- anteontem
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NotíciasTranscrição
00:00A gente tem uma entrevista também com o Marcelo Aro, que é secretário da Casa Civil de Minas Gerais,
00:07ele já vai falar com a gente sobre esse assunto, mas antes disso eu preciso explicar para vocês
00:11essa questão, o que está sendo proposto ali na reforma tributária, que é a implementação de quê, pessoal?
00:17De um imposto sobre o valor agregado, que está sendo chamado de IVA, IVA dual. Por quê?
00:22Porque são dois impostos ali que estão sendo acachapados, estão sendo aglutinados em dois,
00:31são cinco que estão sendo aglutinados em dois. Vocês vão ver a ilustração e vão conseguir entender
00:35muito claramente isso. Um dos principais pontos, então, dessa discussão da reforma tributária
00:42deve trazer, então, uma maior simplificação. Essa é a ideia, pelo menos da reforma,
00:48de trazer uma simplificação maior do sistema tributário nacional no longo prazo,
00:53pelo menos é o que falam os especialistas. O modelo de cobrança que visa unificar os tributos
00:59sobre o consumo, principalmente sobre o consumo, e evitar a bitributação,
01:04que é o pagamento de imposto sobre o imposto. E ele é visto como moderno,
01:09por muitos especialistas e pelo mercado também. Segundo dados da Organização para a Cooperação
01:16e também o Desenvolvimento Econômico, a OCDE, pelo menos 174 países já adotavam
01:23um imposto desse tipo único até o final do ano passado.
01:30Ainda assim, pessoal, esse tema continua a divergir muitas opiniões entre os especialistas
01:35que ainda aguardam a definição de uma alíquota para avaliar, de fato,
01:40a efetividade do IVA e eventuais benefícios para o país.
01:46Esse imposto sobre o valor agregado, o IVA, nada mais é do que a unificação de tributos
01:52sobre o consumo. No caso brasileiro, a reforma tributária atualmente em debate
01:57propõe um IVA dual. Vamos colocar aquela ilustração para o pessoal de casa entender?
02:02Olha só, é o IVA dual. Por que é o IVA dual, pessoal?
02:06Rapidamente, olha só. São cinco impostos hoje que são cobrados.
02:10Tem os impostos, os tributos federais, que estão divididos ali em PIS,
02:15COFIS e também o IPI e também os tributos estaduais, o ICMS e o tributo municipal.
02:24A ideia é unificar esses cinco tributos aí em dois tributos com a reforma.
02:30Então, esses três tributos federais, o PIS, que é o Programa de Integração Social,
02:36o COFIS, que é a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social e o IPI,
02:41que é o Imposto sobre os Produtos Industrializados, virariam um imposto só.
02:47Que imposto é esse? Esse que está na tela aí, pessoal.
02:50O CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços.
02:54Outros impostos, os tributos estaduais e municipais, virariam o Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS.
03:04Esse é o texto da proposta que está lá para ser votada e analisada pelos deputados.
03:11E precisa ali de uma maioria, precisa pelo menos de 308 votos para ser aprovada hoje.
03:19Há um clima de tensão muito grande porque há uma discordância muito grande, principalmente,
03:25e uma preocupação de governadores e prefeitos em relação à criação de um Conselho Federativo.
03:33Esse Conselho Federativo, porque esse Conselho que iria definir aquele imposto lá.
03:39Vamos colocar a tela para o pessoal de casa entender.
03:41O que seria esse Conselho Federativo que é formado por governadores dos estados?
03:48Eles definiriam o valor do IBS, que é esse tributo estadual junto com o tributo municipal.
03:58Então, há um debate muito grande em relação a isso e é sobre esse assunto que a gente já vai conversar agora
04:06com o Marcelo Faro, ex-deputado federal e agora secretário-chefe da Casa Civil de Minas Gerais.
04:14Marcelo Faro, muitíssimo deputado, muitíssimo boa tarde.
04:18Obrigado por dispor de um tempo da sua agenda.
