Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 20/06/2025
Prática perigosa entre alunos pode causar sequelas graves e até morte, alerta especialista.
--------------------------------------
🎙️ Assista aos nossos podcasts em
http://tribunaonline.com.br/podcasts

📰 Assine A Tribuna aqui
https://atribunadigital.com.br/assinatura/

💻 Fique bem informado com as notícias do Brasil e do Mundo aqui
https://tribunaonline.com.br

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Esse assunto que a gente vai falar agora, a nossa conversa do dia, é muito importante, é um alerta para a família inteira,
00:06pais, educadores que estão assistindo também hoje a nossa programação, as famílias no geral, né?
00:11Uma brincadeira muito perigosa está rodando as escolas, principalmente as escolas, e viralizando na internet.
00:19É o chamado jogo do desmaio, brincadeira do desmaio, uma prática arriscada que coloca sim a vida das crianças, dos adolescentes em perigo.
00:29A brincadeira, você está vendo aí nas imagens, né? Dá para a gente perceber essa movimentação, ela consiste em provocar falta de ar até a pessoa desmaiar.
00:40A criança prende ali a respiração, vem um coleguinha, pressiona o peito até que essa criança perca consciência ali, né?
00:49Por alguns segundos e desmaie. Pode parecer um absurdo, tá gente?
00:53Mas esses vídeos, como os que a gente está vendo aí, estão viralizando, estão circulando, né?
01:00Nas redes sociais aí desses jovens e, claro, preocupando muito famílias, especialistas, educadores.
01:07A gente vai mostrar para vocês agora os riscos dessa moda e o que você, responsável aí de casa, pode fazer para tentar proteger seu filho.
01:17Vou tomar um café da manhã aqui com muita informação agora com o doutor Emílio Pereira, médico cardiologista.
01:23Bom dia, doutor Emílio.
01:25Bom dia, Bruna. Bom dia, telespectadores.
01:28Que bom que o senhor está aqui para trazer um pouco mais de luz para esse assunto e mais tranquilidade também para quem está assistindo a gente.
01:36Doutor Emílio, de forma prática, assim, para a gente entender o que acontece no corpo de uma criança ou de um adolescente
01:42que é submetido a uma brincadeira como essa que a gente está vendo.
01:45Porque eu, pelo menos, eu nem sabia que isso acontecia.
01:48O que é que acontece ali no corpo da criança?
01:51Na verdade, Bruna, pode acontecer várias coisas, tanto do ponto de vista do coração quanto do ponto de vista respiratório.
01:57Vamos ser mais sucintos do parte respiratória até primeiro.
02:00A ideia é prender, né?
02:02O tórax de uma criança, adolescente.
02:04Vimos ali crianças, adolescentes, talvez ali dos seus 10 aos 14, 15 anos aproximadamente.
02:09Todo mundo, pessoas até com o biotipo mais magrinho.
02:13E essas pessoas, elas não vão conseguir, tendo essa pressão assim no peito, fazer um movimento comum da gente que é da inspiração e expiração.
02:21Que é puxar o ar normalmente para o organismo e exalá-lo também depois.
02:25Se ela não consegue expandir o tórax, quanto mais quem tem um tórax mais frágil,
02:30com os arcos costais, costelas, a caixa torácica em desenvolvimento,
02:35fica mais propensa a ter uma compressão maior, com menos espaço para o ar vir.
02:40Podemos lembrar também, sobretudo agora nesses meses de inverno, né?
02:43Começa hoje esse tempo mais frio.
02:47Crianças com asma, né?
02:48Bronquite, dentre outros problemas respiratórios, podem estar até na escola fazendo essas brincadeiras.
02:53Olha aí!
02:53E já tem dificuldade para respirar num momento como esse, em que o tórax não se expande.
02:58Ela tem ainda mais dificuldade e pode faltar oxigênio.
03:01Onde a resposta, a gente vê até em alguns casos ali no vídeo, de o quê?
03:05Da criança desmaiar.
03:06Por quê?
03:07Falta oxigênio no organismo, o cérebro, né?
03:10Prepara-se para essa baixa de oxigênio de circulação também no cérebro e apaga.
03:15Ela pode desmaiar, até alguma coisa lembrando, mimetizando ali uma crise convulsiva,
03:20é possível de acontecer com essa baixa de oxigênio.
03:24De um lado, o pulmão, que felizmente é auto-limitado, né?
03:26Mais breve, na hora volta.
03:28A gente viu que todos os casos ali, televisionados, filmados, né?
