A baixa natalidade somada ao aumento da longevidade ameaça o equilíbrio previdenciário em países como Japão, China e Estados Unidos. Marcelo Favalli analisa os dados e os riscos do envelhecimento populacional para o futuro do trabalho e do bem-estar social.
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00:00Olhar para a baixa natalidade de grandes economias é colocar em paralelo também a longevidade de pessoas que vivem em países cujos colchões sociais são muito confortáveis.
00:14Até aqui eu estou falando em qualidade de vida, uma população não tão grande, mas o quanto isso impacta, primeiro, na força de trabalho, segundo, no bem-estar social,
00:25do seguro social, da previdência, porque é necessário ter um número X de trabalhadores na ativa para que eles mantenham os Y aposentados.
00:36É aí que a gente começa a ver esses números colocados em perspectiva.
00:40Primeiro, vamos acompanhar essa notícia.
00:42Então, o Japão trouxe este primeiro alerta com números concretos, algo que a gente já imaginava que estava acontecendo,
00:49agora eles foram traduzidos na prática com o menor número de nascimentos ao longo de 12 meses registrados na história recente do Japão
01:00ou desde que o país começou a fazer esses registros, algo que tem aí séculos de registros.
01:05Então, eu coloquei em perspectiva que não é um fenômeno isolado.
01:09Nós temos os números sólidos do Japão.
01:12Aqui são vários gráficos apinhados um do lado do outro, mas é só para a gente ter este traço,
01:22para que todo mundo concorde comigo, que é um traço comum.
01:25Temos Índia e todos têm o mesmo arco de tempo.
01:28Eu e a Carol Rangel, a editora que trabalha comigo, nós colocamos os números todos iguais aqui
01:33para que a gente mantenha a mesma perspectiva, a partir dos anos 50.
01:36Então, a história contemporânea, depois da Segunda Guerra Mundial, a Índia, na década de 50, por exemplo,
01:42tinha uma média de mais de cinco filhos por casal.
01:46E agora está aqui numa média de dois, agora nos anos de 2023, que é a última contagem universalizada aqui.
01:54Os Estados Unidos tiveram, então, aquele baby boomers, né?
01:57Depois da Segunda Guerra Mundial, as pessoas tiveram mais filhos.
02:00Depois, as situações financeiras foram levando à queda.
02:05Europa, unificada.
02:07Eu peguei todos os países da Europa, sendo da zona do euro ou não, União Europeia ou não.
02:11O Brasil não está fora dessa regra.
02:14Aqui, o Japão, que chama a notícia.
02:17E a China, que tem uma explosão demográfica, depois entra a chamada política do filho único.
02:24E, embora esta política tenha caído e o governo chinês comece a incentivar os casais a terem mais filhos,
02:32eles não estão vendo muitos resultados.
02:36E aí, a China está em linha com o Japão e o resto do mundo.
02:40Que é o seguinte, a população está diminuindo e está envelhecendo.
02:44Vou pedir à próxima tela para a gente entender o que mudou ao longo de mais de meio século,
02:51quase 80 anos, entre o final da década de 50, agora o começo dos anos 2020.
02:58Por que há em comum, em vários países, diferentes perfis, diferentes pontos do planeta,
03:05essa queda de natalidade?
03:09Desenvolvimento econômico.
03:10As pessoas trabalham mais, têm menos tempo para se dedicar.
03:14Maior escolaridade.
03:15Já se havia encontrado esse traço, que comunidades com pessoas de menor escolaridade tinham mais filhos.
03:24Insegurança sobre o futuro.
03:26Esse grande ponto de interrogação, será que vamos ter um futuro seguro, um planeta seguro?
03:33Isso também mexeu com as questões de natalidade.
03:36Uma mudança na sociedade.
03:37O perfil mudou e a maneira como os pais pensam também.
03:42Custos da criação.
03:43Então, um casal que quer ter filhos, em geral, faz uma conta de quanto que vai custar.
03:49Um, dois, cinco, sete filhos.
03:53Paternidade menos atrativa.
03:55Hoje, a sociedade pensa em, será que vale a pena ter filhos?
04:00E acesso a contraceptivos ficou muito mais fácil, convenhamos.
04:05A próxima tela aqui, agora eu queria colocar mais em perspectiva, essa coisa da longevidade das pessoas.
04:11E esse é um gráfico que vai de 1960 até a década de 20, que mostra o seguinte.
04:17A taxa de natalidade, essa em laranja, ela tem uma certa diminuição.
04:27A taxa de mortalidade, as pessoas vivem mais.
04:32O tamanho das populações, em azul.
04:36Mas o que é mais interessante aqui é esse traço em verde, que quanto menor foram as populações,
04:44obviamente aumentou a renda per capita.
04:47Então, as pessoas se sentem mais confortáveis, tendo uma vida com maiores acesso, tendo menos filhos.
04:54Essa é uma representação, não é só teórica.
04:57Aqui o gráfico mostra este comportamento da sociedade, que foi mudando desde 1960.
05:03Eu vou pedir a próxima arte para a gente começar a se preocupar, então, nessa conta.
05:08Mas, peraí, se diminuir o número de pessoas trabalhando, a gente vai também diminuir o número de aposentados.
05:13Ou isso vai impactar o número de aposentados.
05:15Aqui, a gente tem expectativa de vida.
05:17Eu peguei dos mesmos grupos ali, Japão, Estados Unidos, Europa, China, Brasil, Índia.
05:23Existem outros componentes na história, mas todos estes países ou regiões tendem a um crescimento de longevidade.
05:32As populações estão vivendo mais tempo.
05:35Agora, todas essas premissas para a gente chegar na conclusão que está no último gráfico, que é a seguinte.
05:41o quantos trabalhadores na ativa precisam existir para que haja essa equação para manter a previdência funcionando.
05:50E está aqui, em 1960, esse é um traço que eu peguei dos Estados Unidos.
05:55Porque a gente tem falado muito sobre a eventualidade das dívidas americanas.
06:00Peguei aqui um traço comum.
06:02A gente começou a falar de Japão, essencialmente, mas eu trouxe para os Estados Unidos para ser um exemplo mais sólido.
06:07Em 1960, qual que era a razão?
06:11Havia 5,1, ou 5 trabalhadores na ativa, para cada aposentado.
06:17Esta realidade foi mudando por causa do empreendedorismo, do empreendedorismo, da pejotização, dos profissionais liberais.
06:27E hoje, do desemprego também, em alguns momentos.
06:30E hoje, a realidade para, quer dizer, hoje não, né?
06:34Hoje nós estamos de 2,6 e para o ano de 2060, que tudo bem, está longe, mas a gente já começa a ver a próxima geração se comportando,
06:46vai haver, seguindo esta projeção, dois trabalhadores na ativa para cada um aposentado.
06:53E aí o sistema de pensionato, lá chama-se social security, ele fica muito desequilibrado.
07:02E isso tem a ver com baixa natalidade, isso tem a ver com mais longevidade e as atitudes dos governos.
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