04:21Tenho certeza que muito concorrido nos últimos dias por conta desse debate,
04:25principalmente o senhor agora que está à frente da Casa Civil de Minas Gerais,
04:29uma importante unidade da federação e que representa, pelo menos ali,
04:34em, claro, proporcionalidade, pelo menos 10%, como se fosse 10% ali,
04:39da população brasileira.
04:43A gente sabe disso e a gente vê a relevância e a importância do Estado de Minas Gerais,
04:49principalmente também em eleições, disputas eleitorais, a gente sabe disso.
04:54E entre as suas funções agora é de articular essas pautas importantes para Minas Gerais
04:58junto ao governo federal e também a bancada mineira aqui no Congresso.
05:03Secretário, talvez em alguns momentos da entrevista eu lhe chamo de deputado pela força do hábito,
05:08mas Marcelo Faro agora é secretário-chefe da Casa Civil de Minas Gerais.
05:13Secretário, boa tarde mais uma vez, muitíssimo obrigado.
05:17Quero lhe ouvir sobre o seu posicionamento, o posicionamento do governo de Minas Gerais,
05:21sobre essa proposta, sobre o texto que está em debate hoje da reforma tributária.
05:26Como é que vocês avaliam o texto que está hoje e que pode, que começa essa discussão ali
05:32e que pode, inclusive, ser votado no plenário da Câmara dos Deputados.
05:36Muito boa tarde, seja bem-vindo.
05:38Boa tarde, Kenzo.
05:39Uma alegria estar participando aqui do programa.
05:42Mais uma vez, debatendo aí com você assuntos que são extremamente importantes para o nosso país.
05:48Bom, em primeiro lugar, é importante a gente deixar clara a posição de Minas Gerais,
05:53do governo do estado de Minas Gerais, em relação à reforma tributária.
05:57Nós somos favoráveis à reforma tributária.
06:01No Brasil, infelizmente, se gasta muito tempo, né, dos empreendedores,
06:06aqueles que investem no nosso país,
06:09gastam muito tempo calculando os impostos que são devidos.
06:14Infelizmente, hoje, um empresário no Brasil,
06:16ele gasta aproximadamente 80% do tempo dele com assuntos jurídicos e contábeis.
06:22E apenas 20% com aquilo que ele, de fato, deveria se preocupar na totalidade que é com o seu negócio.
06:30Então, nós precisamos, sim, de uma simplificação tributária.
06:34E é isso que o governo do estado de Minas Gerais, o nosso governador Romeu Zema,
06:38tem dito e tem dado entrevista, a opinião dele é pública e muito clara,
06:43que nós precisamos simplificar os tributos no Brasil.
06:47Nós temos que parar de ficar lá.
06:50Agora, não, isso daqui é para o estado, isso aqui é para a União, isso aqui é para o município.
06:54Não, mas tem esse imposto, tem aquele imposto.
06:56Precisa acabar.
06:57E, na unificação dos impostos, nós facilitamos a vida do brasileiro,
07:02a vida do investidor, do empresário,
07:05e isso certamente melhora o ambiente econômico do nosso país.
07:09Eu não tenho dúvidas que, com a reforma tributária,
07:12nosso país passa a dar um grande passo ao caminho do desenvolvimento econômico,
07:18que é aquilo que nós acreditamos que é a melhor ação social de um governo,
07:22é desenvolver economicamente.
07:25Secretário, a gente sabe e a gente está entendendo ainda muito
07:30essa matemática que está sendo estipulada e que está sendo definida ali dentro da reforma tributária,
07:36mas o senhor levantou um ponto,
07:38e é um ponto que eu acho que é importante que a gente traga esse exemplo para as pessoas que estão nos acompanhando aqui.
07:44É que, hoje, na atual tributação do governo brasileiro,
07:50tanto de estados quanto de municípios também, do governo federal,
07:53a gente sabe que existem nomenclaturas que mudam, por exemplo, o valor do imposto.
07:58E isso traz uma bagunça generalizada no assunto arrecadação.
08:02Porque, por exemplo, se a gente for pegar um bombom de chocolate, ele tem uma tributação.
08:09Esse bombom de chocolate tem ali uma tributação, eu acho que de 5% de IPI, salvo engano.