03:32Felizmente melhoraram.
03:33Eles voltam rapidamente, né?
03:35Em poucos segundos.
03:35É, a criança se recupera claramente, então, ali a parte de oxigenação é o que aparentemente
03:40pode estar acontecendo.
03:42Assim como pode acontecer essa parte respiratória, a parte cardiológica, pensando na parte cardíaca,
03:48o que acontece, né?
03:49É uma manobra em que você faz um...
03:50É um trauma, né?
03:52Você pressiona o tórax, você aumenta a pressão intratorácica.
03:55O nosso organismo, né, devidamente criado, né, inteligente para isso também, ele tem
04:00uma resposta inicial a qualquer estímulo, né, agressivo, qualquer golpe.
04:05Ele faz a pressão subir, o batimento acelerar inicialmente, mas até certo ponto.
04:09Depois que pode acontecer, a pressão cair demais.
04:12E quando a pressão cai, eu, você, principalmente essas crianças aí, adolescentes, devido à própria
04:18estrutura do tórax ainda menor, mais sujeita a essa variação de pressão, fazer com que
04:23a pressão cai e ela desmaie.
04:26Esse é o que acontece instantaneamente e aparentemente o que acontece na maioria dos casos.
04:32Obviamente que não existem estudos sobre essa brincadeira de mau gosto, né?
04:36Vamos falar assim.
04:38Mas já existem estudos também, situações parecidas, claro, diferentes, né, nem a nível
04:43nacional, mas a nível internacional.
04:44situações em que o tórax pode sofrer e pode sim, se a gente perceber ali em alguns
04:50momentos, não só é segurar, mas alguns até geralmente, né, é coleguinhas, né, amigos
04:56maiores, até um pouco mais fortes, né?
04:58Pois é, meninos fazendo a brincadeira com meninas.
05:00Nas meninas, total desproporção ali entre peso, né, e altura e idade, talvez, provavelmente,
05:06né, em que há um golpe, né, nessa região central aqui do coração mesmo, o tórax.
05:11Tem até uma imagem que a gente deixou aí pra vocês, que pode explicar, se ele puder
05:14colocar na tela, ali é um, é um, algo diferente, mas que pode acontecer em situações esportivas
05:20até e de prática, de lazer, voltando à imagem anterior, ali em que uma criança, né,
05:25talvez até com essa idade próxima, essas do vídeo, né, de, talvez, os seus 10 anos
05:29de idade, na verdade, esse estudo foi feito em, entre 10 a 15 anos, com uma média de 15
05:34anos, em que qualquer golpe de um daqueles, daqueles projéteis ali de esporte, né, aquelas
05:39bolas, né, um disco de hockey, uma bola de tênis, uma bola de beisebol, ou até um golpe
05:44manual mesmo, um soco em artes marciais, o karatê, né, que tem essa característica de
05:49um soco frontal no precórdio, pode desencadear um problema, que é, a imagem tá até cortando
05:54ali embaixo, quando ele amplia, a gente consegue ver melhor?
05:57Tira a parte aí, por gentileza, Leandrinha, só pra gente ver.
05:59Se puder tirar, a gente mostra ainda, nós temos ali, no lado esquerdo, né, no início
06:02do vídeo, o que seria, isso é uma ideia que eu acredito que possa até acontecer nos
06:08casos mais graves, mas cedo falamos até de uma estatística, né, até veiculada a nível
06:12nacional, de mais de 50 casos houveram óbito desse desafio, não esse específico, mas
06:18outros desafios entre os jovens, em que vem um eletrocardiograma normal, batimento cardíaco
06:23normal, até a hora do golpe, esse é um golpe rápido, de um projétil duro, de poucos
06:28segundos de duração, numa parte específica do coração, porém um golpe rápido, uma
06:33pressão rápida de uma criança, e esse estudo também menciona isso, é um estudo até
06:37antigo, de 2010, realizado nos Estados Unidos, mas publicado a nível internacional, que não
06:42só é esses golpes aí, com certeza, no momento certo, causam a arritmia que sucede ali após
06:49aquele momento, aquele traçado todo desorganizado como uma linha muito de vibração, aquilo é
06:56uma arritmia cardíaca grave, porém esse estudo mesmo percebeu que mesmo golpes menores, de
07:02menores intensidades, feitos até em nível de laboratório, claro que não em pessoas,
07:06não em jovens, mas ocorrem arritmias menores, ou seja, com certeza essa manobra que é feita
07:13nas crianças, e ali na sequência, a faixa etária é a mais comum, como a gente está
07:17vendo ali, né, abaixo de 10 anos, foi grande parte, abaixo de 15, 80%, por quê?
