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  • 17/06/2025
Fontes militares de Israel afirmaram à imprensa local que o país pretende alcançar todos os seus objetivos militares contra o Irã dentro de uma a duas semanas. A informação, trazida pelo correspondente Luca Bassani no Linha de Frente, detalha que o foco é eliminar qualquer ameaça existencial a Israel, incluindo o programa nuclear e de mísseis balísticos.
Segundo o relato, as forças israelenses já teriam destruído 40% dos lançadores de mísseis do Irã. No entanto, para destruir a usina nuclear de Fordo, que é subterrânea, Bassani explica que Israel pode precisar de bombas "bunker busters" dos Estados Unidos, o que implicaria uma participação mais direta dos americanos no conflito. O tema foi debatido na bancada por Diego, Leandro e Rodolfo.



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Transcrição
00:00Informações, autoridades de Israel disseram que o país vai alcançar os seus objetivos contra o Irã dentro de uma ou duas semanas.
00:07Quem tem mais detalhes a respeito disso é o Luca Bassani, que segue conosco aqui na nossa cobertura. Luca?
00:14Pois é, Kobayash, uma notícia acabou de sair na imprensa israelense que alguns militares, alguns comandantes da IDF, as Forças de Defesa de Israel,
00:22disseram que vão alcançar todos os objetivos contra o Irã dentro de uma ou duas semanas.
00:27Eles disseram que o objetivo principal é eliminar qualquer ameaça existencial a Israel,
00:33seja com o programa nuclear iraniano ou com o programa de mísseis balísticos desenvolvidos pelo governo teocrático xiita durante os últimos anos.
00:43Inclusive, um deles deu detalhes que cerca de 40% dos lançadores de mísseis balísticos do Irã foram destruídos durante os últimos seis dias.
00:51Ontem nós tínhamos informação que era um terço das capacidades de lançamento de mísseis, hoje já aumentou para 40%.
00:58Então, também isso explica por que os ataques a Israel durante a última noite foram reduzidos,
01:04porque as capacidades não só defensivas do Irã estão enfraquecidas, mas também as capacidades ofensivas com essa destruição de grande parte das suas infraestruturas.
01:14Também eles concluíram que duas das três maiores instalações nucleares iranianas foram atingidas em Isfahan, em Natanz,
01:22que nós já trouxemos, mas aquela que fica em fordo, mais bem protegida, talvez, a cerca de 80 metros abaixo da superfície,
01:30ainda não foi tomada a decisão quando que ela será atingida ou não,
01:34provavelmente por se tratar de uma localidade mais escondida, com maior dificuldade de penetração,
01:40seria necessário aquelas bombas bunker busters, as destruidoras de bunkers que os Estados Unidos precisariam ceder a Israel,
01:47já que o país não produz essa tecnologia.
01:50Obviamente que isso também pode causar grandes repercussões sobre a escalada da guerra,
01:54ou até mesmo a finalização do conflito com Israel concluindo, segundo os seus próprios militares, os seus objetivos dentro do Irã.
02:02O Luca, uma outra informação que veio nessa mesma manifestação foi a respeito dos mísseis do Irã,
02:08que já foram destruídos, isso chegando até 40%, é isso?
02:12Sim, exato, 40%, e a gente vê que o Irã, que tem uma grande tecnologia na produção desses mísseis balísticos,
02:19que conseguem viajar mil, dois mil quilômetros em poucos minutos, ela está sendo reduzida.
02:25Então, Israel tem sido bastante certeiro nas suas operações dentro do Irã,
02:30isso por conta da superioridade aérea.
02:32A gente falava disso ontem, e vale ressaltar para a nossa audiência,
02:36que apesar do Irã produzir muitos mísseis tecnológicos e drones, a sua aeronáutica é defasada,
02:41ela é muito antiga, a de aviões da época da União Soviética, MIGS-29,
02:46ou aviões até mesmo da época do Shah Reza Pahlavi, antes da República Islâmica, 70,
02:52e os Tom Ketz, os F-14 dos Estados Unidos.
02:54Então, no controle dos seus céus, eles não têm essa superioridade,
02:58e Israel, obviamente, sendo aliado dos Estados Unidos, tem os F-35 e tantos outros caças
03:03que podem fazer esses ataques muito precisos, e o que explica esta vantagem militar
03:09que Israel tem apresentado durante os últimos seis dias.
03:13Uma pergunta final para você agora a respeito deste tema em específico,
03:18você já até falou um pouco sobre isso, mas eu queria pontuar ainda mais essa questão,
03:23que é, para Israel alcançar inteiramente os seus objetivos,
03:27há necessariamente a participação dos Estados Unidos com os seus armamentos
03:32para atingir os bunkers subterrâneos,
03:35que Israel não teria, por sua capacidade própria, armamento suficiente para isso?
03:40Explica isso para a gente.
03:41Significa que os Estados Unidos podem entrar para valer neste conflito?
03:46Qual a sua análise?
03:47Olha, Kudo, eu acho que é importante dizer,
03:49primeiro se perguntar quais são os objetivos completos de Israel.
