Pular para o player
Ir para o conteúdo principal
Pesquisar
Conectar
Assistir em tela cheia
Curtir
Favorito
Compartilhar
Mais
Adicionar à playlist
Reportar
EXCLUSIVO | Sergio Moro: "Justiça e Segurança Pública seguem melhor juntas"
O Antagonista
Seguir
há 6 meses
Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL
Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com
Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista
https://www.twitter.com/o_antagonista
https://www.instagram.com/o_antagonista
Categoria
🗞
Notícias
Transcrição
Exibir transcrição completa do vídeo
00:00
Estamos aqui com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
00:03
Ministro, chegamos aí ao final do primeiro ano da sua gestão aqui na pasta.
00:09
O senhor estava me dizendo que está até cansado, né?
00:11
Exausto.
00:12
Está exausto?
00:14
Cansa mais a atividade de ministro do que a de juiz lá na décima terceira?
00:19
Não, veja, exausto é uma palavra um pouco forte, né?
00:22
No fundo foi um ano em que foram feitas muitas realizações,
00:26
mas muita mudança, não só aqui no Ministério da Justiça,
00:30
mas acho que no governo todo, e isso evidentemente consome uma energia.
00:36
Como juiz, também o trabalho era puxado, principalmente na Lava Jato, mas mesmo antes.
00:42
Aqui talvez são coisas um pouco mais diversas ao mesmo tempo,
00:47
que têm que ser lidadas, então não vou dizer que é mais difícil,
00:50
é um ritmo complicado.
00:55
Exige mais fisicamente e psicologicamente, é isso?
00:59
Não, olha, nesse trabalho como juiz foi um trabalho difícil também, né?
01:04
Tinha muita pressão, muito...
01:05
Seus inimigos hoje são maiores, mais vastos do que os de lá?
01:10
Eu não tenho inimigos.
01:11
Os seus, os alvos da sua atuação.
01:16
Não, quem fala alvo é a polícia, normalmente, utiliza a expressão alvo, xixo, alvo, xixo.
01:20
Bem, as políticas públicas que o senhor implementa aqui, tem como alvo, por exemplo, crime organizado.
01:27
Nós tivemos aí uma queda expressiva no número de homicídios,
01:32
uma série de índices que melhoraram este ano.
01:35
Quando eu falo de alvos, eu estou me referindo justamente aos destinatários da sua política pública.
01:40
O senhor tem mais destinatários das suas ações, são maiores, mais fortes.
01:45
Como é que o senhor classificaria em relação aos que eles que o senhor teve lá como juiz?
01:48
Eu diria que esse trabalho como ministro, vamos dizer, os alvos, os objetivos são mais amplos.
01:56
Então, enquanto lá nós tínhamos, principalmente nesse último período,
02:00
apenas os processos corrupção, lavagem de dinheiro, focados na lava jato,
02:05
houve aquela especialização da vara.
02:07
Como ministro da Justiça e Segurança Pública, o trabalho é um pouco diferente.
02:11
é mais estrutural e de políticas públicas que devem visar não só crime de corrupção,
02:17
mas crime organizado, criminalidade violenta.
02:20
E o Ministério da Justiça tem uma outra gama grande de atribuições
02:24
que não está vinculado necessariamente ao combate à criminalidade.
02:29
Então, tem a área de imigração, tem a área de direito do consumidor,
02:35
tem o Arquivo Nacional, então tem vários setores que requerem atenção.
02:39
Tinha até FUNAI, né?
02:41
Tem a FUNAI.
02:42
Tem a FUNAI.
02:43
Tem a FUNAI.
02:43
A FUNAI foi, voltou e, claro, está dando bastante atenção.
02:48
Essa questão indígena é uma questão relevante e dá bastante trabalho,
02:52
embora tenha os responsáveis específicos em cada um desses setores.
02:55
Já tivemos, ao longo deste ano, algumas articulações lá no Congresso, especialmente,
03:01
ou nos bastidores daqui de Brasília, para tentar, pelo menos, algumas ideias,
03:05
para se tentar dividir o Ministério, separar novamente a questão da segurança pública
03:12
e colocar em uma outra pasta.
03:15
Como é que o senhor avalia isso?
03:16
Hoje, o senhor já tem essa experiência de lidar com esses temas múltiplos,
03:21
mas que alguns deles são relacionados entre si.
03:25
O senhor acha que ficaria mais fácil lidar com essas questões
03:29
num Ministério mais focado, no Ministério da Justiça, em chuto, ou mantendo a estrutura atual?
03:35
Não é porque eu estou como ministro aqui.
