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  • 16/06/2025
O senador Carlos Viana (Podemos) classificou como “completamente equivocada” a posição do governo brasileiro sobre a guerra entre Israel e o Irã. Segundo o parlamentar, o governo Lula (PT) pratica uma “diplomacia seletiva” ao não condenar de forma contundente o regime iraniano. Marcus Vinícius de Freitas, Cristiano Vilela e Deysi Cioccari comentaram.
Reportagem: André Anelli
Comentaristas: Cristiano Vilela, Deysi Cioccari e Marcus Vinícius de Freitas

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Transcrição
00:00Grupo Parlamentar Brasil-Israel critica o governo Lula pela postura no conflito entre Israel e Irã.
00:08O André Anelli tem os detalhes.
00:10Em entrevista à Jovem Pan, o presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, Carlos Viana,
00:16repetiu o tom das críticas ao governo Lula, que já havia sido divulgado por meio de nota oficial.
00:22O senador afirmou que causa indignação a postura do atual governo do Brasil,
00:27que, mais uma vez, escolhe se alinhar aos que disseminam o terror,
00:33em vez de se posicionar firmemente ao lado das nações livres e democráticas.
00:38O Brasil está completamente equivocado nesse posicionamento.
00:43É até ilógico diante de tudo aquilo que a esquerda defende no Brasil,
00:48direitos humanos, proteção às mulheres, direitos dos homossexuais.
00:52O Irã, que hoje é o grande financiador do Hamas, do Hezbollah, dos grupos terroristas do Oriente Médio,
01:00é uma nação ditatorial, religiosa nesse aspecto xiita,
01:04em que a religião está acima de qualquer coisa, inclusive da vida das pessoas,
01:08e que ataca constantemente, de forma velada, a outros países, inclusive o Brasil.
01:15Nós temos investigações aqui em nosso país que revelam agentes do Hezbollah
01:21lavando dinheiro na fronteira do Brasil com a Argentina, na região de Foz do Iguaçu,
01:26comandados pelo Irã, e o Brasil faz vista grossa, faz uma espécie de diplomacia seletiva.
01:33O Brasil está na contramão do mundo, apoiando uma nação que financia o terrorismo, que é o Irã.
01:39O comunicado emitido pelo grupo ainda justificou que a escalada da violência promovida pelo regime iraniano
01:46é mais uma postura agressiva de um regime religioso extremista, ditatorial,
01:52que ameaça a estabilidade internacional e a segurança do Oriente Médio.
01:57Carlos Viana manteve o discurso na entrevista.
02:01O Irã, enquanto fazia negociações de paz com os Estados Unidos e com o próprio Israel, com a ONU,
02:08sobre a questão nuclear, o Irã acelerou o programa de desenvolvimento de armas nucleares.
02:14Ou seja, ele estava usando as negociações para poder ampliar o seu potencial nuclear
02:20e fazer ameaças a toda a região do Oriente Médio.
02:23Porque não é só Israel. O Irã ameaça é toda uma região.
02:27E isso foi percebido pelo governo de Israel, que fez esse ataque, que vocês estão vendo,
02:33como forma de eliminar essas armas.
02:36E nós, como grupo parlamentar Brasil, apoiamos o governo de Israel,
02:41porque eles não estão somente protegendo Israel.
02:45Eles estão protegendo o mundo de uma ditadura religiosa
02:48que coloca toda a sua visão teológica acima da vida, acima das pessoas.
02:54Até quarta-feira, dia 18, o presidente Lula terá que decidir se sanciona ou veta
03:00um projeto de lei que define 12 de abril como dia de celebração da amizade Brasil-Israel.
03:08O texto foi aprovado pelo plenário do Senado em maio
03:11e teve relatoria justamente do senador Carlos Viana,
03:15presidente do grupo parlamentar Brasil-Israel.
03:18Lula, por outro lado, tem mantido uma relação marcada por tensões
03:23com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu,
03:26especialmente após o início da guerra entre Israel e o grupo Hamas,
03:31em outubro do mesmo ano.
03:33Em uma das oportunidades, Lula comparou a ofensiva israelense em Gaza
03:38com o holocausto conduzido por Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial.
03:43O massacre foi sofrido principalmente por judeus que hoje integram o território de Israel.