03:54A gente sabe que talvez seria a mudança de regime,
03:56o objetivo final de Israel, o endgame, seria exatamente mudar o regime no Irã,
04:02acabar com a República Islâmica e ter um governo menos hostil,
04:05um pouco mais democrático por lá, para poder dialogar,
04:08não só com Israel, mas com os outros países na região.
04:10Mas nós sabemos que só ataques à infraestrutura militar ou até mesmo nuclear
04:15não é suficiente para mudar o regime de um país tão poderoso e tão populoso
04:19como é o Irã, com 86 milhões de pessoas.
04:22É necessário um levante popular, uma cisão das forças armadas,
04:25algo que eu acredito que Israel não consiga fazer neste momento.
04:28Se a gente for olhar para os objetivos militares,
04:31talvez seja inviabilizar completamente o programa nuclear iraniano.
04:35E para isso, aí você está correto na sua inferência,
04:39que é necessário os Estados Unidos participarem de forma mais ativa
04:43para que esses armamentos tecnológicos que destroem bunkers
04:46possam ser utilizados em forno e acabar com essas capacidades
04:50de enriquecimento de urânio acima de 60%, 70%.
04:53Então, eu acredito que sim, para a gente ter uma finalização rápida,
04:58pelo menos a visão dos israelenses,
04:59alcançar completamente os seus objetivos militares
05:02sem os Estados Unidos fica bastante difícil.
05:05Perfeito. Luca Bassani segue conosco,
05:07voltando a qualquer momento com mais informações.
05:09E eu repasso essa pergunta aqui para o nosso time de analistas,
05:13de comentaristas.
05:14Qual seria, então, o grande objetivo de Israel
05:16em relação a esse conflito?
05:19Se a própria defesa de Israel está dizendo que em duas ou três semanas
05:22vai atingir completamente esse objetivo,
05:24o que isso significa?
05:26Significa que eles vão derrubar o regime
05:27ou significa que eles vão acabar com o programa nuclear?
05:30Porque em um deles não há necessidade
05:32da participação dos Estados Unidos.
05:36Mas na outra possibilidade de acabar por completo com o programa nuclear,
05:41aí, pelas questões de logística e de armamento bélico necessário,
05:46aí haveria necessidade da participação dos Estados Unidos.
05:48Como vocês analisam essas duas hipóteses?
05:51Quer falar, Diego?
05:52Quero sim. Eu acho que um objetivo não exclui necessariamente o outro.
05:55O Rodolfo trouxe aqui dados muito importantes
05:57a respeito do grau de enriquecimento de urânio
05:59que o Irã vem produzindo no país.
06:02Esses não são dados jogados na imprensa mesmo,
06:05são dados de uma associação internacional sobre energia nuclear.
06:10O Irã tem enriquecido urânio acima da casa dos 60%,
06:13como disse muito bem o Rodolfo.
06:14Nenhum país que fez isso na história fez isso para fins civis.
06:18Isso sempre é feito para chegar aos 90%, que é de fato o grau de enriquecimento
06:23que é possível produzir a partir daí o armamento nuclear.
06:26Agora, é claro que nós temos também, no plano de fundo disso,
06:30a necessidade de derrubar das organizações terroristas
06:33que atuam já há décadas no Oriente Médio
06:36e que são, em sua maioria, financiados pelo regime iraniano.
06:40Então, por isso que eu repito aqui,
06:42não necessariamente um objetivo é excludente do outro.
06:45Essas são as duas razões.
06:47Mas acredito eu que quando o exército israelense
06:49diz que em duas semanas cumprirá o seu objetivo,
06:52é o objetivo de depor o regime,
06:54batendo dois coelhos com uma cajadada só,
06:57tanto em relação ao programa nuclear,
06:59quanto em relação ao financiamento do terrorismo no Oriente Médio.
07:01Você concorda, Leandro?
07:04Cobã, está cheio de físico nuclear de ocasião,
07:07sabendo quanto que precisa para produzir armamento.
07:10A gente vê isso aqui, viu, Diego?
07:12Eu sei lá quanto é que é a porcentagem.
07:14E dado público.
07:16Vai contestar.
07:17Você acabou de falar das organizações internacionais,
07:19conteste, então, a agência internacional
07:21que analisa os dados sobre energia nuclear no mundo.
07:24Mas aí, se o Irã tem ou não capacidade,
07:27eu acho que são dados que,
07:29inclusive, vêm muito mais da inteligência militar
07:33ou de espionagem de alguns países
07:34que têm um interesse que é muito mais geopolítico
07:36do próprio país científico.
07:38Até porque, se for dependendo da democracia iraniana
07:40para um jornalista fazer essa investigação,
07:42não tem muito como, né?
07:43Certamente, o fato de o Donald Trump
07:47ter impedido o funcionamento do acordo nuclear
07:50que o Irã fazia parte,
07:52permitia a inspeção da agência nuclear internacional,
07:55prejudicou muito a oferição desses dados.
07:59Então, eu não acho que nenhum desses regimes,
08:01seja do Trump, seja do Netanyahu,
08:04tenha informação a respeito de
08:06há quantas andas, cientificamente,
08:08a capacidade do Irã é de produzir isso.