08:15Se esse bombom de chocolate for classificado como o EIFO, a tributação é zero.
08:21Então, assim, tem esse exemplo e tem outros exemplos.
08:25Água sanitária também.
08:26Se a água sanitária tem uma tributação, se ela não tiver cheiro e ela for vendida com outro nome,
08:31tem tributação zero.
08:33Além disso, perfume.
08:35Perfume tem uma tributação de 27,3%.
08:38Se for vendido como colônia, água de colônia, tem uma tributação de 7,8%.
08:45Então, assim, é uma bagunça muito grande e isso dificulta bastante também esses pontos
08:52e o esclarecimento para que o consumidor tenha ideia, de fato, de quanto ele está pagando de imposto,
08:58quanto aquilo está sendo arrecadado pelos estados, pelos municípios e pelo governo federal.
09:03Fato é, tem um ponto nessa questão que tem gerado uma polêmica muito grande,
09:08um questionamento muito grande de governadores.
09:10e eu tenho certeza que deve ser um ponto também de discordância do governo de Minas Gerais,
09:15que é a criação desse fundo, desse Conselho Federativo, na verdade.
09:20Qual a sua avaliação sobre a criação desse Conselho Federativo?
09:24O questionamento que tem sido feito por muitos governadores é que, com a criação desse Conselho Federativo,
09:29os governadores passam a perder força em relação à definição do imposto
09:34que é arrecadado para os estados e para os municípios.
09:38Qual a sua avaliação, secretário?
09:41Jesus, só fazer uma observação em cima do que você bem disse aí.
09:46Hoje, a política tributária brasileira é a casa da mãe Joana.
09:50Ela é um absurdo.
09:52Quantas vezes a gente já viu pessoas querendo pagar o imposto de maneira correta,
09:57perguntando, mas o que eu tenho que pagar?
09:59Onde eu tenho que pagar?
10:00E para quem eu tenho que pagar?
10:01Vira uma confusão generalizada,
10:03uma guerra fiscal entre os estados, entre municípios.
10:06Então, é uma loucura essa questão tributária no Brasil.
10:10E é por isso que nós defendemos uma simplificação tributária.
10:14Já devia ter acontecido no país, mas não aconteceu.
10:17E agora, está prestes a acontecer.
10:19Nós somos favoráveis à simplificação tributária.
10:23Acho que o grande ganho da reforma tributária,
10:25quem usou, é a simplificação.
10:27Os outros ganhos nós podemos até deixar mais para frente,
10:30podemos discutir mais,
10:31mas, de fato, a simplificação já é um grande ganho para o cidadão brasileiro.
10:35Bom, em relação ao Conselho Federativo,
10:38esse é um ponto que nos preocupa.
10:41E isso precisa ser debatido de maneira melhor.
10:44E o relator, o parlamento,
10:47precisa esclarecer para os entes federativos
10:50como será essa distribuição do imposto arrecadado.
10:54Nós tínhamos uma preocupação,
10:55porque foi dito na semana passada,
10:58que essa divisão seria o seguinte,
10:59cada estado teria um voto nesse Conselho.
11:02Então, um estado, um voto.
11:04Uma cabeça, um voto.
11:06Minas Gerais é contrária a essa proporcionalidade,
11:09a essa distribuição,
11:11porque nós avaliamos que a proporção tem que ser respeitando,
11:17particularmente, um exemplo,
11:20é a questão populacional,
11:21ou a questão até de arrecadação.
11:24Nós também topamos essa distribuição,
11:26mas essa distribuição precisa ser melhor esclarecida para a gente.
11:32Então, imagine você,
11:33que em Minas Gerais tem aproximadamente
11:35um pouco mais de 20 milhões de habitantes.
11:37Nós representamos 10%,
11:39populacionalmente falando,
11:42do estado brasileiro.
11:44E nós teríamos a mesma proporção
11:46de um estado que tem ali
11:48um milhão de habitantes.
11:50E isso não é lógico,
11:52isso não é correto,
11:53e nós não podemos admitir isso.
