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Transcrição
00:00Boa tarde a todos. Quero dizer primeiro da minha grande honra de retornar, após um certo tempo,
00:14ao Senado, nessa Casa da República. E o meu grande orgulho de estar aqui ao lado da bancada
00:23do Senado do Podemos, além também da Presidente do Podemos, para conversar com vocês sobre
00:36esse assunto tão importante. A grande questão, em verdade, que se coloca hoje é se responsabilidade
00:46social, é incompatível com responsabilidade fiscal. E a resposta que a bancada do Podemos
00:54e do Senado tem a apresentar é que há dois caminhos juntos. O Podemos e o Senado, ele
01:01é absolutamente favorável ao combate à pobreza. É um dos objetivos fundamentais, inclusive
01:10inscritos na nossa Constituição da República. E não há como não ter compaixão pelos brasileiros
01:19e brasileiras que, infelizmente, hoje passam fome em decorrente de desemprego e de uma política
01:28econômica equivocada. Então o Podemos é favorável às medidas pertinentes ao aumento e à expansão
01:37do Bolsa Família ou, igualmente, objeto de discussão dentro dessa Casa. É perfeitamente possível
01:47realizar o incremento do Auxílio Brasil sem os efeitos colaterais pretendidos pelo governo
01:56de derrubar o teto de gastos. O teto de gastos, quando foi criado em 2016, resultou numa imediata
02:04queda dos juros cobrados do mercado. Isso impulsionou a recuperação da economia que vinha da recessão
02:13criada pelo governo do Partido dos Trabalhadores. Não vamos aqui fechar os olhos para consequência
02:19do rompimento dessa política e do teto de gastos. Isso vai gerar um aumento da inflação
02:26que vai ter que ser escondido pelo Banco Central com o aumento dos juros. Já foram elevados
02:32nas últimas reuniões do Banco Central e terão de ser elevados pela perda da credibilidade
02:39fiscal do Brasil perante a comunidade internacional e mesmo pelo mercado interno. Quando se fala
02:46em aumento de juros, as consequências disso é a recessão. Há um crescimento econômico
02:52cuja expectativa já foi reduzida para esse ano e uma perspectiva do próximo ano de estagnação
03:00ou de recessão. Isso significa, na prática, menores salários e desemprego. O Podemos não
03:08pode compactuar com o desemprego dos trabalhadores brasileiros e gerar situações ainda mais difíceis
03:17sobre um argumento de que isso seria necessário para combater a pobreza. O entendimento é que
03:24não é. É possível sim conciliar responsabilidade social com responsabilidade fiscal. Ao lado
03:31disso, não só o rompimento do teto de gastos, mas o camote na dívida pública. Quem tem dívidas
03:39de precatórios são brasileiros e brasileiras como nós, que têm direitos e têm que ser respeitados.
03:45São pessoas comuns, são professores, são servidores públicos, são pessoas com direitos de
03:53organização frente à União, que vão ter os seus créditos postergados a pretexto de fazer
04:00algo que é importante, de aumentar o auxílio Brasil ou outra família, mas essa consequência
04:08de gerar o camote não é necessária. E essas pessoas precisam ser tratadas com consideração
04:14e respeito. Daí a necessidade de nós termos uma postura firme contra o calote e o furo de
04:22teto de gastos que vem acompanhado da proposta do governo, que havia jurado, aliás, não romper
04:28o teto de gastos e buscar crescimento econômico e não recessão, que vai ser a consequência do
04:35rompimento do teto de gastos. Enfim, deixar muito claro a proposta do Poder, aqui capitaneada
04:43pelo senador Eduardo Vista, é combater a pobreza, aumentando os benefícios, mas sem seguir uma proposta
04:52que gera perda da credibilidade fiscal do país. E as consequências disso, não se enganem, vai ser o aprofundamento
05:01da crise econômica com recessão e perda de emprego do Brasil. Muito obrigado.
