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  • 22/06/2025
Abbas Araghchi, chanceler iraniano, chegou a Moscou neste domingo (22) para uma reunião com o presidente Vladimir Putin. O encontro ocorre após os EUA bombardearem instalações nucleares do Irã, e busca alinhar respostas diplomáticas e estratégicas com a Rússia. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista Vladimir Feijó, professor de relações internacionais, e Augusto Lerner, coordenador de relações institucionais do StandWithUs Brasil.
Apresentador: Nelson Kobayashi
Entrevistados: Augusto Lerner e Vladimir Feijó

Assista ao Fast News completo: https://youtube.com/live/LspdC5omQ2E

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Transcrição
00:00E em especial a partir do anúncio feito ontem pelo presidente americano, Donald Trump,
00:04dos ataques americanos realizados nas instalações nucleares iranianas
00:09e toda a repercussão que isso tem gerado no mundo todo.
00:12E aí eu trago agora uma notícia que acaba de chegar à nossa redação.
00:16O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragá,
00:24que chegou a Moscou como parte de uma ofensiva diplomática
00:27para mobilizar o mundo contra Israel.
00:30É o que informa a agência estatal iraniana, a Irna.
00:34Vamos nos lembrar da imprensa iraniana, que é uma agência estatal.
00:40A visita à capital russa estaria ocorrendo em meio à intensificação do conflito
00:44envolvendo Teheran e Tel Aviv e tem como objetivo buscar apoio político e diplomático
00:50junto a aliados estratégicos diante dos recentes ataques israelenses
00:56ao território iraniano.
00:58O ministro das Relações Exteriores do Irã estaria em Moscou
01:02na busca de apoio estratégico no que eles chamam de uma mobilização do mundo contra Israel.
01:10Eu quero falar sobre isso com o professor Vladimir Feijó.
01:13Quero entender a possibilidade de Vladimir Putin receber o ministro das Relações Exteriores
01:18e se somar a essa mobilização, professor?
01:22Não, eu tenho certeza.
01:24Esse encontro estava agendado depois da saída em Genebra.
01:29Ele já avisou que iria, isso mesmo antes do ataque americano às instalações nucleares.
01:35Ao que tudo indica, é para reunião direto com a presidência da Rússia
01:40e imagino eu também com todo o gabinete de segurança russo
01:45porque existe um tratado firmado entre os dois países chamado de parceria estratégica
01:50que inclusive forneceu à Rússia a ajuda do Irã para não só compra de drones
01:56mas também a instalação para construção de drones em território russo.
02:01Então imagino que agora haja uma conversa de como isso pode ser feito
02:06em benefício das necessidades momentâneas do Irã.
02:10Eu quero ouvir do Augusto Lerner também a sua avaliação, Augusto,
02:14porque em meio a este encontro há outras frentes que a Rússia tem lutado também.
02:20Está num conflito direto com a Ucrânia.
02:24O presidente russo pediu recentemente, junto com China e Paquistão,
02:30ofertou uma proposta de resolução ao Conselho de Segurança da ONU por um cessar-fogo.
02:34Tem feito, inclusive, contato com o presidente americano.
02:38Tivemos há dias atrás uma ligação entre os dois, o presidente Trump e Vladimir Putin,
02:43também na tentativa de uma solução diplomática para esse conflito.
02:46Como você enxerga a recepção russa a esta visita do representante iraniano?
02:55Se há alguma chance da Rússia abraçar essas ideias iranianas e adentrar no conflito?
03:01Bom, obrigado pelo questionamento, Nelson.
03:07Acho que eu vou começar do fim para o início.
03:10Acho que eu tenho a total compreensão que a Rússia não vai entrar no conflito junto com o Irã,
03:17nem por causa dos Estados Unidos e muito menos por causa de Israel.
