Mais de 1,2 milhão de imóveis na Grande São Paulo seguem sem energia após a passagem de um ciclone extratropical. O fenômeno causou rajadas de vento que ultrapassaram 98 km/h na Lapa, Zona Oeste da capital, gerando um apagão. Reportagem: Julia Fermino.
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00:00E eu quero começar justamente falando sobre esse assunto, porque a Grande São Paulo segue com mais de um milhão de imóveis sem energia elétrica nesta quinta-feira, sendo pouco mais de um milhão só aqui na capital.
00:12Vamos então conversar com a Júlia Fermino, que está de olho também na situação caótica no aeroporto de Congonhas, porque vários voos também sofreram por conta da situação dos estragos provocados pelo ciclone, das questões climáticas e também da falta de energia elétrica.
00:28Conta pra gente Júlia Fermino, muito bem-vinda.
00:34Situação muito caótica, Evandro, muito abatade pra você, pra quem nos acompanha aqui no 3 em 1.
00:40É isso, mais de um milhão e duzentos mil imóveis ainda sem energia na capital paulista e também na região metropolitana.
00:48E aí, de acordo com a Enel, que é quem administra e fornece essa energia, distribui essa energia aqui nessa região, a passagem desse ciclone extra-tropical causou a interrupção.
00:58Foram danificados trechos completos, inteiros da rede e por isso o fornecimento foi interrompido justamente por conta dos ventos que ultrapassaram 90 km por hora.
01:09A companhia diz que foi fornecido aí, para os casos mais críticos, alguns geradores.
01:15E a gente tem também uma fala do diretor regional norte da NOSP, o Marcelo Puertas, no programa Morning Show aqui da Jovem Pan pela manhã.
01:25Ele disse então que equipes foram mobilizadas e que inclusive a Enel tem feito um mapeamento das regiões.
01:31Vamos ouvir o que ele disse?
01:32A gente tem mapeado todos os grandes blocos de carga e nós temos equipes dedicadas a todos esses pontos.
01:40Então as equipes estão trabalhando nesta reconstrução, lembrando, não é um restabelecimento simples, não é uma atividade simples,
01:49mas nós estamos com as nossas equipes fazendo essa reconstrução.
01:52A gente tem 1.600 equipes durante todo o dia trabalhando, essas equipes trabalham com dois homens, com três homens, até seis homens,
02:03o que leva a gente a quase 3 mil, 3 mil e até mais de 3 mil homens trabalhando em campo.
02:11O Puertas disse que são pouco mais de 3 mil homens trabalhando, mas o que a gente tem são mais de 1 milhão e 200 mil imóveis sem essa energia.
02:26A ponta não fecha, né? É muita gente sem energia para, vamos dizer, poucos trabalhadores atuando.
02:32E tem mais, os paulistas também estão sofrendo com a falta de água, como você disse.
02:37E aí, de acordo com a Sabesp, que é quem administra essa questão de água aqui na cidade e região metropolitana,
02:44isso foi causado justamente por conta da passagem desse ciclone, que interrompeu a falta de energia
02:50e sem a energia as bombas não funcionam para levar a água até as residências, né?
02:55Então esse sistema, a partir do momento que a energia é reestabelecida, vai voltar a funcionar, as bombas vão voltar a funcionar,
03:01mas isso vai acontecer de forma gradual.
03:04Então, as pessoas precisam ter paciência e, usando, de acordo com a Sabesp, a recomendação é fazer o uso da água de forma racional,
03:13racionalmente, para que não venha faltar água.
03:16E aí, como você disse, Evandra, a gente está aqui, no aeroporto de Congonhas, que fica na zona sul da capital paulista,
03:22porque o caos por aqui também continua.
03:25Vocês acompanham agora? Eu vou sair da imagem para vocês verem como é que está a situação por aqui,
03:29nas imagens do nosso cinegrafista, o Pedro Patroni, porque só hoje foram cancelados já 63 chegadas, 47 partidas,
03:38e ontem, durante todo o dia, foram 88 chegadas canceladas e 93 partidas também suspensas.
03:46Então, no total, até o momento, são 291 voos cancelados aqui em Congonhas.
03:55O caos continua, as pessoas ainda estão sem muitas respostas de para onde vão, quando vão ser realocadas,
04:02os voos realocados.
04:04E aí, tentando, enfrentando filas que são intermináveis.
04:08A nossa equipe, inclusive, conversou agora, chegando aqui no aeroporto, com uma passageira que estava tentando ir para o Rio de Janeiro,
04:17está aqui em São Paulo, está tentando voltar para o Rio de Janeiro, porque ela é de lá, já teve que cancelar os seus compromissos de trabalho,
04:24e está apreensiva, porque, no caso dela, ela tem um casamento.
