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  • 25/06/2025
Joaquim Monteiro, CEO do maior rally da América Latina, comenta o impacto do evento nas cidades por onde passa.

Assista à conversa na íntegra: https://youtu.be/IQnyDwaHJM0

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Transcrição
00:00Vocês repetem as cidades?
00:01Algumas cidades satélites a gente repete, tipo Goiânia,
00:05há dois, 30 anos Sertões, foram 14 largadas em Goiânia,
00:09que é uma cidade estruturada, ela se confunde muito com a história dos Sertões.
00:14O Jalapão também, o Sertões ajudou muito a colocar o Jalapão
00:20no mapa de destinos turísticos, então a gente tem muito carinho pelo Jalapão
00:25e a gente volta com frequência lá.
00:28O que define esse roteiro?
00:30Quando é que você para, tem mais gente naturalmente que decide isso,
00:34como é que é feito esse processo de traçar o roteiro do próximo Jalapão?
00:39O Sertões é como se fosse um carnaval, então quando termina uma edição,
00:45a gente já está pensando na seguinte, tem uma comissão técnica
00:48que julga as cidades anfitriantes, as cidades anfitriantes podem se submeter,
00:55pode se candidatar a receber...
00:58Como é que faz para se candidatar?
00:59Entra em contato com a gente, no contato arroba Sertões.com.br.
01:04Está vendo aí? Contato arroba Sertões.com.br.
01:08E aí você já se candidata.
01:10Quem pode se candidatar? É o prefeito que tem que...
01:11É a prefeitura, exatamente.
01:13Então aí esses prefeitos desse Brasil profundo se candidatem,
01:18de repente surge uma novidade.
01:21Vocês se surpreendem?
01:22Com certeza.
01:23Você estava comentando.
01:24Pode voltar na parte e eu queria entender um pouquinho como é que é.
01:26Não é isso, é tipo Costa Rica.
01:28Existe no Brasil uma cidade de Costa Rica que tem 30 anos de vida,
01:33ou seja, super recente.
01:34Se candidatou há uns dois anos atrás e conseguiram esse ano.
01:39A gente passou por Costa Rica, é a maior plantação de algodão do país.
01:43Eu não conhecia pessoalmente Costa Rica.
01:46Então o Sertões tem esse objetivo de revelar um Brasil,
01:51não para o mundo, mas revelar um Brasil para o próprio brasileiro.
01:55A gente parte do princípio que o Brasil,
01:58pelo fato de ter essa dimensão continental,
02:01nem todo brasileiro conhece a Chapada Diamantina, o Pantanal, a Amazônia.
02:08Então acho que uma das premissas do Sertões,
02:11pelas imagens fascinantes que a gente gera,
02:14é despertar a curiosidade de você conhecer o que é seu.
02:18Então o brasileiro, eu, você, quando a gente viaja para fora,
02:22a gente deixa 15 bilhões de dólares.
02:25Olha só.
02:26Então 15 bilhões de dólares são mais ou menos uns 60 bilhões de reais.
02:32E a gente não pode se dar ao luxo de desperdiçar 60 bilhões de reais.
02:3760 bilhões de reais não é a cura da economia brasileira,
02:41mas é uma ajuda significativa para o Piauí, Maranhão, para o Ceará,
02:47para o Tocantins, cidades, estados que estão prontos aí para receber os turistas.
02:54E a gente só dá esse empurrãozinho e cria essas imagens fascinantes aí
02:57para despertar a curiosidade.
02:58Você, você, assim, interessa a vocês acompanhar se a cidade,
03:07o que aquilo deixou de legado na cidade,
03:09além daquele dia em que a cidade movimentou aquele recurso
03:15em função de restaurante, em função de hospedagem.
03:18Você já se interessou, passou em uma cidade que te tocou,
03:21falou assim, puta, como é que está essa cidade hoje?
03:23E volta nela e se debruça novamente sobre essa cidade?
03:29Ótima pergunta.
03:30Então, paralelo à competição, a gente tem um braço social
03:33que se chama SAS.
03:37SAS em alusão ao SOS de pedido de socorro.
03:42E SAS quer dizer saúde e alegria nos sertões.
03:46Oh, que legal.
03:46Então, são 70 médicos voluntários do Hospital Einstein,
03:50aqui de São Paulo, e da Unicamp.
03:52Que bacana.
03:53É uma parceria com a Philips, com a Roche e com a Mercedes.
03:59Então, a Mercedes montou duas carretas com quatro ambulatórios cada um.
