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  • 18/06/2025
No Visão Crítica, Mylenna Souza Lirio, Danilo Porfírio e Valdir Bezerra analisam os riscos da escalada militar entre Israel e Irã, com foco no poder nuclear e nas ameaças de retaliação. Avaliam até que ponto Israel está disposto a agir preventivamente e o impacto global de um eventual confronto envolvendo armas estratégicas no Oriente Médio.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/vQ7LmS9odhw

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Transcrição
00:00Nessa discussão toda que estamos tendo agora, os países, cada um com a sua visão de mundo na região e fora da região, sobre a região,
00:09não é um silêncio, mas há uma certa distância do país que sempre se confrontou com o Israel diretamente.
00:17Desde a partilha da Palestina, depois em 56, em 67 e em 73, que é o Egito.
00:24Desde a época, lembrado, Gamal Abdel Nasser, que é o nasserismo, a influência que teve em todo o mundo árabe,
00:32tentativa de fusão com a Líbia, que acabou fracassando em momentos sérios com a Síria.
00:37Aqui em São Paulo, quem passa na 23 de maio, tem um viaduto República Árabe Unida.
00:42Muita gente olha o viaduto e fala, mas o que é?
00:44Estamos no retroagindo ao período Nasser.
00:48Porque de silêncio, mesmo em relação à faixa de Gaza, que afinal tem a fronteira,
00:54com o Egito, não é muito atuante.
00:57Ou seja, tem questões internas que explicam isso.
01:01Quais são as suas considerações?
01:03Porque, afinal, o Egito é a potência daqueles países mais próximos, Iraque,
01:08não estou colocando o Irã.
01:10Mesmo com o Irã, não sei, a potência militar importante seria o Egito.
01:14Eu acho que, até utilizando parte da resposta do professor Vladimir,
01:20desculpa se eu esqueci o seu nome,
01:22mas essa perspectiva realista é muito interessante,
01:28porque dentro da academia a gente discute essas teorias
01:34e vira e mexe os alunos e falam, mas ainda é aplicável?
01:38Nossa, poxa, olha aí.
01:39Claro que é, porque ajuda muito a gente a compreender alguns movimentos.
01:43Por que eu estou dizendo isso?
01:44Um dos autores, inclusive, que ele citou, o Kenneth Waltz,
01:47ele, inclusive, tem uma frase conhecida que diz que a paz no Oriente Médio
01:53seria possível se o Irã tivesse uma bomba nuclear.
01:57Porque essa perspectiva do realismo, inclusive, seja o defensivo ou ofensivo,
02:03é se eu me armo,
02:04o outro também não sabe o que eu tenho,
02:09então é melhor ninguém se agredir.
02:11Mas também existem outras perspectivas de eu preciso maximizar o meu poder
02:16para impedir que outros me agridam.
02:20Porque aí, pelo temor também, eu imponho isso.
02:24E eu acho que nessa disputa também e que tentativa de equilíbrio de poder,
02:28alguns estados, eles vão se posicionar ou se colocar como supostamente neutros
02:35pela impossibilidade ou talvez incapacidade,
02:39e vocês possam talvez analisar melhor,
02:42de se posicionar de maneira mais firme,
02:44até porque tem a perder em qualquer um dos lados que se posicionar.
02:48Veja, o Egito tem uma fronteira com Gaza,
02:52está desde o começo fazendo parte dessa questão de corredor humanitário,
02:57se vocês bem se lembram,
02:59conforme Israel ia avançando
03:01e as pessoas iam tendo que ir para áreas mais longínquas de onde elas estavam,
03:08elas iam recebendo bombardeios no caminho
03:12e algumas sentavam passar pela fronteira do Egito,
03:15só que essa fronteira também era controlada por Israel.
03:18Então, assim, até onde vai o controle
03:21ou a influência de Israel dentro desses territórios
03:24e até que ponto seria benéfico ou não
03:27para a Egito se posicionar a favor.
03:29Porque, afinal de contas,
03:31se ele se posicionar a favor em algum momento,
03:34a participação vai ter que ser muito mais efetiva
03:36do que simplesmente só controlar a fronteira.