07:22São menores, tem uma estrutura torácica menos desenvolvida, são mais sujeitos a variações
07:28de pressão no tórax, e essa pressão não é só na caixa torácica, o próprio coração
07:33internamente, não é à toa que uma parada cardíaca, o que a gente começa, antes de dar o choque,
07:38antes de um ritmo que tem aquele aparelho que vai dar o choque, a gente começa a massagear,
07:42porque o organismo, sabiamente, é um mecanismo natural de um coração, quando para, né,
07:47quando você faz uma compressão numa parada cardíaca, né, a pessoa deitada, os dois
07:52braços esticados numa certa frequência, você faz um estímulo para que o coração
07:57volte a bater novamente, quando você faz um estímulo, né, de um coração onde está,
08:03em que não está parado, você pode fazer variações de pressão dentro das câmaras
08:09cardíacas, dentro do coração, e ele pode entender isso como estímulo para provocar,
08:13não para tratar uma arritmia, mas para provocar uma arritmia, desde fazer o batimento cardíaco
08:17mais devagar, ou fazer aquela situação crítica que a gente viu ali, que aquele projétil,
08:23uma bola de beisebol causaria, que seria começar uma arritmia.
08:27E aí, foi estudado também que muitas crianças acordam melhor espontaneamente, e acontece isso
08:32também, algumas crianças, porque são crianças saudáveis, jovens, né, estão brincando,
08:36nem deve-se procurar doença, porque elas não têm doenças, altíssima probabilidade
08:40de serem saudáveis, mas ela tem até uma recuperação melhor, ela pode fazer uma
08:45arritmia grave, uma arritmia maligna como aquela, que num paciente adulto poderia ser
08:49necessário choque, porém, ela retorna normalmente em poucos segundos ao batimento
08:54normal, são hipóteses para o que pode estar acontecendo nessas situações.
08:59Agora, engraçado, doutor, você está dando essa aula aqui, essa explicação, e tem gente
09:03aqui, nosso diretor de imagem, estava ouvindo e comentando aqui mais cedo, falando,
09:08ô gente, eu brincava disso na minha época de escola.
09:11Você vê que é uma coisa que não, assim, viralizou agora, mas anteriormente já havia
09:17essa brincadeira aí também, que era comum, já era conhecido, o negócio de dar soco no
09:21peito da pessoa, que é um perigo.
09:24O pessoal vai se modernizando, as brincadeiras antigas vão voltando para o bem e para o mal
09:29também.
09:30Agora, doutor, você estava falando de crianças saudáveis, mas, por exemplo, se uma criança
09:34dessa tem alguma comorbidade, que às vezes a família nem sabe que tem ali uma alteração
09:39cardíaca e a criança é submetida a uma brincadeira dessa, aí o perigo pode ser maior, né?
09:45Maior e muito maior, né?
09:47Nós nem devemos procurar doença em todas as crianças, porque a prevalência é muito
09:51pequena, né?
09:52Mas imagine, então, uma criança que talvez nem se manifestaria ao longo da vida essa
09:56arritmia ou somente se ela fosse uma competidora esportiva de alta intensidade, né?
10:01Em que vai ter realmente o estresse do jogo e o estresse físico, ela é submetida a isso,
10:07ela pode já desencadear uma descompensação de uma arritmia compensada, uma formação
10:12cardíaca que chegou ali até os seus 10, 15 anos de idade, fez educação física normalmente,
10:18mas é sempre pior, né?
10:20É sempre mais fácil desencadear um problema em quem já tem uma condição de base que
10:24favoreça uma arritmia grave, uma descompensação pressórica e muito mais frequente até as
10:30questões do pulmão.
10:31É muito comum nessas crianças até procurar o nosso consultório com queixa de dores no
10:35peito, achando que é cardíaco, mas não, é simplesmente asma ou até uma dor do crescimento
10:39normal mesmo do organismo, uma inflamação local.
10:42Nosso zap está bombando aqui, muita gente preocupada, curiosa com as consequências
10:48também desse desafio do desmaio.
10:50Tem a Paula, Paula Nogueira, ela é de Vila Velha, bairro Novo México.
10:56Obrigada, tá, Paula, pela participação.
10:58Minha amiga, ela quer saber o seguinte, se meu filho for submetido a uma brincadeira
11:02como essa, eu devo levá-lo ao hospital, mesmo que ele recupere a consciência?