04:28Ela vai casar no domingo, Evandro, então você imagina o desespero dela para voltar para casa.
04:34Pelo que ela disse para a nossa equipe, o voo dela está realocado já para amanhã, às 11 da manhã, mas ainda fica nessa incerteza.
04:41E o que ela relatou para a nossa equipe também, é que só ganhou voucher para alimentação e deslocamento.
04:46Se a viagem dela é amanhã, ela não tem ainda um respaldo da companhia aérea, para poder ficar alocada, ficar instalada em um hotel,
04:55porque é o que vai precisar acontecer, né?
04:57Olha, também a confusão, os passageiros passam aqui sem ver, estão tão preocupados em realmente resolver a situação da passagem,
05:04que até passaram aqui na frente da nossa equipe, mas é isso, Evandro, completo caos ainda aqui no aeroporto de Congonhas,
05:11fora esse caos em relação aqui na cidade de São Paulo, em falta de água e falta de energia.
05:17Olha, eu fiquei até sem ar aqui com o tanto de informações caóticas, diferentes níveis, e a gente diz, né?
05:24O perrengue é muito relativo para o tamanho do problema que a pessoa está enfrentando.
05:29Então, se tem gente sofrendo com desabastecimento de energia elétrica e desabastecimento de água,
05:34um problema gigantesco, há também um outro problema da pessoa que precisa viajar,
05:38tem um compromisso importante como um casamento no domingo e não sabe se vai chegar a tempo.
05:42Então, cada um vivendo aí de maneira caótica esse problema provocado aqui na capital de São Paulo,
05:49depois da passagem desse ciclone.
05:50Muito obrigado pelas informações, Júlia Fermino, um abraço para você.
05:53Mas eu quero também utilizar esse espaço que é muito importante que a gente tem aqui na Jovem Pan
05:58para representar as milhões de pessoas que estão sofrendo com essa situação aqui na capital e na região metropolitana.
06:04Diante da falta de previsibilidade, de informação e de um atendimento mal prestado,
06:10é óbvio que a gente entende que a Enel é uma empresa desqualificada,
06:14incapaz de atender com a necessidade e a urgência que os seus consumidores exigem.
06:20E eu vou até pedir desculpa aqui para o termo que eu vou utilizar,
06:23mas daria para dizer que a Enel é uma empresa safada.
06:27Repito, safada.
06:30Porque simplesmente não consegue sequer dar uma previsibilidade para que a gente possa planejar
06:37um mínimo diante de uma situação como essa.
06:40E a gente entende que as questões climáticas muitas vezes são imprevisíveis.
06:45Mas depois do pesadelo que nós vivemos em 2024, próximo das eleições,
06:51e esse pesadelo foi extremamente ressaltado pelas autoridades,
06:54exatamente porque a gente estava em período eleitoral,
06:57a gente esperava que um ano depois nós teríamos um mínimo de qualidade a mais no serviço prestado.
07:06Mas não é o que se percebe.
07:07É como se a gente estivesse vivendo uma repetição daquele pesadelo.
07:12E assim como aconteceu em 2024, a gente vê se repetir também a menção das autoridades
07:20sobre a atuação da Enel aqui em São Paulo.
07:23Então são reclamações, críticas nas redes sociais, na imprensa,
07:28e as notificações de agências como a Agência Nacional de Energia Elétrica.
07:32O problema é que as notificações não devolvem a energia elétrica
07:37para milhões de lares que ainda estão sem o fornecimento
07:41e muito menos fazem com que a Enel atue de maneira diferente do que vem atuando nos últimos anos.
07:49Então a gente fica pensando quais são os passos necessários
07:53para que de fato ela cumpra o que está previsto nesse contrato de concessão
07:58e atenda de maneira mínima as necessidades das pessoas,
08:04entre elas eu também, porque eu já estou há 36 horas sem energia elétrica ali na minha região,
08:10assim como várias outras pessoas.
08:12E eu tenho recebido muitos relatos também de telespectadores,
08:15de gente que me segue nas redes sociais e acompanhando também todo o trabalho
08:18que a imprensa tem feito de maneira muito boa nessa quinta-feira.
08:24o quanto as pessoas estão sofrendo e o quanto sequer tem um tipo de retorno mínimo
08:30com alguma previsibilidade sobre aquilo.
08:33Fora o comércio, né?