11:56Da mesma maneira,
11:58nós queremos, então,
12:00que seja feita uma distribuição correta,
12:03justa.
12:03Nós não queremos ser beneficiados em nada,
12:06mas também nós não queremos ser prejudicados.
12:09E do jeito que a coisa estava sendo construída,
12:12na questão do Conselho Federativo,
12:14Minas ficaria prejudicada.
12:16E essa foi a grande panderação
12:18do governo de Minas Gerais,
12:19que nós trouxemos para debate essa semana,
12:22no Congresso Nacional,
12:23chamamos os deputados federais de Minas Gerais,
12:26que são mais de 10% dos deputados
12:29no Congresso Nacional,
12:31somos 53,
12:33são 53 deputados federais,
12:34falando, olha,
12:35nós não queremos prejudicar ninguém,
12:37mas Minas também não pode ser prejudicado.
12:40Então, um estado, um voto,
12:41nós somos terminantemente contra.
12:43Boa.
12:46Secretário, então,
12:47só para deixar mais claro aqui a situação,
12:50vocês acreditam que nessa questão do Conselho Federativo,
12:53o peso não deve ser igual para todos os governadores,
12:57é isso?
12:57Não, não deve ser,
12:59porque não é justo que seja.
13:01Então, vamos lá.
13:02Quando você pega um estado aqui,
13:03poderíamos dar exemplo de um estado como Roraima,
13:05por exemplo.
13:06Se eu não me engano,
13:07lá tem nove deputados federais,
13:09por aí,
13:10algo em torno disso.
13:11Minas tem 53, né?
13:13Já há uma diferença em proporcionalidade
13:16dentro da Câmara dos Deputados,
13:17exatamente pela questão populacional.
13:20Então, como que você vai criar um conselho federativo,
13:23onde Minas tem 20 milhões de deputantes,
13:26e ele vai ter o mesmo peso de voto
13:27que o estado que tem um milhão de deputantes?
13:30Isso não é justo com o povo mineiro.
13:33Então, você está querendo falar o seguinte,
13:35uma cabeça, um voto,
13:36a gente concorda.
13:37Então, o voto da cabeça mineira
13:39vale menos do que uma cabeça
13:41de um outro estado.
13:44Isso não é justo.
13:44Por que a cabeça mineira vale menos
13:46nessa distribuição?
13:48Isso não é correto.
13:50Olha, Minas já vem sendo prejudicada
13:52há muitos anos
13:53na política que nós temos no Brasil,
13:55no Pacto Federativo.
13:57Eu estava lendo um dado de 2021,
14:01onde Minas pagou 80 bilhões
14:03de impostos para a União,
14:05e teve um retorno de apenas 40 bilhões.
14:08Ou seja, metade do que a gente pagou
14:10é o que a gente recebe.
14:12Então, assim, nós precisamos discutir isso
14:15de maneira mais clara e mais objetiva.
14:17E quando alguém fala assim,
14:18ah, mas Minas tem mais dinheiro
14:19do que um estado, por exemplo,
14:22do Nordeste, do Norte,
14:24eu respondo para vocês.
14:25Quem fala isso é porque não conhece,
14:27por exemplo, o Vale do Jequitão,
14:28em Minas Gerais.
14:29Não conhece o Norte de Minas.
14:31Nós temos, por exemplo,
14:32cidades aqui como a Umenara,
14:34que a renda per capita do cidadão,
14:36em média, é de R$ 400.
14:38Então, assim, nós temos regiões
14:40que são paupérrimas,
14:42regiões que são mais pobres
14:43do que estados que são considerados pobres.
14:46Então, isso nós não podemos admitir.
14:49E é esse ponto.
14:50Acho que esse é o ponto crucial
14:52que Minas Gerais quer jogar luz.
14:55Essa proporção no Conselho Federativo.
14:59Nós queremos discutir,
15:01os nossos parlamentares estão discutindo isso,
15:03e, repito, somos favoráveis à reforma tributária.
15:07Só não queremos ser prejudicados.