11:07O que fazer?
11:08Olha, não necessariamente, é obrigatório que não, porque a grande probabilidade é
11:13que ele fique bem.
11:14Se ele for submetido a essa brincadeira, se recuperou normalmente, não está sentindo
11:18mais nada, não tem que ser nada, não é realmente necessário não.
11:22Mas qualquer desmaio que aconteceu, mesmo provocado, chama atenção.
11:26Vale a pena então pôr prudência, que procure atendimento médico, mesmo se ocorrer tudo
11:32bem, se ele for, durante pequenos segundos, ele recuperar a consciência.
11:36Mas se houve perda de consciência, para qualquer um de nós, são situações que podem ser
11:40alarmantes e podem apresentar uma predisposição a outros problemas.
11:44É válido, é válido que vá ao médico, sim.
11:46Perfeito, seguro morreu de velho, né, Paula?
11:48Obrigada aí pela participação.
11:50Você falou sobre se voltar em poucos segundos, que é o que a gente observa com a maioria das
11:56crianças desses vídeos que a gente acompanha, mas mesmo assim, existe algum risco de sequela
12:01permanente por conta aí dessa perda de consciência, doutor Emílio?
12:04Da perda de consciência, não, até porque, como falei, são crianças, adolescentes e jovens
12:10que, provavelmente sem doença, se recuperam normalmente.
12:13É uma baixa de pressão, uma baixa de frequência cardíaca, de batimento cardíaco, em que ele
12:20não há nenhum dano.
12:21Porém, se for um período maior, principalmente se prolongado, teve que ter um caso ali de uma
12:28criança que desmaiou, talvez até que teria convulsionado, talvez pelo vídeo aparece,
12:34aí sim, pode haver sequelas, porque pode realmente já ter piorado, desencadeado uma
12:39condição de base ou até vale-se a pena investigar se não tem uma doença que só ainda não tinha
12:44aparecido, mas que apareceu depois disso.
12:46Então, se teve uma recuperação mais longa, aqueles que desmaiaram mesmo, não só caíram,
12:52mas os que perderam a consciência, ou até por questão de trauma, né?
12:55É uma pancada, um aperto, uma pressão no tórax ou até um impacto com a cabeça no chão, né?
13:01Então, deve sim, pode haver sequelas a depender do que houve.
13:04Inclusive, no Rio de Janeiro, um menino de 14 anos ficou com uma lesão grave porque ele fez
13:09a brincadeira, mas na queda ele acabou batendo a cabeça no chão e aí tiveram que acionar
13:15o SAMU, enfim, foi uma situação preocupante.
13:19Edilene da Silva, ela é de Nova Rosa da Penha, ela está perguntando o seguinte, se essa brincadeira
13:26pode provocar parada cardíaca.
13:28Obrigada pela participação, obrigada pela pergunta também.
13:32Pode sim, por isso até da gente trazer aquela imagem ilustrativa ali que mostra, é um batimento
13:37cardíaco normal, numa criança saudável, um esportista ali praticando, que pode ou não
13:42estar bem paramentada ali, só que se acontecer aquilo que acontece, aquela segunda metade ali
13:48do lado direito, né?
13:49Daquele eletrocardiograma ali do lado, é um ritmo de parada cardíaca.
13:54Aquilo ali, em poucos segundos a pessoa pode desmaiar, o coração pode realmente parar de
13:58bater e aquilo ali é igual a começar a fazer compressão e choque, né?
14:04Choque mesmo, né? Com o decibelador, inclusive que já é recomendado aí em grandes escolas,
14:09grandes eventos, academias, né?
14:11Em campeonatos, grandes competições de ter o aparelho, que pode acontecer aquilo ali
14:16mesmo. É uma parada cardíaca, o coração para de bater e a cada minuto que ele fica
14:22sem bater, aumenta em 10% a chance de lesões graves, de sequelas, inclusive neurológicas,
14:28né? A recuperação pós-parada, ela é crítica, pode até voltar sem sequela nenhuma,
14:33mas tempo, um antigo professor nosso dizia, né? Que tempo é músculo, né? Tempo de
14:39atendimento a uma parada cardíaca como essa, você preserva o músculo cardíaco, que é
14:43o músculo da vida, né? Onde comanda o batimento para todo o organismo. Então, pode sim, pode
14:48acontecer uma parada cardíaca e levar a pessoa a óbito. É possível.
