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  • há 4 meses
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O ministro da Justiça, André Mendonça, minimizou o fato de o candidato de Jair Bolsonaro à presidência da Câmara, Arthur Lira, ser réu por corrupção na Lava Jato. No Papo Antagonista desta terça-feira, Felipe Moura Brasil comentaram o caso e compararam o governo Bolsonaro com o governo Temer.
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Transcrição
00:00Agora, você falou dos ataques à Lava Jato e o ministro da Justiça, André Mendonça,
00:04minimizou o fato do candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro à presidência da Câmara,
00:09Arthur Lira, ser réu por corrupção na Lava Jato.
00:12Em entrevista à Folha, Mendonça afirmou, aspas, o fato de ser réu não significa que foi condenado.
00:17Feche o aspas.
00:18Eu lembro que o André Mendonça, primeiro, era advogado-geral da União
00:21e foi um dos organizadores de um livro em homenagem aos 10 anos do Dias Toffoli
00:26no Supremo Tribunal Federal.
00:27Então, assim, o discurso dele é um discurso de porta-voz do Toffoli também
00:32e que, nesse momento, Diogo, se encaixa perfeitamente com o discurso bolsonarista
00:36nessa frente ampla pela impunidade e tentando manchar a reputação
00:39de todos aqueles que estão ligados à força-tarefa.
00:43Sim, eles estão juntos.
00:45Eles pensam da mesma maneira, eles têm os mesmos objetivos
00:49e já venceram, na verdade, né?
00:53Porque no Lava Jato não existe mais.
00:54O que a gente tem é um restinho, um apêndice do que foi a operação,
01:01mas o Sérgio Moro não está mais lá, o Doutor Dallagnol não está mais lá,
01:04as grandes operações não existem mais.
01:07E tudo que chegou à Brasília foi para o Brejo.
01:10Hoje, nós tivemos, foi arquivada a denúncia contra o Eunício Oliveira.
01:16Por quem?
01:18Pelo Cássio Marques, o homem posto pelo Bolsonaro ali.
01:22Então, não tem nem surpresa, porque ele colocou as pessoas certas para ele,
01:28no lugar certo, o Augusto Aras, o André Mendonça, como você disse,
01:33o advogado geral hoje em dia é homem do Gilmar Mendes,
01:38é o braço direito do Gilmar Mendes.
01:40O Cássio Marques, a gente sabe que veio do Centrão,
01:48mas abraçou o bolsonarismo com entusiasmo,
01:52e está ali para liberar e livrar a barra de todos os réus.
01:59Então, ninguém mais esconde coisíssima nenhuma.
02:05Então, se a nossa função, um ano e meio atrás,
02:09foi revelar esse grande acordão entre Bolsonaro,
02:17STF, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, o Centrão,
02:21a Cruzuela, acordão, acordão, todo mundo brigando,
02:25os bolsonaristas negando que houvesse algum tipo de acordão,
02:28agora, esse nosso trabalho de revelar os bastidores desse conchavo podre,
02:38isso aí não existe mais, a gente perdeu essa função,
02:41porque eles não escondem mais.
02:42Então, está tudo aberto, tudo já foi revelado,
02:47e é, pelo contrário, ostentado com um certo orgulho para essa gente,
02:54digamos, eles estão satisfeitos com isso,
02:59estão muito contentes em atacar o Sérgio Moro,
03:03acham que...
03:05você sabe, é o princípio deles,
03:07é uma gente que saiu da bandidagem,
03:10e que saiu da bandidagem,
03:12saiu no sentido de que nasceu na bandidagem,
03:15nunca saiu dela,
03:16mas nasceu na bandidagem,
03:18e vai prosperar nela para sempre.
03:23Pois é, e o Diogo citou aí essa decisão,
03:25foi uma decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal,
03:28com os votos do Gilmar Mendes,
03:29do Ricardo Lewandowski,
03:31e quem, fazendo tabelinha com eles,
03:33o Cássio Marques,
03:34indicado pelo próprio Jair Bolsonaro.
