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A eleição no Canadá foi impactada pela postura agressiva de Donald Trump. Marcelo Favalli explicou como tensões comerciais e críticas públicas afetaram partidos locais e mudaram o cenário político no país.

O impacto vai além da política: a rejeição aos produtos americanos no Canadá disparou e ameaça bilhões em comércio bilateral. Com a economia no centro da disputa, o conservadorismo alinhado a Trump perde força.


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Transcrição
00:00Boa noite para você que nos acompanha aí do outro lado da tela.
00:03Por conta do fuso horário, ainda é bem mais cedo no Canadá, principalmente na costa oeste ali,
00:08na sequência da Califórnia, quatro horas mais cedo com relação ao horário de Brasília.
00:15Mas independente do resultado, a gente tem um cenário que aponta aí algo muito sugêneres,
00:22quase que um ineditismo na história política recente do Canadá.
00:26Para poder explicar, eu peço aqui uma arte para nós vermos o que foi a popularidade dos conservadores
00:34do Partido Trabalhista e uma inversão causada por Donald Trump, que sequer é um político canadense.
00:42Vamos lá.
00:43Aqui em vermelho estão as intenções de voto de Mark Carney, que assumiu o posto de líder do Partido Liberal
00:53depois da renúncia de Justin Trudeau.
00:57Trudeau deixou o cargo dele à disposição em 6 de janeiro.
01:02E olha que o Donald Trump só tomou posse com o presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro.
01:07Duas semanas antes, o Justin Trudeau já tinha recuado, porque desde novembro então do ano passado,
01:15quando a gente sabia que o Donald Trump era o presidente eleito,
01:19ele começou ali a pressionar o Canadá, mas quem quiser usar o verbo debochar também funciona.
01:27E isso foi arranhando já uma popularidade do Justin Trudeau,
01:32que não estava das melhores desde que ele assumiu a liderança do governo canadense.
01:37Então a gente vê as intenções de voto em vermelho dos trabalhistas.
01:43Foram caindo, foram caindo, pioraram bastante depois do final de 2024,
01:50mas tem uma virada aqui em 2025.
01:53Antes de eu apontar essa virada, eu vou dizer o óbvio, mas isso é para todo mundo ficar na mesma linha.
01:58Não tem vácuo de poder quando a gente fala de política.
02:01Então se alguém está perdendo popularidade, o trem está ganhando.
02:07Só que a gente tem esta mudança de eixo justamente em janeiro de 2025,
02:14quando o Donald Trump começa a ser muito agressivo contra o Canadá,
02:19falando que o Canadá seria o 51º estado,
02:23debocha inclusive não só dos produtos canadenses, como da política canadense.
02:28E aí os conservadores no Canadá, muito alinhados a um conceito ideológico da política dos republicanos
02:37nos Estados Unidos, começam a sofrer o mesmo desgaste que a gente vê Donald Trump
02:45tendo na sua popularidade interna.
02:48Como as imagens foram clivadas, a gente viu essa diferença.
02:52Agora vamos avançar para a gente entender um pouco da formação,
02:55disso que nós estamos assistindo no Canadá, da formação do parlamento.
02:59É diferente do presidencialismo, os eleitores vão escolher os seus representantes
03:04por meio dos partidos e o partido que tiver o maior número de cadeiras no parlamento
03:10indica o primeiro-ministro.
03:12Os trabalhistas já tinham a maioria.
03:16Então esse aqui é o cenário antes do resultado da eleição.
03:19153 têm menos da metade, mas eles conseguiram formar uma coalizão
03:24e se manter no poder.
03:26Aquela pesquisa de opinião indica que eles também vão ter a maioria dos assentos.
03:32Talvez não 50% mais um, mas vão manter as mesmas coalizões.
03:38A exemplo do bloco quebecois ou quebequense,
03:42da região do Quebec, do Partido Verde, do NP,
03:47diferente dos conservadores, que podem ser uma força política,
03:51mas diante desse desgaste da imagem do Donald Trump,
03:55como eles estão muito alinhados, eles também podem perder aqui
03:59um número de cadeiras.
04:02Agora, para a gente entender o embate, estou falando de política,
04:05mas está diretamente amarrado com a economia.
04:07A próxima arte, por favor, para a gente também voltar a ver o que foi
04:13esse embate das tarifas, o tarifácio, esse choque de taxas.
04:18Como é que está a situação agora?
04:2125% de taxação de automóveis que entram nos Estados Unidos,
04:26produzidos no Canadá, assim como alumínio e aço, outros produtos.
04:31Houve exceções do chamado USMCA, United States, Mexico, Canadá,
04:37que é um pacto ali da América do Norte.
04:40Exceções para esses produtos.
04:41Mas o que sustenta essa relação comercial entre os dois países está aqui,
04:47automóveis, alumínios e alguns outros produtos sobretaxados.
04:52O que Donald Trump talvez não tenha calculado foi a reação popular.
04:57Não estou falando dos políticos e nada.
05:00É o que o canadense também se sentiu ofendido
05:03e acabou abraçando ali o Partido Trabalhador como uma resposta, um rechaço.
05:09E olha essa pesquisa que a MSNBC fez,
05:13que faz parte aqui do conglomerado a qual a NBC faz parte.
05:18Vou pedir a próxima arte.
05:20Olha o que foi a rejeição dos produtos americanos
05:23que também entram em alto volume nos Estados Unidos.
05:27Para que ninguém esqueça, tá?
05:28É a maior fronteira seca entre dois países de todo o mundo.
05:32Toda a produção canadense é dedicada,
05:35ou a esmagadora maioria é dedicada aos Estados Unidos,
05:37e muito do que os produtos feitos nos Estados Unidos vão para o Canadá.
05:43Só que o canadense respondeu desta maneira.
05:46Em compras físicas, em lojas, propriamente dito,
05:5068% dos canadenses deixaram de comprar produtos americanos.
05:56E no online, 65%.
06:00Houve uma recusa enorme e isso está pesando,
06:04obviamente, nos produtores americanos,
06:06que tinham uma enorme facilidade em atravessar a fronteira.
06:09Tinha uma taxação muito baixa,
06:11chegavam em enorme volume,
06:13e agora estão sentindo no bolso.
06:15E toda vez que se sente no bolso,
06:17nós temos um reflexo político.
06:19o passo é pouco.
06:20O passo é o caminho que
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