03:38
A minha avaliação é que tem muitas pastas no Ministério da Justiça, na área da Justiça,
03:46
e tem muitas pastas no Ministério da Segurança Pública,
03:49
que elas se interrelacionam muito frequentemente.
03:53
Por exemplo?
03:54
Por exemplo, nós temos o DRCI.
03:56
O DRCI trata de cooperação jurídica nacional.
03:59
Extradição, obtenção de provas no exterior, seja em processo criminal, seja civil,
04:07
transferência de presos, sequestro de crianças.
04:10
E, por exemplo, essa área de extradição e de provas está muito relacionada com a parte de investigação criminal.
04:16
Que quem faz, por exemplo, é o EPF, na maior parte desses casos de crimes transnacionais.
04:21
Então, eu acho que é uma perda se deixar as duas pastas separadas.
04:25
Quando elas estão sob o mesmo Ministério, é mais fácil essa articulação.
04:31
Outro exemplo, nós temos a Secretaria Nacional Antidrogas, a Senad,
04:36
que lida com a política antidrogas, tanto na área de prevenção,
04:42
mas também na área de repressão em certos aspectos.
04:44
Então, nós estamos focando a Senad principalmente nessa área de recuperação de ativos criminosos
04:52
e isso reclama uma boa relação com os órgãos de segurança pública.
04:58
Então, a minha avaliação é que a separação feita entre o Ministério da Segurança Pública e a Justiça,
05:05
embora seja até compreensível, não foi uma ideia muito boa.
05:09
Isso no governo anterior.
05:11
Eu acho que segue melhor juntos e, sinceramente, não tenho ouvido mais ruídos nesse sentido.
05:18
Teve alguma coisa no passado, alguma discussão,
05:21
mas eu acho que os números, os resultados do combate à criminalidade acabam falando por si.
05:26
Então, nós temos uma queda sem precedente histórico de 22% de assassinatos,
05:30
40% de roubo de instituição financeira, recorde de apreensão de cocaína pela Polícia Federal,
05:39
98 toneladas ante 79, 90 e tanto, considerando até novembro, né?
05:48
E contra 79 no ano inteiro.
05:51
Então, assim, acho que os resultados estão ótimos e, nesse contexto,
05:55
sequer faria sentido uma discussão dessa espécie.
05:58
Quando a gente fala desses números, que são justamente o fruto dessa sua gestão,
06:06
quais são as estratégias, quais foram as estratégias aplicadas, na sua opinião,
06:12
que tiveram maior impacto?
06:16
Bem, sempre se reclamou muito no Brasil a falta de integração entre as polícias.
06:21
Então, muitas vezes se apresentavam soluções equivocadas para esse problema.
06:26
Ah, vamos unificar a Polícia Civil com a Polícia Militar.
06:30
Não vai acontecer, porque são instituições que já existem há muito tempo,
06:34
com tradições distintas, e os regimes jurídicos dos componentes de uma ou outra
06:41
são totalmente incompatíveis.
06:42
Então, não vejo, por exemplo, uma possibilidade para isso.
06:45
Agora, isso não significa que não se pode haver integração,
06:48
que não possam trabalhar juntos.
06:49
E um dos principais atos aqui foi a criação, logo no início do ano,
06:55
da Secretaria de Operações Integradas, que a gente chama de CIOP.
06:58
Que já tem trabalhado para integrar tanto as polícias federais,
07:02
e aí a Polícia Federal, mas também a Rodoviária Federal e a Força Nacional,
07:06
com as polícias estaduais, bem como entre as polícias estaduais entre si.
07:11
Então, essa coordenação, esse espírito de cooperação,
07:15
é essa integração que acho que principalmente tem gerado bons resultados.
07:19
Eu mencionei a CIOP, mas isso também tem sido feito
07:21
nas outras pastas do Ministério, na Senaspe, na Polícia Federal,
07:26
na Polícia Rodoviária Federal.
07:27
Essa ideia de trabalhar juntos, porque já que os recursos são escassos,
07:31
nós temos que trabalhar juntos e focá-los melhor.
07:35
Isso inclui ações de inteligência, as operações, tudo.
07:40
Veja que, por exemplo, criamos agora recentemente um escritório,
07:45
um centro integrado de operações de fronteiras, em Foz do Iguaçu,
07:49
que é baseado numa ideia chamada de Fusion Centers,
07:52
que existe nos Estados Unidos, que se reúne sobre o mesmo teto
07:55
um agente da Polícia Federal, um não, mas agentes da Polícia Federal,
08:00
agentes da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional,
08:03
das polícias locais, da Receita Federal, do COAF,
08:07
tudo isso como se fosse uma força-tarefa permanente
08:10
para combater crimes transfronteiriços, nesse caso.