03:23Hoje em dia, a Rússia está atolada num conflito, quase para um beco sem saída com a Ucrânia,
03:30que a Rússia deu início em 2022 na invasão contra o território ucraniano.
03:36Mas a Rússia é uma parceira de longa data do regime de Teherã.
03:41Eu posso citar aqui alguns motivos.
03:44Primeiro, são os dois países que são mais sancionados no mundo.
03:47Primeiro, a Rússia, depois o Irã, a Rússia por causa da invasão na Ucrânia
03:54e também, segundo, o Irã por causa do seu polêmico programa,
03:59possibilidade do programa nuclear de enriquecimento de urânio.
04:03Então, são países que trocam muitas ideias também por causa disso.
04:07Segundo motivo, os dois países fazem parte do BRICS.
04:11Então, eles têm uma ligação, um elo muito importante,
04:16estando na questão econômica, política, militar e também geográfica.
04:21São países que estão perto um do outro também.
04:23Isso também traz um grau de aproximação entre eles.
04:28O terceiro ponto, que também acho que vale se destacar,
04:31entre Rússia e Irã,
04:33eram os dois principais fiadores do regime de Bashar al-Assad na Síria,
04:39que caiu no início do ano, agora de 2025,
04:44na verdade, no primeiro trimestre de 2025.
04:47Mas durante toda a guerra civil na Síria,
04:52os grandes apoiadores do regime eram tanto a Rússia quanto o Irã.
04:57Então, se o regime de Assad na Síria durou,
05:01durante a guerra civil, durante 12 anos,
05:03foi por causa da ajuda tanto do Irã quanto da Rússia.
05:06E também esse conflito aproximou ainda mais essas duas seguras,
05:12esses dois países, no caso, nessa triangulação.
05:16Outra questão, claro, tem que citar também o Hezbollah,
05:18que também foi parte importante também na manutenção do governo de Assad
05:22antes de ele cair no primeiro semestre de 2025.
05:25Último caso também, que eu acho que é importante fazer essa ressalva,
05:28a Rússia é uma grande compradora de drones iranianos,
05:34que drones esses são lançados pela Rússia em direção a Kiev
05:39e outras principais cidades na Ucrânia.
05:41Então, a gente vê esse elo entre esses dois países muito grande,
05:45cada vez se aproximando mais,
05:47mas as relações entre os países têm interesse,
05:50é o que as relações internacionais nos ensinam.
05:55E ela vai ser interessante da Rússia para o Irã até certo ponto.
06:00E qual é o certo ponto que não se torna mais interessante
06:04a partir do que a Rússia tem que entrar a ajudar militarmente
06:07o Irã no conflito com Israel e agora com os Estados Unidos,
06:14que fez um ataque muito localizado,
06:16disseram que não atacaram o regime iraniano,
06:18atacaram as forças militares e sim o enriquecimento de urânio do país.
06:23Então, a gente vê dentro desse aspecto a Rússia tendo limites
06:27até onde ela pode ajudar ou não ajudar o Irã.
06:30E eu entendo que não vai partir para um apoio militar nessa guerra,
06:35porque a Rússia não quer entrar numa guerra com os Estados Unidos
06:37e também a Rússia e Israel têm relações diplomáticas fortes,
06:42estáveis também na questão militar.
06:45Hoje em dia moram, vivem mais de um milhão de russos
06:48ou de familiares de pessoas que vieram da União Soviética
06:52ou da Rússia pós-91 morando em Israel.
06:56Então, tem uma grande comunidade de língua russa morando em Israel.
07:00Isso para o Vladimir Putin também é um ponto decisivo,
07:03também que faz a questão de ter uma sensibilidade grande com Israel.
07:07Então, por essa série de fatores que eu trouxe aqui sob a mesa
07:11para as pessoas que nos acompanham na noite de hoje,
07:13que eu entendo que a Rússia não vai entrar na questão militar
07:18nesse conflito, principalmente com Israel,
07:22nesse ponto na noite de ontem com os Estados Unidos.

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