08:34Porque já há também os levantamentos que mostram milhões de reais em prejuízos
08:40por conta das regiões de forte comércio que não pôde abrir as suas portas
08:45nem ontem, nem hoje, por causa do serviço que não é restabelecido.
08:50Alan Gani.
08:50É um absurdo.
08:51Veja, Evandro, São Paulo está entre as 10 cidades mais ricas do planeta,
08:57tem previsão de ser a sexta cidade mais rica do planeta até 2029,
09:03e a gente está falando de uma cidade que há 36 horas não tem luz.
09:09Você imagina isso em Xangai, Nova Iorque, Tóquio, Londres?
09:12É inadmissível.
09:13Se você falar para qualquer cidade, para qualquer cidadão de uma cidade grande, cosmopolita,
09:20vai falar, não, não é possível que isso aconteça.
09:22Então, já passou da hora, eu faço esse programa já há um tempo,
09:26e passa ano e sai ano, Evandro, a gente debate essa mesma questão.
09:31E é interessante porque nos anos eleitorais isso ganha fogos de artifício,
09:35e aí todo mundo diz que vai tomar uma atitude.
09:38Mas passa o ano eleitoral, a gente está vivendo a mesma situação praticamente um ano depois,
09:43e a manutenção da concessão está sendo feita do mesmo jeito.
09:47E isso não significa que se deveria caçar a concessão ou manter a concessão,
09:52mas desde que o serviço fosse prestado dentro daquilo que está previsto em contrato.
09:57Essa imagem que nós acabamos de mostrar para vocês, com dezenas de carros parados no pátio,
10:03enquanto há milhares de pessoas aguardando pelo restabelecimento do serviço,
10:09essa imagem é muito revoltante para todos nós, que estamos com os lares sem energia,
10:15com famílias que têm pessoas com deficiência que muitas vezes não podem se locomover em prédios
10:20porque os elevadores estão parados, porque as saídas de emergência também já não suportaram mais a falta de fornecimento,
10:26serviços de saúde que começam a sofrer por conta dessa situação.
10:31Eu fico pensando que há uma incapacidade da Enon de prestar o serviço para a minha cidade natal,
10:37que tem 2.500 habitantes.
10:39Imagina para São Paulo ou para grande São Paulo, que tem mais de 12 milhões, Fábio Piperno.
10:45Evandro, eu conheço muitas pessoas que têm parentes doentes em casa,
10:50eu sou amigo, que têm crianças pequenas, que precisam ir na escola,
10:54o pai e a mãe levando para cá, para lá, gente que mora no 15º, 20º andar de um prédio sem energia elétrica.
11:00Como é que vai fazer?
11:02Então, eu estou falando de um microcosmo, estou falando de pequenos problemas,
11:07aliás, de pequenas comunidades, de pequenos grupos que têm problemas que, para elas, são imensos.
11:14E aí vem uma companhia privada dando as desculpas mais esfarrapadas do mundo.
11:20Eu, aqui, e a nossa audiência testemunha disso, eu insisto muito em falar sobre a incapacidade do brasileiro,
11:27porque aqui a gente está falando, mais uma vez, de um colunio público e privado contra a população.
11:33Porque o poder público, ele falha nas cobranças de uma companhia privada
11:39que oferece um péssimo serviço, pior do que era, inclusive, o serviço prestado pelo Estado em relação a isso.
11:46Então, esse é um problema muito grave.
11:49E a consequência é isso aí, milhões e milhões e milhões e milhões de pessoas abandonadas,
11:54porque quando você fala em 1 milhão e 200 mil lares de endereços e tal,
11:57você está falando de muito mais gente.
12:00E outra coisa, comerciantes que vão perder faturamento no mês mais rentável do ano,
12:06aí, tanto o empresário comerciante, quanto o funcionário dele, que é o vendedor,
12:12que depende das comissões de fim de ano para equilibrar os seus orçamentos na frente.
12:16Pois é.
12:17Então, como é que essa gente toda vai acabar se virando?
12:20Pessoas que estão em aeroportos, que têm compromisso, viagens, trabalhos, negócios, vão ver parentes.
12:26Imagina, por exemplo, um cidadão que vai...
12:27Eu estava fazendo esse cálculo aqui.
12:29O cidadão que vai para a China.
12:32Ele já tem um voo de 24 horas.
12:35E aí, ele não sabe quando ele vai poder sair do aeroporto.
12:39Sem contar que não.
12:40O aeroporto tem comida mais cara, bebida mais cara.
12:42Então, a cadeia envolvida, ela é imensa.
12:45E aí, a companhia vigarista, como você muito bem lembrou,
12:49a maior cara de pau do mundo fala, estamos trabalhando para resolver.