03:38Mas aí, uma perspectiva super minha.
03:40E aí, eu só queria acrescentar,
03:42se puderem,
03:44quem souber mais comentar sobre isso,
03:47mas é que em 2015 o Obama tinha feito um acordo nuclear com o Irã,
03:53em que foi, então, acordado ali
03:56que reduziria o enriquecimento do urânio a 0,37,
04:01porque é muito, muito, muito menos do que
04:03se enriqueceria para uma arma,
04:07para a fabricação de armas,
04:08de entregar o que se tinha de urânio enriquecido
04:13e diminuir a quantidade de toneladas para 300 quilos,
04:17ou seja, para dizer que o programa era
04:20para fomentar a energia para a sua população,
04:24enfim, desenvolvimento de tecnologias.
04:26Isso foi feito em 2015.
04:29Em 2018, no primeiro governo do Trump,
04:32os Estados Unidos saem desse acordo.
04:35Então, essa saída do acordo dos Estados Unidos
04:39tem uma sinalização muito forte para o Irã de
04:42e, ok, agora você está livre para voltar a enriquecer o urânio.
04:45Então, eu acho que isso não é um acontecimento
04:47que a gente deva esquecer.
04:49Porque esse retorno do Irã
04:52ao processo de enriquecimento de urânio,
04:54que agora está, de acordo com a IA,
04:56a 60%,
04:59supostamente para a arma,
05:01você precisa de 80% de enriquecimento de urânio.
05:04Então, mas em 2025,
05:07a agência de inteligência dos Estados Unidos
05:09disse que,
05:09apesar do programa nuclear,
05:13ele não estava ativo.
05:14Então, a gente tem também
05:15algumas questões simbólicas
05:18que pairam no processo da guerra
05:19que levam a gente
05:23a considerar alguns aspectos.
05:26Por exemplo,
05:27os militares, ou seja,
05:29Israel sempre dizendo sobre Sodoma de ferro,
05:31quanto é, de fato,
05:33extremamente eficiente.
05:35E aí, qual que é a estratégia do Irã?
05:37O ataque por estresse, ou seja,
05:39você vai jogar 150 mísseis,
05:42quase todos vão ser bloqueados,
05:44mas algum vai entrar.
05:46A destruição do prédio do Mossad,
05:49que a gente teve agora recentemente,
05:51mas ao mesmo tempo,
05:53qual é o caminho onde essas narrativas
05:55que você estava lembrando,
05:56que o Netanyahu se utiliza para dizer,
05:59olha,
05:59tudo que é contra nós
06:02é anti-sionista e anti-Sahel.
06:03Ok.
06:05A mídia,
06:07as redes sociais.
06:09Hoje, o que foi destruído
06:10e ao vivo
06:10foi a TV estatal iraniana.
06:12Então, assim,
06:13existe também
06:13não a manipulação
06:15no sentido de que
06:17só a partir do viés que se quer,
06:18não.
06:19Quero dizer,
06:20a maneira como a informação
06:21e os dados da guerra
06:22vão chegar para o mundo
06:23também está sob o constante impacto
06:29dessa guerra.
06:30Então, assim,
06:31o Egito ou a informação da guerra
06:33ou quem assinou o tratado
06:38de não-ploriferação,
06:39até o que está plasmado
06:41nas mentalidades
06:42sobre o que é seguro
06:44e o que não é.
06:45Porque para muitos países
06:47e grande parte
06:49de alguns poderes dentro do Egito,
06:52Israel também é visto
06:54como um braço do Ocidente
06:55no Oriente Médio.
06:57Então, assim,
06:58é seguro Israel ter também
07:00armas nucleares?
07:02Não é declarado.
07:04Mas há quem diga que tem 90
07:05há quem diga que tem 400.
07:07Então, aí,
07:08essa pergunta que você fez para ele
07:09é interessante.
07:11Quem pode ter?
07:12E por quê?
07:13É legítimo.
07:14Valdeir, certo?
