O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho (foto), comentou o veto ao projeto da Petrobras de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. Em entrevista no sábado (20), ele disse que o órgão não toma decisões “por questões políticas”.
“O Ibama é uma instituição de estado, então não toma decisão por pressão política. O Ibama é um órgão técnico. O Ibama sofreu muita ingerência política nos últimos quatro anos e eu me senti muito à vontade para tomar essa decisão. É uma decisão amparada pelo corpo técnico do Ibama”.
Como temos mostrado, a matéria é motivo de embate entre os ministros Marina Silva, do Meio Ambiente, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia.
Para o presidente do Ibama, o pedido da Petrobras não “para de pé”. Ele disse ainda a petroleira pode apresentar novas requisições que serão avaliadas.
“A gente recebeu a informação de que a Petrobras está pedindo a reconsideração da decisão, mas obviamente ela, como empreendedora, pode apresentar um novo pedido de licenciamento e será analisado pelo Ibama.”
Rodrigo Agostinho comparou o projeto ao caso da usina hidrelétrica de Belo Monte, que levou ao primeiro rompimento de Marina com o PT, após ser derrotada pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.
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00:13a mais ou menos uns 500 quilômetros da costa, ali na Foz do Amazonas,
00:17mas o IBAMA, o presidente do IBAMA, diz que não, certo?
00:25Mas essa briga não fica por aí.
00:27O presidente do IBAMA agora deu uma declaração dizendo que o projeto da Petrobras não para em pé.
00:40Minério de ferro, Meditano me perguntou aqui, eu não falei do minério de ferro, estava 102, se não me falha a memória.
00:47Minério de ferro, 101,90 neste momento, viu, Meditano?
00:51É o contrato para junho de 23, contrato futuro de junho de 23, tá bom?
01:00Muito bem, olha só.
01:03Vamos lá.
01:04E aí o presidente do IBAMA, então, disse, olha, não para de pé esse projeto da Petrobras de explorar o petróleo por lá.
01:13Olha só, preste atenção nisso, porque uma coisa vai se encadear com a outra.
01:16O IBAMA é uma instituição de Estado, disse aí o nosso querido Rodrigo Agostinho, então não toma decisão por pressão política.
01:23O IBAMA é um órgão técnico, o IBAMA sofreu muita ingerência política nos últimos quatro anos e eu me senti muito à vontade para tomar essa decisão.
01:32É uma decisão amparada pelo corpo técnico do IBAMA.
01:36A gente recebeu a informação de que a Petrobras está pedindo reconsideração da decisão, mas, obviamente, ela, como empreendedora, pode apresentar um novo pedido de licenciamento e será analisado.
01:48Pelo IBAMA, pelo presidente aí do IBAMA, o pedido da Petrobras não para de pé.
01:54E ele citou na decisão dele o caso de Belo Monte, que é um caso do coração da Marina, que é o motivo pelo qual a Marina abandonou o governo Lula lá atrás.
02:09E, pelo jeito, vai ter que abandonar de novo.
02:12E eu vou dizer porquê para vocês agora.
02:14O presidente da República, está aí, diz que, calma, calma, minha gente, vamos ver isso direito.
02:25Ele fala assim, se explorar esse petróleo e tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado, certo?
02:36Mas, o Lula, que é um técnico em meio ambiente muito conhecido e famoso, condecorado, diz o seguinte, mas eu acho difícil, porque fica a 530 quilômetros de distância da Amazônia.
02:51Mas só posso saber quando chegar ao país, disse ele.
02:55Muito bem, Marina, eu acho que é tchau, querida, viu?
02:59É para você.
03:00Não sei, vamos esperar, mas está parecendo que vai rolar um tchau, querida, novamente, né?
03:08O Jean-Paul Prats chegou a dizer, dizem que na Amazônia tem mais petróleo do que água.
03:17Olha, Lesma Gamer, eu não sei dizer se isso é real ou não, mas que tem bastante petróleo.
03:24Tem, o problema é como é que você faz isso em um lugar, né?
03:30Porque, assim, você colocar na mesma frase, como gosto de falar aqui o Pedro Guerrato,
03:34petróleo e a Amazônia vai ser um negócio que vai chamar a atenção do mundo todo, né?
03:39Vocês sabem disso.
03:40E a Marina ficou conhecida como uma grande defensora da Amazônia no mundo, né?
03:47Era internacionalmente conhecida em função disso.
03:50E por isso que o Lula trouxe ela para o governo e agora vai mandá-la embora, né?
03:56Assim, não sei, né? Vamos esperar.
04:01O Pedro Guerrato dizendo que tem que ir.
04:02Aquele abraço, Pedro, depois você termina aí.
04:07Olha só, o presidente Jean-Paul Prats, presidente da Petrobras, é o seguinte, ó.
04:12Se não puder explorar ali, né, na Foz do Amazonas, a gente vai para o outro lado da fronteira ali,
04:25na margem equatorial que pertence à Guiana e Suriname, né?
04:30Nós temos também a possibilidade de voltar a nos internacionalizar um pouco em relação à Guiana,
04:37em relação a outros lugares.
04:38Talvez, diante da impossibilidade de furar a Foz, a gente possa testar alguma coisa na Guiana ou Suriname.
04:45A pena é que lá a gente vai ser mais um.
04:48Aqui a gente é a estatal do pedaço.
04:53A Host Company, a anfitriã, o fato é que o ministro de Minas e Energia
04:59e a Marina Silva devem estar trocando mensagens sinceras e cordiais pelo WhatsApp
05:08neste exato momento sobre este assunto.
05:12Porque a cobra ainda vai fumar, né?
05:15E o ministro de Minas e Energia pediu a Jean-Paul Prats, que atendeu,
05:18que o petróleo não destruiu o deserto, é muito bom mesmo, a Guiana.
05:30Que pediu a Jean-Paul Prats, que atendeu, para ficar lá com a sonda e tudo mais,
05:35a um custo esperado aí, segundo alguns, de 3 milhões de reais ao dia, né?
05:41Pelo menos mais 10 dias, para ver se conseguem transformar essa negativa aí do Ibama
05:46em uma autorização para exploração, né?
05:49Mas, segundo o nosso querido presidente do Ibama ali, o Rodrigo Agostinho,
05:55a proposta da Petrobras não para de pé.
05:57E eu duvido que em 10 dias ela pare de pé.
06:00A não ser que o Ibama só tenha que dizer sim, senhor.
06:06Mas é agora que a gente vai ver quão ESG realmente é o governo.