05:07Alguém tem alguma pergunta? Aqui. Ministro, eu queria entender qual que é a diferença de curar o teto
05:25para vocês do Podemos e de retirar os precatórios da integralidade do teto de gastos. Ou seja, você pagar
05:3190 bilhões de reais fora do teto de gastos, não é curar o teto de gastos?
05:37Claro. A autor da proposta, na verdade, é o senador Eduardo Vista, e aqui quando eu disse
05:43o início, só temos um personagem coadjuvante, bem contribuindo para a discussão do Senado,
05:48com muita oportunidade, falo daqui a palavra ao senador.
05:50Muito obrigado.
05:52Deixa eu lhe dizer, nossa proposta original, que eu tirava fora do teto apenas, então somente
06:02os precatórios relativos ao fundéfico, porque esses já estão fora do teto, 16 bilhões.
06:10Aí nós somávamos isso com outros recursos, com os 34,6 bilhões que já tem no orçamento
06:17para o Bolsa Família. E aí somávamos isso com mais 15 bilhões, que sairiam do fim
06:25daquela horrorosa instituição que são as emendas do relator. E aí somávamos isso
06:32ainda com mais 8 bilhões, que seria dividir as emendas impositivas de deputados e senador,
06:408 bilhões. Isso seria suficiente para pagar o Ciro Brasil sem mexer em teto de gastos,
06:47e sem colocar nada fora do teto. Nossa proposta, numa negociação com o senador Alessandro Vieira
06:55e com o senador José Alívio, entendemos, e eu acabei concordando com essa, para poder unir
07:03essas propostas, que é diferente da proposta inicial do Partido do Poder, evoluiu para o seguinte.
07:09Lá, quando foi criado, em 2016, o teto de gastos, se trata de um instrumento gerencial,
07:18se trata de alguma coisa que diz assim, o governo não pode criar gastos além deste limite.
07:24Qual é o limite? Que gastou no ano anterior, corrigido pela inflação.
07:27O próprio, o próprio, a própria lei do teto de gastos reconhece que casos de pandemia,
07:36como foi o ano passado, casos de terremotos, casos de guerra, razões que não são o governo
07:44central que dá causa, mas causas fortuitas, pode ser pago fora do teto de gastos.
07:49No ano passado, nós pagamos 600 milhões e o mercado entendeu.
07:54O que argumenta o senador Alessandro, o senador José Alívio, o bispo e coisa dele, que eu aceitei,
08:00é que esse auxílio é a saída da pandemia.
08:07A pandemia hoje é a pandemia da fome.
08:10Isso é consequência da pandemia do Covid.
08:12E que, portanto, ao colocar os precatórios, todos eles fora do teto,
08:17estaríamos dentro ainda desta perspectiva que a própria lei do teto coloca.
08:23E o mercado, quando sabe exatamente quanto é e para que é, ele recebe bem.
08:29O problema é que a PEC 23 do governo, ninguém sabe direito o que é aquilo.
08:34E não tem carinho, não tem vinculação.
08:36O dinheiro pode ir para qualquer lugar.
08:38No caso dessa proposta unificada, minha, do José Avíbal e do Alessandro Vieira,
08:44é exclusivamente a seleção dos precatórios,
08:48que seria a mesma coisa que insencionalizar o governo de gastos,
08:52porque insencionalizar o auxílio Brasil, porque os números batem, são quase iguais.
08:57Então havia uma justificativa para isso, e foi isso que a gente concordou.
09:01Uma solução limpa, coerente, transparente e que resolve o problema.
09:05Ministro, ministro Mbolo, o senhor classificou agora há pouco a política econômica como equivocada.
09:12Minha pergunta, eu gostaria de saber, se a política já era equivocada,
09:16quando o senhor estava no governo, e quando ela começou a se desvirtuar, na sua opinião?
09:21Veja, enquanto eu estava no governo, eu era responsável pelo Ministério da Justiça,
09:27nunca foi responsável pela política econômica.
