- 19/06/2025
Um míssil do Irã atingiu o principal hospital no sul de Israel na manhã de quinta-feira (19), causando danos extensos e ferindo pessoas, embora sem casos graves, segundo a unidade médica. Imagens da mídia local mostram janelas quebradas e muita fumaça preta no local. Deysi Cioccari, José Maria Trindade e Marcus Vinícius de Freitas comentaram.
Apresentadores: Paula Nobre e Roberto Nonato
Reportagem: Fabrizio Neitzke
Comentaristas: Deysi Cioccari, José Maria Trindade e Marcus Vinícius de Freitas
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NotíciasTranscrição
00:00A gente volta a falar aqui do conflito Irã-Israel, ou Israel-Irã.
00:04Um hospital no sul de Israel foi atingido por mísseis lançados pelo Irã na madrugada de hoje.
00:10Segundo um oficial do exército israelense, o bombardeio atingiu locais com civis, incluindo um centro médico.
00:17Um porta-voz disse ainda que o hospital sofreu danos extensos em diferentes áreas
00:21e que cerca de 40 pessoas ficaram feridas no ataque, pedindo também que a população não procure atendimento no momento.
00:29A unidade possui mais de mil leitos e presta serviços a aproximadamente um milhão de moradores do sul de Israel.
00:36Diante dos recentes atentados, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu,
00:40afirmou que as forças israelenses irão cobrar o preço total dos tiranos de Teherã.
00:45O ministro da Defesa, Israel Katz, diz que o líder iraniano, Ali Khamenei, será responsabilizado pelos crimes de guerra.
00:54As autoridades já teriam até instruído as forças armadas a intensificar os ataques contra alvos estratégicos no Irã
01:01a fim de eliminar ameaças ao Estado de Israel e desestabilizar o regime do Ayatollah Ali Khamenei.
01:09Quem nos acompanha com imagens, observa aí imagens da destruição provocada por essa ação do Irã
01:15no hospital de Beersheba, que fica na região sul de Israel.
01:19E aí, ao vivo agora, quem está acompanhando a gente com imagens, tem imagens desse centro médico,
01:24que aparentemente não está muito danificado, pelo menos do lado de fora.
01:28Mas as imagens internas que nós mostramos há pouco mostram, sim, uma destruição.
01:31Tanto é que o governo israelense pede que as pessoas não procurem atendimento nesse local
01:37nas próximas horas, em virtude da destruição provocada pelos ataques promovidos pelo Irã.
01:44Professor Marcos Vinícius de Freitas está conosco mais uma vez aqui para analisar o conflito entre Irã e Israel.
01:51Professor, bom dia para o senhor. Muito obrigado por mais uma vez estar conosco.
01:56Há um enfrentamento muito duro entre os dois países.
02:01E a gente já citou aqui ontem, a gente segue acompanhando de perto também,
02:04a possibilidade de que os Estados Unidos possam entrar de vez nesse conflito também
02:08para auxiliar Israel numa ação contra o Irã.
02:13Qual é o momento que nós vivemos agora nessa guerra que vai escalando?
02:17Já estamos no sétimo dia, professor Marcos Vinícius.
02:20Essa destruição desse hospital é um alerta de que o Irã ainda tem efetivamente condições de importunar Israel, professor?
02:30Sim, né? Porque você aqui está descobrindo que o Irã, diferentemente do Hamas e do Hezbollah,
02:37é um país que tem um exército e que tem uma capacidade de resistência,
02:42embora a gente tenha visto também que a quantidade de mísseis diminuiu significativamente
02:48em relação aos primeiros dias, o que denota que o Estado de Israel conseguiu ali,
02:54ao menos neste primeiro momento, pelo que observamos também,
02:58diluir bastante a capacidade bélica do Irã neste processo todo.
03:03Agora, a alegação iraniana, pelo que a mídia nos diz,
03:06é que havia ali na região também uma instalação militar.
03:10Então, você vê novamente essa questão de instalações militares instaladas próximas a hospitais e escolas
03:18e outros centros que não deveriam ser em todo este aspecto.
03:22Então, é uma das coisas que nós observamos, são as fatalidades, infelizmente, que acontecem na guerra.
03:28Agora, a grande pergunta é justamente essa que você fez com relação aos Estados Unidos.
03:33E aqui, Netanyahu poderá descobrir duas coisas.
03:36Ou tem em Donald Trump um grande aliado, que vai aí, se se juntar a este processo todo,
03:44ter um problema enorme com a sua base, né?
03:47Nós já vimos aí muitos republicanos históricos sendo contrários a qualquer tipo de ajuda
03:54ou participação militar dos Estados Unidos neste conflito.
03:59Ou Netanyahu descobrirá que Trump nada mais é do que um animal político
04:04que tenta se beneficiar em alguns momentos, de uma vitória até o momento da parte de Israel
04:10e que poderá aí voltar-se somente a atender as demandas da sua base política.
04:16Hoje em dia, pelo que constam as pesquisas e os relatórios,
04:21mais de 70%, mais de 60% da base MAGA, né?