07:14Até sobre esse conceito
07:16de balança de poder,
07:17do qual o Kenneth Watts
07:19fala bastante,
07:20realmente a ideia,
07:21talvez por trás
07:22dessa aplicação
07:25no Oriente Médio,
07:26talvez fosse beneficiar
07:28a interpretação
07:29de que o Irã
07:30também pudesse ter
07:31armas nucleares.
07:33Mas aí,
07:34teve uma entrevista
07:36que foi concedida
07:36não muito tempo atrás
07:38pelo Mohammed Bin Salman,
07:40que ele diz o seguinte,
07:41ele,
07:42quando perguntado
07:43qual seria a atitude
07:44da Arábia Saudita
07:46se o Irã
07:46desenvolvesse
07:47armas nucleares,
07:48ele respondeu,
07:49nesse caso,
07:50a Arábia Saudita
07:51também vai precisar
07:52desenvolver
07:52armas nucleares.
07:53Então,
07:54esse balanço
07:55de poder
07:56no Oriente Médio
07:57seria,
07:57de todo modo,
07:58um balanço
07:58de poder
07:58muito instável.
07:59Exato.
08:00E Israel,
08:02me parece,
08:02não quer pagar
08:04para ver,
08:05porque mesmo
08:05depois de 2015,
08:07quando a gente teve
08:07o acordo
08:08nuclear iraniano,
08:09foi um acordo
08:10do tipo P5
08:11mais um,
08:12ou seja,
08:13todos os cinco
08:13membros permanentes
08:14do Conselho de Segurança
08:15da ONU
08:16mais a Alemanha
08:18acabaram acordando
08:19com o Irã
08:20determinados limites
08:21de enriquecimento
08:22de urânio,
08:23Israel,
08:24mesmo assim,
08:25nessa época,
08:25não estava confortável
08:26com a situação.
08:27Exatamente.
08:27Mas acabou
08:28tendo ali
08:30confiança
08:31de que a diplomacia,
08:32de que o relaxamento
08:33de sanções econômicas
08:35poderia deter
08:36a liderança uraniana
08:37de enriquecer urânio,
08:39mas essa certeza
08:41a liderança de Israel
08:42nunca teve.
08:43Aliás,
08:44de 2011
08:45até 2015,
08:47quando esses acordos
08:48começaram a ser
08:49elaborados,
08:51o Irã tinha
08:51enriquecido
08:52o Irã tinha
08:53enriquecido urânio
08:53até 20%,
08:54que é um pouco
08:56já chegando
08:57no limite
08:58do uso civil,
08:59passando por um uso
09:00já técnico-militar.
09:02Então,
09:03Israel já teve
09:03essa experiência
09:04no passado
09:05e ele não quer
09:06nesse momento do tempo,
09:07com o enfraquecimento
09:08geopolítico do Irã,
09:10pagar para ver
09:10se a balança
09:12de poder
09:13vai funcionar
09:14ou não
09:14no Oriente Médio
09:15tendo o Irã
09:16armas nucleares.
09:18Só uma resposta,
09:19posso?
09:20Sim, claro.
09:21Claro, como não?
09:22É que eu me lembrei
09:22que a União Europeia
09:26já disse,
09:27olha,
09:27se o regime
09:28do Irã
09:29cair,
09:30isso vai ser
09:30catastrófico
09:31e tudo mais.
09:32mas o regime
09:35do Irã
09:36já não é tão popular
09:37internamente.
09:38Então,
09:39um aspecto interessante
09:40é esses ataques
09:42a instalações
09:43nucleares energéticas
09:45no Irã
09:45são aquelas
09:46que vão
09:46tirar a energia
09:48da população,
09:49o que também
09:50ajuda a fazer
09:51com que a população
09:52faça
09:52um movimento
09:54de indignação,
09:56de revolta,
09:57de cobrar
09:59uma solução.
10:01Ou seja,
10:01enfraquecer
10:02por dentro
10:03e por fora
10:04é um aspecto
10:06interessante também
10:07dessa maneira
10:08de Israel
10:09encarar o Irã.
10:10o Irã.

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