03:36Então, arquivaram uma investigação
03:37sobre o ex-senador,
03:39Eunício Oliveira, do MDB do Ceará,
03:42na Lava Jato.
03:43Ele é suspeito de receber propina
03:44de R$ 2,1 milhões da Odebrecht,
03:47em 2013,
03:48para desobstruir...
03:49Suspeito.
03:50Oi?
03:52Suspeito, suspeito.
03:53É, pois é.
03:55Para desobstruir a aprovação de medida provisória
03:58que concedeu um crédito tributário bilionário
04:00a Braskem.
04:02Enfim, mais um caso do MDB,
04:05mais um caso de Odebrecht,
04:06a gente sempre fala aqui que o Centrão,
04:08o Diogo destaca,
04:09é a lista do departamento de propina
04:12da Odebrecht.
04:14E o Cássio Marques,
04:15ali, indicado pelo Centrão,
04:17já está aliviando a barra
04:19do pessoal do MDB
04:21e criando precedente também
04:23para novas decisões.
04:24Ele que foi posto no STF,
04:25com aval do Gilmar Mendes
04:27e do Dias Toffoli,
04:29que são parte dessa ala anti-Lava Jato
04:31do Supremo Tribunal Federal.
04:33Agora, em relação ao Arthur Lira,
04:36vale a gente lembrar,
04:37a produção separou,
04:38que é curioso,
04:39que até o critério estabelecido
04:40pelo então presidente Michel Temer,
04:42em 2017,
04:44era mais rígido para tentar
04:45coibir a corrupção.
04:47O Temer dizia que os ministros
04:49denunciados seriam afastados
04:51temporariamente
04:52e os que virassem réus
04:53seriam afastados
04:55de forma definitiva.
04:56Solta a sonora aí, produção.
04:57O ministro que estiver denunciado
05:01será afastado provisoriamente.
05:06Ao depois, se acolhida a denúncia
05:11e aí sim a pessoa, no caso,
05:17o ministro se transforma em réu,
05:19estou mencionando os casos da Lava Jato,
05:23ele se transformando em réu,
05:24o afastamento é definitivo.
05:28Está aí.
05:28É claro que essas palavras
05:29não se cumpriram assim,
05:31de todas as formas,
05:32e elas se referiam
05:33a membros do governo.
05:34O bolsonarismo está ali
05:35apoiando um presidente da Câmara
05:36que é réu,
05:37mas é ilustrativo, Diogo.
05:40É, por pior que fosse
05:41o Michel Temer,
05:42ele não ousou destruir
05:45a Lava Jato dessa maneira,
05:46ele não fez um ataque frontal
05:49a Lava Jato,
05:50como, embora ele tenha sido pombas,
05:54armaram uma arapuca para ele,
05:58colocando o Wesley com microfone
06:00ali dentro da garagem
06:03do Palácio da Alvorada.
06:05Pegaram o sujeito,
06:06ele foi exposto,
06:07o assessor dele foi visto
06:09fugindo com uma mala de rodinha
06:12cheia de dinheiro,
06:13o advogado dele recebeu
06:16batida da Polícia Federal,
06:18mas ele não fez
06:21essa sujeira
06:23que está sendo feita agora,
06:24não fez o ataque frontal
06:26a Lava Jato
06:27que está sendo feito agora.
06:29A gente ficava escandalizado
06:30na época, né,
06:31com o tal Maladacá,
06:33com a compra e venda
06:34dos deputados
06:36contra o impeachment,
06:40era tudo bastante escandaloso,
06:42mas quando você compara
06:43o governo Michel Temer
06:45na economia, por exemplo,
06:47com Henrique Meirelles,
06:49ou até mesmo
06:51nas questões policiais
06:53e de ética,
06:57é, incrivelmente,
06:59incrivelmente,
07:01nós estamos pior agora
07:03do que antes.
07:12a Lava Jato
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