04:04E a gente consegue fazer oito operações simultâneas.
04:08Olha.
04:08Então, esses 70 médicos são especialistas em quatro atendimentos.
04:13Ah.
04:15Dermatológico, ginecológico, oftalmológico e odontológico.
04:19Legal.
04:21Então, a gente não vai lá ensinar a escovar o dente, nem distribuir cesta de alimentação.
04:27A gente vai lá fazer uma medicina profunda, né?
04:29De operar as pessoas.
04:31Esse ano, a gente beneficiou 16 mil pessoas.
04:36Olha.
04:36Foram 16 mil atendimentos médicos.
04:39Então, de novo, não é a cura...
04:41O sertões não é a cura do câncer no Brasil,
04:43mas ele faz a diferença por onde passa.
04:46Porque não faz sentido, né, Cláudio, a gente montar essa operação toda,
04:50que tem cinco aeronaves, duas mil pessoas, né?
04:55Imagina, duas mil pessoas todo dia acampando, né?
04:58Dormindo, acordando, comendo.
05:01E a gente não faz sentido a gente levantar essa poeira toda e só passar.
05:05Então, a gente precisa deixar um legado.
05:06Então, o SAS, que é o Saúde e Alegria nos Sertões,
05:11dá esse benefício social.
05:13Então, quais são os benefícios das cidades anfitriãs, né?
05:17Primeiro, o legado econômico.
05:20Então, a gente fomenta a economia.
05:24O Sebrae, por exemplo, quatro meses antes,
05:27ele vai lá nessas cidades preparar e capacitar
05:30o cara do restaurante, do bar, da pousada, né?
05:33Então, para deixar, para estruturar as cidades.
05:37Isso é bastidor, viu, gente?
05:38Isso aqui não é o que você vai ver nas reportagens do Globo Repórter,
05:42do Fantástico, né?
05:44A gente vê que, realmente, quando vocês lançam,
05:47isso repercute na mídia de uma maneira brutal.
05:51Mas, normalmente, o que se apresenta é só a parte esportiva, né?
05:56Exatamente.
05:57E esse é o nosso esforço agora, né?
05:58O Sertões.
05:59A gente não chama mais Rally do Sertões.
06:01A gente só se chama agora Sertões,
06:03porque é um projeto de 30 anos.
06:05Então, as pessoas já criaram uma intimidade.
06:08Então, você vai no Sertões?
06:09Você vai no Sertões, né?
06:10Então, a gente tirou o nome Rally 2 e deixou só Sertões.
06:14E o projeto é dividido, Cláudio, em três verticais.
06:18Primeiro, esporte, como você falou.
06:20Ele é reconhecido pelo fato de ser um rally expressivo, né?
06:24Tem certificação, né?
06:25Tem certificação.
06:26Tem certificação, é.
06:27Etapa do Mundial, né?
06:28Vem pilotos de fora.
06:30Segundo, é o social.
06:32Então, por onde a gente passa, a gente deixa esse legado social na parte de medicina.
06:37Certo.
06:38E o corte que a gente escolheu fazer é mulheres e crianças.
06:42Claro.
06:42Então, a gente não opera homens.
06:45E dessas cidades que a gente passou, duas, Cláudio, a gente conseguiu zerar o déficit de óculos.
06:53Olha só.
06:54Ou seja, 100% das crianças da rede municipal de ensino receberam óculos.
07:00Fizeram lá, medir, quem precisava, vocês mesmos entregaram óculos.
07:03A gente vai três meses antes, a gente faz uma triagem, vê qual é o tamanho da confusão que a gente vai tentar resolver.
07:10E quando o Sertões passa naquela cidade, a gente distribui.
07:14Então, a gente vai lá na escola 1, 2, 5, 10, vê a quantidade de crianças.
07:18Obviamente que a gente não está falando de terminal, déficit de óculos de São Paulo, do Rio ou de Belo Horizonte.
07:23São cidades pequenas.
07:24Claro.
07:24Até porque Rio e Belo Horizonte são cidades ricas.
07:27Exato.
07:27E não precisam desse tipo de apoio.
07:31E como eu falei, como são cidades muito remotas e carentes, não tem nenhuma ONG orbitando ali.
07:39Você vai para a comunidade da Rocinha ou de qualquer uma comunidade aqui, de Paraisópolis, tem ONG só de mulher, tem ONG só de educação, a outra que reforma a casa.
07:49Vai para a Amazônia tem ONG também.
07:51Exato.
07:51E essas cidades, sabe, é onde a criança chora e ninguém escuta.
07:55Então, acho que o Sertões tem um papel social importante e relevante no Brasil.

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