12:52Pois é, estamos trabalhando com previsões que vão se ampliando.
12:55Se você entrar no aplicativo, porque você liga lá, ninguém consegue te atender.
12:58Obviamente, porque eles estão em operação de guerra.
13:01Imagina se não estivessem.
13:02Aí, você entra no aplicativo a pedido deles.
13:05E no aplicativo, quando você olha, a previsão de retorno ou de restabelecimento do serviço,
13:11ela vai aumentando.
13:12Então, o restabelecimento do serviço lá na minha casa, por exemplo,
13:16ele estava previsto para ontem, às uma da tarde.
13:20Depois foi para as duas e agora já estamos aqui, às quatro e dezessete.
13:26E o serviço está previsto para voltar às cinco horas da tarde.
13:29E eu já estou imaginando que, ao voltar para casa à noite,
13:32provavelmente estarei sem luz com essa previsão sendo jogada sempre uma hora para frente.
13:38que tipo de previsão ou de planejamento que se faz para quem tem família,
13:44para quem tem filhos, para quem tem pessoas com problemas de saúde,
13:47enfim, para qualquer tipo de pessoa, até mesmo para quem morar sozinho.
13:50Não interessa.
13:52O tamanho do perrengue tem a ver, é relativo às necessidades de cada um.
13:56E é isso que precisa ser respeitado, principalmente porque a gente paga por esse serviço.
14:02Paga com bandeiras diferenciadas por esse serviço.
14:05E mereceria receber, num momento de caos, pelo menos o atendimento devido.
14:12Por mais que se compreenda que haja uma dificuldade de restabelecimento em algumas partes,
14:16por conta do tamanho do estrago que o ciclone provocou,
14:19mas pelo menos um atendimento de qualidade.
14:22Zé Maria Trindade.
14:24Zé Maria Trindade.
14:25Olha, o erro disso aí, ele é na raiz.
14:29Durante o processo de privatização do sistema elétrico,
14:31do sistema de telecomunicação e outras privatizações,
14:36a ideia, lá atrás, era estabelecer agências reguladoras fortes que defendessem o consumidor.
14:44E a ideia parecia muito boa.
14:46São pessoas com um mandato, um mandato fixo,
14:49não poderiam ser demitidos na troca de presidente,
14:53e eles, independentes, sentados no mandato, poderiam fazer um trabalho de fiscalização.
15:00Não é depois que acontece a fiscalização dos concessionários de serviço público.
15:06E aí, o que aconteceu?
15:07Os empresários dominaram as agências reguladoras.
15:11Não é à toa que o presidente do Senado, o senador Davi Alcolumbre,
15:14está puxando um cabo de guerra com o governo,
15:17porque quer dominar as agências reguladoras.
15:20Ali há um interesse empresarial muito forte de proteção.
15:24A gente vê ônibus que não funcionam direito,
15:28atendem muito mal o passageiro.
15:32A gente vê outras agências, em geral,
15:36a agência de minérios,
15:40deixando barragens estourar e matar pessoas,
15:43como o caso de Diamantina, de Brumadinho,
15:47enfim, e vários outros aí,
15:50e dizendo, ah, nós não temos como fiscalizar.
15:53Como? A função é essa.
15:55E, finalmente, a ANEL.
15:56A ANEL é a culpada disso.
15:59A ANEL não fiscalizou.
16:00Não é que agora está mandando notificação.
16:04Antes, tinha que fiscalizar e dizer,
16:06olha, vocês não têm condições de atender uma emergência.
16:10E está vindo por aí uma emergência.
16:11Veja bem, uma emergência previsível.
16:14E isso tem consequência.
16:16E a consequência é a falta de credibilidade.
16:19No Amapá aconteceu isso aí,
16:21e Macapá, que é a capital do Estado,
16:24reagiu.
16:26De que forma?
16:27Adotando geradores.
16:28Agora, você imagina se São Paulo pega isso aí.
16:32Cada prédio com o seu gerador.
16:35Lá, o cheiro horrível de óleo de uso e queimado
16:39passava pelas ruas.
16:41Terrível.
16:42Cada restaurante, cada comércio,
16:45tinha o seu grupo gerador.
16:47Agora, imagina que é uma boa ideia
16:50cada prédio ter o seu gerador.
16:53Se o prédio tem um gerador,
16:55não é emergência desse,
16:56liga o gerador,
16:57tudo funciona, as luzes,
16:59o elevador e tudo.
17:00Mas veja a coletividade,
17:02veja que complicação.
17:04Olha para onde está empurrando São Paulo
17:07a ANEL, né?