15:10Aproveitando, então,
15:11o que a gente está falando
15:12sobre essa questão de dívidas,
15:15inclusive, do governo de Minas Gerais
15:17com a União, secretário,
15:20tem aí um ponto que foi cobrado,
15:23inclusive, a decisão,
15:25o governo do presidente Lula ali
15:27cobrou uma dívida de R$ 16,4 bilhões
15:29do governo estadual.
15:33Como é que vocês estão avaliando
15:35esse cenário agora?
15:38Olha, nós, se hoje a gente tiver
15:40que pagar R$ 16,4 bilhões para a União,
15:44certamente vai faltar aqui em Minas
15:46remédio nos hospitais.
15:49A gente não vai ter dinheiro
15:50para pagar o salário dos servidores aqui.
15:53Eu não acredito que seja essa
15:55a vontade do governo federal.
15:56Eu vou ficar espantado
15:58caso o governo federal
16:00chegue à conclusão que tem mesmo
16:02que pegar esse dinheiro aqui
16:03e deixar o mineiro passando
16:04a dificuldade que vai passar
16:08caso a gente não tenha esse recurso
16:10aqui à disposição do nosso Estado.
16:12Nós temos, sim, uma dívida com a União.
16:14A nossa dívida com a União,
16:16Kenzo, ela é de algo em torno
16:18de R$ 140 bilhões.
16:21Mas aqui eu quero fazer
16:22um parêntese muito importante.
16:24Sabe quanto dessa dívida
16:26foi contraído pelo governador
16:28Romeu Zema nos últimos
16:29quatro anos e meio
16:30que ele está à frente
16:31do governo estadual?
16:33Zero.
16:34Zero.
16:35O governador Romeu Zema
16:36não fez um centavo dessa dívida.
16:39Pelo contrário.
16:40Agora, quem fez essa dívida
16:42foram gestões anteriores
16:44ao do governador Romeu Zema,
16:46como foi o caso, por exemplo,
16:47do governador Fernando Pimentel, do PT,
16:49que fez inúmeras dívidas
16:51no nosso Estado.
16:52E o que o governador Romeu Zema
16:54está fazendo agora
16:55é equacionar as contas
16:57para que a gente possa pagar a União.
16:59E isso foi feito
17:00na primeira gestão
17:02do governador Romeu Zema.
17:03A gente, pela primeira vez,
17:05depois de década,
17:06conseguimos ter um superávit
17:07no nosso orçamento.
17:09Ou seja,
17:10a gente ganhou mais
17:11do que a gente gastou,
17:12coisa que não acontecia
17:13há mais de dez anos
17:14em Minas Gerais.
17:16Porque o governador
17:17tem responsabilidade.
17:18Acabou com todas as mordomias
17:20aqui que tinham no Estado
17:21e tem, de fato,
17:23se dedicado
17:24a pagar aquilo
17:24que é importante.
17:25Mas, para isso,
17:26para pagar a dívida com a União
17:28e nós não negamos a dívida,
17:30nós temos que ter responsabilidade.
17:32Nós precisamos
17:32do regime de recuperação fiscal.
17:34E é o que a gente propõe.
17:36A gente mandou
17:37o regime de recuperação
17:38para a Assembleia Legislativa
17:39de Minas Gerais.
17:41Inclusive,
17:41vencemos agora
17:42uma decisão
17:43no STF
17:44na semana passada
17:45que nos permitiu
17:47aderir
17:47ao regime
17:48de recuperação fiscal
17:49e que nós podemos
17:51até dezembro
17:52desse ano
17:52estar negociando
17:54com a Secretaria
17:55do Tesouro Nacional
17:56como que vai se dar
17:57esse pagamento.
17:58Nós daremos
17:59uma...
18:00faremos um pagamento
18:01à vista
18:02e parcelaremos
18:03em vários anos
18:05o...
18:06né,
18:07o restante
18:07dessa dívida.
18:08Kenzo,
18:09para ficar muito claro
18:09para quem está nos assistindo
18:11é o seguinte,
18:11é igual um pai de família
18:13que recebe
18:13R$ 3 mil por mês
18:15durante anos.