08:11Agora, eu vou me ater aqui à política,
08:13que é algo que a gente tem mais habilidade aqui
08:15e mais convivência para poder analisar.
08:18Eu acho que Israel vai estabelecer
08:22o alvo que leve mais tempo
08:25para concretizar neste caso.
08:27Porque aí, Diego, Laura,
08:29o fato é que o Netanyahu
08:31não precisa chamar eleições.
08:33e o Netanyahu, se chamasse eleições
08:36com essa guerra de Gaza,
08:38sairia preso das eleições,
08:41porque ele ia ter que responder por crimes de guerra,
08:43inclusive genocídio.
08:45Então, o fato de Israel estar em guerra
08:47impede, pelo estado de emergência
08:50e pelo estado de guerra,
08:51o chamamento de novas eleições em Israel,
08:54o que significa que eles vão prolongar isso
08:56tanto quanto possível.
08:57Eu acho curioso, só que o Leandro...
08:58É só uma pequena anotação,
08:59eu já vou passar a palavra para o Rodolfo,
09:00que também está aqui indignado com a fala do Leandro.
09:02Mas o Leandro, ele contesta os dados
09:05de uma agência, de uma estrutura,
09:07enfim, uma estrutura legal que existe internacionalmente,
09:10que é a Agência Internacional de Energia Nuclear,
09:12mas ele se prende para estampar
09:15esse rótulo de genocídio no estado de Israel
09:17aos dados que vêm da faixa de Gaza,
09:19que são emitidos por uma organização terrorista.
09:22Então, você não pode ter essa seletividade, Leandro,
09:24em relação às suas fontes.
09:26Você acabou de dizer que Israel
09:28é um estado que está sendo acusado de genocídio,
09:31que está praticando genocídio,
09:32em razão daquilo que está fazendo na faixa de Gaza.
09:37Sempre bom lembrar, e você não precisa concordar
09:40com aquilo que Israel faz.
09:41Eu também tenho críticas, de certa forma,
09:43ao grau com que Israel tem travado o seu contra-ataque,
09:47mas não por isso eu vou passar pano
09:49para a organização terrorista.
09:51Não por isso eu vou colocar o Hamas
09:53como se fosse uma vítima nesse conflito,
09:55ou o Irã, essa democracia,
09:57como se fosse uma vítima desse conflito.
09:59Rodolfo, eu te peço desculpas
10:00porque você está aqui escrito para falar,
10:03mas o Diego está falando que eu estou passando pano
10:05para terrorista, e não é verdade.
10:07Não se tem nenhum dado aqui de Gaza,
10:09embora não tenha um prédio mais,
10:11em nenhuma foto, em nenhum vídeo,
10:12em Gaza em pé,
10:13o que denota que sim, o país foi destruído.
10:17Em segundo lugar, eu disse que Israel,
10:19que o Netanyahu, e não o Estado de Israel,
10:22vai ter que responder por crimes de guerra,
10:24inclusive genocídio.
10:26Não disse que está praticando,
10:27isso cabe a quem de direito julgar lá na frente.
10:31O fato, Diego, é que em Israel,
10:34que você está dizendo que é tão mais democrático que o Irã,
10:37não vai ter eleição.
10:38E não é?
10:38E o Netanyahu vai ficar lá.
10:40É sim, é mesmo.
10:41Obrigado.
10:42O fato é que lá não vai ter eleição.
10:45Sabe por quê?
10:45Porque agora o Netanyahu arrumou mais uma guerra.
10:48Você quer falar, Rodolfo?
10:49Rapidinho para a gente seguir.
10:50Deixa o Rodolfo falar.
10:51Eu não vou entrar nessa discussão.
10:53Eu quero voltar na pergunta que você fez sobre o G7.
10:55Você fez a pergunta para o Leandro,
10:56e ele falou que o G7 não vai ter força para mudar isso.
11:00E eu discordo completamente dele,
11:02porque o que está sendo negociado também,
11:03o falado, está em pauta também no G7,
11:05é a questão do petróleo.
11:07E a gente sabe que o Irã é rico em petróleo,
11:09e todas aquelas bacias que fazem parte ali de países vizinhos
11:12são controladas também pelo Irã.
11:14E uma vez que esse país perde as forças bélicas,
11:16principalmente na guerra agora contra Israel,
11:19esse petróleo vai ficar na mão de quem?
11:20Então, é de extrema importância essa reunião no G7,
11:25não só sobre guerra em Israel e Irã,
11:28e quando isso pode determinar um acabamento,
11:30ou de fato, como vai ficar a questão do petróleo,
11:33que rege a moeda do mundo, vai afetar todo mundo.
11:36Vai afetar a gente no Brasil, vai afetar os Estados Unidos,
11:38vai afetar a China, afeta de todas as formas
11:40essa guerra no Irã contra Israel.
11:42E olha só, novidades em relação à delação de Mauro Cid, hein?
11:46A gente vai falar sobre isso logo depois de um rápido intervalo comercial.
11:48Não sai daí, a gente já volta.

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