03:49A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia solicitou ao presidente Lula
03:55o veto integral ao projeto que institui o dia da celebração da amizade Brasil-Israel.
04:01A associação argumenta que a aprovação da lei enviaria um sinal político incompatível
04:07com a tradição diplomática brasileira, especialmente diante das denúncias
04:12de violações de direitos humanos e crimes de guerra cometidos por Israel
04:17contra o povo palestino.
04:19O Palácio do Planalto informa que a decisão sobre o veto ou não da medida
04:24será uma decisão inteiramente de Lula, que será tomada apenas na quarta-feira,
04:30prazo final para o posicionamento.
04:34De Brasília, André Anelli.
04:37Assunto, pra que a gente possa ouvir aqui os nossos comentaristas hoje,
04:40Deise Siocari, Cristiano Vilela, professor Marcos Vinícius de Freitas,
04:44todos conosco acompanhando esse assunto aqui no Jornal da Manhã.
04:48Deise, vou começar contigo, à medida em que, quando iniciou-se os ataques,
04:52o Itamaraty realmente divulgou uma nota dizendo que o governo brasileiro
04:54condenava a ação de Israel ao atacar o Irã, segundo o Brasil,
04:59uma clara violação à soberania do país persa e ao direito internacional.
05:04Deise, eu queria te ouvir a respeito desse assunto.
05:07Isso significa, como disse o senador, um alinhamento com o Irã do Brasil ou nem tanto?
05:14Ou essa nota poderia ter sido mais bem conduzida?
05:17Qual é a tua impressão?
05:18Bom dia.
05:18Significa, Nonato, que o Itamaraty, ele tem deixado um pouco de lado aquela diplomacia
05:27que sempre foi elogiada e tem adotado um tom mais ideológico, mais alinhado ao Palácio do Planalto.
05:33Bom dia pra você, bom dia pra Soraya, pros nossos colegas da Jovem Pan e pra audiência.
05:38Então, esse desvio no Itamaraty, que tem incomodado um pouco e tem feito com que a crítica da oposição
05:46ela seja um pouco pertinente, sim.
05:48Porque na nota, como você mencionou, o Brasil criticou a violação da soberania do Irã.
05:55Então, isso identifica ali o Itamaraty, que sempre foi muito elogiado pela sua neutralidade,
06:00tem demonstrado ali um alinhamento com a ideologia do Palácio do Planalto.
06:04Então, o governo acaba relativizando essa diferença e, em vez de se preocupar em manter
06:10um relatório mais neutro, uma diplomacia mais neutra, tem tomado partido.
06:15E é isso que a oposição tem criticado.
06:17Então, enquanto o mundo inteiro teme uma guerra generalizada, o Brasil está procurando
06:22ser um porta-voz que não faz sentido nesse momento.
06:26Então, nos últimos meses e nos últimos anos, o Brasil tem virado, Nonato, praticamente
06:32uma caricatura terceiro-mundista do que era a sua diplomacia.
06:37Enquanto o mundo inteiro teme uma guerra, o Brasil quer se posicionar como um agente
06:40mediador, principalmente nos BRICS.
06:43Isso não faz o menor sentido.
06:44O Brasil agora tem que manter uma postura equidistante dessa guerra e muito mais neutra
06:50do que tem demonstrado.
06:51E aí, só para finalizar aqui o meu comentário, desde que começou a guerra em Gaza, o Itamaraty
06:57divulgou 60 notas contra Israel e apenas 10 a favor.
07:00Então, isso também faz parte dessa crítica da oposição que, reitero, é pertinente
07:05nesse momento.
07:06E, Lela, a gente também quer te ouvir, né?
07:08Como você avalia a postura do governo brasileiro frente a esse conflito entre Israel e Irã?
07:14Lembrando que, nessa segunda-feira, o presidente Lula chega ao Canadá, onde participa da cúpula
07:19do G7 como convidado, né?
07:22Cúpula essa que já começa, de certa forma, ofuscada por esse conflito no Oriente Médio,
07:28né?
07:29Em sombra de dúvidas, Soraya, um ótimo dia a você, ao Nonato, Dave, Marcos e todos que
07:34estão acompanhando o Jornal da Manhã.