18:16Gastou R$ 4 mil,
18:17então todo ano,
18:18todo mês
18:19ele ia ali.
18:25A gente perdeu o sinal
18:27rapidamente aqui
18:27com o secretário
18:29da Casa Civil
18:30de Minas Gerais,
18:31Marcelo Aro,
18:31que estava dando
18:32um exemplo,
18:33uma explicação
18:34exatamente de
18:35como é que vai ser feita
18:36essa renegociação
18:38da dívida
18:39do governo
18:39de Minas Gerais
18:40que foi cobrado
18:41pelo governo federal
18:42de uma dívida
18:43na ordem de
18:43R$ 16 bilhões
18:45de reais.
18:45Essa cobrança
18:46veio inclusive
18:46da União
18:47essa semana.
18:48É claro,
18:49a gente vai continuar
18:49ouvindo,
18:50a gente está reconectando
18:51essa comunicação
18:52com o Marcelo Aro.
18:53Ele já aparece aqui,
18:54Marcelo,
18:55secretário,
18:56desculpa,
18:56cortou só o comecinho,
18:58o senhor explicando
18:58como um pai de família.
19:00Pode concluir
19:01seu raciocínio
19:01por gentileza.
19:02Kenzo,
19:03para quem está
19:03nos assistindo,
19:04para ficar de maneira
19:05muito clara,
19:06o pai de família
19:06recebe ali R$ 3 mil por mês,
19:08mas todo mês
19:09ele gasta R$ 4 mil.
19:10Então,
19:10todo mês
19:11ele vai no banco
19:12e faz o empréstimo
19:12de R$ 1 mil.
19:14Depois de muitos anos,
19:15essa dívida
19:16se tornou impagável.
19:18E aí,
19:18o que o pai de família
19:19tem que fazer?
19:19Ele tem que sentar
19:20lá no banco
19:20e falar assim,
19:21olha,
19:21eu devo,
19:22mas eu não tenho
19:23condição de pagar
19:23isso à vista.
19:24Eu preciso que você
19:25parcele.
19:26O meu salário
19:27aqui é de R$ 3 mil.
19:28Eu vou separar
19:30todo mês
19:30uma parte
19:31para pagar você.
19:32E aí,
19:33ele vai negociar
19:34isso com o banco.
19:35Ele não pode cortar
19:36da despesa mensal dele
19:38a conta de água,
19:40de luz,
19:41a comida,
19:41porque se ele não comer,
19:42ele não vai conseguir
19:43trabalhar para pagar
19:44a dívida que ele tem
19:45com o banco.
19:45Então,
19:46tem gastos essenciais
19:48que não tem como
19:49ele cortar.
19:50Agora,
19:50ele tem como cortar
19:51aquilo que é supérfluo.
19:53Ou seja,
19:53ele pode falar
19:54com o banco,
19:54banco,
19:55eu garanto para você
19:56que eu não vou
19:56viajar
19:57final de ano,
19:58de férias.
19:59Eu não vou
20:00final de semana
20:01ficar indo em festa.
20:02O que sobrar
20:03desse dinheiro,
20:04eu vou estar pagando você.
20:06É o que o governador
20:07Romeu Zema
20:07está fazendo
20:08com o regime
20:09de recuperação fiscal
20:10e que a gente
20:11pede a compreensão
20:12da União
20:13para que não sufoque
20:14Minas Gerais.
20:15Tem hora,
20:16sabe,
20:16Kenzo,
20:17que a gente vê
20:17algumas ações
20:18que nos fazem pensar assim,
20:20será que tem alguém,
20:21e acredito eu
20:22que se tiver alguém
20:23nesse espírito,
20:24nessa intenção,
20:25precisa ver a público
20:26e falar,
20:26será que tem alguém
20:27lá no governo federal
20:28que quer prejudicar
20:29o mineiro,
20:30que quer prejudicar
20:31o cidadão mineiro?
20:33Acredito que não.
20:33Então,
20:34nós queremos pagar,
20:35mas com responsabilidade,
20:36uma dívida que não
20:36foi a gente que fez,
20:38uma dívida que foi
20:38contraída nos governos
20:40anteriores.
