é que isso era para lamentar a sua partida e outros traumas.
29:36Mas o que está me dizendo é que era assim quando você estava aqui.
29:41É, sempre foi assim.
29:43Muito, muito sujo.
29:44Muitas vezes a gente só tinha roupa suja para ir para a escola.
29:47Eu vim aqui e nada, vazio.
29:50A gente só ia para a escola para ficar longe daqui.
29:53Desculpe, eu não lembro disso.
29:58Dá para ver bem o grau de negação em que a Diana tem estado.
30:04Ela parece não ter noção de que seus filhos estavam muito traumatizados e guardando tanta dor por dentro.
30:11Se você reprime isso, você não quer lembrar de nada nunca.
30:15Mas eu não consigo esquecer.
30:17Eu odeio muito a minha infância, para ser bem sincero.
30:20O Andrew é uma bomba-relógio pronta para explodir.
30:25E ele está tão furioso e tão ressentido.
30:28Você falhou com a gente.
30:30E o que fez vai sempre ter um efeito sobre nós.
30:34Eu nunca serei normal pelo que aconteceu aqui.
30:37E de certa forma, eu nunca conseguirei perdoar você.
30:39Quanto mais a família força, mais ela fica brava e perturbada e tenta se fechar.
31:00Estamos preocupados com você.
31:01O que você acha? Vou cair morta amanhã? Já sou velha demais?
31:05Não, não.
31:06Temos medo que alguma coisa caia sobre você e te esmague e que não tem onde viver.
31:10Ah, por que eu não atiro em mim mesma, então?
31:12Porque isso é ridículo.
31:14Ela faz comentários mordazes ou se afasta.
31:17Você continua a se mover para longe e você se afasta.
31:20Não, porra.
31:20Esse é o jeito dela de conseguir o controle de volta.
31:23Onde você se vê? Onde quer estar?
31:25Tem algum plano?
31:26Eu não quero ficar com nenhum deles.
31:28Disse, eu tenho certeza.
31:31A família precisa se manter firme, tomar decisões e estabelecer limites.
31:34Eu vou te soltar se você não sair da minha frente, cara.
31:38Só quando eles conseguirem estabelecer limites claros, as coisas começaram a mudar.
31:42Ela não está mudando sozinha e acho que eles precisam ser firmes.
31:45Uma coisa que precisamos é você deixar a família tomar algumas decisões, porque há muito o que fazer.
31:50Eu não vou deixar que os outros tomem as minhas decisões.
31:52Vai deixar, sim.
31:53Ela precisa se desapegar das coisas ou nada vai ser feito.
31:58Vai simplesmente demorar.
31:59Você não vai conseguir fazer isso se tiver que tomar as decisões.
32:01Então tomem vocês as decisões.
32:03Façam o que quiserem.
32:04Não precisam mais de mim aqui, não é mesmo?
32:06Não, nós precisamos de você aqui.
32:09Dolores.
32:09Vão se fuder.
32:16Você está fugindo.
32:17Essa é uma das formas de evitar.
32:18Dolores, por favor, precisamos de você.
32:21Realmente precisamos que confie nele.
32:23Mas eu não confio.
32:23Para tomar algumas decisões.
32:24Não confio neles.
32:26É muito doloroso não ter a confiança de alguém que você ama.
32:33E que você quer ajudar.
32:34A família pode fazer o que precisa fazer?
32:44Tá, mas eu não vou voltar a falar com eles.
32:47Isso tudo não é para prejudicar você.
32:49Nunca terá esses recursos de novo.
32:51Tem que aproveitar isso.
32:53E o dia é hoje.
32:54Mas eu não estou feliz.
32:56Eu não esperava que estivesse.
32:58Tá.
32:58Nós podemos continuar e deixar que eles...
33:01Tá bem, mas não levem o abajur branco.
33:02Não levem o abajur branco.
33:04Não estou gostando nada disso.
33:06Se ela não falar comigo por um ano por causa disso, eu vou ficar muito brava.
33:10Ah, olha isso.
33:11Precisamos de um latão para doar tudo isso.