04:26Do Make America Great Again do Donald Trump é contrário a qualquer participação dos Estados Unidos neste conflito,
04:32até porque sabe todas as consequências que teve a participação dos Estados Unidos na guerra do Iraque
04:39sob a alegação de armas de destruição em massa que nunca foram encontradas
04:44e o fato de que aqui toda esta questão de bombardeio a instalações nucleares
04:51tem verdadeiras ressalvas com relação ao impacto que isto pode ter na região.
04:57Inclusive, a maior parte, uma grande parte desses países do Golfo e dessa região
05:02vivem ali de dessalinização de águas e tem uma profunda preocupação
05:07que este tipo de radiação também possa afetar a água que eles consomem na região.
05:13Então, são muitos aspectos que Donald Trump precisa considerar
05:16e, obviamente, ele vai pensar muito bem antes de tomar a decisão final.
05:20Ele sempre alega que mantém as coisas sob sigilo para dar o elemento surpresa.
05:27Deixa eu chamar o Zé Maria Trindade falando de Brasília com a gente nessa edição do Jornal da Manhã.
05:32Zé Maria, bom dia para você, Zé.
05:34Em relação ao Donald Trump, qual o papel dos Estados Unidos nesse momento na sua avaliação?
05:38A gente sabe que Estados Unidos ali, Donald Trump, tem tomado uma posição,
05:43aliás, não tem tomado uma posição em muitos momentos,
05:45fica por um lado e para o outro, ora um lado, ora o outro,
05:48e também, dependendo do lado que ele comprar uma briga,
05:52ele também compra uma briga com o seu eleitorado.
05:55É, Paulo, ele foi chamado ali para a vitrine.
05:57Salve, muito bom dia, bom dia, Nonato, bom dia, professor, bom dia, Deise,
06:01e bom dia a você que nos acompanha aqui no Jornal da Manhã nesse feriadão.
06:05Olha, certa vez o ex-senador Arthur Vigílio me chamou a atenção com a frase
06:10num debate do plenário do Senado, dizendo, olha, na política não pode valer tudo,
06:15porque nem no vale tudo, que aquela luta feroz vale tudo.
06:20No vale tudo, não vale tudo, porque dedo no olho, chutes em certas áreas,
06:26puxar cabelo, isso não vale.
06:28Então a regra também vale para a guerra, ou seja, a guerra tem as suas regras
06:34e existem tratados internacionais, como o famoso tratado de Genebra.
06:39Tudo isso para evitar que uma população civil que não está em guerra
06:44não possa sofrer as consequências de uma guerra que trata-se de um evento terrível,
06:50que dói, que sangra, né?
06:52É assim a guerra.
06:54E os Estados Unidos sempre fizeram guerra longe do seu território.
06:58É isso.
06:59A única guerra que eu me lembro, assim, que entrou nos Estados Unidos
07:02foi aquele caso do ataque das Torres Gêmeas.
07:05Até então os Estados Unidos matiam quatro, cinco guerras fora do seu território.
07:10E Donald Trump chegou com essa mensagem.
07:12Chega de guerra.
07:13Nós vamos pacificar o mundo.
07:16A Ucrânia e a Rússia, eu acabo nisso no meu primeiro dia de mandato.
07:20Esse foi o discurso dele.
07:21E agora ele é chamado para se definir num conflito que todos desconfiam até demais,
07:29de que ele é que se uniu a Israel para atacar o Irã.
07:34Por quê?
07:35O Irã está sendo uma ameaça para o mundo por ter ogivas nucleares
07:41que podem ser repassadas a grupos terroristas.
07:45Comandantes militares dizem que isto é questão de tempo.
07:48Os terroristas vão colocar as mãos em ogivas nucleares.
07:53Imagina o tamanho do estrago.
07:54Esse material bélico nuclear está cada vez menor, mais fácil de ser transportado.
08:00Existe uma tecnologia nova e é muito mais letal.
08:04Então é essa a grande discussão e por isso os Estados Unidos podem entrar, sim, nessa guerra.
08:11Eu acho que Donald Trump não vai de vez, porque ele tem essa retórica, tem essa conversa,
08:18mas agora ele foi chamado para o centro do palco.
08:21O Deise Siokari, a gente observa aí imagens também da destruição nesse hospital.
08:29Claro, é um cenário diferente para o israelense em relação ao conflito que teve com o Hamas
08:35ou com o próprio Hezbollah em que Israel conseguiu controlar bem as ações em cima desses dois grupos.
08:41Agora você tem um Estado contra o outro, né, Deise?
08:43Ou seja, a potência iraniana é maior do que a desses dois grupos, né?
08:49É, Nonato.
08:49E pegando até a linha do que o Zé Maria estava falando, né,
08:53sobre essa questão da possibilidade dos Estados Unidos entrarem, né,
08:57eles sempre falam que não querem entrar em nenhum conflito,
08:59mas eles acabam sempre participando e arrastando outras nações para isso também, né?
