Ministro Marcio França critica Tarcísio de Freitas por carregar bandeira de Israel em evento

Jovem Pan News

O ministro Márcio França (PSB-SP) criticou veementemente o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) por carregar a bandeira de Israel em um evento, acusando-o de "humilhar a comunidade árabe".

Assista à íntegra:https://youtube.com/live/X0rJTECv55k

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00:00Agora a gente volta para os assuntos da política, porque o ministro do empreendedorismo, Márcio França,

00:05criticou o governador Tarcísio de Freitas por se cobrir com a bandeira de Israel

00:10durante a marcha para Jesus realizada ontem em São Paulo.

00:14Confira os detalhes com a Danúbia Braga.

00:16O ministro Márcio França do empreendedorismo publicou um vídeo nas redes sociais

00:20criticando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,

00:24por se enrolar em bandeira de Israel na marcha para Jesus na capital paulista.

00:28Para o auxiliar de Lula, o gesto em pleno período de tensão no Oriente Médio

00:33é um desrespeito com outras comunidades do Oriente Médio

00:36e de forte presença no Brasil, como sírios e libaneses.

00:40O estado de São Paulo sempre acolheu todos os imigrantes.

00:44Quase todo mundo em São Paulo veio de outro lugar.

00:47O governador de São Paulo humilhou toda a comunidade ontem, árabe, síria, libanesa, que são milhões.

00:54O estado de São Paulo é onde mais tem libaneses de todo mundo.

01:00Mais de 10 milhões de pessoas em São Paulo têm origem, libanesas, sírias e árabes.

01:05Sinceramente, fazer um gesto de humilhação apoiando alguém para poder humilhar esses povos

01:13é um erro grave do governador de São Paulo que não tem nada a ver com guerra, nada a ver.

01:19São Paulo é um estado da federação.

01:21Não tem que se meter em guerra de ninguém.

01:23Tarcísio não comentou as declarações do ministro.

01:27No evento, ainda com a bandeira, cantou um louvor evangélico.

01:30Mais tarde, ao lado de diversas lideranças políticas, muitas da oposição, voltou a exaltar o público presente.

01:37A gente tem que se lembrar da primeira marcha para Jesus que aconteceu, foi muito tempo lá atrás, muito tempo mesmo,

01:43e foi quando Moisés estava aflito, ele clama ao Senhor, o que eu faço?

01:47E Deus fala para ele, diga ao povo que marcha.

01:54E lá começou a ser história da marcha.

01:56A gente fica muito feliz que já exalteceram a marcha.

01:59O único representante do governo federal na marcha para Jesus foi o ministro-chefe da AGU, Jorge Messias.

02:05O presidente Lula foi convidado, mas não compareceu, alegando compromissos do governo.

02:11Em uma carta, Lula enalteceu a importância do evento.

02:15No texto enviado aos organizadores da marcha, o presidente afirmou que o evento tornou-se um ato extraordinário de fé coletiva,

02:22uma caminhada de oração, de louvor e de compromisso com o Brasil mais humano, mais justo, mais solidário.

02:29O petista destacou ainda a força e a generosidade do povo brasileiro, um povo de fé que não desiste,

02:36e afirmou que é isso que inspira o governo a colocar a família brasileira no centro das decisões,

02:42cuidando de quem mais precisa.

02:44Lula reafirmou o compromisso do governo com a liberdade religiosa e com respeito à diversidade de crenças,

02:51afirmando que a pluralidade religiosa é uma das maiores riquezas da democracia.

02:56O presidente concluiu dizendo que o governo tem promovido diálogo interreligioso,

03:02respeitando as diferentes crenças e valorizando o papel das igrejas na construção de um Brasil mais justo e solidário.

03:10Quero chamar a Dora Kramer porque vai chegando a eleição, Dora Kramer,

03:14tudo vira motivo de discussão política, inclusive o governador usando a bandeira de Israel.

03:20Como é que você vê essa crítica de Márcio França dizendo que o governador Tarcísio teria humilhado a comunidade árabe

03:26com esse gesto de utilizar a bandeira de Israel na marcha para Jesus?

03:30Olha, o ministro realmente se aproveitou de um gesto que, na minha concepção,

03:36não foi o melhor gesto feito pelo governador de São Paulo.

03:40Ele poderia perfeitamente ter evitado.

03:43Se numa situação comum já não seria adequada essa referência,

03:49numa situação em que o país está em guerra, é menos apropriado ainda, né?

03:58Porque quando você começa a misturar política, religião, eu sei que isso na prática está misturado, tá certo?

04:08Mas não é, seria interessante que as nossas autoridades não incentivassem isso.

04:13Nem o governador se enrolando na bandeira de Israel num evento religioso,

04:21nem também o ministro fazendo esse tipo de crítica.

04:24Por quê?

04:25Ele é ministro do governo Lula,

04:27que também faz várias declarações absolutamente inapropriadas,

04:34tomando um partido e nem por isso o ministro Márcio França, por óbvio, faz críticas.

04:42Então, se ele se abstivesse, aliás, se ambos se abstivessem, seria melhor.

04:47Professor Furial, eu quero também a sua análise da utilização dessa bandeira de Israel

04:51em um ato religioso.

04:53Isso teria mais a ver com a ligação espiritual, histórica dos evangélicos com o povo judeu?

04:58Ou você acha que, pelo fato de Israel estar em um conflito com o Irã,

05:02nesse momento, chamando a atenção do mundo todo,

05:04isso também teria, inclusive, uma predileção nesse conflito geopolítico

05:09e de guerra que está acontecendo no Oriente Médio?

05:12É, eu também acho que teria que ser neutro,

05:14tanto o governo federal,

05:16que a gente sabe que tem tido uma postura mais contra Israel,

05:20em relação principalmente ao Hamas, aos palestinos,

05:24e o governo de São Paulo também.

05:26Mas eu acho que dá para a gente analisar um pouquinho diferente

05:29do que foi feito pelo ministro.

05:32Até porque nem libaneses, nem sírios têm relação com esse conflito.

05:36Então, aqui também já para deixar claro,

05:38nem os árabes, ele usou a expressão árabes.

05:40É uma questão que envolve persas, a Síria é um Estado persa.

05:45Mas eu acho que no evento em específico,

05:46por conta de uma proximidade de valores,

05:51e a gente até já falou em outras oportunidades,

05:53dos evangélicos,

05:55em relação a questões que envolvem Israel,

05:58até mesmo por conta religiosa,

06:01da origem propriamente do cristianismo,

06:04também ser ali naquela região,

06:07eu acho que foi muito mais nesse sentido

06:09do que propriamente o apoio político.

06:12Concordo com a Dora, tem que ser neutro.

06:14Eu acho que é melhor evitar esse tipo de ato.

06:17Mas a gente tem que entender que não é contra

06:19nenhuma das comunidades presentes no Brasil,

06:23essas que foram mencionadas,

06:25até porque não tem relação nenhuma árabes com o conflito,

06:28com esse pelo menos,

06:29não tem nenhum tipo de relação.

06:32E ali, num evento religioso,

06:34há uma proximidade, como a gente sabe,

06:37tradicional entre os israelenses, os judeus,

06:41e os evangélicos em várias questões.

06:45Então, acho que foi um pouquinho mais

06:47para esse sentido,

06:49propriamente religioso,

06:51do que político.

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