08:14
Inteligência e operações, nesse caso em particular.
08:20
Então você fomenta a cultura da integração e, por exemplo,
08:24
você precisa de uma informação, não está numa investigação,
08:27
precisa de uma informação que está com outra corporação,
08:30
é o cara que está sentado ao seu lado.
08:32
Você não precisa mandar um ofício, ou não precisa construir
08:35
uma relação de telefone, de confiança, que às vezes acontece,
08:39
às vezes não acontece, de uma maneira artesanal.
08:42
Não, você tem uma estrutura montada para esse propósito específico.
08:47
Operações específicas, né?
08:49
A operação que foi feita de transferência das lideranças do PCC
08:53
de São Paulo para os presídios federais.
08:56
Isso devia ter sido feito em 2006, quando teve aqueles atentados.
09:01
Não foram feitas as transferências.
09:05
A organização cresceu.
09:07
Era regional, basicamente São Paulo, virou nacional.
09:10
Passa uma mensagem errada da criminalidade.
09:13
Ó, ninguém tem coragem de mexer com eles.
09:15
Então os primeiros passos foi esse.
09:17
E veja, foi uma operação que contou
09:19
Polícia Federal, Rodoviária Federal,
09:22
agentes penitenciários federais do DPEM,
09:25
Forças Armadas,
09:26
E também contamos com as Forças de Segurança Estaduais.
09:31
Polícia Militar, Polícia Civil,
09:34
Departamento Penitenciário lá do Estado de São Paulo.
09:37
Enfim, integração é a palavra-chave.
09:38
Polícia Militar, Polícia Militar, Polícia Militar,
09:50
Polícia Militar, Polícia Militar, Polícia Militar,
09:52
Polícia Militar, Polícia Militar, Polícia Militar,
09:54
Polícia Militar, Polícia Militar, Polícia Militar,
09:56
Polícia Militar, Polícia Militar, Polícia Militar, Polícia Militar,
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário
Recomendado
26:09
|
A Seguir
"Eu estou mais preocupado com 2023 do que com 2022"
O Antagonista
há 6 meses
1:27:59
FORA, GUEDES! - Papo Antagonista com Claudio Dantas
O Antagonista
há 6 meses
7:42
Para os políticos, quanto mais juízes, melhor
O Antagonista
há 6 meses
4:22
Boletim A+: Caserna palaciana
O Antagonista
há 6 meses
10:42
Boletim A+: Lula, Lulinha e os piratas da Oi
O Antagonista
há 6 meses
7:57
Boletim A+: Próximo lance
O Antagonista
há 6 meses
21:43
Reunião de Pauta: O olho em vertigem
O Antagonista
há 6 meses
5:27
Boletim A+: a invasão dos jabutis
O Antagonista
há 6 meses
0:47
A chegada de Temer na Superintendência da PF
O Antagonista
há 6 meses
10:22
BOLETIM A+: A epidemia
O Antagonista
há 6 meses
12:51
Um governo sempre em férias
O Antagonista
há 6 meses
8:15
Boletim A+: O Rei dos HCs
O Antagonista
há 6 meses
5:46
Boletim A+: GLO contra Lula
O Antagonista
há 6 meses
1:00
Lira defende criação de fundo especial para tragédias
O Antagonista
há 6 meses
5:21
Boletim A+: Saúde e educação? Eu quero eleição!
O Antagonista
há 6 meses
6:52:06
Reprises do Papo Antagonista: O melhor da semana
O Antagonista
há 6 meses
1:24:46
Papo com Elas - 27/01
O Antagonista
há 6 meses
17:50
O recuo de Gilmar sobre impeachment de ministros do STF
O Antagonista
há 8 horas
19:06
As reações ao chilique de Glauber Braga
O Antagonista
há 8 horas
10:41
Psicóloga fala sobre dinâmica de feminicídios no país
O Antagonista
há 8 horas
28:43
PL da dosimetria é primeiro passo para libertação de Bolsonaro
O Antagonista
há 13 horas
12:42
Glauber invade Mesa Diretora e fica próximo da cassação
O Antagonista
há 13 horas
11:27
Débora do Batom pode sair da cadeia em março
O Antagonista
há 13 horas
12:10
Esposa de Moraes firmou contrato de R$ 130 milhões com Banco Master
O Antagonista
há 2 dias
11:52
Vai ter impeachment de ministro do STF?
O Antagonista
há 2 dias
Seja a primeira pessoa a comentar