20:41Rapidamente,
20:41só para concluir,
20:42é importante a gente
20:43deixar muito claro aqui
20:44que o senhor faz
20:45essa defesa
20:46e diz que essas dívidas
20:47de fato foram
20:48contraídas lá
20:49no governo do PT,
20:51mas a gente sabe,
20:52quando o governador
20:54Romeu Zema
20:55assumiu o posto,
20:56ele recebe o bônus
20:57de ser governador
20:58e recebe o ônus também,
21:00a dívida vem junto,
21:01por isso está sendo tratada
21:02essa renegociação
21:03dessa dívida,
21:05como o senhor mesmo
21:05acabou de esclarecer.
21:07Eu queria que o senhor
21:08esclarecesse de uma forma
21:09clara, objetiva,
21:10para o pessoal que está em casa
21:11e é claro,
21:11para os nossos espectadores
21:13de Minas Gerais
21:13que acompanham também aqui,
21:15como é que está sendo feita
21:16essa definição
21:17dessa renegociação
21:18da dívida de Minas Gerais
21:19com o governo federal?
21:20Quanto vai ser pago
21:21em primeira parcela
21:22e quais são
21:23os excessos,
21:25como o senhor acabou
21:25de exemplificar aqui,
21:27que estão sendo cortados,
21:29por exemplo,
21:29do governo
21:30para que essa dívida
21:31seja paga
21:32o quanto antes
21:32a União?
21:34Resultou perfeitamente.
21:35Nós sabemos sim
21:36que quando o governador
21:37Romeu Zema assume
21:38o governo,
21:39ele tem ônus e bônus
21:40e é exatamente isso
21:41que nós estamos fazendo.
21:43Nós estamos negociando
21:44uma dívida que não é dele,
21:45só deixando claro
21:45que essa dívida
21:46não foi feita só
21:47pelo governo do PT, não.
21:48Foram vários governos
21:49para trás
21:50que fizeram essa dívida
21:51com a União.
21:52O que eu estou falando
21:53é que o Romeu Zema
21:54não tem culpa
21:55por um centavo
21:56dessa dívida,
21:57nem um centavo.
21:59E o que nós estamos fazendo?
22:00Gestão.
22:02Esse é o nosso
22:02grande diferencial.
22:03Gestão.
22:04Hoje,
22:05o Minas Gerais,
22:06para que você tenha uma ideia,
22:08tem apenas 13 secretarias.
22:10Se eu não me engano,
22:11é o estado
22:12com o menor número
22:13de secretarias no país.
22:14Você tem estados
22:15que tem mais de 40 secretarias.
22:17Então, a gente enxugou
22:19tudo aquilo que podia
22:20enxugar dentro
22:21da máquina pública
22:22e estamos fazendo
22:23a utilização do erário,
22:25do dinheiro público,
22:26de maneira consciente,
22:28inteligente e saudável.
22:30Então, nós estamos
22:30otimizando
22:31os valores
22:32que nós temos aqui.
22:34É claro,
22:35isso demandou
22:36da parte do governador
22:38muita sabedoria
22:40no primeiro mandato.
22:41Ele teve que renegociar,
22:42por exemplo,
22:43acredite se quiser,
22:44Kenzo,
22:44aqui em Minas Gerais,
22:45os prefeitos
22:46não recebiam
22:47o repasse
22:48obrigatório
22:49constitucional.
22:51O governo do estado,
22:52durante um tempo,
22:53reteve
22:54o repasse
22:55constitucional
22:56obrigatório.
22:57Então, a gente chegou,
22:58teve que chamar
22:58os prefeitos,
22:59falar,
22:59olha,
23:00de fato,
23:00também estamos devendo
23:01vocês,
23:02além da União,
23:04estamos devendo vocês,
23:05mas vamos pagar isso
23:06com sabedoria,
23:08aos poucos,
23:08e fizemos todos
23:09esses pagamentos
23:10e continuamos fazendo.
23:11Então,
23:12nós não estamos aqui
23:14dizendo,
23:14Kenzo,
23:15que a gente não quer pagar.