07:37Olha, infelizmente, a posição que o Brasil vem adotando no campo internacional ao longo desses
07:42dois anos e meio do atual governo, é uma posição bastante equivocada e é uma posição
07:48que decepciona aqueles que imaginavam que o governo do presidente Lula teria realmente
07:54um viés de grande abertura e de um certo protagonismo no campo internacional.
07:59O fato é que o atual governo tem cometido equívocos diversos em praticamente todas as
08:04viagens internacionais, comete gafes tremendas e em situações de política internacional,
08:12tem tido uma postura absolutamente enviesada no sentido de prestigiar aliados políticos
08:19de momento e no sentido de deixar de lado posições historicamente mantidas pelo Itamaraty.
08:27O fato é que o Itamaraty sempre teve uma posição de neutralidade, mas de defesa da democracia,
08:33defesa dos direitos humanos e nesse momento histórico que se percebe, seja nesse conflito
08:39Israel e Irã, seja em outros conflitos que surgiram no globo ao longo desses últimos
08:44dois anos e meio, o governo tem tido uma posição de fazer vistas grossas quando se trata de aliados
08:53e de fazer críticas contundentes quando se trata de países de desafeto.
08:58Mais uma vez se percebe isso e mais uma vez se vê essa instrumentalização da diplomacia
09:03brasileira de uma forma absolutamente equivocada.
09:07Professor Marcos Vinícius de Freitas, queria ouvi-lo também.
09:11A nossa diplomacia deu uma escorregada?
09:13Poderia ser melhor, professor?
09:16Olha, eu tenho várias restrições à forma do Itamaraty de agir muitas vezes e uma delas
09:24é justamente por ficar sempre em cima do muro.
09:26No caso aqui, que é o assunto da pauta, se o governo brasileiro deve ter o dia do Estado
09:34de Israel, eu não vejo nenhum problema do presidente Lula assinar essa ordem, porque
09:38a relação não é entre governos, é a relação entre Estados, o governo Netanyahu vai embora,
09:42o governo Lula vai embora e o que fica é a relação entre os dois países.
09:47Então aqui não deve importar a coloração ideológica de cada lado, até porque nós vamos
09:53ter aí muitos problemas se a gente partir para esse pressuposto, se formos a basear todos
09:58os relacionamentos na questão ideológica, até porque os países do Ocidente, como a gente
10:03sabe, tem muita questão de dois pesos e duas medidas em tudo que a gente faz.
10:09Agora, uma coisa é verdade, existe uma série de situações em que o Estado de Israel, o governo
10:19atual de Israel tem comprometido o direito internacional.
10:23Isso não é nenhuma coisa que tem sido somente crítica do governo brasileiro.
10:30Na semana passada, semana passada, uns dias atrás, o governo britânico e o governo da
10:34França estavam condenando Israel por genocídio em Gaza.
10:38Inclusive, o próprio Benjamin Netanyahu disse que eles estavam apoiando Hamas e na semana
10:43seguinte, eles estão contrariamente apoiando a ação contra o Irã.
10:47Então você vê que essa questão internacional é muito complexa e ela varia muito.
10:52Mas o Itamaraty dizer que existe uma ação contrária ao direito internacional, nenhuma dúvida,
10:59porque não existe no direito internacional guerra preventiva.
11:03Isso foi uma das coisas que a humanidade conseguiu na Carta das Nações Unidas e que você só
11:08pode ter guerra na questão de legítima defesa.
11:10Então primeiro você precisa ter o ataque ou autorizado pelo Conselho de Segurança das
11:14Nações Unidas.
11:15George Bush começa com essa história de ação preventiva, dizendo que havia armas de destruição
11:20em massa no Iraque e que eles iriam destruir o modo de vida dos Estados Unidos e aquilo se
11:25provou uma tremenda falsidade.
11:27Então esses são os problemas que a gente tem quando sai daquilo que é prescrito pela
11:34ordem internacional, pelo direito internacional, que a humanidade demorou muito tempo para construir
11:39ele, que os Estados Unidos foram, sem dúvida, um dos elementos principais e agora virou
11:43essa questão toda.
11:44Então pela declaração, pela Carta das Nações Unidas, o Itamaraty fez uma manifestação
11:50extremamente correta.
11:51Obrigada professor Marcos Vinícius, também Vilela e a Deise.
11:55Daqui a pouco a gente volta a repercutir a guerra no Oriente Médio.

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