14:51Meu Deus, e no caso de uma situação evoluir para algo mais grave, assim, educadores que
14:56estão assistindo a gente responsáveis, qual que seria a conduta? A criança ali parou,
15:02não acorda. Você não sabe se entrou em parada cardíaca, o que está acontecendo. Óbvio,
15:06ligar imediatamente para 192, né? Para o socorro, mas de imediato ali, o que pode ser feito com
15:13essa criança, doutor Emílio?
15:14É, aí cabe também a importância de treinamento, né? De atendimento básico, né? De vida que
15:20a mesma coisa está recomendada para grandes instituições, grandes escolas, academias,
15:25né? Pessoas que possam primeiro estimular a criança. Por vezes, ali a gente viu até uma
15:29criança que deu um tapa no rosto de outro, não sei se dá um tapa, não. Mas você pode
15:33mobilizar a primeira parte, qualquer um de nós, pode acontecer em qualquer momento
15:37aqui, né? A gente vai estimular a pessoa de forma bem vigorosa, grita, né? Chacoalha
15:43a pessoa, a criança estimula a ver se ela acorda. Não acordou, é já, na verdade, é chamar
15:49ajuda e já começar atendimento. Enquanto um vai ligando, começa a estimular e se, de fato,
15:55ela não acordar com uma pessoa devidamente treinada, está, sim, recomendada que ela
16:00comece a fazer compressões no tórax para tentar reverter a parada cardíaca que foi
16:04causada, né? A diferença do remédio para o veneno é a dose e a indicação. A massagem
16:09cardíaca salva vidas. Já fazemos isso há anos, né? Porém, em quem não está com a
16:14parada cardíaca, uma massagem cardíaca forte pode até propiciar um problema.
16:17Falando disso semana passada aqui com o Corpo de Bombeiros, o episódio de uma bebê que
16:23engasgou em casa, a mãe e o padrasto foram fazer a massagem cardíaca, lesionou a criança,
16:28infelizmente a criança acabou morrendo em decorrência dessa massagem cardíaca
16:33mal feita. É, se for pensar assim no bebê, aí já é tema para outros eventos, mas o bebê
16:40mesmo, a massagem cardíaca tem que ser com dois dedos, uma criança menor com uma mão,
16:43uma pressão proporcional. O adulto, o que a gente faz? Nós temos ali entre o intermediário,
16:48mas são tórax pequenos, né? Mais magro, mais jovens, com a caixa torácica ainda em
16:55formação. Então tem que ser quem esteja acostumado, quem saiba o que está fazendo.
16:59Do contrário, fazer o que fizeram, chamar o Corpo de Bombeiros, chamar a polícia, o
17:03190, o CIODS, o SAMU 92, quem que o quanto antes acontecer uma situação como essa tem que
17:09ter uma referência de atendimento. Estou numa escola e o educador, o diretor da escola
17:15tem que saber. Se acontecer uma fatalidade aqui, quem eu chamo, para onde que eu levo?
17:19Não espera, é crítico, como eu falei sobre tempo. Chama também, mas já propõe levar,
17:24viu que não vai ter tempo, é o tempo de pôr no carro e levar porque pode salvar uma vida.
17:28Olha só, eu acho que uma brincadeira como essa está viralizada porque as pessoas não
17:32têm consciência do tamanho do risco. Aí a gente ouvindo o médico cardiologista que o
17:37doutor Emílio falar, aí que a gente fica, meu Deus, não tem condição das crianças
17:42estarem praticando isso em ambientes escolares, em qualquer lugar, ainda postando e viralizando,
17:48né gente? Depois de ouvir a aula aqui do doutor Emílio, aí que a gente precisa conscientizar
17:53nossos filhos, sobrinhos, quem você tiver aí em casa, da importância de, pelo amor de
17:59Deus, não fazer isso. Doutor Emílio, cardiologista Emílio Pereira, deu uma aula aqui pra gente
18:04hoje, obrigada pela entrevista, viu doutor Emílio? Obrigado, obrigada. Até a próxima
18:08oportunidade. Obrigado. Valeu. Pessoal, já está na hora de encerrar, deixa eu encerrar
18:13aqui na 2 então com o doutor Emílio fazendo companhia pra gente, boa sexta-feira pra vocês,
18:18tá bom? Restinho aí de feriado prolongado pra você que vai curtir, pro senhor também,
18:23doutor Emílio. Beijo grande, bom fim de semana também e até segunda-feira às 8h15.
18:28Tchau, tchau.

Recomendado