O Governo do Rio de Janeiro confirmou o lançamento do Plano Estratégico de Reocupação de Territórios, previsto para começar na primeira semana de janeiro de 2026.
Diferente de ocupações anteriores focadas apenas no patrulhamento ostensivo, esta nova fase foca na liberação dos serviços essenciais.
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00:00O Rio de Janeiro busca um apoio financeiro e logístico da União para a retomada de territórios ocupados pelo crime organizado.
00:09A reportagem é de Rodrigo Viga.
00:11O Estado do Rio de Janeiro não descarta a possibilidade de um apoio das Forças Armadas no projeto de retomada de territórios a partir do ano de 2026.
00:22Mas essa não é a principal ajuda esperada e aguardada aqui no Estado do Rio de Janeiro.
00:31Pelo contrário, as Forças de Segurança do Rio têm toda a experiência, know-how e também conhecimento de atuações em áreas dominadas e conflagradas.
00:43Áreas que estão há anos sob a égide ou do tráfico de drogas ou dos milicianos.
00:50O crime é organizado de uma maneira geral.
00:52A tarefa será bastante difícil essa de retomar e pacificar territórios dominados pelo crime organizado.
01:01Afinal de contas, na capital, são mais de 800 comunidades.
01:06E em todo o território fluminense, quase 1.900 favelas e morros, em sua maioria, dominadas pelo crime organizado.
01:15Seja tráfico, seja milícia.
01:18O plano de ação de retomada de territórios já foi entregue ao Supremo Tribunal Federal, que está analisando essa estratégia que vai ser adotada pelo governo do Rio de Janeiro a partir de 2026,
01:33com a ajuda de prefeituras dos mais de 90 municípios e, é claro, do governo federal.
01:39Do governo federal, o governo fluminense espera apoio logístico e, principalmente, financeiro.
01:46Afinal de contas, o projeto de retomada de territórios prevê uma série de ações e, principalmente, a sustentabilidade e a governança desse projeto,
01:58para lá de complexo e desafiador, como revela o governador Cláudio Castro.
02:04Acho que, sobretudo, a questão de financiamento. O financiamento é fundamental e a gente vai continuar trabalhando no financiamento
02:13e esse financiamento pode ser equipamento, pode ser em dinheiro, pode ser...
02:18E a gente entende que é fundamental para que a gente possa ter o resultado real.
02:25A decisão vai ser judicial, vai ser pelo Supremo Tribunal Federal e aí vai todo mundo cumprir.
02:31A recuperação de territórios faz parte da chamada flexibilização da ADPF das favelas,
02:38uma medida que foi adotada durante a pandemia de Covid-19, criando regras, parâmetros e também restrições
02:45para a atuação das forças de segurança em áreas conflagradas no estado do Rio de Janeiro.
02:51Para muitos da área da segurança do estado do Rio de Janeiro, esse tipo de medida acabou fortalecendo a expansão
03:01e o poderio do crime organizado no território fluminense do Rio.
03:08Rodrigo Viga.
03:10Meu caro Cristiano Villela, há quanto tempo já se passou daquela mega operação no Rio de Janeiro?
03:16E a gente apostou e é mais ou menos o que aconteceu.
03:21Alguma coisa avançou no Congresso Nacional, pele, antifacção, mas nada muda.
03:26E agora o governo do Rio pede ajuda para a União sobre as áreas ocupadas pelo crime organizado.
03:33E ano que vem é um ano eleitoral, muito difícil que ações saiam do papel,
03:38mas os políticos vão falar muito sobre segurança pública na campanha eleitoral, não é?
03:41Pois é, Tiago, tem alguns temas que deveriam estar blindados, protegidos da atuação política
03:48e a segurança pública é um deles.
03:51Determinados pontos de atuação das forças de segurança deveriam ser objeto de um certo consenso
03:59entre setores governistas, setores de oposição, entre esquerda e direita,
04:04porque se trata de elementos importantes para a proteção do cidadão,
04:09especialmente no momento histórico onde a questão de segurança pública
04:12ela se coloca como a principal chaga apontada em todas as pesquisas de opinião
04:17que ouvem a população dos diversos cantos do Brasil.
04:22Nesse sentido, infelizmente, mais uma vez, a gente percebe que não se constrói consenso
04:28e o tema ele vai ganhando ali. Pequenos puxadinhos, mas em termos práticos, em termos concretos,
04:35não se promovem grandes estruturações capazes de promover alguma reviravolta
04:40nas questões de segurança pública em nosso país.
04:43Pois é, é uma discussão sobre a PEC da segurança, né?
04:46A Câmara, o Congresso Nacional como um todo, tenta mudar alguns itens da proposta que chegou do governo,
04:53mas, de qualquer forma, no ano que vem é difícil um consenso entre os governadores.
04:57É praticamente impossível.
05:00Ah, sem dúvida, especialmente num ano de eleição,
05:03uma eleição onde cada setor do parlamento busca fazer com que as posições do seu eleitorado
05:11sejam efetivadas, sejam fortalecidas.
05:14É um momento em que os parlamentares, na sua grande maioria candidatos,
05:18nas próximas eleições, vão buscar falar diretamente com o seu eleitor.
05:23E aí, nesse sentido, fazer com que qualquer lado venha a ceder se torna ainda mais difícil.
05:29É importante só a gente destacar que, quando se trata de questões de segurança pública,
05:34as forças de oposição têm maior capacidade de fazer os seus pleitos acabarem saindo do papel,
05:41especialmente porque, nesse tema, há um certo alinhamento em relação ao centro político,
05:46e aí, nesse sentido, as forças governistas acabam tendo dificuldade em dialogar com o cidadão
05:53nos temas de segurança pública.
05:55A esquerda, de uma forma geral, tem dificuldade em lidar com temas de segurança,
06:00então, eu vejo que a oposição pode se aproveitar, como já se aproveitou em outras oportunidades,
06:07pode se aproveitar e, eventualmente, ver o avançar de alguns de seus pleitos
06:12no que se relaciona a esse tema.
06:14A esquerda, de uma forma geral, tem dificuldade em relação ao centro político,
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