33:14Se ela não está disposta a falar comigo, nem fazer isso pelos netos, está sendo muito egoísta.
33:19Eu não sei como vai conseguir um decorador para decorar a casa do meu gosto.
33:34Como pode fazer isso?
33:35Ela sente que todo mundo está assumindo o controle, dizendo que devia ficar em sua casa e como a casa devia parecer.
33:41Acho que isso é um grande problema de controle.
33:43Vocês não sabem do que eu gosto, mas no entanto acham que outra pessoa pode fazer a decoração por mim.
33:49Eu não decoro, eu acumulo as coisas.
33:51Pegue as peças que quer e pronto.
33:52Bom, deixarei essas peças e ir embora.
33:54Droga, olha tudo que eu vou deixar ir embora.
33:57Tenho o direito de falar o que eu gosto e o que eu quero e também de ficar muito irritado.
34:01Se entrasse na casa deles e fizesse a mesma coisa, eles também ficariam irritados.
34:06Eu não quero pessoas decorando que não sabem do que eu gosto.
34:09Que saco!
34:10Não sou uma decoradora e eu não vou um design para escolher coisas que eu jamais vou usar e que são uma merda para mim.
34:19Nunca serei normal por causa do que houve aqui.
34:29De certa forma, nunca conseguirei perdoar você.
34:32Uau!
34:33O seu filho está incrivelmente bravo.
34:45A Reba está incrivelmente magoada.
34:50Tem que entender isso.
34:52Você quer se desculpar por não saber das coisas ou não ter escolhido o melhor?
35:00Lamento muito não poder consertar o passado, voltar atrás e refazer tudo e que isso causou um impacto negativo sobre vocês.
35:10Isso foi importante, se responsabilizar pelos atos dela e por ter sido péssima mãe.
35:17Ouvi o que o Andrew disse.
35:18Eu senti o que ele disse.
35:20E isso me deixa mais determinada do que nunca para fazer uma grande diferença e fazer tudo melhor.
35:26Agora que minha mãe sabe como era para nós, que tipo de efeito causou em nós e como nos causou um impacto,
35:46ela realmente está se convertendo numa coisa positiva.
35:49Me sinto melhor com tudo saindo daqui e enfrentando a minha responsabilidade, a sensação é muito boa.
36:07Conseguimos deixar a casa completamente vazia agora.
36:09Removemos cerca de seis toneladas de lixo dessa casa.
36:12Trouxemos pintores, organizadores para deixar a casa linda e habitável.
36:16o melhor que pudermos para a Dayana morar.
36:27Vocês trabalharam muito essa semana, tanto física como mentalmente.
36:32Então eu estou muito orgulhoso.
36:35Está pronta para entrar na sua casa?
36:36Estou.
36:37Está legal?
36:37É.
36:38Então vamos lá.
36:39Está bom.
36:39Ela ficou chocada e muito surpresa.
37:07Eu nunca vi minha mãe reagir assim para qualquer coisa.
37:12Você falou para todo mundo que queria espaço para os seus filhos voltarem para cá.
37:15Isso mesmo.
37:16Esse é o tipo de espaço que você gostaria de ficar?
37:19Ai meu Deus, sim.
37:20Sim, está ótimo.
37:22Está muito melhor aqui.
37:24Agora que está tudo livre e limpo, eu com certeza vou passar mais por aqui.
37:29E ficar com a minha mãe, minha família e ter novas lembranças.
37:32A cozinha voltou.
37:33Ai meu Deus.
37:34Vai poder cozinhar.
37:39Ai meu Deus, a geladeira está ali.
37:41Olha a sua frase.
37:42Ai meu Deus.
37:43Deus.
37:47Ter um lugar para todos se reunirem e ser uma família de novo me faz sentir inteira.
37:51E isso me deu a chance de me redimir diante dos meus filhos e provar que sou digna de ser a mãe que um dia eu fui e que serei daqui para frente.
38:04Eu estou realmente esperançosa pela Diana.