09:30O fato é que as promessas da política econômica, de respeito ao dedo de gasto,
09:36responsabilidade fiscal e crescimento econômico, não foram realizadas.
09:40A perspectiva que nós temos para o próximo ano, infelizmente,
09:45nós temos que dizer, seja como pesar, é de estaginação ou de recessão,
09:51o que gera desemprego.
09:53E esse é um produto direto da responsabilidade fiscal do governo.
09:58Perfeito?
09:59Aumentar os gastos para atender necessidades relacionadas ao enfrentamento da pobreza,
10:05que aumenta o nosso nível do Brasil, ou da Bolsa Família.
10:07Que, aliás, nem havia necessidade de mudar nomes.
10:10Mudar nomes é algo que simplesmente nega o crédito em relação a políticas anteriores,
10:17assim como foi negado quando se mudou de Bolsa Escola para Bolsa Família.
10:22Então, esse é um erro de política pública.
10:24Aumentar o espaço fiscal.
10:26Para isso, até existe uma justificativa.
10:30Agora, o que se percebe na emenda é o aumento do espaço fiscal
10:34para despesas que não têm razão de ser, como, por exemplo,
10:38elevação de emendas do relator, que são pagamentos efetuados,
10:42como o próprio Supremo Tribunal Federal reconheceu,
10:46sem a necessária transparência.
10:47Qual o maior equívoco da política econômica na sua opinião, ministro?
10:53A perda da credibilidade fiscal não é apenas uma questão abstrata,
10:58afeta o mundo dos economistas.
11:00A perda da credibilidade fiscal leva ao aumento da inflação,
11:05isso diminui o poder de compra para o trabalhador,
11:08isso nós estamos vendo refletido no preço de combustíveis quase a R$ 7,00,
11:13e também no aumento do preço da alimentação,
11:16o que tem levado as pessoas a recorrer a restos de comida para sobreviver,
11:21e, por outro lado, ao incremento dos juros,
11:23já que o Banco Central, para controlar a inflação,
11:26e, sem credibilidade fiscal, tem que levar os juros para além
11:30daquilo que seria necessário.
11:33Mas é a forma de se contentuação.
11:36Agora, isso gera menos atividade econômica
11:39e contribui para esse ciclo recessivo
11:41que é provável que entremos.
11:44Esperamos que não.
11:45Esperamos que, apesar dos erros da política econômica,
11:49que o melhor cenário se realize.
11:51Mas nós não deveríamos enfrentar com o pior cenário.
11:55Senador, senador, senador,
11:57a liderança já conversa com a liderança do governo
12:00na possibilidade de retirar as emendas do relator.
12:03A liderança do governo admite uma negociação nesse sentido,
12:06aqui no Senado, retirar as emendas do relator?
12:11É um pedido nosso.
12:14As negociações com o governo continuam.
12:17O governo ainda não deu uma posição definitiva.
12:20Perdão, esqueço de olhar para vocês.
12:22Então, vamos lá de novo.
12:28É uma exigência nossa.
12:30Nós temos as seguintes exigências.
12:32Acabar com a emenda do relator.
12:34Pelo menos como ela existe hoje.
12:35Acabar com ela.
12:37Não dar calote nos precatórios.
12:39E não mexer na regra do teto.
12:42Complementando a resposta à pergunta anterior que eu respondi,
12:45é muito diferente.
12:47Uma coisa é você mexer na regra do teto.
12:49Outra coisa é você dizer assim,
12:51vamos decepcionalizar essa quantia
12:53só no ano de 2022.
12:56O efeito nisso no mercado é totalmente diferente.
13:00E aí
13:01acho que acabou.
13:04É, agora nós temos.
13:05O que é que chega a sanção?
13:08Deu, gente.
13:09Deu, deu, deu, deu.
13:10Deu, deu, deu.
13:10Deu, agradecendo.
13:11Obrigado.
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