09:04Então, o que a gente pode perceber agora, e eu acho que os olhos do mundo estão atentos a isso,
09:09é porque os Estados Unidos, de uma certa forma, já assumiu um lado nesse conflito, né,
09:15porque tem um discurso pró-Israel, tem a questão da presença militar na região, né,
09:19isso mostra a tendência de ocupar um lado.
09:22A questão é se vai entrar diretamente, escalar isso e mais ainda, né, arrastar outros países juntos.
09:28Agora, às 7 horas e 20 minutos, seguimos no assunto,
09:32porque o nosso editor de Internacional, Fabrizio Naitz,
09:35que traz mais atualizações para a gente do conflito entre Irã e Israel.
09:40Naitz, quais são as informações mais recentes que você tem a respeito desse conflito por lá?
09:46Bom dia e bem-vindo.
09:47Bom dia, Nonato, Paula, todos que acompanham o Jornal da Manhã.
09:50O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Arati,
09:53confirmou que estará amanhã em Genebra, na Suíça,
09:56para participar de reuniões nucleares com o governo da França, da Alemanha e também do Reino Unido.
10:05Essa reunião já havia sido antecipada ontem,
10:07mas a confirmação da presença do ministro das Relações Exteriores do Irã
10:12ainda não havia sido feita.
10:14Isso acontece agora, essas reuniões devem acontecer amanhã lá em Genebra.
10:19Depois de uma pequena reunião, um petit comité desses ministros europeus
10:24na representação da Alemanha na sede da ONU, lá em Genebra,
10:30e aí sim um encontro entre os quatro.
10:33Talvez na expectativa de que a Europa possa intermediar o acordo nuclear
10:39que estava sendo tramado entre Estados Unidos e Irã
10:42e que caiu por terra depois dos ataques israelenses na quinta-feira passada.
10:47Lembrando que Estados Unidos e Irã deveriam se encontrar no Oman no domingo
10:51para continuar negociando esse acordo.
10:54Havia um sentimento de que esse acordo estava próximo,
10:58embora o Irã estivesse dificultando um pouquinho as coisas,
11:01mas segundo fontes, segundo especialistas,
11:04isso se tratava de uma estratégia iraniana,
11:07fazer uma posição um pouquinho mais dura
11:09para conseguir resultados um pouco melhores.
11:11Qual que é a grande diferença, a grande separação aqui,
11:15ou pelo menos o que era até semana passada,
11:17entre Estados Unidos e Irã?
11:19Os Estados Unidos querem enriquecimento zero de urânio no Irã.
11:24O Irã acredita que isso é impossível de ser feito,
11:27que eles não podem ter enriquecimento zero de urânio,
11:30porque isso dificultaria muitos dos objetivos iranianos,
11:34segundo eles, por exemplo, a questão de entregar energia nuclear
11:37para a população civil.
11:39Então há essa diferença.
11:41Possivelmente essa reunião vai tentar trazer um acordo
11:44de um enriquecimento menor de urânio,
11:47talvez na margem dos 20%, 30%.
11:49Ou seja, o Irã reduziria sua produção,
11:52mas não teria ainda o suficiente para produzir uma arma nuclear.
11:57Ainda há muita expectativa no cenário internacional
12:00para os anúncios que virão da Casa Branca de Donald Trump.
12:03Trump já disse que gosta de deixar tudo para o último segundo,
12:07as decisões, para o último segundo.
12:09A gente precisa entender aqui o porquê.
12:12Se isso é uma questão psicológica, um jogo que ele está fazendo,
12:15se ele acredita que isso vai trazer algum resultado melhor.
12:19O fato é que é um momento de muita indecisão ainda no cenário internacional
12:23e Donald Trump está no centro das atenções,
12:26porque a participação americana pode e deve desequilibrar qualquer equação nesse conflito.
12:33Do lado iraniano, não há nenhum ator que aceite entrar de cabeça militarmente nessa guerra,
12:39como os Estados Unidos podem fazer com Israel.
12:41Por outro lado, você teve hoje um pronunciamento do presidente russo, Vladimir Putin,
12:46com o presidente chinês Xi Jinping, afirmando que é necessário encontrar uma saída diplomática para esse conflito.
12:54Há vezes, de repente, a partir de amanhã, com essas reuniões lá em Genebra,
12:59uma saída diplomática ainda pode ser negociada.
13:01O fato é que, conforme as operações militares vão avançando,
13:05como, por exemplo, esse ataque do Irã em um hospital em Israel,
13:09os canais diplomáticos vão parecendo cada vez mais difíceis de serem navegados.
13:14A gente torce para que uma solução possa ser encontrada.
13:17Até porque, quando a gente fala desses conflitos ali, você tem radical de todo lado.
13:22Então, de repente, uma parcela que é, não, vamos tentar a diplomacia do outro, não.
13:25Vamos retrucar e continuar o conflito.
13:27Então, é muito importante.
13:29Daqui a pouco, Fabrício e Unites, que vai voltar, trazendo mais detalhes,
13:32até por essa participação também de russos e chineses no conflito.
13:36Porque a gente fala muito dos Estados Unidos,
13:37mas são duas superpotências que também têm importância nesse cenário.
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