38:09Ela fez a maior parte do trabalho que é reconhecer que ela tem sido parte do problema e que é a sua própria solução.
38:19Você fez o trabalho difícil.
38:21Você se abriu, se permitiu começar este processo de cor.
38:25É mesmo.
38:26É meio caminho andado, Diana.
38:28É mesmo.
38:30Aquelas más lembranças se foram com o lixo.
38:34Desapareceram e agora posso respirar de novo.
38:36Eu quero olhar ali.
38:50Está bem.
38:59Se eu disse que queria uma coisa, não era para jogar fora.
39:01Com certeza.
39:02Com certeza o cara que veio para decorar deve ter jogado.
39:06Eu imagino que tenha sido ele.
39:08Algumas coisas foram descartadas.
39:10Bom, eu não estou vendo.
39:11Eu não vou procurar no meio disso.
39:12Então vai deixar ele ir embora?
39:14Eu vou deixar ele ir embora.
39:14Certo.
39:15E de novo, desculpe pelo que houve.
39:17Está bem?
39:19Às vezes isso acontece.
39:20Não foi intencional, mas causou um pouco de raiva.
39:24E correu tudo bem depois disso.
39:32Bom, eu estou aliviada que muita coisa foi levada.
39:36Ainda é uma descarga emocional.
39:38Qual é o alívio?
39:39Eu não tenho que me preocupar sobre isso.
39:41Foi embora.
39:42Eu não tenho que tomar decisões.
39:44Foi difícil.
39:45Vamos entrar?
39:48Ai, eu não acredito.
39:49Até o último minuto eu estava muito ressentida e resistente.
39:57Mas quando viu o que fizeram foi surpreendente.
40:00Está maravilhoso.
40:02Eu acho que tenho direito a ter uma bela casa.
40:06Está lindo.
40:07Gostei das flores.
40:09A casa agora está do jeito que eu lembro quando era criança.
40:13Isso me traz boas lembranças.
40:15Agradeço ao decorador.
40:16Ih, eu xinguei o coro.
40:17Eu disse que não gostava de decorador.
40:21Mas eles fizeram um lindo trabalho.
40:23Não esperava que ficasse tão fantástico.
40:26Realmente está fantástico.
40:27É, o espaço está melhor.
40:29É, do que gostou mais?
40:30Do espaço.
40:31O espaço.
40:32É, o espaço.
40:33Você valorizava muito as coisas, mas agora pode valorizar o espaço.
40:36O que vai fazer com todo este espaço?
40:39Vou apenas aproveitar.
40:40Com certeza.
40:41Com certeza.
40:43Eu não vou encher de novo.
40:45Sente-se motivada para continuar assim?
40:47Sim.
40:47Sim.
40:48Me sinto motivada para limpar.
40:54A Dolores teve a chance de mudar de pensamento hoje.
40:58Olha só para isso.
41:00Acho que ela sente que pode continuar.
41:02E isso é importante.
41:04Se ela não continuar, pode perder a força e facilmente voltar às coisas que estava fazendo antes.
41:10Você resolveu muito dos meus problemas.
41:11Você fez um trabalho maravilhoso.
41:22Você também.
41:23Mesmo eu ainda estando ressentida.
41:25A família da Dolores agora sabe que está tudo bem pressioná-la.
41:30No passado, todos simplesmente paravam quando ela ficava brava.
41:33Agora sabem que pressionar é bom, mesmo que ela fique brava.
41:36Isso não vai só beneficiá-la.
41:38Ela terá um ambiente bom, limpo e seguro.
41:41Sua família poderá vir e circular sem problemas.
41:44Agora eu gosto da sua casa.
41:45Ah, gostou mesmo.
41:46De verdade.
41:47E a família vai poder ficar mais próxima dela.
41:49Toda a família está aqui.
41:52A casa está viva.
41:53Você pode respirar, está aberta.
41:55É como um espaço vivo.
41:57Está absolutamente fantástica.
41:58Fantástica.
41:59E a família vai poderá vir e circular sem problemas.
42:29Título 2
42:30Título 2
42:31Título 2
42:33Obrigado.

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