17:09Exatamente, Zé Maria Trindade.
17:10É sempre a população tendo de buscar
17:12subterfúgios para lidar com um serviço
17:15essencial que não está funcionando bem.
17:17Então, se você não tem segurança pública,
17:19você não pode andar nas ruas em determinados
17:20horários, não pode usar aliança e também
17:22não pode atender o seu celular.
17:24Se você não tem um bom fornecimento de energia
17:26elétrica, você tem que adquirir um gerador
17:28para o seu prédio porque o serviço que é
17:30essencial não está sendo bem prestado.
17:32Eu tenho os números aqui que são muito interessantes
17:34relacionados a isso porque no pico
17:37da falta de energia
17:39depois do ciclone, São Paulo teve
17:402,2 milhões de imóveis
17:43sem energia elétrica.
17:44O Rio de Janeiro tem 2,4 milhões.
17:47Se a gente somar Paris e Roma,
17:49são 2,7 milhões.
17:51Então, só os imóveis
17:53de São Paulo que tiveram problema
17:54de falta de energia elétrica no pico
17:57do problema, já superam
17:59outras grandes cidades
18:01do país e do mundo
18:03para vocês entenderem o drama
18:04que está vivendo o paulistano
18:06e quem mora aqui na região metropolitana
18:08desde o dia da passagem do ciclone.
18:10E o Zé trouxe um detalhe muito importante.
18:13Ah, há uma imprevisibilidade.
18:15A Enel fez um monte de postagem
18:16nas redes sociais.
18:17Um ciclone jamais esperado.
18:21100 quilômetros por hora de ventos.
18:24Quem mora em São Paulo
18:26e na região metropolitana há décadas,
18:28há décadas sabe que chega dezembro
18:31e a proximidade com o verão,
18:33chuva forte, sol, chuva forte
18:36durante o dia, ventania, cai, vai,
18:40e vento de novo, e chuva forte.
18:42Tanto que todo mundo fala
18:43carregue o seu guarda-chuva na bolsa
18:45e utilize a qualquer momento do dia.
18:47Carregue o seu casaco
18:48e tire o seu casaco
18:49a qualquer momento do dia.
18:50São Paulo é assim,
18:52principalmente nessa época do ano.
18:54Então, existe a imprevisibilidade?
18:56Existe, só que existe também
19:00as ferramentas necessárias
19:02para lidar com a imprevisibilidade
19:03que são justamente manutenção
19:05do serviço ao longo do ano
19:07que garanta que a gente chegue
19:09nessa época e a gente tenha
19:11ou um serviço bem prestado
19:12que possa agir de maneira mais rápida
19:14ou uma estrutura capaz
19:16de suportar um pouquinho mais
19:18a situação climática
19:20que a gente vive aqui em São Paulo
19:22e na região metropolitana.
19:23Fala, Bruno Musa.
19:26Bom, primeiro eu gostaria
19:27de assinar embaixo
19:30e aplaudir o que o Zé Maria trouxe
19:32e os ensinamentos a respeito
19:34da ANEL e das agências reguladoras
19:36como um todo.
19:37O meu comentário seria inicialmente
19:38espero que não politizemos
19:40em cima do que é ser
19:41uma empresa privada.
19:42Então, vamos separar aqui
19:43esse discurso.
19:45O primeiro ponto
19:46é que ela é uma empresa incompetente.
19:48Está claro isso.
19:50Semana, mês passado,
19:51eu tive uma discussão com eles
19:52porque eles resolveram
19:53antecipar a minha conta de dezembro
19:55porque eles resolveram mudar
19:56a data que eles resolveriam
19:59cobrar a conta de luz.
20:00Então, eles resolveram
20:01antecipar por um mês.
20:02Eu falei, olha,
20:02então você vai trabalhar
20:03com o CDI alto
20:04no meu dinheiro por um mês
20:06como de vários outros
20:07clientes de vocês
20:09que como monopólio
20:11a gente não tem
20:13para onde atuar.
20:14Esse é o primeiro ponto.
20:15É uma empresa realmente
20:16na minha opinião
20:17desorganizada e incompetente.
20:19mas essa é a ponta
20:21do iceberg.
20:22As agências reguladoras,
20:23como muito bem
20:24o Zé Maria falou,
20:25foram tomadas,
20:26sequestradas
20:27por interesses políticos
20:29por completo.
20:30Setores monopolizados
20:31pelo Estado.
20:33Aí, obviamente,
20:34uma empresa,
20:34só porque ela é privada,
20:36ela está debaixo
20:36do monopólio estatal
20:38que permite apenas
20:39que uma empresa
20:40atue naquele campo.
