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No programa "Só Vale a Verdade", o historiador Marco Antonio Villa recebe o renomado cientista Paulo Eduardo Artaxo Netto (Professor da USP e Coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável).
Artaxo analisa a agenda da COP e a transição energética global. O especialista é enfático: "Esta foi a COP em que o fim dos combustíveis fósseis ficou mais evidente". Ele descreve os combustíveis fósseis como algo "do século passado" e afirma que "energia solar e eólica são o futuro".

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/s7KT_s3lwJU

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Transcrição
00:00Em 1992, aqui no Brasil, em pleno processo de impeachment, o presidente Fernando Collor, na Rio 92, foi até então a maior reunião de chefe de Estado da história.
00:12Essa reunião foi importantíssima. O Brasil presidiu o ministro Celso Laffer, o ministro das Relações Exteriores, o presidente da República, apesar de toda a confusão de impeachment, presidiu todas as reuniões, que era o presidente Fernando Collor.
00:24E o Brasil deu uma lição lá de organização, não só da reunião, muito organizada, como de dar o pontapé inicial mesmo, uma discussão mundial sobre a questão.
00:34Por isso que nós temos muita responsabilidade da questão do meio ambiente.
00:38As cópias, eu não sei de quantas cópias o senhor participou. O senhor acha que essa última foi a mais produtiva ou há uma espécie de história progressiva de a cada cópia você dar um passo adiante?
00:50Olha, eu participei das últimas oito, nove cópias.
00:54Sim.
00:55E o que a gente observa é que esta cópia 30 foi a cópia onde a questão do fim dos combustíveis fósseis ficou mais evidente.
01:07Essa discussão estava em todos os debates, na Zona Azul, na Zona Verde.
01:12O presidente Lula, no seu discurso de abertura, colocou que nós queremos que essa cópia mapeie, construa um mapa do caminho para o fim dos combustíveis fósseis.
01:24O embaixador Correia do Lago, o tempo inteiro, colocava esta questão da necessidade de que a gente tem que terminar com a exploração e uso de combustíveis fósseis o mais rápido possível e de uma maneira justa.
01:38Ninguém vai acabar com combustíveis fósseis em um ano, dois anos ou mesmo cinco ou dez anos.
01:45Mas é importante para o planejamento energético das empresas e dos governos que haja um mapa do caminho.
01:52Mas mesmo assim, os países produtores de petróleo bloquearam esta resolução, infelizmente.
02:00Isto vai ser retomado na próxima cópia.
02:03O presidente da cópia vai continuar o seu mandato ao longo de todo este ano.
02:10No final de maio vai ter uma reunião na Colômbia, desenhada exclusivamente para construir este mapa do caminho do fim dos combustíveis fósseis,
02:20para que saia um documento sólido para ser apresentado na próxima cópia, que vai ser na Turquia.
02:27Eu pergunto ao senhor, né, se há uma contradição.
02:32O governo brasileiro e o próprio presidente Lula, na reunião, fez referência à questão de ter como perspectiva
02:39a não utilização mais de combustíveis fósseis.
02:42Por exemplo, a quem nos acompanha é o petróleo, para ficar um dos combustíveis combustíveis fósseis.
02:47E o principal produto de exportação brasileiro é o petróleo bruto.
02:50Segundo ponto, professor, o debate sobre, inclusive, tem duas denominações.
02:57A exploração do petróleo na fósforo e Amazonas, ou como a Petrobras prefere, na margem equatorial.
03:04Cuja exploração é feita, no extremo nós temos o Amapá, depois a Guiana Francesa, que faz a exploração na região,
03:11e depois a República da Guiana, inclusive, que tem um boom econômico fantástico lá.
03:15Eu pergunto ao senhor, vale a pena explorar petróleo na margem equatorial, ou se preferir, outra denominação, na fósforo e Amazonas?
03:22Olha, Vila, se você quiser agravar a questão da emergência climática, ainda mais do que ela já está agravada,
03:30a melhor maneira é abrir uma nova frente de exploração de petróleo.
03:35Esse é o primeiro ponto.
03:36Segundo ponto, a Petrobras vai começar a estudar a viabilidade para descobrir se tem petróleo lá agora,
03:44este processo dura cerca de 8 a 10 anos, e vai custar alguma coisa da ordem de 40 a 50 bilhões de dólares ao longo desses 10 anos.
03:58Pergunto para você, não seria muito mais interessante o Brasil pegar esses 40 a 50 bilhões de dólares,
04:07investir em geração solar e eólica no Nordeste brasileiro, em larga escala,
04:13e junto com uma política industrial acoplada com essa geração de energia,
04:20se tornar uma potência em geração de energia sem emissão de combustíveis fósseis,
04:26barata e eficiente, não seria muito melhor negócio para o país fazer um sistema desse tipo?
04:33Eu acho que não há a menor dúvida que seria.
04:36A Petrobras insiste sobre essa questão, dizendo que a exploração dos combustíveis fósseis
04:42é uma transição para, no futuro, termos energia limpa.
04:46Isso é discurso ou é realidade?
04:48Isso é muito mais um discurso para justificar,
04:51continuar beneficiando toda a cadeia produtiva de produção de petróleo no Brasil,
04:58que, na verdade, é representada não só pela Petrobras,
05:01mas todo um sistema econômico por trás disso,
05:06incluindo financiamento, por exemplo, incluindo interesses do sistema financeiro.
05:11Agora, você colocar que você vai explorar petróleo para aproveitar aquele dinheiro
05:15para fazer a transição energética,
05:18veja, isso não aconteceu com o pré-sal na bacia de Campos.
05:22Isso não aconteceu até agora.
05:23Por que iria começar a acontecer a partir daqui a 10 anos de exploração de petróleo
05:29na margem equatorial?
05:31Fica realmente difícil de acreditar,
05:34e acho que é meramente um discurso para justificar
05:37a continuidade de uma política baseada em combustíveis fósseis,
05:43que é o combustível do século passado,
05:46e não olhar para a geração de energia do século futuro,
05:50que é a questão da geração de energia solar e energia óssea.
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