23:17O que a gente está falando
23:18é,
23:18nós temos que pagar
23:19com sabedoria e inteligência
23:21o que nós estamos fazendo.
23:22E, para isso,
23:22tem um regime
23:23de recuperação fiscal,
23:25que nós já apresentamos
23:26a nossa proposta
23:27para a Assembleia Legislativa,
23:29que agora está
23:29debatendo o plano
23:31para que seja votada
23:32na Assembleia
23:33e aí a gente possa,
23:34de fato,
23:34aderir ao plano
23:35de recuperação fiscal
23:37do estado de Minas Gerais.
23:39Em relação
23:39à negociação,
23:40Kenzo,
23:41ela ainda não está fechada.
23:42Eu não tenho como
23:43te falar qual vai ser
23:44esse valor à vista
23:46que nós vamos pagar.
23:47Mas estamos negociando
23:49com a Secretaria Nacional
23:50do Tesouro.
23:51Nós queremos pagar
23:52o maior volume possível
23:54à vista,
23:55de primeira parcela
23:57para a União,
23:58porque quanto mais
23:59a gente pagar,
24:01mais amortização
24:01nós vamos ter
24:02nas parcelas vindouras.
24:05Então,
24:05a nossa intenção
24:06é pagar uma parcela maior.
24:08E, para isso,
24:09também nós estamos
24:10encaminhando
24:11para a Assembleia Legislativa
24:13privatizações de estatais
24:15para que entre dinheiro
24:16no nosso caixa
24:17e, com esse dinheiro,
24:19a gente possa amortizar
24:20a dívida com a União.
24:21Nós temos aqui,
24:22por exemplo,
24:22a Semig,
24:23a Copasa,
24:25a Codemig,
24:25que são estatais
24:27que,
24:27no nosso entendimento,
24:29elas vão ter
24:30uma rentabilidade maior
24:32quando a iniciativa
24:34privada assumi-las.
24:35não é o nosso know-how,
24:37não é o know-how
24:38do setor público
24:39administrar essas empresas.
24:41Então,
24:42nós queremos privatizá-las.
24:44Também já estamos enviando
24:46esses projetos
24:47para a Assembleia Legislativa
24:48para que a gente
24:49possa privatizar.
24:50Privatizando,
24:51entra dinheiro no caixa
24:52e, com esse dinheiro,
24:53a gente amortiza ainda mais
24:55a dívida que nós temos
24:56com a União.
24:57Então,
24:57posso aqui dar exemplo
24:59para você.
25:00Se nós vendermos,
25:01por exemplo,
25:01a Codemig,
25:02se ela for vendida
25:03a um bilhão,
25:04dez bilhões
25:05ou cem bilhões,
25:06o dinheiro que a gente
25:07receber dela,
25:08boa parte desse dinheiro,
25:10vai ser utilizada
25:11para amortizar
25:12a dívida com a União.
25:13Então,
25:13eu não tenho como
25:14te dar um número
25:14específico agora
25:16porque esses projetos
25:17ainda estão em negociação
25:19com a Assembleia,
25:20estão em negociação
25:22também,
25:22obviamente,
25:23no momento certo
25:24com o mercado
25:25que irá adquiri-las
25:26e aí sim
25:27nós vamos valorizar
25:28para nós
25:29dar de entrada
25:30nessa operação
25:31de recuperação fiscal.
25:35Secretário
25:35da Casa Civil
25:37do Governo
25:38de Minas Gerais,
25:39ex-deputado federal
25:40Marcelo Aro,
25:41participou com a gente
25:41aqui do nosso
25:42Meio Dia em Brasília,
25:43falando sobre
25:44reforma tributária,
25:45falando sobre
25:46os pontos
25:46também da dívida
25:48do Governo
25:49de Minas Gerais
25:50com a União.
25:51Secretário,
25:52muitíssimo obrigado
25:53por dispor de um tempo
25:54aqui no nosso
25:55Meio Dia,
25:55portas abertas,
25:56até a nossa próxima
25:57oportunidade.
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