20:42Isso acontece
20:42com várias outras
20:43agências reguladoras,
20:44não apenas a ANEEL,
20:46por exemplo,
20:46a ANAC,
20:47por exemplo,
20:47a ANA,
20:48Agência Nacional de Águas,
20:49por exemplo,
20:50com a ANATEL,
20:51todas essas agências
20:52sequestradas
20:53por interesses políticos
20:54que levam orçamentos
20:55bilionários
20:56do nosso capital,
20:58do nosso dinheiro
20:59do pagador de imposto,
21:01usam para monopolizar
21:02os interesses
21:03desse grupo
21:03de políticos
21:04que sequestraram
21:06as agências
21:06como muito bem
21:07colocaram.
21:08Veja,
21:09a gente citou,
21:10o Zé Maria muito bem citou
21:11sobre os geradores.
21:12Eu moro num condomínio
21:12de nove casas
21:13no Morumbi.
21:14Lá,
21:15o que a gente tem?
21:15Segurança privada
21:17funciona muito bem.
21:18Escolhemos a empresa
21:19entre nove moradores.
21:20A portaria,
21:21privada.
21:22Cerca elétrica,
21:23privada.
21:23Segurança da rua
21:24com os carrinhos
21:25armados,
21:26privados.
21:27Por que a gente precisa
21:28de tudo isso?
21:29Porque o Estado
21:30não entrega
21:30absolutamente nada.
21:33E é utopia
21:33achar que ele irá
21:34entregar da forma
21:35como o Estado brasileiro
21:37é desenhado.
21:38Então,
21:38ele desenha
21:39um monopólio próprio
21:40que permite
21:40pouquíssimas empresas,
21:42uma ou pouquíssimas,
21:43atuarem.
21:44Então,
21:44é óbvio
21:45que essas empresas
21:45deitarão
21:46num berço esplêndido
21:47e não tem nem porquê
21:49buscar melhor atendimento.
21:50Afinal de contas,
21:51há multas bilionárias
21:53para quebrarem
21:53contratos
21:54e sabem que são
21:55dificílimos
21:56de serem contratos
21:57porque seria um problema
21:59muito grande
22:00para a prestação
22:00de serviço
22:01para a população.
22:02Então,
22:02espero que a gente
22:03não entre
22:03nessa briga
22:04do público-privado.
22:06É uma empresa
22:06incompetente
22:07debaixo de um órgão
22:08que monopoliza
22:10a prestação
22:11desse serviço
22:12com agências
22:12reguladoras
22:13que foram
22:13totalmente
22:14sequestradas.
22:16Então,
22:16sim,
22:17é impressionante
22:18o nível
22:19que o Brasil
22:19chegou.
22:20Me perdoem
22:20a dureza.
22:21Em certos pontos,
22:22o Brasil se parece
22:23muito mais
22:23a uma África
22:24subsaariana
22:25do que a países
22:26minimamente
22:27competentes.
22:28Foi a Langane.
22:29Não, não,
22:29eu escrevi um artigo
22:31recentemente,
22:32Evandro,
22:32eu calculei
22:33o quanto
22:34que uma pessoa
22:35que ganha
22:3610 mil reais
22:37por mês,
22:38CLT
22:39paga de imposto
22:40no Brasil.
22:41Pegando um gancho
22:42no teu comentário
22:42que você tem que pagar
22:43a saúde,
22:43você tem que pagar
22:44segurança,
22:45o Estado
22:46não te entrega
22:47absolutamente nada
22:49e agora
22:50energia elétrica,
22:51embora seja
22:51privada,
22:53mas a gente
22:54acaba sofrendo
22:54a consequência.
22:56Evandro,
22:57contando os impostos
22:58indiretos em mercadorias,
23:00IPTU, IPVA,
23:01imposto de renda,
23:02imposto em folha,
23:03carga tributária
23:04do Brasil
23:04para classe média,
23:0510 mil reais
23:06por mês,
23:0743%.
23:08Nossa senhora.
23:09Para você não ter
23:10energia elétrica.
23:11E a gente está falando
23:1210 mil reais,
23:12quem ganha 10 mil reais
23:13é um salário alto
23:15para o padrão brasileiro.
23:16Ou seja,
23:17é muito dinheiro
23:19que a gente coloca
23:20na mão do Estado
23:21para muito pouco retorno.
23:22É isso,
23:23e nós estamos falando
23:23de uma das principais
23:24capitais do país,
23:25ou da principal capital
23:26do país em termos
23:27de tamanho,
23:27de negócios,
23:28de serviços,
23:29etc.
23:30Do Hemisfério Sul,
23:31não é nem só do país,
23:32Evandro.
23:32É a principal capital
23:33do Hemisfério Sul
23:34no mundo.
23:35Exatamente.
23:36nós não estamos falando
23:37de qualquer cidade
23:38ou região.
23:39Fala, Piperno,
23:39arremate.
23:40Sim,
23:41mas a gente está falando
23:42de algo mais sério.
23:43Então,
23:44a gente está falando,
23:46sim,
23:47de serviços ruins
23:48prestados pelo público
23:49e pelo privado.
23:51Nós cansamos já
23:53de apontar aqui,
23:54por exemplo,
23:55péssimas instituições
23:56financeiras,
23:57prestando serviços
23:58muito ruins,
24:00no setor de transportes,
24:02no setor agora
24:03de energia elétrica,
24:04que não é de hoje,
24:05não é só a Enel,
24:06por exemplo,
24:07a Light no Rio de Janeiro.
24:08Então,
24:09são muitas as áreas
24:11em que há uma prestação,
24:15porque vejam,
24:16o Brasil também é um país,
24:18vejam,
24:19o Brasil é incompetente
24:20em muita coisa,
24:21e o Brasil é incompetente
24:22também na sua iniciativa privada.
24:25Então,
24:25a gente tem,
24:27por exemplo,
24:28problemas com automóveis,
24:30a gente tem problemas
24:31com aeroportos,
24:33a gente tem problemas
24:34com estradas,
24:35a gente tem problemas
24:35com rigorosamente tudo,
24:37a gente tem,
24:37enfim,
24:38problema no boteco
24:39da esquina,
24:41no caixa eletrônico
24:42do banco.
24:43Então,
24:44essa má qualidade
24:46da prestação de serviços
24:47é algo,
24:48infelizmente,
24:49disseminado no Brasil.
24:50Agora,
24:504h28,
24:51quem nos acompanha
24:52pela rádio,
24:52um rápido intervalo,
24:53daqui a pouco espero vocês,
24:54nas outras plataformas seguimos.
24:56Diga,
24:56Gani.
24:56Evandro,
24:57rapidinho,
24:57eu lembro quando o prefeito
24:58Ricardo Nunes esteve,
24:59se eu não me engano,
25:00não sei se foi o Direto ao Ponto
25:02ou o 3 em 1,
25:03eu fiz a seguinte pergunta
25:04para ele em relação
25:05a tal da poda,
25:06e eu não tinha uma informação
25:07que ele passou
25:08que a poda depende da Enel.
25:11Por quê?
25:12Porque quando você vai fazer a poda,
25:13tem todo um trabalho
25:14relacionado ao cabeamento,
25:16aos fios de energia elétrica.
25:18Sabendo disso,
25:19então,
25:19por que não há uma força-tarefa
25:21aí,
25:21prefeitura,
25:22e principalmente a Enel,
25:23justamente para realizar
25:25a poda preventivamente?
25:27Por quê?
25:28Se o fenômeno natural
25:29climático,
25:30ele é imprevisível,
25:31mas no caso de São Paulo
25:33é um imprevisível
25:34que é previsível,
25:35porque todo ano acontece
25:37chuvas,
25:38a gente já sabe
25:39que vai ser assim.
25:40A gente está tendo agora
25:41um aperitivo
25:41do que vai acontecer
25:42em janeiro, fevereiro e março.
25:43Inclusive,
25:44falando nisso,
25:44só para trazer um pouquinho
25:45também de manifestação
25:46da nossa audiência,
25:47eu recebi uma mensagem
25:48aqui do Edgar Silva Lemos
25:49falando,
25:50lembrando também
25:50que há necessidade
25:51de se melhorar
25:52o serviço de poda.
25:53Estou há um ano
25:54aqui esperando
25:55e ainda não obtive,
25:58ainda não consegui
25:58receber as equipes.
25:59Então,
26:00esse problema
26:00que é enfrentado
26:01pelo Edgar,
26:02também é enfrentado
26:02por milhões de pessoas
26:04aqui na capital
26:05e a gente precisa lembrar
26:06que a culpa não é da árvore.
26:08É justamente o serviço
26:10de manutenção
26:10que tem que ser bem feito,
26:11principalmente em locais
26:12onde espécies
26:14que são lá
26:15de épocas passadas
26:16e que cresceram demais
26:18e hoje não atendem
26:19mais à demanda.
26:19A questão também
26:20do aterramento de fios,
26:21que é um serviço
26:22muito lento
26:23que já deveria ter avançado
26:24mais aqui na capital
26:25e que também não chegou
26:26ao limite
26:28que seria necessário
26:29para diminuir
26:30a quantidade de problemas
26:31provocados
26:32quando chove muito forte
26:33ou quando tem situações
26:35de rajadas de vento
26:36que são mais intensas.
26:37Então,
26:37realmente é necessária
26:38uma colaboração
26:40que envolva
26:41todas as autoridades
26:42e não só
26:43um apontar
26:44para a cara do outro
26:45enquanto
26:46o consumidor
26:48e o cliente
26:49ficam com cara
26:50de trouxa
26:51no meio
26:52dessa situação.
26:53Aliás,
26:53a Agência Nacional
26:54de Energia Elétrica
26:55abriu uma consulta pública
26:56para discutir
26:57a implementação
26:58de uma tarifa branca
27:00para consumidores
27:02de baixa tensão
27:03com consumo elevado.
27:05Uma tarifa horária,
27:06na verdade.
27:07Perdão,
27:07uma tarifa horária.
27:09Vamos chamar aqui
27:09o nosso Misael Mainete
27:10que vai trazer as informações
27:11para a gente agora.
27:12Conta aí, meu amigo.
27:12Bem-vindo.
27:16Essa tarifa horária
27:17está em discussão,
27:18Evandro,
27:19também chamada
27:19de tarifa branca.
27:21Muito boa tarde
27:21para você,
27:22para todo mundo
27:22que acompanha o 3 em 1.
27:24Como você mencionou,
27:25não tem a ver
27:26com baixa renda
27:27e sim com baixa tensão.
27:29Ou seja,
27:30para consumidores
27:31de baixa tensão
27:32com consumo elevado,
27:34igual ou superior
27:35a um megawatt-hora
27:37por mês.
27:38Essa medida,
27:39o objetivo dela
27:40é modernizar
27:41a estrutura tarifária,
27:42também alinhar
27:43a conta de luz
27:44à realidade
27:45do sistema elétrico
27:47do país.
27:48O público-alvo
27:49da proposta
27:50inclui casas,
27:52residências,
27:53grandes comércios,
27:54pequenas indústrias,
27:56somam aí
27:56cerca de 2 milhões
27:58e 500 mil
27:59unidades consumidoras
28:00e respondem
28:01por 25%
28:03do consumo
28:04em baixa tensão
28:05do país.
28:06Então,
28:07a gente tem um número
28:07expressivo
28:08de 25%
28:10de residências
28:11e todo tipo
28:11de comércio.
28:12Essa migração
28:13automática
28:14para a chamada
28:15tarifa horária
28:16não vai abranger
28:18os consumidores
28:18de baixa renda
28:19nem os beneficiados
28:21por tarifa social
28:23porque não é esse
28:24o assunto.
28:25A implementação
28:25está prevista
28:26para o ano que vem,
28:27para 2026.
28:29A tarifa branca
28:30vai conforme
28:31o horário do consumo.
28:32Como é que funciona?
28:33Ela é mais barata
28:34quando a oferta
28:35de energia
28:36é maior,
28:37principalmente
28:38no horário
28:38das 10 da manhã
28:39às 2 da tarde
28:41por causa
28:42da energia eólica
28:43e também
28:44da energia solar.
28:45E ela é mais cara
28:46nos horários
28:47de pico,
28:48geralmente
28:48das 6 da noite
28:49às 9 da noite
28:51quando o sistema
28:52recorre a fontes
28:53de geração
28:54que custam
28:55mais caro.
28:56A mudança
28:56visa incentivar
28:58o consumo
28:58fora do horário
28:59de pico,
29:00reduzindo custos
29:01e também ajudando
29:02a equilibrar a demanda
29:04no sistema elétrico.
29:05Além da abertura
29:06da consulta,
29:07a Aniel
29:08aprovou medidas
29:09complementares.
29:10São elas
29:11a avaliação
29:11do impacto
29:12da tarifa
29:13para consumidores
29:14de micro
29:14e mini geração
29:16distribuída,
29:17a elaboração
29:18de um plano
29:18de comunicação
29:19nacional
29:20e a agência
29:20também está
29:21realizando workshops
29:23e oficinas
29:24específicas
29:25sobre esse assunto.
29:27Portanto,
29:27está pautada
29:28essa consulta
29:29pública
29:29para discutir
29:31a implementação
29:32dessa tarifa
29:33horária.
29:34Evandro?
29:35Muito obrigado,
29:36viu,
29:36Misael Mainete.
29:37Um abraço
29:37para você.
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